sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Dom Damasceno representará Santa Sé na posse de Dilma

O Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis, fará parte da missão especial da Santa Sé que vai a Brasília participar da posse da presidente eleita Dilma Rousseff. A cerimônia está marcada para o dia 1º de janeiro, na capital federal.

Além de Dom Damasceno, fazem parte da missão especial da Santa Sé: Dom Lorenzo Baldisseri, Núncio Apostólico no Brasil e o Monsenhor Rodrigo Bilbao, secretário da Nunciatura.

O ato de posse da presidenta eleita Dilma Roussef, no dia 1º de janeiro, está previsto para começar às 14h30 no plenário do Congresso Nacional. Às 14h, ela sairá da Catedral de Brasília, a bordo do Rolls Royce presidencial conversível, em direção ao Legislativo. Se chover, o trajeto será percorrido em carro fechado. As informações foram confirmadas pelo Itamaraty.

A expectativa é que aproximadamente 1.700 convidados compareçam à cerimônia no Congresso Nacional, onde Dilma e o vice Michel Temer farão, individualmente, perante a nação, o juramento de “manter, defender e cumprir a Constituição, observar as leis, promover o bem geral do povo brasileiro, sustentar a união, a integridade e a independência do Brasil”. Além dos parlamentares, a solenidade reunirá membros do Judiciário, ministros de Estado, representantes estrangeiros e parentes da presidenta e do vice-presidente.

Logo após ser empossada, Dilma deve fazer o primeiro discurso como presidenta da República. Por volta das 16h30, seguirá no Rolls Royce até o Palácio do Planalto, onde será recebida na rampa pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passará a faixa presidencial à sua sucessora. Ali, ela receberá os cumprimentos dos chefes de Estado e de autoridades presentes. Às 17h, Dilma fará novo discurso. Desta vez, no parlatório, de frente para a Praça dos Três Poderes. Depois ela dará posse aos seus ministros.

À noite, por volta das 18h30, Dilma oferecerá um coquetel no Palácio do Itamaraty para autoridades e missões estrangeiras enviadas especialmente para a posse.

Fonte: Assessoria de Imprensa da Arquidiocese de Aparecida

Hoje presidirá as Vésperas da Solenidade da Mãe de Deus, Maria

Nesta sexta-feira, dia 31 de dezembro, data em que a Igreja celebra a memória do Papa São Silvestre, o Papa Bento XVI presidirá às 18h (horário de Roma) as Primeiras Vésperas da Solenidade de Maria Santíssima Santa Mãe de Deus, seguida pela exposição do Santíssimo Sacramento, cantando o tradicional hino Te Deum em ação de graças pelo encerramento do ano. Ao final haverá a benção eucarística.

Em seguida o Santo Padre visitará o presépio montado na Praça de São Pedro. Para as celebrações do dia 31 de dezembro e 1º de janeiro, será colocada no altar da Confissão dentro da Basílica de São Pedro, a estátua de Nossa Senhora do Sacro Viggiano do Monte, oferecida pelo reitor do Santuário, padre Paolo D'Ambrosio.

O Santuário do Sacro Monte di Viggiano está localizado nos Alpes de Lucan a 1.700 metros acima do nível do mar, pertencente a Arquidiocese de Potenza Itália. Desde o início do segundo milênio, o Santuário é considerado o mais importante da região cujas origens remontam ao século XI e estão relacionadas à queda da cidade romana de Grumentum.

Fonte: Gaudium Press

Nova lei contra reciclagem e financiamento ao terrorismo

Foi publicada nesta quinta-feira a Carta Apostólica sob forma de "Motu Proprio" para a prevenção e o contraste das atividades ilegais em campo financeiro e monetário.

"Infelizmente, em nossos dias, numa sociedade sempre mais globalizada, a paz é ameaçada por diversas causas, entre as quais, a de um uso impróprio do mercado e da economia; e a causa – terrível e destruidora – da violência que o terrorismo perpetra, causando morte, sofrimentos, ódio e instabilidade social" – escreve Bento XVI.

Por isso, a Santa Sé "aprova" o empenho da comunidade internacional ao dotar-se de "princípios e instrumentos jurídicos" contra "o fenômeno da reciclagem e do financiamento ao terrorismo", e "pretende fazer suas essas regras na utilização dos recursos materiais que servem para a realização da sua missão e das tarefas do Estado da Cidade do Vaticano" – afirma o Papa.

As novas medidas, emanadas com a execução da Convenção Monetária entre o Estado da Cidade do Vaticano e a União Européia de 17 de dezembro de 2009, são quatro: a lei contra a reciclagem de dinheiro oriundo de atividades criminosas e o financiamento ao terrorismo; a lei sobre a fraude e falsificação de cédulas e moedas em euro; e duas leis em matéria de cédulas e moedas em euro.

"O processo de elaboração" dessas leis – refere um comunicado da Secretaria de Estado – "foi conduzido com a assistência do Comitê misto... composto por representantes do Estado da Cidade do Vaticano e da União Européia."

As normativas – precisa o comunicado – não dizem respeito "meramente ao Estado da Cidade do Vaticano", mas também à Santa Sé, "ordem distinta da do Estado da Cidade do Vaticano – à qual pertencem entidades e organismos que operam em vários campos", entre os quais também o Ior, o Instituto para as Obras de Religião, reconfirmando, desse modo, o compromisso deste último "a agir segundo os princípios e os critérios internacionalmente reconhecidos".

Ademais, o comunicado ressalta a constituição da Autoridade de Informação Financeira (Aif), "Organismo autônomo e independente com incisivas tarefas de prevenção e contraste da reciclagem e do financiamento ao terrorismo em relação a todo sujeito, pessoa física ou jurídica, entidade e organismo de qualquer natureza do Estado da Cidade do Vaticano, dos dicastérios da Cúria Romana e de todos os organismos e entidades dependentes da Santa Sé.

A Aif, cujo presidente com os membros do Conselho diretor são nomeados pelo Papa, é chamada a vigiar sobre o respeito das "novas e importantes obrigações de antirreciclagem e de antiterrosismo a partir de 1º de abril de 2011, data da entrada em vigor da Lei.

A nova normativa – conclui o comunicado da Secretaria de Estado – se inscreve no compromisso da Sé Apostólica na edificação de uma convivência civil justa e honesta. Por isso, de modo algum podem ser deixados de lado ou atenuados os grandes "princípios da ética social, como a transparência, a honestidade e a responsabilidade" (cfr. Bento XVI, Encíclica Caritas in veritate, n. 36)

Fonte: Rádio Vaticano

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Definida a data de beatificação de Irmã Dulce




A data para a cerimônia de beatificação de Irmã Dulce já foi definida. Será no dia 22 de maio de 2011, em missa que será celebrada no Parque de Exposição (Av. Paralela), em Salvador (BA). A informação foi divulgada nesta sexta-feira, 24, pela assessoria de comunicação da arquidiocese de Salvador.

De acordo com a assessoria, o arcebispo de Salvador, cardeal dom Geraldo Majella Agnelo, designou o padre Manoel Filho para coordenar o evento. O horário da missa ainda não foi definido. A comissão organizadora do evento é composta por padres, leigos e representantes das Obras Sociais Irmã Dulce.

