segunda-feira, 5 de julho de 2010

Papa aos sacerdotes: sede testemunhas da reconciliação de Deus

Ao dirigir-se aos sacerdotes nesta manhã de domingo na Praça Garibaldi, em Sulmona, o Papa os exortou a serem verdadeiras testemunhas da reconciliação de Deus.
O Pontífice presidiu a celebração eucarística durante sua visita pastoral à cidade, na presença de milhares de fiéis e peregrinos que agitavam bandeiras brancas e amarelas, enquanto usavam chapéus nas mesmas cores para se proteger do forte sol.
A visita ocorreu no contexto do oitavo centenário do nascimento de Pietro da Morrone, eleito Papa em 1294 com o nome de Constantino V, e que abdicou em poucos meses para retornar a sua vida de eremita.
Bento XVI lembrou sua santidade, sublinhando que esta “não perde jamais sua força atrativa, não cai no óbvio, não sai de moda; ao contrário, com o passar do tempo, resplandece com luminosidade sempre maior, exprimindo a perene tensão do homem em relação a Deus”.
A Cruz, assinalou, constitui “o centro” da vida de Celestino V, “e lhe deu forças para enfrentar duras penitências e os momentos mais difíceis, desde sua juventude até sua última hora”.
Ao mesmo tempo, lhe proporcionou “uma clara consciência do pecado, sempre acompanhada de igualmente clara consciência da infinita misericórdia de Deus para com sua criatura”.
“Ao ver os braços abertos e escancarados de seu Deus crucificado, sentiu-se sendo levado pelo mar infinito do amor de Deus”.
“Como sacerdote, teve a experiência de ser administrador desta misericórdia, absolvendo os penitentes de seus pecados e, quando foi eleito à Sede do Apóstolo Pedro, quis conceder uma particular indulgência, denominada 'La Perdonanza'”.
Neste contexto, o Papa exortou os sacerdotes a fazerem-se “testemunhas claras e credíveis da boa nova da reconciliação com Deus, ajudando o homem de hoje a recuperar o senso do pecado e do perdão de Deus, para experimentar aquela alegria transbordante da qual nos falou o profeta Isaías na primeira leitura”.
Bento XVI então destacou a enorme importância da oração, lembrando que Celestino V, canonizado em 1313, “ainda que levando uma vida de eremita”, jamais “fechou-se em si mesmo”, mas agiu sempre movido pela “paixão de levar a boa nova do Evangelho aos irmãos”.
Conforme lembrava o evangelho do dia (Lc 10 - 1-12, 17-20), “o primeiro imperativo é o de rogar ao Senhor da messe”, e “somente após este convite que Jesus define algumas das tarefas essenciais dos discípulos”.
Entre estas, mencionou “o anúncio sereno, claro e corajoso da mensagem evangélica – mesmo nos momentos de perseguição – sem se deixar levar pelo fascínio da moda, da violência ou da imposição; o desapego com relação as coisas – dinheiro ou vestes -, confiando na Providência do Pai; a atenção e o cuidado para com os doentes do corpo e do espírito”.
“Estas foram também as características do breve pontificado de Celestino V, e são estas as características da atividade missionária da Igreja em todas as épocas”, concluiu o Papa.

Fonte: Zenit.

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