A próxima Jornada Mundial da Juventude (JMJ) não terá nenhum outro propósito além de anunciar Jesus Cristo, a quem os jovens esperam, "conscientemente ou não".
Isto foi afirmado ontem pelo cardeal Antonio Maria Rouco Varela, arcebispo de Madri e presidente da Conferência Episcopal Espanhola, no discurso de abertura da 97ª Assembleia Plenária dos bispos espanhóis.
O cardeal Varela, cuja arquidiocese vai sediar a JMJ, dedicou o seu discurso a falar sobre este próximo evento global de agosto próximo.
A Igreja, disse ele, "não tem outra coisa para oferecer aos jovens e a todas as pessoas de hoje, a não ser Jesus Cristo. Não há salvação fora d'Ele. E os jovens precisam urgentemente d'Ele".
A este respeito, disse que a JMJ "é um instrumento providencial ao serviço do esforço missionário da Igreja na evangelização da juventude".
O programa da JMJ, disse ele, é, "mais uma vez, claramente cristológico, focado em Jesus Cristo".
"Para alguns, isso parece óbvio: centrar a missão juvenil no anúncio completo de Jesus Cristo. Presumivelmente, outros buscariam abordagens mais específicas ou mais adaptadas às necessidades dos jovens."
No entanto, afirmou, "depois de dois mil anos de evangelização, a Igreja de hoje percebe que Jesus Cristo ainda é muito pouco conhecido e amado".
A proposta cristã, reconheceu, "é uma oferta contracorrente, porque, em meio a um mundo que sofre com a incerteza e que, muitas vezes ainda parece gostar disso, fechando-se a qualquer proposta de verdade, a Igreja quer oferecer aos jovens a firmeza da fé que o Senhor torna possível".
Os jovens de hoje - no início do século XXI - "já não são exatamente aqueles de 25 anos atrás, que responderam aos primeiros convites de João Paulo II", reconheceu o purpurado.
"Aqueles que se consideravam como ‘os jovens do 2000' já tinham tido tempo para experimentar a decepção das utopias fermentadas 20 anos antes, em maio de 68, e olhavam para a mudança de milênio como à desejada realização de ideais mais verdadeiros."
"Não era estranho, portanto, que se percebesse entre os jovens da Igreja uma espécie de nova nostalgia de Deus e um anseio escondido de encontrar-se novamente com Jesus Cristo, com a sua verdade e com o seu amor."
Frente a eles, para os jovens de 2011, "o ideal humano da liberdade reconquistada foi proposto e explorado por milhares de caminhos nas últimas duas décadas"; por isso, "os jovens estão particularmente expostos à influência desorientadora do relativismo".
Diante desta nova situação, não devemos "abandonar a abordagem pastoral e evangelizadora que caracterizou as JMJ", mas, ao contrário, "consolidá-la e vivificá-la espiritualmente".
Finalmente, ele se referiu a duas questões "de vital importância para a juventude de hoje", que serão discutidas nesta assembleia plenária: "a colaboração necessária entre a família, a paróquia e a escola, para a educação na fé das crianças e jovens; e a questão da verdade do amor humano como um elemento-chave no amadurecimento dos jovens como pessoas".
"Anunciar o Evangelho do matrimônio e da família é, sem dúvida, um dos aspectos mais belos da nova evangelização e da juventude. Mas precisamos urgentemente, sobretudo, anunciar o amor de Cristo aos jovens."
Fonte: Zenit.
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