2º Congresso Latino -americano de Vocações será realizado em Costa Rica

O setor de Vocações e Ministérios do Conselho Episcopal Latino-americano – CELAM, promove em San José, na Costa Rica, o 2º Congresso Latino-americano das Vocações entre os dias 31 de janeiro e 5 de fevereiro.
O objetivo do evento é fortalecer a cultura vocacional, a fim de que os batizados assumam seu chamado e se tornem discípulos e missionários de Cristo nas circunstâncias atuais da América Latina e Caribe.
O CELAM ressalta que é necessário intensificar as várias maneiras de oração pelas vocações, ajudando a criar uma maior sensibilidade e receptividade diante do chamado do Senhor.

Com informações da CNBB

Nomeado membro do Pontifício Conselho das Comunicações sociais

Nomeado membro do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais








Bento XVI nomeou, nesta quarta-feira, alguns cardeais, criados no Consistório de 20 de novembro passado, como membros de organismos da Cúria Romana.

Entre eles está o Arcebispo de Aparecida, Cardeal Raymundo Damasceno Assis, nomeado membro do Pontifício Conselho das Comunicações Sociais. O purpurado de Aparecida foi nomeado também pelo Papa como membro da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL) junto com o Arcebispo emérito de Quito, Cardeal Raúl Eduardo Vela Chiriboga, e o Arcebispo de Palermo, Cardeal Paolo Romeo.

Fonte: Rádio Vaticano

Papa fala de Santa Catarina de Bolonha

Bento XVI acolheu na manhã desta quarta-feira, dia da habitual Audiência Geral, vários fiéis e peregrinos na Sala Paulo VI, no Vaticano.

Na catequese de hoje, o Papa falou sobre Santa Catarina de Bolonha, que nasceu nessa cidade italiana, em 8 de setembro de 1413, numa família nobre. Aos dez anos mudou-se para Ferrara, onde recebeu uma boa educação e uma vasta cultura literária e artística. Quatro anos mais tarde, decidiu deixar a corte para se dedicar a Deus numa comunidade de mulheres consagradas.

Dois anos depois, a responsável do grupo funda um mosteiro de agostinianas. Catarina e outras, no entanto, preferem seguir a espiritualidade franciscana, transformando a comunidade num mosteiro de Clarissas. Teve freqüentes visões e êxtases, mas também tentações e dúvidas. Por obediência, aceitou o cargo de Mestra de Noviças, exercendo essa função com sabedoria.

"Anos mais tarde, frisou o Papa, Catarina foi transferida para Bolonha como abadessa de um novo mosteiro, edificando suas irmãs por seu espírito de oração e serviço". A única obra escrita que resta de Catarina intitula-se "As sete armas espirituais".

Santa Catarina de Bolonha faleceu em 1463 e foi canonizada pelo Papa Clemente XI, em 1712.

Bento XVI fez um resumo de sua catequese em português, saudou os fiéis lusófonos presentes na audiência e concedeu a todos a sua bênção apostólica.

Queridos irmãos e irmãs,

O século XV conheceu uma mulher de vasta cultura, mas muito humilde: Santa Catarina de Bolonha, cidade onde nasceu e onde voltou na fase final da vida, para fundar um mosteiro da sua Família Religiosa, inspirada na regra de Santa Clara de Assis. Catarina deixou-nos um belo programa de vida espiritual, na sua obra As Sete Armas Espirituais, que são: procurar solicitamente cumprir o bem; acreditar que, sozinhos, não poderemos jamais fazer algo de verdadeiramente bom; confiar em Deus e, por amor d’Ele, nunca temer a batalha contra o mal, tanto fora como dentro de nós mesmos; meditar muitas vezes nos factos e nas palavras da vida de Jesus, sobretudo na sua paixão e morte; recordar-nos que temos de morrer; manter viva na mente a lembrança dos bens do Paraíso; ter familiaridade com a Sagrada Escritura, trazendo-a sempre no coração, para que oriente todos os nossos pensamentos e acções.

Amados peregrinos de língua portuguesa, que viestes junto do túmulo de São Pedro renovar a vossa profissão de fé: a minha saudação de boas vindas para todos vós, em particular para o grupo de Escuteiros de Penedono, desejando-vos abundantes dons de graça e paz do Deus Menino, que imploro para vós e vossas famílias com a minha Bênção Apostólica. (

Fonte: Rádio Vaticano

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

A Igreja é perseguida, mas sempre consolada por Deus

A Igreja sofre perseguições em todos os tempos, mas é sempre protegida pela consolação de Deus: foi o que afirmou Bento XVI em suas catequeses sobre São João apóstolo e evangelista, cuja festa a Igreja celebrou nesta segunda-feira.

Teólogo do amor de Deus, João era o discípulo predileto de Jesus, sendo o único dentre os apóstolos a seguir o Mestre até os pés da Cruz. O Pontífice dedicou-lhe as catequeses de três audiências gerais durante o verão europeu de 2006.

A Igreja "mostrava-se indefesa, frágil", encontrava-se "sempre ameaçada, perseguida". Mas João – em suas visões em Patmos, pequena ilha do mar Egeu, na Grécia, para onde fora deportado por causa da fé – queria dar nova confiança aos cristãos, desconcertados diante de uma história que se mostrava "indecifrável, incompreensível", e pelo "silêncio de Deus diante das perseguições". Assim, no Apocalipse, conta a sua grande visão do Cordeiro que é imolado, mas permanece firme, de pé:

"Jesus, o Filho de Deus, nesta terra é um Cordeiro indefeso, ferido e morto. E, todavia, está firme, de pé, está diante do trono de Deus e é partícipe do poder divino. Ele tem em suas mãos a história do mundo. E assim o Vidente quer dizer-nos: confiem em Jesus, não tenham medo dos poderes contrastantes, da perseguição! O Cordeiro ferido e morto vence! Sigam o Cordeiro Jesus, confiem em Jesus, tomem o seu caminho! Mesmo se neste mundo não é mais que um Cordeiro que se mostra frágil, Ele é o vencedor." (Audiência Geral de 23 de agosto de 2006)

O anúncio da verdade traz consigo perseguições. João – diante do Sinédrio que o está processando junto com Pedro – não pode silenciar aquilo que viu e ouviu:

"Justamente esta franqueza ao confessar a sua fé permanece um exemplo e uma advertência para todos nós a estarmos sempre prontos a declarar com decisão a nossa inquebrantável adesão a Cristo, antepondo a fé a todo cálculo ou interesse humano." (Audiência Geral de julho de 2006)

Em João tudo parte da sua amizade com Jesus, do reclinar a cabeça no peito do Mestre, do entender que Deus é amor: e não amou com palavras, mas com os fatos porque pagou pessoalmente por nós:

"Note-se bem: não é afirmado simplesmente que "Deus ama", ou apenas que "o amor é Deus!" Em outras palavras: João não se limita a descrever o agir divino, mas vai até suas raízes... Com isso João quer dizer que o constitutivo essencial de Deus é amor e, portanto, toda a atividade de Deus nasce do amor e é caracterizada pelo amor. Tudo aquilo que Deus faz o faz por amor e com amor. Embora nem sempre possamos entender imediatamente que isso é o amor, mas é o amor verdadeiro." (Audiência Geral de 9 de agosto de 2006)

O homem é chamado a responder ao amor de Deus sem medida, como diz Jesus no mandamento novo trazido no Evangelho de São João: "Como eu vos amei, amai-vos também vós uns aos outros":

"Aquelas palavras de Jesus, "como eu vos amei", convidam-nos e, ao mesmo tempo, inquietam-nos. São uma meta cristológica que pode parecer inalcançável, mas, ao mesmo tempo, são um estímulo que não nos permite que nos acomodemos com aquilo que pudemos realizar. Não nos permite que nos contentemos com aquilo que somos, mas nos impele a permanecermos no caminho rumo a essa meta." (Audiência Geral de 9 de agosto de 2006)

"Deus é amor": essa revelação ilumina "a face obscura da história" – afirmou Bento XVI. Por isso, o sofrimento não é "a última palavra", mas é um "ponto de passagem rumo à felicidade". Por isso podemos dizer: "Vem, Senhor Jesus".

