domingo, 12 de agosto de 2012

"Lets Bridge": pontes entre as pessoas para superar as divisões

12.000 jovens de uma centena de países participarão em Budapeste, de 31 de agosto a 2 de setembro, do encontro Genfest, um grande intercâmbio de experiências práticas em que eles estão envolvidos há anos. Economia, arte, questões sociais, diálogo intercultural: estas são algumas das "pontes" que contam histórias pessoais e de grupos. São pontes entre indivíduos, grupos e povos. Mundo unido, fraternidade: palavras abstratas? O que significa trabalhar em algo tão desafiador é explicado por eles com fatos da vida cotidiana. Z., sírio, é soldado. A partir de março, ele terá que lidar com os novos recrutas. Entre as suas tarefas, ele terá que visitar as famílias dos soldados mortos para dar essa notícia. Youssef também é soldado. Ele conta que, uma vez, um colega tinha que ir pessoalmente buscar os novos recrutas em uma cidade distante, com o risco de serem atacados durante a viagem. O colega estava com medo. Youssef se ofereceu para ir em seu lugar. No último momento, os superiores decidiram mandá-lo de avião. “Faça aos outros o que você gostaria que fizessem para você”, avalia Gergely, da Hungria, 26 anos. “Esta frase, que todos entendem, me dá uma orientação diária”. Emergências humanitárias provocadas por catástrofes, desastres naturais ou conflitos, sempre têm jovens na linha de frente da reação: das inundações da Ligúria, na Itália, ao êxodo de refugiados iraquianos na Jordânia, ou do terremoto em Fukushima ao terremoto no Chile. Na Colômbia, a chuva não dá trégua há mais de um ano: são mais de 500 mortos ou desaparecidos e cerca de 3 milhões de pessoas prejudicadas. Os jovens colombianos começaram a reagir em Soacha, cidade nos arredores de Bogotá, e, junto com os adultos, organizaram uma campanha para arrecadar alimentos e roupas. Receberam 200 pares de botas e alimentos que distribuíram para as famílias necessitadas. A situação piorou devido a doenças e problemas de convivência nos acampamentos. Mas os jovens continuam angariando ajuda e acompanhando as pessoas. Na Síria dos últimos meses, os jovens de Aleppo se organizaram para distribuir às famílias pobres refeições gratuitas doadas por uma grande empresa. Graças à comunhão de bens entre amigos e familiares, eles mandam alimentos regularmente aos necessitados. É o que fizeram também em Damasco, quando os refugiados se abrigaram nos jardins e nas escolas da cidade. Mediante fóruns de cinema e encontros, eles têm procurado também difundir a cultura da paz e da fraternidade. A juventude do Cairo apresentará em Budapeste o seu projeto "Eu pertenço", que enfatiza a necessidade da união nacional. Jovens budistas e cristãos deram vida a três simpósios de intercâmbio e debate sobre temas como o compromisso com a paz e a vivência e transmissão da fé, criando uma rede de amizade e de fraternidade inter-religiosa, intercultural e internacional. 72 muçulmanos e cristãos de 5 países do Oriente Médio e do Norte da África se reunirão em Budapeste pela primeira vez, e, em tempo recorde, repassarão a coreografia que aprenderam em seus respectivos países, graças a aulas virtuais via YouTube. Os jovens da Índia também: hindus do movimento ghandiano Shanti Ashram e cristãos do país trabalharam juntos durante meses para criar a sua dança, que quer expressar a diversidade das religiões e das castas dentro da Índia. Num, budista da Tailândia, falará sobre a sua vida no dia 1º de setembro no Genfest, e no mesmo dia um cristão de Nazaré e uma muçulmana de Jerusalém contarão o que significa viver a fraternidade no coração do conflito palestino-israelense e da difícil coexistência de três religiões: o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. Entre os participantes, há também jovens sem crenças religiosas, mas que partilham o compromisso de viver num mundo mais unido. Cada um está na linha da frente no lugar onde vive, com os problemas e desafios de todos os dias. Santiago, Chile: 100 jovens estão envolvidos na atividade "Natal na rua", que eles desenvolvem com os mendigos da cidade. Preparação de mesas, presentes personalizados, atenção a cada detalhe... Tudo é projetado para restituir a dignidade àqueles irmãos. Catânia-Bujumbura: a ponte entre os jovens dessas duas cidades, uma da Itália e a outra de Burundi, se materializou em um teclado. Depois de uma chamada via Skype, em que o grupo africano Smile Gen cantou no idioma kirundi, os jovens estudantes de Catânia tiveram a iniciativa de lhes presentear um teclado. Para isto, lançaram a operação "Um sorvete para Burundi". Quando se reconectaram pelo Skype, já houve um concerto virtual intercontinental, com palco em Burundi e um tecladoem Catânia. Oteclado já está destinado ao país africano. O projeto Mundo Unido, concebido e desenvolvido por jovens do movimento dos Focolares e aberto à cooperação de todos, será lançado em Budapeste para promover a fraternidade praticada por indivíduos, grupos e nações. O projeto terá ainda um observatório internacional permanente, reconhecido pela ONU. Fonte: Zenit.

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