sábado, 8 de setembro de 2012

"O que está acontecendo hoje na sociedade Israelense?"

"Por que os cristãos ainda são um alvo?". Com esta questão abre-se o comunicado da Assembléia dos Ordinários Católicos da Terra Santa (AOCTS), publicado terça-feira, 4 de setembro, em resposta aos atos de vandalismo contra a abadia dos monges trapistas de Latroun. A porta principal do mosteiro, localizado a cerca de 15 quilômetros a oeste de Jerusalém, quase na fronteira dos Territórios Ocupados, foi incendiada na madrugada de terça-feira e as paredes foram pichadas com escritos anti-cristãos. "Jesus é um macaco", proclama um dos grafites em questão, escrito em hebraico. "A comunidade cristã acordou nesta manhã, 4 de setembro de 2012, descobrindo com horror que, mais uma vez, era alvo de forças odiosas dentro da sociedade israelense", afirma o comunicado do organismo, que leva as assinaturas de muitos líderes cristãos, incluindo o Patriarca Latino de Jerusalém e Presidente da Assembléia dos Ordinários, Fouad Twal, o arcebispo melquita católico de Acco e vice-presidente da Assembléia dos Ordinários, Elias Chacour, o Núncio Apostólico na Jordânia, Giorgio Lingua, e o Custódio da Terra Santa, padre Pierbattista Pizzaballa, O.F.M. "Infelizmente, o que acontece em Latroun é apenas o mais recente de uma série de ataques contra os cristãos e seus lugares de culto", continua o texto da AOCTS, que sublinha o compromisso da comunidade dos monges trapistas para o diálogo com a sociedade israelense e para a reconciliação entre judeus e cristãos. "O mosteiro é visitado toda semana por centenas de judeus israelenses que são acolhidos por monges com caridade e calor”, lembra a nota. Dirigindo-se às comunidades israelenses, os signatários do comunicado pedem "mover-se para pôr fim a esta violência sem sentido e garantir nas escolas um ‘ensino de respeito’ para todos aqueles que se reconhecem desta terra. " O texto vincula os atos de vandalismo à recente evacuação de postos ilegais de assentamentos judaicos nos Territórios Ocupados. Os grafites referiam-se, de fato, também a dois assentamentos - Ramat Migron e Maoz Esther - desmontados na semana passada pelas forças israelenses. "Aqueles que escreveram seus slogans odiosos expressaram sua raiva contra o desmantelamento dos assentamentos judaicos ilegais na Cisjordânia. Mas, por que derramar esta ira contra os cristãos e seus lugares de culto? ", pergunta o comunicado. "O que está acontecendo na sociedade israelense contemporânea para fazer que os cristãos sejam os bodes expiatórios e alvos desses atos violentos?" perguntam os signatários. "Que tipo de 'ensinamento de desprezo" para com os cristãos é transmitido nas suas escolas e nas suas casas?". Em Jerusalém, vândalos tiveram como alvo, em fevereiro, uma igreja batista, um cemitério cristão e o mosteiro grego-ortodoxo no Vale da Cruz. "Morte aos cristãos", "Vos crucificaremos" e "Maria é uma prostituta", proclamavam alguns dos escritos altamente ofensivos e ameaçadores. Naquela ocasião, o Custódio da Terra Santa, Pe. Pizzaballa, tinha enviado uma carta ao presidente de Israel, Shimon Peres, pedindo-lhe para "usar todo o seu poder e a sua influência" para parar com este tipo de ações", antes que se tornassem parte normal da vida dos cristãos em Israel". Em dezembro de 2009, novamente na Cidade Santa, slogans anticristãos tinham aparecido na área do Cenáculo e no muro da Basílica da Dormição. Fonte: Zenit.

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