Fonte: Rádio Vaticano

terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Aumenta a violência anticristã

"Um Estado sem poder, incapaz de enfrentar o problema", foi este o grito desesperado do Bispo de Padang, Dom Martinus Dogma Situmorang, presidente da Conferência Episcopal da Indonésia, contra o aumento da violência anticristã no país.

Não é a primeira vez que os bispos da Indonésia fazem apelo às autoridades por causa de ações violentas perpetradas por grupos fundamentalistas islâmicos contra os cristãos. A Indonésia possui 234 milhões de habitantes, 90% dos quais muçulmanos, mas ali também vive também uma comunidade cristã muito ativa.

Segundo a Constituição da Indonésia, nenhuma autoridade tem o direito de proibir qualquer comunidade religiosa de professar sua fé. Nos dias passados, registraram-se novos episódios de violência em Rancaekek, onde dezenas de membros do Islamic defender front (Fpi) invadiram duas casas utilizadas pelos cristãos como lugares de culto.

Em Parung, onde os católicos são cerca de três mil, as autoridades locais proibiram as celebrações de Natal na Paróquia de São João Batista, justificando a própria decisão com a ausência da autorização para construir um edifício religioso.

Os fiéis se organizaram para participar da missa de Natal celebrada no estacionamento de uma escola. Em todo o país, no Natal, as igrejas foram controladas por milhares de policiais. A mais alta autoridade religiosa da Indonésia, o Conselho dos Ulemás, definiu nos dias precedentes ao Natal como excessivas e provocantes para a população muçulmana as decorações natalinas nos lugares públicos.

Fonte: Rádio Vaticano

"Campanha de terror"

Nas Filipinas foi identificado um suspeito da explosão de uma bomba no telhado de uma igreja durante a missa de Natal, em Jolo. Ao dar a notícia o Presidente filipino, Benigno Aquino, também afirmou que nessa área do país, reduto de rebeldes islâmicos, começou uma “nova campanha” de terror. Durante o ataque, pelo menos seis pessoas ficaram feridas, incluindo o padre que celebrava a missa. Em Jolo são muito ativos os rebeldes islâmicos do grupo Abu Sayyaf, ligado à Al Qaeda.

Uma forte condenação do ataque foi feita pelos ulemás do país que convidam todos os muçulmanos a “levantarem-se contra esses grupos que usam o Islã para seus próprios interesses”.

Falando à Rádio Vaticano o missionário do PIME nas Filipinas, Padre John King disse que o ataque ocorreu em uma capela em uma pequena paróquia, localizada em um acampamento militar. A notícia de hoje é que se teme que o ataque tenha sido realizado pela Jemaa Islamya ou pelo grupo Abu Sayyaf, ligado à Al Qaeda. A situação nessa área – disse ainda o sacerdote – continua crítica, particularmente em relação às pequenas comunidades cristãs, que se encontram nesta região. As outras áreas das Filipinas são, felizmente, mais pacíficas, com exceção das áreas onde há uma forte presença muçulmana.

Perguntado sobre o por que dessa violência contra os cristãos, o missionário respondeu que “estes grupos, ligados ao movimento de Al Qaeda, querem expulsar todos os cristãos destas áreas. Recentemente, alguns professores cristãos foram seqüestrados e quando foram liberados lhes disseram: “é melhor que vocês vão embora daqui, porque não queremos professores cristãos nesta área”. Trata-se de pequenos grupos vinculados à Al Qaeda. Em outros lugares essa violência nem sempre está ligada ao terrorismo de grupos islâmicos: às vezes se trata somente de atos de criminalidade comum, feito com o único propósito de ganhar dinheiro”, concluiu o missionário.

Fonte: Rádio Vaticano

Novo apelo de paz dos bispos sudaneses

Multiplicam-se os apelos de paz da Igreja no Sudão. Os bispos sudaneses se dirigiram ao Governo britânico, após o apelo feito também pelo Arcebispo de Edimburgo, na Escócia, Cardeal Keith Michael Patrick O'Brien, que pediu a intervenção internacional e da ONU, em particular, a fim de acabar com a violência nesse país africano.

O povo sudanês está com medo de que reiniciem as violências por causa do referendo a se realizar em 9 de janeiro próximo, que decidirá a independência ou não do sul do país.

A preocupação aumentou depois dos últimos confrontos, em Darfur, onde perderam a vida cerca de quarenta pessoas, e também por causa da ação dos guerrilheiros afiliados ao Exército de Resistência do Senhor (LRA), que pretendem impedir o processo de democratização, iniciando novos ataques.

O bispo de Rumbek, Cesare Mazzolari, partilhou com o jornal da Santa Sé, L’Osservatore Romano seus temores por causa da situação dos deslocados e pelos contínuos deslocamentos da população do norte para o sul do país, onde nas próximas semanas se esperam 300 a 500 mil pessoas. Em Rumbek, já estão hospedadas 600 pessoas.

O prelado sublinhou o forte compromisso da comunidade católica que trabalha com as organizações humanitárias, mas ao mesmo tempo evidenciou a extrema necessidade de estruturas de acolhimento e de ajuda para enfrentar as necessidades básicas. "A colaboração entre Igreja e ONGs é total" – disse o Programa Mundial de Alimentos que garante os socorros essenciais no campo nutricional.

O episcopado promoveu a iniciativa 101 dias de oração pela reconciliação no Sudão que se concluirá em 1° de janeiro de 2011 em concomitância com o Dia Mundial da Paz.

Fonte: Rádio Vaticano

Apelos de paz e Justiça nas homilias de Natal

"O nascimento de Jesus é acompanhado pela paz. O Senhor nos deixou como herança o dom da paz. A humanidade reconciliada com Deus através do Senhor deve se tornar uma comunidade de pessoas realmente em paz, que eliminem a guerra, o conflito, a violência, o terrorismo e cancelem de seus corações o ódio que separa os povos" – foi o que disse o Arcebispo de Kinshasa, na Republica Democrática do Congo, Cardeal Laurent Monsengwo Pasinya, durante a homilia da missa de Natal celebrada na Catedral de Nossa Senhora de Lingwala.

O purpurado recordou aos congoleses que "uma paz duradoura não pode ser obtida sem justiça, verdade e amor" e expressou seu pesar pela "cultura de guerra e violência dominante no país".

