Após o terrível terremoto e o tsunami que devastaram o Japão, todos, começando pela Igreja Católica, estão trabalhando para levar ajuda às vítimas da tragédia.
Neste contexto, os bispos japoneses querem estar em primeira linha, para "manter viva a chama da esperança", afirmou à Fides Dom Martin Tetsuo Hiraga, bispo de Sendai, a diocese mais afetada.
"A situação é muito difícil. Ainda não podemos compreender a magnitude do desastre - confessou. As notícias são fragmentárias. Minha diocese é muito grande e abrange quatro prefeituras civis, ao longo de 500 km de costa, no norte da ilha de Honshu, a maior do arquipélago japonês. O tsunami afetou mais de 300 km de costa."
"Nós ainda não sabemos quantas pessoas morreram, quantas estão desaparecidas, nem quantas estão desabrigadas. Não sabemos se entre estes há fiéis católicos", reconheceu o prelado.
Dada a incerteza, "ainda é difícil dizer o que pode ser feito ou como ajudar (...). As pessoas estão exaustas e desorientadas. O impacto material e emocional na sociedade tem sido muito forte".
"Estão chegando carros e voluntários provenientes de todo o Japão. É preciso união e boa vontade de todos", acrescentou.
"Nós, católicos da diocese de Sendai, somos pouco mais de dez mil, um pequeno rebanho. Mas continuamos rezando pelas vítimas e faremos o possível para levar alívio, para dar testemunho da mensagem do amor de Cristo, neste momento de sofrimento."
Os bispos japoneses se reunirão amanhã em Sendai, explicou Dom Hiraga, para decidir que estratégia adotar.
Devemos buscar conselho sobre como agir. Enquanto isso, confiamos em Deus e pedimos a oração de todos os cristãos no mundo."
"Nós recebemos a mensagem do Santo Padre e lhe agradecemos por suas palavras, que nos dão coragem e esperança. Hoje, esta é a nossa missão específica: ajudar o país a voltar a dirigir os olhos ao céu e manter viva a chama da esperança."
A diocese de Sendai tem oficialmente 10.944 batizados, representando 0,15% da população (mais de 7,2 milhões) do território.
Tem 53 paróquias e 13 casas missionárias, servidas por 27 sacerdotes diocesanos e 19 sacerdotes religiosos, 5 religiosos leigos e 262 freiras.
Fonte: Zenit.
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