Mais de duas mil pessoas reuniram-se no Colégio de Calvão, Vagos (Aveiro), nesse domingo, para uma manifestação em defesa das escolas católicas de Portugal, diante das medidas anunciadas pelo governo para o ensino particular e cooperativo.
Em novembro – segundo refere Agência Ecclesia – o executivo aprovou um decreto-lei tendo em vista a renegociação dos contratos entre o Ministério da Educação e as escolas particulares, para a "diminuição da despesa pública, no âmbito do esforço nacional de equilíbrio das contas públicas".
Sob o lema “Pela escolha da educação, contra a imposição!”, o padre Querubim Silva, presidente da Associação Portuguesa das Escolas Católicas (APEC), defendeu a importância de “valorizar este patrimônio cultural construído a pulso, por Escolas de iniciativa particular”.
“Queremos uma escola de qualidade para as nossas crianças, os nossos adolescentes, os nossos jovens. Queremos que todos, ricos ou pobres, tenham acesso, em igualdade de circunstâncias, a uma escola de qualidade”, disse.
Jorge Cotovio, secretário-geral da APEC, afirmou que os 36 anos de democracia “ainda não foram suficientes para se aprender que o Estado tem a obrigação de garantir a educação para todos, mas não tem que ser somente ele (nem principalmente ele) a prestar esse serviço”.
Já Virgílio Mota, do Colégio de S. Miguel, de Fátima, disse que se houver os cortes de 30% no financiamento às escolas com contrato de associação, isso significará, juntamente com a legislação anunciada, o fechamento de muitos estabelecimentos que durante décadas foram pólos de cultura e desenvolvimento de regiões desfavorecidas.
O bispo de Aveiro, Dom António Francisco, comunicou à assembleia a solidariedade da Igreja.
Fonte: Zenit.
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