- O Papa Bento XVI lançou um apelo urgente diante do conflito em curso há semanas na Costa do Marfim.
No momento das saudações, ao concluir a audiência geral na Praça de São Pedro, o Papa dirigiu aos peregrinos de língua francesa e disse que, "há muito tempo", acompanha os acontecimentos neste país africano.
"Meu pensamento se dirige muitas vezes à população da Costa do Marfim, traumatizada pelos dolorosos conflitos internos e graves tensões sociais e políticas", disse ele.
O Papa lançou um "apelo urgente" para que "se leve a cabo, o mais rapidamente possível, um processo de diálogo construtivo para o bem comum".
"A dramática oposição torna mais urgente a restauração do respeito e da convivência pacífica. Não devem ser poupados esforços neste sentido."
Também quis expressar sua proximidade "a todos aqueles que perderam um ente querido e sofrem a violência".
Finalmente, anunciou sua decisão de enviar ao país africano em seu nome, o cardeal Peter Kodwo Turkson, presidente do Conselho Pontifício "Justiça e Paz", "para que ele expresse a minha solidariedade e a da Igreja universal às vítimas do conflito e incentive a reconciliação e a paz".
Em declarações à agência vaticana ‘Fides', o arcebispo de Abidjan, Dom Jean-Pierre Kutwa, expressou seu agradecimento à intervenção do Papa: "Estamos alegres com as palavras do Santo Padre e lhe agradecemos por isso. Esperamos que a sua voz ser ouvida".
O prelado disse que, neste momento, na Costa do Marfim, "a situação humanitária está fora de controle, há milhares e milhares de deslocados pelos combates".
O país está envolvido em um conflito armado entre partidários do presidente eleito Alassane Ouattara, reconhecido pela comunidade internacional, e os do presidente que sai, Laurent Gbagbo, que não reconhece a vitória da eleição presidencial anterior, de novembro de 2010.
Dom Gaspard Béby Gnéba, bispo de Man, no oeste do país, disse à agência ‘Fides', por sua vez, que as condições da população, "que já eram dramáticas, pioraram". Para escapar dos combates, muitos deslocados se refugiaram na vizinha Libéria.
Segundo o sacerdote liberiano, que contatou dom Gnéba para falar sobre a situação dos refugiados em sua diocese, são necessários remédios e alimentos, razão pela qual pedem a ajuda da Igreja universal.
Fonte: Zenit.
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