"Um laboratório, uma escola e uma casa de comunhão": foi assim que o Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE) definiu seus 40 anos de serviço à Igreja na Europa.
Em uma carta aos bispos do Velho Continente, constata-se que, desde sua criação, o CCEE foi concebido como "uma organização que deveria respirar com ‘dois pulmões' e acolher a hierarquia eclesiástica de todo o continente europeu".
O CCEE, continua a presidência, "pode ser considerado um fruto do Concílio Vaticano II e do aprofundamento na verdade eclesiológica da comunhão dos bispos, matizada com um sotaque característico daquela época".
Hoje, o CCEE tem como membros 33 conferências episcopais presentes na Europa, representadas pelos seus presidentes, os arcebispos de Luxemburgo, do Principado do Mônaco, de Chipre dos Maronitas e o bispo de Chişinău (Moldávia).
"O CCEE nunca foi um organismo 'forte' - diz a carta -, com grandes estruturas e de grande visibilidade no cenário social e político. Preferimos andar de forma mais discreta, tentando fazer com que nossas reuniões fossem lugares de oração, de encontro de amizade, de diálogo, troca, confiança, informação, discussão sobre problemas comuns."
No trabalho para precisar os âmbitos em que o Conselho está trabalhando, os três cardeais que estão à cabeça do CCEE lembram como o foco principal deste organismo eclesial europeu está "voltado para o homem na Europa, para a sua situação pessoal, social e espiritual".
"Nós pensamos, em particular, nas questões relacionadas à migração e aos problemas concernentes ao declínio demográfico: família, educação e cultura de respeito pela vida, para defendê-la em todas as suas fases, da concepção à morte natural. Só a cultura do amor e da vida pode garantir um futuro".
"Amar o homem - continuam - significa para nós também dar, a cada um, a oportunidade de encontrar e conhecer Jesus Cristo. Por isso, o CCEE está particularmente empenhado na evangelização e no cuidado da fé."
Em uma mensagem enviada para este evento, Dom Anton Stres, presidente da conferência episcopal eslovena e arcebispo de Liubliana, disse que, "desde que a Europa ‘respira com dois pulmões', as Igrejas particulares que fazem parte do CCEE cooperam na conservação e valorização do patrimônio espiritual comum, na compreensão mútua e na cooperação ecumênica, unindo o próprio compromisso para um testemunho cristão harmonioso."
Por outro lado, Dom Franjo Komarica, bispo de Banja Luka e presidente da Conferência Episcopal de Bósnia e Herzegóvina, escreveu em uma mensagem que "só Deus sabe quantos preciosos frutos produziram os conselhos mútuos, as consultas frequentes e as relações cada vez mais estreitas entre as conferências episcopais no âmbito continental e intercontinental, seja para a Igreja, seja para a nossa sociedade contemporânea."
Fonte: Zenit.
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