O Cardeal Pasinya frisou que "toda medida é tomada e atuada para perpetuar a guerra" e advertiu sobre o risco de banalizar a morte no Congo. Convidando governantes e cidadãos a um despertar da nação, o purpurado ressaltou que o povo sabe o que está acontecendo no país, que está sendo promovida uma cultura de mentira, injustiça, corrupção, ódio e morte.

O Arcebispo de Dacar, no Senegal, Cardeal Théodore Adrien Sarr, também fez um apelo pela paz e reconciliação em sua mensagem de natal e nas intenções de oração.

Olhando o Senegal, o purpurado pediu ao Governo para criar condições de uma paz definitiva em Casamance. Falando aos milicianos do movimento independentista, pediu-lhes para ouvir o grito de desespero e medo das populações, dando prova de respeito pela vida humana.

Desde 1982, o sul de Casamance é palco de um conflito armado que envolve a local rebelião do Movimento das Forças Democráticas de Casamance (MFDC), em luta pela independência, e os soldados do Governo enviados pelas autoridades de Dacar. Não obstante o acordo de paz, alguns expoentes da milícia continuam perpetrando ataques esporádicos contra civis e militares. O Cardeal Sarr fez um apelo pelo retorno da paz na Costa do Marfim, que se encontra em plena crise pós-eleitoral.

A África esteve presente na homilia de Bento XVI, que no dia de Natal recordou os países africanos atingidos pela ausência de estabilidade, como o Congo, Somália, Costa do Marfim, Madagascar e a região sudanesa de Darfur. O Papa pediu a solidariedade internacional diante de um futuro cada vez mais incerto. (MJ)

Fonte: Rádio Vaticano

Papa escreve mensagem para Encontro Europeu de Taizé

Responsáveis de Igrejas cristãs salientam importância de iniciativa que tem constituído “um dom especial para os jovens” no final de cada ano

Bento XVI, o secretário-geral da ONU e o presidente do Conselho Europeu, além de responsáveis do mundo cristão protestante e ortodoxo, enviaram mensagens de estímulo e reconhecimento pelo próximo Encontro Europeu de Taizé, marcado para Roterdã, na Holanda.

Referindo-se à iniciativa animada pela comunidade religiosa ecumênica de Taizé que decorre entre 28 de Dezembro e 1 de Janeiro, o Papa “invoca a força e a paz do Espírito Santo” sobre os jovens, assim como sobre os pastores, paróquias e famílias que os acolhem, na esperança de que os participantes sejam conduzidos “às fontes da alegria”.

Por seu lado, o secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-Moon, sublinha que “na era em que os desafios ultrapassam fronteiras e tem um alcance global”, o futuro “depende de um bom trabalho coletivo”.

O responsável afirma que a ONU conta com os jovens “neste tempo de provação” para levarem a “chama da solidariedade global” e para ajudarem a Organização “a dar aquilo que o mundo precisa neste momento crucial”.

O presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, escreve que se enche “de alegria interior” ao ouvir o nome de Taizé, “com seus irmãos, os seus jovens e menos jovens, de religião cristã, mas de confissões diferentes, trazendo cada um, pela sua presença, uma porção de esperança a uma humanidade sempre a caminho”.

Dirigindo-se aos 30 mil jovens da Europa e de outros continentes em Roterdã, o patriarca Bartolomeu de Constantinopla, da Igreja Ortodoxa, lembra que “são o futuro da Igreja” e que lhes cabe a “responsabilidade de agir na sociedade”, promovendo “os princípios de justiça e de amor”.

O arcebispo de Cantuária, figura mais destacada da hierarquia anglicana, Rowan Williams, faz votos para que os participantes da 33ª edição do encontro possam descobrir um coração feito de “alegria que ninguém pode mover” e de um “amor que ninguém pode separar”.

Para o secretário-geral da Comunhão Mundial das Igrejas Reformadas, Setri Nyomi, os encontros anuais organizados pela comunidade ecumênica localizada na França “têm sido um dom especial para os jovens”.

Fonte: Agencia Ecclesia

segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Se conhecesses o Dom de Deus

Se conhecêssemos o dom de Deus que se nos aproxima, seríamos melhores. Não por nós mesmos, pois somos fracos e inconstantes, mas Ele nos melhoraria. Mas só por conhecê-lo? Só isso bastaria? Não. É que conhecendo-O é impossível não querê-Lo para si. E querendo-O, buscamo-Lo. Buscando-O, encontramo-Lo “já que Ele se deixa encontrar”. E encontrando-O, descobriremos que é Ele quem nos conheceu primeiro e para si nos quis. Assim, deixaremos que Ele se aproxime, pois nos aproximaremos d’Ele. Então O veremos “tal como Ele é” e nos veremos tal como somos, e é aí que faremos uma profunda experiência do Seu Amor. Só por isso seríamos melhores!

Se conhecêssemos o dom de Deus saberíamos o que Ele fez por nós e seríamos mais gratos. Como? Só a experiência do Seu Amor não nos bastaria? Sim, mas somos viciados em pedir novidades. Então, mesmo um Amor infinito e eterno, para nós, viciados pelo pecado, “não bastaria.” Porém, vendo-nos tais como somos diante Daquele que é, saberíamos toda a verdade de nossa vida. Saberíamos que somos limitados em tudo e para tudo, e o que realmente podemos fazer por nós mesmos? Olharíamos para cada situação de nossa vida sob o prisma da sua luz maravilhosa e aí O veríamos carregando-nos em seu colo nos momentos terríveis que juramos termos passado sozinhos. Perceberíamos que cada bom gesto nosso era apenas um imitar de Seus movimentos, pois como um Pai ensinando o Filho a andar, Ele nos colocava sobre os seus pés (pé sobre pé) e caminhava lentamente para não nos derrubar. Veríamos que a nossa mão repousava constantemente sobre a Sua mão, e que aprendemos a falar imitando os sons que lhes saíam dos lábios, tudo isso com tanta delicadeza e tanta sutileza, que pensávamos sermos nós os verdadeiros autores de todos os gestos e palavras boas, e que por isso nos achávamos merecedores de recompensa, por sermos “tão bonzinhos”.

Mas aí veremos que tudo era Dele, por Ele e com Ele, pois só Deus é Amor, e que nossa vida, quando reta e honesta, é apenas reflexo da verdadeira vida. Só nos resta louvarmos!

Ah, se conhecêssemos o dom de Deus! Seríamos capazes de amar até o extremo. Pois veríamos que extremo é deixar o céu e toda a glória por causa de mim, de você, sendo nós, seres tão pequeninos e indignos. Veríamos que ato extremo é Deus infinito e eterno assumir um corpo de criança, limitado e passageiro. E que mais extremado foi o ato de se tornar completamente dependente nos braços de Maria, sua mãe, ou dependente das capacidades humanamente frágeis de seu pai, José. Amaríamos mais só de ver o Menino-Deus aprendendo a andar, a falar e até a rezar, descobrindo Deus. Isso é amar até o extremo em cada momento simples, em cada detalhe. Mas somos tão pequenos! Será que somos capazes de tanto amor? Não sejamos covardes diante de uma criança.

Você não sabe por onde começar? Olhe o Menino-Deus aprendendo a caminhar sustentado pelas mãos de Sua Mãe e pelos olhos de São José!

