quarta-feira, 2 de abril de 2014

Pe. José de Anchieta, S.J. será canonizado nesta quarta-feira

A canonização será feita por meio de um decreto que o Santo Padre vai assinar durante audiência com o Cardeal Ângelo Amato, Prefeito da Congregação para as Causas dos Santos – departamento da Cúria Romana que acompanha os processos de Beatificação e Canonização.
Para celebrar a Canonização do Padre Anchieta, o Cardeal Odilo Scherer solicitou aos padres da Arquidiocese de São Paulo que toquem os sinos de suas igrejas no próprio dia 2, às 14h, durante 5 minutos. Na Catedral da Sé e no Pateo do Collegio (local em que o Padre Anchieta, com outros missionários jesuítas, iniciou a vila que se transformaria na maior capital do país), além do toque dos sinos, serão expostos dois banners grandes com a imagem do novo santo.
Segue a progração da Canonização do Padre José de Anchieta

2 de abril – Dia da Canonização do Padre Anchieta

14h – Repicar dos sinos em todas as igrejas da Arquidiocese de São Paulo, durante 5 minutos
14h30 – Entrevista coletiva à imprensa com o Cardeal Scherer (Pateo do Collegio)
18h – Celebração de louvor e ação de graças, presidida pelo Cardeal Scherer (Catedral da Sé)
19h30 – Celebração de louvor e ação de graças, presidida pelo Cardeal Scherer (Pateo do Collegio)

6 de abril

9h30 – concentração no Pateo do Collegio, com orações, cantos e apresentação de trecho de musical sobre a biografia do Padre Anchieta
10h15 – Saída da procissão, com a relíquia do Padre Anchieta, em direção à Catedral da Sé
11h – Missa solene em ação de graças pela Canonização, na Catedral da Sé, presidida pelo Cardeal Scherer e com presença do Prefeito e do Governador de São Paulo

24 de abril

18h (horário de Roma) – missa em ação de graças pela Canonização, na Igreja de Santo Inácio de Loyola, em Roma, presidida pelo Papa Francisco

Sobre a Canonização

Não foi reconhecido oficialmente o 2º milagre para que o Padre Anchieta fosse canonizado conforme as regras ordinárias. Neste caso, o Santo Padre usou de um dispositivo chamado “Canonizzazione Equipollente” (Canonização equivalente), em que o Papa, após atestar que o candidato responde a alguns requisitos, estende seu culto à Igreja no mundo todo (enquanto o culto do Beato é limitado aos locais em que ele atuou).
Para que a Canonização do Padre Anchieta fosse possível, os responsáveis pelo Processo – um deles o brasileiro padre Cesar Augusto dos Santos, vice-postulador da Causa de Anchieta – escreveram um relatório em que se procura demonstrar que o Padre Anchieta preenche os três requisitos exigidos para esse tipo de canonização:
- Culto antigo;
- Testemunho confiável ao longo da história em relação às suas virtudes;
- Fama ininterrupta de graças
Ou seja, mesmo sem um milagre oficialmente reconhecido, Padre Anchieta conta com uma lista grande de pessoas que testemunham graças atribuídas à sua intercessão. Mesmo sem ter condições de reconhecer tais relatos como milagres (uma vez que faltam atestados médicos, por exemplo), a Igreja tem grande atenção e carinho por esses relatos e os levou em consideração para canonizar o Apóstolo do Brasil.

 [Red.TS/Arquid.São Paulo]

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