O presidente da Comissão Nacional Justiça e Paz (CNJP), Alfredo Bruto da Costa, considera que a demissão do primeiro-ministro José Sócrates “provocou um clima de instabilidade que vem na pior das alturas” para Portugal.
O primeiro-ministro José Sócrates renunciou nessa quinta-feira, após o Parlamento do país vetar a nova versão do Programa de Estabilidade e Crescimento, um plano de corte de gastos para reequilibrar a dívida e o deficit públicos.
Em declarações à ‘Agência Ecclesia’, Costa disse que Portugal só poderá entrar numa rota de estabilidade se as próximas eleições trouxerem um Governo de maioria, seja a partir de associações entre partidos ou através de maioria absoluta.
“O fundamental é saber o que o povo português pensa dos dois partidos e ter um governo de abrangência maior do que teve este executivo”, afirmou.
Momentos antes da renúncia do primeiro-ministro, o presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Dom Jorge Ortiga, criticava a falta de “estabilidade” política no país.
Ele pediu mais “transparência e esclarecimento da situação”. Em relação aos planos de recuperação econômica, disse que “apenas se vêem os sacrifícios do povo português”, sem falar “no todo da realidade”.
É fundamental “colocar o interesse nacional acima dos interesses pessoais ou partidários”, só assim será possível “ultrapassar os momentos difíceis”, afirmou.
Já o bispo de Viseu, Dom Ilídio Leandro, considera que o país vive “momentos difíceis” e está “em suspenso" num momento em que tudo leva a "acreditar que vai haver uma mudança significativa ao nível governativo”.
Por sua parte, Dom António Vitalino, bispo de Beja, disse que, com o cenário político a enveredar para novas eleições, é necessário dos políticos “menos demagogia e mais esclarecimento”.
Fonte: Zenit.
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