Tem medo de errar? Contemple-O sentado no chão com os olhinhos marejados de lágrimas e sua Mãe junto d’Ele, soprando-lhe o joelho todo esfolado do tombo. Olhe a ternura e o carinho nos olhos e gestos de Maria, ela não O censura pelo tombo, pois já sabia dos riscos de se aprender a andar. Olhe mais adiante o seu pai José sorrindo-lhe e de braços estendidos, chamando-O para mais uma tentativa.

Sente-se fraco? Ele é apenas uma criança. O que aquela criança fez de extraordinário? A criança nada, mas Deus nela fez toda a diferença.

Amar até o extremo é deixar Deus fazer tudo, pois só Ele é Amor e só Ele conhece o extremo de nossa vida.

Às vezes, amar até o extremo neste natal será dar o perdão que há tanto tempo nos perturba. É se livrar de toda mágoa que existe em nosso coração. Você não pode nada? Deus pode tudo! Talvez amar até o extremo seja apenas dizer um “eu te amo” às pessoas que convivem com você. É ser sincero com o teu coração e enxergar por cima dos defeitos dos outros o grande presente de Deus que é aquela pessoa para você. Se o seu coração ama, por que os lábios não podem dizer? Você não consegue? Deus tudo pode, até falar em e através de você!

Seja o amor de Deus neste Natal.



Olhe para sua vida e perceba qual ato extremo de amor você precisa fazer. Lembre-se: seja simples como uma criança e faça-o, ou melhor, deixe Deus fazer isso em você. É esse o convite de natal, contemplar no Menino-Deus o que nós devemos ser nas mãos de Deus: uma criança que nada sabe, nada pode, mas confia em quem a conduz.

Você acha difícil ser como uma criança? Se conhecesse o dom de Deus e o que Ele já fez na sua vida, saberia que é mais que possível. Mas quem ou o que é esse dom de Deus? Ainda não sabe? É Jesus Cristo, o Redentor, o Emanuel, o Menino-Deus que vem para nos salvar.

Você tem medo de que Ele só venha no Natal, pois não suportará esperar até lá porque sua vida necessita Dele hoje, agora? Eis que Ele está à porta de seu coração e bate. Abra e conhecerá o dom de Deus e, então, você será melhor consigo mesmo e com o seu próximo. Terá um coração grato e alegre e assim será capaz de amar sempre, até o extremo. Basta você conhecer o dom de Deus!

Feliz Natal!

Ir. Aurélio J, MT



Fonte: www.mongesdatrindade.org.br

Imitar a Sagrada Família para superar com amor as dificuldades

Bento XVI assomou ao meio-dia deste domingo à janela de seus aposentos – que dá para a Praça São Pedro – para rezar com milhares de fiéis, peregrinos e turistas a oração mariana do Angelus.

O Pontífice convidou a acolher como "modelo de vida" a Sagrada Família – cuja festa a Igreja celebra neste domingo – para superar no amor as provações e preocupações. Em seguida, ressaltou como é importante que toda criança, vindo ao mundo, seja acolhida pelo amor do pai e da mãe. Por fim, lançou um novo apelo de paz após as violências anticristãs verificadas na Nigéria e nas Filipinas.

De fato, na alocução que precedeu a oração dominical, o Santo Padre centralizou sua mensagem no tema da Sagrada Família. Partindo do Evangelho de hoje, o Pontífice ressaltou que São Lucas nos fala dos pastores de Belém, que após receberem do anjo o anúncio do nascimento do Messias, "foram então às pressas, e encontraram Maria, José e o recém-nascido deitado na manjedoura" (2, 16).

O Papa frisou que, portanto, às primeiras testemunhas oculares do nascimento de Jesus se apresentou a cena de uma família; mãe, pai e o recém-nascido. Por isso – explicou – a Liturgia nos propõe, no primeiro domingo após o Natal, a festa da Sagrada Família.

Ressaltando que este ano essa festa se dá justamente no dia seguinte ao de Natal e que esta prevalece sobre a festa de Santo Estevão, protomártir, o Papa convidou a contemplar a cena da Sagrada Família na Gruta de Belém: "o menino Jesus se mostra no centro do afeto e da ternura de seus pais". Maria e José guardam em seus corações o mistério do nascimento do Filho de Deus:

"E, no entanto, o nascimento de toda criança traz consigo algo desse mistério! E bem sabem disso os pais que a recebem como um dom e que, comumente, assim falam dela. Já aconteceu com todos nós ouvir dizer a um pai e a uma mãe: "Esta criança é um dom, um milagre!"."

"De fato – afirmou o Santo Padre – os seres humanos vivem a procriação não como mero ato reprodutivo, mas percebem a sua riqueza, intuem que toda criatura humana que vem ao mundo é o "sinal" por excelência do Criador e Pai que está nos céus":

"Como então é importante que toda criança, vindo ao mundo, seja acolhida pelo calor de uma família! Não importam as comodidades exteriores: Jesus nasceu numa estrebaria e teve uma manjedoura como primeiro berço, mas o amor de Maria e de José o fez sentir a ternura e a beleza de ser amados. As crianças precisam disso: do amor do pai e da mãe. É isso que lhes dá segurança e que, no crescimento, permite a descoberta do sentido da vida."

O Papa recordou que a Sagrada Família de Nazaré passou muitas provações, como a fuga para o Egito, mas que, confiando na Divina Providência, assegurou a Jesus "uma infância serena e uma sólida educação".

A Sagrada Família – acrescentou – "é certamente singular e irrepetível, mas, ao mesmo tempo, é "modelo de vida" para toda família" que à luz desse exemplo é chamada a enfrentar problemas e preocupações "com profundo amor e recíproca compreensão".

Dito isso, o Santo Padre acrescentou:

"Portanto, confiemos a Nossa Senhora e a São José todas as famílias, afim de que não se desencorajem diante das provações e das dificuldades, mas cultivem sempre o amor conjugal e se dediquem com confiança ao serviço da vida e da educação."

Após a oração do Angelus, o Pontífice recordou com tristeza as violências que continuaram atingindo também nestes dias de festa os cristãos, como "o atentado numa igreja católica nas Filipinas, no momento em que celebravam os ritos do dia de Natal", e "o ataque a igrejas cristãs na Nigéria". Bento XVI ressaltou que "a terra manchou-se mais uma vez de sangue em outras partes do mundo, como no Paquistão":

"Desejo expressar o meu profundo pesar pelas vítimas destas absurdas violências, e repito mais uma vez o apelo a que se abandone o caminho do ódio para se encontrar soluções pacíficas aos conflitos e oferecer segurança e serenidade às caras populações. Neste dia em que celebramos a Sagrada Família, que viveu a dramática experiência de ter que fugir para o Egito por causa da fúria homicida de Herodes, recordamos também todos aqueles – em particular as famílias – que são obrigados a abandonar as suas casas por causa da guerra, da violência e da intolerância. Portanto, convido-os a se unirem a mim na oração para pedir com veemência ao Senhor que toque o coração dos homens e leve esperança, reconciliação e paz."

Após a saudação, em várias línguas, aos diversos grupos de fiéis, peregrinos e turistas presentes na Praça São Pedro, o Pontífice reiterou seus votos de Boas Festas desejando a todos um bom domingo. O Santo Padre concedeu a todos a sua Bênção Apostólica.

