Os bispos da Conferência Episcopal das Regiões do Norte de África (CERNA), que inclui o Marrocos, Argélia, Tunísia e Líbia, emitiram uma declaração em que se manifestam contra a guerra na Líbia e pedem solução diplomática para o conflito.
O comunicado, assinado pelo presidente da CERNA, Dom Vincent Landel, arcebispo de Rabat (Marrocos), foi divulgado hoje pela agência vaticana ‘Fides'.
Também hoje, a Santa Sé confirmou que participará, como observador, na Conferência Internacional sobre a Líbia, que será realizada amanhã, 29 de março, em Londres. O representante vaticano será o atual núncio na Grã-Bretanha, o arcebispo Antonio Mennini.
No comunicado, os bispos norte-africanos reafirmam sua oposição à violência e à guerra: "Nós sabemos que a guerra não resolve nada e que, quando estoura, é tão incontrolável como a explosão de um reator nuclear".
Eles também reafirmam o seu "apelo urgente para encontrar, para este conflito doloroso, uma solução justa e digna para todos", unindo-se "ao pedido feito pelo Papa Bento XVI" no domingo, 27 de março.
Os bispos norte-africanos reconhecem que, nos recentes acontecimentos nos países do Magrebe, há uma "reivindicação legítima de liberdade, justiça e dignidade, especialmente por parte das gerações mais jovens".
"Isso se traduz na vontade de ser reconhecidos como cidadãos responsáveis, com a possibilidade de um emprego que lhes permita viver decentemente, sem qualquer forma de corrupção ou nepotismo."
"Hoje - prossegue a declaração - este clima de mudança atravessa a Líbia. E nós nos unimos de forma especial aos nossos irmãos bispos de Tripoli e Benghazi, e a toda a população do país."
Finalmente, os bispos pedem uma mediação diplomática e lançam um apelo à ajuda humanitária. "Nós pedimos ao Todo-Poderoso que inspire os líderes das nações, para que encontrem o caminho que leva à justiça e à paz", conclui a nota.
Fonte: Zenit.
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