Com seu discurso de ontem ao corpo diplomático acreditado junto à Santa Sé, o Papa "acrescentou um novo capítulo de grande importância" ao seu "compromisso com a liberdade religiosa no mundo".
Isto foi afirmado ontem pelo diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi, em seu comentário transmitido pela Rádio Vaticano, às palavras proferidas pelo Papa Bento XVI aos embaixadores dos 178 Estados que têm relações diplomáticas com a Santa Sé.
O Pe. Lombardi salientou que esta preocupação do Papa com a liberdade religiosa, "sempre viva", nos últimos meses "está muito mais presente nas declarações públicas das mais altas autoridades da Igreja Católica".
Nesse sentido, quis lembrar as intervenções do Papa por ocasião do Sínodo para o Oriente Médio, o seu discurso no Westminster Hall (Londres), "os recentes apelos após os trágicos atentados contra igrejas cristãs no Iraque e no Egito e a intervenção do cardeal secretário de Estado na cúpula da OSCE em Astana".
Bento XVI fala claramente
O discurso do Papa aos embaixadores, explicou o porta-voz, está ligado à recente Mensagem para o Dia Mundial da Paz.
Ele "tinha oferecido uma visão ampla dos fundamentos do direito à liberdade religiosa e da necessidade de protegê-lo contra os riscos e os ataques - tanto de violações concretas e dramáticas, como de atitudes negativas de origem ideológico-cultural com consequências jurídicas".
O discurso de ontem, no entanto, "ofereceu uma gama impressionante de informações sobre lugares e situações em que esta lei é claramente violada ou questionada de forma mais ou menos explícita e radical".
"Certamente, não se pode culpar o Papa de não ter falado claramente - sublinhou Lombardi. Qualquer um pode entender facilmente o que ele disse."
Além disso, acrescentou o porta-voz, ao tratar deste tema, "o Papa se coloca no coração da sua missão".
"Nunca esquecemos que, no primeiro discurso de seu pontificado, na Capela Sistina, Bento XVI assinalou Deus e a relação do homem com Ele como a primeira das suas prioridades", afirmou.
Daqui, sublinhou Lombardi, "partem todos os seus esforços e os da Igreja para servir a pessoa e a comunidade humana", lembrando que mesmo a ação diplomática da Igreja "visa sobretudo promover a causa de Deus como garantia da causa do homem".
"A forma explícita e corajosa com que o Papa Bento XVI realiza seu serviço de propor o direito à liberdade religiosa para todos" consiste, por um lado, em " incentivar o diálogo inter-religioso e o compromisso de todas as autoridades civis e religiosas", na certeza "de servir, assim, eficazmente à dignidade da pessoa humana e à paz".
Por outro lado, consiste em "defender a liberdade da presença construtiva e benéfica do testemunho cristão no mundo e na cultura de hoje".
Esta defesa "está se tornando, certamente, uma das marcas deste pontificado, e da sua missão histórica", concluiu o Pe. Lombardi.
Fonte: Zenit.
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