Recebendo hoje, em audiência, os membros da associação belga Pro Petri Sede, que oferece um apoio financeiro anual para as necessidades da Santa Sé, o Papa Bento XVI reafirmou a importância da esmola, própria deste tempo de Quaresma.
A Quaresma, disse o Papa aos presentes, a quem acolheu na Sala do Consistório do Palácio Apostólico, "é o tempo do jejum, da oração e da partilha" e "privilegia a peregrinação interior Àquele que é a Luz do mundo".
"Precisamos deixar-nos iluminar por Cristo, para que, sentindo a urgência da nossa responsabilidade para com os pobres do tempo presente, dirijamos a eles nossa atenção, que volta a nos dar confiança e que clareia a perspectiva da eternidade feliz", afirmou.
"Contribuindo na luta contra a pobreza, partilhando e com a esmola, nós nos aproximamos dos demais", disse o Papa.
Mas o dom, acrescentou, "não é nada sem o amor que o motiva e os laços fraternos que ele tece". Agindo com caridade, "exprimimos a verdade do nosso ser, pois há mais alegria em dar do que em receber.
Partilhando com os outros, de fato, "experimentamos, através da alegria recebida, que a plenitude da vida provém do amor de Deus".
Por isso, acrescentou, "a esmola nos aproxima de Deus e nos convida à conversão".
A "oferta generosa" que a associação entregou hoje, "permite auxiliar as populações tão duramente provadas nos últimos tempos, especialmente as do Haiti", continuou o Papa, recordando que "o serviço da caridade pertence à natureza da Igreja" e é "expressão viva da solicitude de Deus por todos os homens".
"Oferecendo o apoio material necessário, a Igreja também pode fornecer o cuidado do coração e o amor do qual as pessoas provadas têm tanta necessidade", lutando "contra o que envilece e degrada a dignidade de cada pessoa, criada à imagem de Deus".
Cada um, concluiu, "é chamado à salvação oferecida pela vitória de Cristo sobre todo o mal que oprime o homem".
Em sua saudação ao Papa, como registrado no L'Osservatore Romano, o chefe da Pro Petri Sede, Pe. Dirk Van Kerchove, lembrou que os membros da associação "sentem fortemente seu vínculo de comunhão e obediência com o Papa, seguindo os passos daqueles bravos jovens holandeses e belgas que, no século XIX, quiseram lutar pela plena soberania e independência da Sé Apostólica em defesa de sua missão universal".
"Estamos aqui para expressar nossa união com a Sé de Pedro e para confiar a Sua Santidade o fruto da nossa economia", disse ele.
Por último, Van Kerchove reafirmou o compromisso da associação em continuar ajudando o Papa, "a fim de que possa prosseguir sua ação espiritual e material em favor das comunidades católicas em necessidade e para que a solicitude da Igreja diante dos necessitados de todo tipo suscite novamente, como na época de Tertuliano, a maravilha dos homens da nossa época".
Fonte: Zenit.
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