Dezessete pessoas foram presas sob suspeita de serem autoras do atentado contra a igreja copta, em Alexandria, no Egito. Segundo os investigadores, haveria a participação da al Qaeda no crime. Medidas de segurança foram reforçadas em todas as igrejas cristãs do país.
Na sociedade, veem-se conseqüências das tensões geradas pelo atentado. Alguns parentes das vítimas agrediram dois ministros e o governador do estado. Dez coptas foram feridos em conflitos com a polícia, durante manifestações no centro do Cairo, onde centenas de coptas reuniram-se diante da Catedral de São Marcos, sede do Patriarcado Copta Ortodoxo, dirigindo palavras de protestos contra os líderes da Igreja que vinham apresentar seus pêsames.
Logo após, mais de mil manifestantes dispersaram-se pelas ruas vizinhas, provocando confusão no tráfego, batendo nos capôs dos carros e jogando pedras contra os veículos. De acordo com a polícia, um milhão de coptas manifestaram-se diante do Ministério das Relações Exteriores e diante de centros televisivos.
Em Alexandria – segunda cidade mais importante do Egito – também centenas de cristãos coptas fizeram uma manifestação diante da igreja atingida, e depois atearam fogo nas lixeiras dos arredores.
Para o Ministério do Interior, o atentado é, provavelmente, obra de um camicaze munido de bombas locais, mas coordenado também pelo que foi definido como "elementos exteriores".
A Itália pediu que a questão da violência e da discriminação contra os cristãos seja debatida no Conselho dos Ministros Europeus das Relações Exteriores, previsto para 31 de janeiro.
Os coptas representam de 6 a 10% da população do Egito, cujo total é de 90 milhões de habitantes.
Fonte: Rádio Vaticano
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