Bento XVI agradece à comunidade católica da Síria por sua "fidelidade ao Senhor e à sua Igreja, fidelidade ao Bispo de Roma e ao seu ministério de Sucessor de Pedro".
A mensagem, assinada pelo cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado vaticano, foi enviada pelo Papa por ocasião da consagração da catedral de Alepo no último dia 15, pelo cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais.
"O Santo Padre - diz o texto, como refere o L'Osservatore Romano -, conhece bem a fidelidade da comunidade católica da Síria. E agradece por essa fidelidade e por suas orações, pela fecundidade do seu serviço à verdade e à unidade."
"Ele também agradece aos católicos latinos da Síria que uniram suas forças, seu trabalho, seus sacrifícios e suas ofertas, bem como suas orações, para dar a Deus uma casa digna d'Ele, para invocar o seu nome e implorar a sua misericórdia", acrescenta o texto.
O Papa espera que a comunidade católica da Síria possa continuar oferecendo ao seu próprio país "um contributo significativo para a sua elevação moral e social, no verdadeiro espírito do diálogo ecumênico e inter-religioso".
Comunhão e testemunho
Em sua homilia durante a consagração da catedral, o cardeal Sandri exortou a estender a mão "aos irmãos e irmãs de todas as religiões, buscando aquilo que nos une, oferecendo e pedindo o respeito mútuo de direitos e deveres, inclusive religiosos, para os indivíduos e para a comunidade".
O prelado recordou, portanto, as duas principais mensagens do recente Sínodo para o Oriente Médio: comunhão e testemunho.
"São duas tarefas indissociáveis e para todos - observou -, mas principalmente quero encorajar os leigos, chamados a vivê-las na família, no trabalho no âmbito educativo e social. É essencial o papel da família na comunidade paroquial, para difundir a fé às novas gerações e para cultivar as vocações ao sacramento do matrimônio, ao sacerdócio, à vida religiosa e missionária."
O cardeal se dirigiu depois seu pensamento "a todos os pastores e os fiéis, aos que sofrem no corpo e no espírito; àqueles que deixaram sua terra natal, mas seu coração está conosco hoje, e aos que nos precederam no sinal da fé depois de terem preparado, com seus sacrifícios, este dia de louvor ao Senhor e de festa para o seu povo".
"Que este seja um dia de bênção para outras igrejas cristãs e comunidades cristãs, bem como para os irmãos e amigos do Islã e de outras religiões, e para todos os homens e mulheres de boa vontade", desejou.
Papel do bispo e unidade dos cristãos
"Nós prometemos permanecer sempre com o bispo, que é sacerdote, mestre e guia do mandato recebido do Bom Pastor", prosseguiu o cardeal, reconhecendo a importância do fato de que "o bispo esteja unido ao Sucessor de Pedro, o Papa de Roma e, portanto, a todos os irmãos bispos na Igreja única, para estar seguros de estar com o Senhor".
"Nossa fé afirma claramente: ubi Petrus et Episcopus ibi Ecclesia. Com Pedro e com o bispo: aí está a Igreja de Cristo", disse ele.
O cardeal recordou também que, de 18 a 25 de janeiro, acontece, como cada ano, a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos.
"Vamos fazer nossa a invocação de Jesus ao Pai: ‘Que sejam um'. É o mandato contido também no Sínodo convocado pelo Papa em Roma em outubro passado, para os bispos do Oriente Médio - constatou. Comunhão com Deus, em primeiro lugar, que vem da unidade dentro da Igreja entre os latinos e orientais de toda tradição. Só juntos podemos orar e trabalhar pela unidade entre os batizados."
Na consagração da catedral, dedicada ao Menino Jesus, estiveram presentes, entre outros, Dom Mario Zenari, núncio apostólico na República Árabe da Síria, Dom Giuseppe Nazzaro, vigário apostólico de Alepo, Dom Maurizio Malvestiti, subsecretário da Congregação para as Igrejas Orientais, o mufti, o governador da região, religiosos e consagradas.
Fonte: Zenit.
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