Fonte: Rádio Vaticano

domingo, 26 de dezembro de 2010

Ordenados 61 sacerdotes legionários de Cristo

Na manhã de 24 de dezembro, o cardeal Velasio De Paolis C.S., presidente da Prefeitura dos Assuntos Econômicos da Santa Sé e delegado pontifício para a Legião de Cristo, ministrou a ordenação sacerdotal a 61 legionários de Cristo.

A cerimônia teve lugar na Basílica de São Paulo Fora dos Muros. Concelebraram o bispo Brian Farrell, LC, secretário do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, Dom Paolo Schiavon, bispo auxiliar da diocese de Roma e também um grupo de padres legionários que ontem completaram 25 anos de sacerdócio, incluindo o Pe. Álvaro Corcuera, LC, diretor geral da Legião de Cristo e do Regnum Christi, e o Pe. Luis Garza, LC, vigário geral da Congregação e do Movimento.

Explicando o significado do sacerdócio, o cardeal De Paolis disse em sua homilia: "Jesus se coloca entre nós, por meio de nós, quando o sacerdote anuncia a Palavra, não a sua palavra, mas a de Cristo; não o faz para anunciar a si mesmo, mas para anunciar Cristo."

"Não deve apresentar a si mesmo, mas o amor e a doutrina que são d'Ele", sublinhou, afirmando que "precisamos de sacerdotes para que Jesus nos sustente, santifique, perdoe; e que sejam pastores autênticos". E completou: "Precisamos de sacerdotes para a humanidade!".

Os 61 novos sacerdotes vêm de 11 países: Alemanha (1), Brasil (4), Canadá (3), Coreia do Sul (1), Espanha (7), Estados Unidos (7), Itália (6), México (28), Nova Zelândia (1), Venezuela (2) e Vietnã (1). Com exceção de um, sua idade oscila entre 30 e 40 anos.

Situação na América Latina preocupa Papa

Bento XVI confessou, em sua mensagem de Natal, que acompanha com preocupação os dramas humanitários vividos atualmente na América Latina e no Caribe, assim como as tensões entre a Nicarágua e a Costa Rica.

Antes de dar a sua bênção Urbi et Orbi, o Pontífice lançou um apelo urgente à solidariedade em favor das comunidades carentes do subcontinente americano.

Como era lógico, começou pedindo ajuda a favor "daqueles que, no Haiti, ainda sofrem com as consequências do terremoto devastador e com a recente epidemia de cólera".

Depois pediu que não se esquecessem "aqueles que, na Colômbia e na Venezuela, mas também na Guatemala e na Costa Rica, sofreram recentemente calamidades naturais".

Por fim, pediu o incentivo do "diálogo entre a Nicarágua e a Costa Rica", referindo-se à disputa de fronteira entre os dois países, surgida em outubro, pelas obras de dragagem realizada no Rio San Juan e as reivindicações territoriais dos dois países sobre a Ilha de Calero.

Em sua felicitação em português, o Papa disse: "Feliz Natal para todos! O nascimento do Menino Jesus ilumine de alegria e paz vossos lares e nações!".

Fonte: Zenit.

Diante da violência fundamentalista, patriarca de Jerusalém propõe Amor de Belém

Diante da violência fundamentalista que atinge em especial as comunidades cristãs, o patriarca latino de Jerusalém propôs o Amor de Deus Menino, ao presidir a Missa do Galo na véspera do Natal, em Belém.

Na celebração, que contou com a participação do presidente da Autoridade Palestina, Mahmoud Abbas, e do primeiro-ministro, Salam Fayaad, Sua Beatitude Fouad Twal exigiu o respeito a toda criança, nascida ou por nascer, e deu um forte impulso ao diálogo entre crentes das diferentes religiões.

Na noite do Natal, que testemunhou uma extraordinária afluência de peregrinos na cidade natal de Jesus (cerca de 15 mil, do mundo inteiro), as autoridades israelenses concederam 500 vistos a cristãos de Gaza para irem a Belém.

"Em um mundo ferido pela violência e pelo integrismo, que legitima as piores ações, chegando até a homicídios nas igrejas, o Menino de Belém vem nos recordar que o primeiro mandamento é o do Amor", afirmou o Patriarca Fouad Twal, na homilia que dirigiu na igreja de Santa Catarina.

"O Natal nos lembra o valor único da vida humana, que é um dom de Deus. Toda criança nascida ou por nascer possui uma dignidade única e merece grande respeito, pois é criada à imagem do Menino da Gruta - disse. Como é doloroso constatar que milhões de abortos são cometidos a cada ano no mundo inteiro, devido ao egoísmo e à dureza de coração, à rejeição da vida que começa desde os primeiros instantes da concepção!"

O patriarca confessou a sua tristeza "pelas situações difíceis em que crescem cerca de 80% das crianças da humanidade" e constatou que "as crianças dos nossos países do Oriente Médio estão abaixo do limiar de pobreza".

"Muitas conhecem condições precárias, nos campos de refugiados, ou vivem situações familiares dramáticas, privadas do afeto de seus pais", afirmou.

Unindo-se às conclusões do Sínodo dos Bispos sobre o Oriente Médio, realizado em Roma em outubro, o patriarca deu um forte impulso ao diálogo interconfessional e inter-religioso.

"Este diálogo é um imperativo, é a resposta ao ateísmo moderno e aos integrismos que ameaçam o povo de Deus. Assim, o fanatismo atingiu recentemente a comunidade cristã do Iraque, de maneira trágica", afirmou, referindo-se ao ataque contra a catedral siro-católica de Bagdá em 31 de outubro, que deixou 58 mortos e mais de 100 feridos.

"Nosso desejo para esta festa é que o som dos sinos das nossas igrejas cubra o barulho das armas no nosso Oriente Médio ferido. Que a alegria esteja presente em todos os rostos; que a alegria penetre em todos os corações!", concluiu o patriarca.

Fonte: Zenit.

Para Papa, Natal é um fato, não uma história bonita

Em sua mensagem de Natal, Bento XVI sublinhou o fato de que o nascimento de Jesus é um "fato", um acontecimento histórico, não uma bela história inventada.

Dirigindo-se aos milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro e milhões de pessoas dos cinco continentes que o ouviam ao vivo na televisão, rádio e internet, o Papa aproveitou sua saudação de Natal para explicar o maior mistério do cristianismo.

"É com alegria que vos anuncio a mensagem do Natal: Deus fez-se homem, veio habitar no meio de nós. Deus não está longe: está perto, mais ainda, é o ‘Emanuel', Deus-conosco. Não é um desconhecido: tem um rosto, o rosto de Jesus."

Segundo o Papa, trata-se de "uma mensagem sempre nova, que não cessa de surpreender, porque ultrapassa a nossa esperança mais ousada".

"Sobretudo, porque não se trata apenas de um anúncio: é um acontecimento, um fato sucedido, que testemunhas credíveis viram, ouviram, tocaram na Pessoa de Jesus de Nazaré!"

"Permanecendo com Ele, observando os seus atos e escutando as suas palavras, reconheceram em Jesus o Messias; e, ao vê-lo ressuscitado, depois que fora crucificado, tiveram a certeza de que Ele, verdadeiro homem, era simultaneamente verdadeiro Deus, o Filho unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade."

Diante desta revelação, o Papa apresentou uma pergunta óbvia: "Como é possível? O Verbo e a carne são realidades opostas entre si; como pode a Palavra eterna e onipotente tornar-se um homem frágil e mortal?".

Segundo o Pontífice, "só há uma resposta possível: o Amor. Quem ama quer partilhar com o amado, quer estar-lhe unido, e a Sagrada Escritura apresenta-nos precisamente a grande história do amor de Deus pelo seu povo, com o ponto culminante em Jesus Cristo".

"Somente aqueles que se abrem ao amor são envolvidos pela luz do Natal. Assim sucedeu na noite de Belém, e assim é hoje também."

"Se a verdade fosse apenas uma fórmula matemática, em certo sentido impor-se-ia por si mesma. Mas, se a Verdade é Amor, requer a fé, o ‘sim' do nosso coração."

De fato, ele se perguntou: "E que procura, efetivamente, o nosso coração, senão uma Verdade que seja Amor?". Esta Verdade, assegurou, "é como o fermento da humanidade: se faltasse, definharia a força que faz avançar o verdadeiro progresso, o impulso para colaborar no bem comum, para o serviço desinteressado do próximo, para a luta pacífica pela justiça".

"Acreditar no Deus que quis compartilhar a nossa história é um constante encorajamento a comprometer-se com ela, inclusive no meio das suas contradições; é motivo de esperança para todos aqueles cuja dignidade é ofendida e violada, porque Aquele que nasceu em Belém veio para libertar o homem da raiz de toda a escravidão", concluiu.

Fonte: Zenit.

Papa pede liberdade religiosa neste Natal

A mensagem de Natal de Bento XVI culminou com um premente apelo ao respeito pela liberdade religiosa de todos os crentes e uma declaração de solidariedade para com os cristãos que sofrem perseguição ou discriminação.

Diante de milhares de peregrinos reunidos na Praça de São Pedro para receber a bênção Urbi et Orbi - desafiando a chuva -, o Papa felicitou o mundo pelo nascimento do Menino Jesus em 65 idiomas.

Além disso, lançou um apelo a favor das populações atingidas pela violência ou pelas catástrofes naturais: da Terra Santa e Iraque ao Haiti e outros países latino-americanos; do Afeganistão e Paquistão aos países africanos em guerra; da tensão entre as duas Coreias à difícil situação dos cristãos na China.

Falando da sacada central da Basílica Vaticana, o Pontífice desejou que "o amor do ‘Deus-conosco' dê perseverança a todas as comunidades cristãs que sofrem discriminação e perseguição e inspire os líderes políticos e religiosos a se empenharem pelo respeito pleno da liberdade religiosa de todos".

"Que a celebração do nascimento do Redentor reforce o espírito de fé, de paciência e de coragem nos fiéis da Igreja na China continental, para que não desanimem com as limitações à sua liberdade de religião e de consciência e, perseverando na fidelidade a Cristo e à sua Igreja, mantenham viva a chama da esperança", afirmou o Santo Padre.

Bento XVI buscou que a mensagem de Deus feito Homem ressoasse particularmente entre aquelas pessoas "cuja dignidade é ofendida e violada, porque Aquele que nasceu em Belém veio para libertar o homem da raiz de toda a escravidão".

Antes de tudo, dirigiu-se àquela "Terra onde Jesus nasceu", na esperança de que "inspire israelitas e palestinos na busca duma convivência justa e pacífica".

Desejou que "o anúncio consolador da vinda do Emanuel mitigue o sofrimento e console nas suas provas as queridas comunidades cristãs do Iraque e de todo o Oriente Médio, dando-lhes conforto e esperança no futuro e animando os responsáveis das nações a uma efetiva solidariedade para com elas".

A seguir, pediu solidariedade a favor "daqueles que, no Haiti, ainda sofrem com as consequências do terremoto devastador e com a recente epidemia de cólera", assim como para os que, "na Colômbia e na Venezuela, mas também na Guatemala e na Costa Rica, sofreram recentemente calamidades naturais".

O Bispo de Roma destacou os dramas vividos na África; em particular, desejou que "o nascimento do Salvador abra perspectivas de paz duradoura e de progresso autêntico para as populações da Somália, de Darfur e da Costa do Marfim; promova a estabilidade política e social em Madagascar".

Por último, exigiu a "segurança e respeito dos direitos humanos ao Afeganistão e Paquistão", o impulso do "diálogo entre a Nicarágua e a Costa Rica", e "a reconciliação na Península Coreana".

Fonte: Zenit - (Jesús Colina)

Papa na noite de Natal: homem não pode redimir a si mesmo

Na missa do Galo deste Natal, Bento XVI refutou o falso moralismo, segundo o qual o homem pensa que pode redimir a si mesmo, e mostrou como Deus, ao fazer-se Menino, foi ao seu encontro para que a humanidade pudesse descobrir o Amor.

Em sua homilia durante a celebração, que começou duas horas antes da meia-noite, o Papa explicou o significado do Natal, constatando que nele "fica superada a distância infinita entre Deus e o homem"; e compôs uma oração para pedir que termine a época da tirania da violência e das "vestes manchadas de sangue".

Falso espiritualismo e moralismo

Ao explicar o mistério do Natal e da ação de Deus, o Pontífice convidou a superar dois extremos da vida espiritual. Em primeiro lugar, o de quem reconhece "apenas o agir exclusivo de Deus, como se Ele não tivesse chamado o homem a uma resposta livre e amorosa".

"Mas seria errada também uma resposta moralizante, segundo a qual o homem com a sua boa vontade poder-se-ia, por assim dizer, redimir a si próprio", sublinhou.

"As duas coisas andam juntas: graça e liberdade; o amor de Deus, que nos precede e sem o qual não O poderemos amar, e a nossa resposta, que Ele espera e até no-la suplica no nascimento do seu Filho."

"Deus precedeu-nos com o dom do seu Filho - afirmou. E, sempre de novo e de forma inesperada, Deus nos precede. Não cessa de nos procurar, de nos levantar todas as vezes que o necessitamos. Não abandona a ovelha extraviada no deserto, onde se perdeu. Deus não se deixa confundir pelo nosso pecado. Sempre de novo recomeça conosco."

"Todavia espera que amemos juntamente com Ele. Ama-nos para que nos seja possível tornarmo-nos pessoas que amam juntamente com Ele e, assim, possa haver paz na terra", disse.

Uma oração de Natal

O Papa afirmou que ainda que, com a encarnação do Filho de Deus, tenham surgido "ilhas de paz" - "em todo o lado onde ela é celebrada, temos uma ilha de paz, daquela paz que é própria de Deus" - também "é verdade que ‘o bastão do opressor' não foi quebrado'", segundo falava o profeta Isaías.

"Também hoje marcha o calçado ruidoso dos soldados e temos ainda incessantemente a ‘veste manchada de sangue'", à qual fazia alusão o profeta do Antigo Testamento.

Por isso, o sucessor do apóstolo Pedro compôs esta oração para o Natal: "Senhor, realizai totalmente a vossa promessa. Quebrai o bastão dos opressores. Queimai o calçado ruidoso. Fazei com que o tempo das vestes manchadas de sangue acabe. Realizai a promessa de ‘uma paz sem fim' (Isaías 9, 6)".

E concluiu: "Nós vos agradecemos pela vossa bondade, mas pedimos-vos também: mostrai a vossa força. Instituí no mundo o domínio da vossa verdade, do vosso amor - o ‘reino da justiça, do amor e da paz'".

No final da Missa, algumas crianças levaram a imagem do Menino Jesus ao portal de Belém preparado dentro da Basílica Vaticana. O Papa se recolheu em oração silenciosa diante da representação artística.

sábado, 25 de dezembro de 2010

Votos natalinos ultrapassam a fórmula do “Feliz Natal”

O arcebispo de Belo Horizonte (Brasil), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, considera que é preciso compreender a origem e a profundidade dos votos natalinos, para que eles produzam os efeitos pretendidos pela riqueza do que significam.

“Quando se proclamam votos de feliz Natal remetem-se os corações à fonte alimentadora que sustenta e dá sentido à vida. Há o desafio de vencer a desconfiança configurada no mundo contemporâneo”, afirma o arcebispo, em artigo divulgado à imprensa nesta sexta-feira.

“Com a valorização exacerbada do que é evidente, do que se toca, controla e, particularmente, traz satisfação imediata, o coração humano fica despreparado e incapaz de alcançar o que é mais. Tende a caminhar por superficialidades que trazem consequências nefastas. Coloca lenha na fogueira do caos, que resulta da falta de sentido mais profundo para se viver, ajudar os outros e buscar com clareza o próprio destino.”

O coração humano “torna-se palco de disputas sanguinárias e de amarguras. Seduzido pelo poder fissura-se em metas que comprometem a vida e a traveste de gostos e razões que não só desgastam, mas também destroem esse maravilhoso dom”.

O Natal – afirma Dom Walmor – “é, pois, a festa da grande novidade de Deus que se dá a conhecer em Jesus Cristo Salvador, no diálogo que Ele deseja sempre ter conosco”.

Dizer feliz Natal “é desejar que o destinatário dialogue amorosamente com Deus, oportunidade extraordinária que cada pessoa tem de conversar com a Trindade - Pai, Filho e Espírito Santo - fonte geradora e inesgotável da comunhão que corrige os descompassos da vida”.

“Desejar feliz Natal é fazer um convite à vivência do silêncio que gera escuta para poder participar da fecundidade amorosa de Deus, faz brotar no coração o amor genuíno e autêntico. Amor que ultrapassa, em valor e significação, o que é sustentado somente por sentimentos de afinidade ou por interesses e conveniências”.

O arcebispo cita uma passagem da exortação pós-sinodal Verbum Domini, de Bento XVI, como horizonte de referência para se formular os votos natalinos.

“Neste diálogo com Deus, compreendemo-nos a nós mesmos e encontramos resposta para as perguntas mais profundas que habitam no nosso coração. De fato, a Palavra de Deus não se contrapõe ao homem, nem mortifica os seus anseios verdadeiros; pelo contrário, ilumina-os, purifica-os e os realiza. Como é importante, para o nosso tempo, descobrir que só Deus responde à sede que está no coração de cada homem”, cita o arcebispo.

Fonte: Zenit.

Papa envia carta de Natal a colégio de ciganos

Bento XVI enviou uma carta de agradecimento ao colégio de crianças ciganas Madre Petra, da cidade valenciana de Torrent, pela "carinhosa felicitação por ocasião das festas do Natal e do Ano Novo" que o centro educativo lhe enviou, segundo informa a agência da arquidiocese, AVAN.

Na carta, o Papa faz votos de que "o encontro com Jesus Cristo desperte o desejo de ouvir a Palavra de Deus e meditar sobre ela, para que continue morando, vivendo e falando-nos ao longo de todos os dias das nossas vidas".


No final de sua mensagem, o Santo Padre envia sua bênção apostólica "aos alunos, professores e pais" da comunidade educativa, segundo informações do colégio à agência AVAN.

Atualmente, o colégio das crianças ciganas Madre Petra, dirigido pela congregação Mãe dos Desamparados de São José da Montanha, tem mais de 200 de alunos, em sua maioria da cidade de Valência e de localidades vizinhas. A instituição também oferece cursos profissionalizantes a mais de 50 jovens entre 16 e 30 anos, nos quais aprendem a costurar, cortar cabelo, jardinagem e mecânica.

Fonte: Zenit.

Bento XVI oferece panetones feitos por presidiários

Quinze presos de Pádua confeccionaram os 232 panetones artesanais que Bento XVI ofereceu neste ano aos seus colaboradores, benfeitores e prelados da Cúria Romana por ocasião das festas natalinas.

Uma forma de ressocialização dos presos na sociedade é ensinar-lhes alguma profissão, explicou o L'Osservatore Romano.

Dos 232 panetones, 12 foram colocados dentro de caixas que reproduzem os afrescos de Natal de Giotto, da Capela Arena, de Pádua.

As caixas foram decoradas por designers da associação italiana Cometa, dedicada ao acolhimento e a projetos socioeducativos para crianças.

O chocolate vem da Fundação Piazza dei mestieri de Turim, que trabalha com adolescentes em risco de marginalização.

Os vinhos procedem da Comunidade Terapêutica Pinocchio, de Bréscia, dedicada à recuperação física, moral e social de dependentes químicos.

Finalmente, as geleias foram feitas pelos trapistas de Vitorchiano, uma comunidade localizada a cerca de 100 quilômetros ao norte de Roma.

Fonte: Zenit.

Papa receberá delegação da seleção espanhola de futebol

Bento XVI receberá em audiência, no Vaticano, uma delegação da seleção espanhola de futebol, campeã do mundo, liderada pelo seu técnico, Vicente del Bosque, no dia 14 de fevereiro de 2011.

O presidente da Real Federación Española de Fútbol e membro do Comitê Executivo da FIFA, Angel Maria Villar, fez o anúncio na última terça-feira, na tradicional ceia de Natal, em Madri.

A ideia da audiência do Papa com a seleção espanhola tinha sido lançada durante a visita que Villar e Del Bosque fizeram à Conferência Episcopal Espanhola, em 24 de novembro, com a taça da Copa do Mundo, que a Espanha ganhou em julho passado, na África do Sul.

Nesse encontro, o presidente do episcopado, cardeal Antonio María Rouco Varela, falou do "espírito de equipe" e do "exemplo de cooperação da seleção espanhola", destacando as "virtudes humanas e cristãs" presentes entre os jogadores na conquista da Copa.

Fonte: Zenit.

Deus nos surpreende, diz Papa na BBC

Bento XVI dirigiu nesta sexta-feira uma mensagem de Natal através da rede inglesa de rádio BBC.

A felicitação do Papa foi transmitida às 7h45 de Londres. Ele recordou “com grande carinho” sua visita de setembro ao Reino Unido.

“Quero que saibam que os terei muito em minhas orações durante este tempo de Natal. Rezo por suas famílias, por seus filhos, por quem está enfermo e por todos os que estão passando qualquer tipo de dificuldade neste tempo”, afirmou o Papa.

Bento XVI convidou os ouvintes a dirigirem seu pensamento “a esse momento da história em que o povo eleito por Deus, os filhos de Israel, viviam em intensa expectativa”, esperando “o Messias que Deus prometeu enviar, e o imaginaram como um grande líder que os resgataria da dominação estrangeira e restauraria sua liberdade”.

Mas não era esta libertação que Cristo vinha trazer, explicou o Papa.

“Deus é sempre fiel a suas promessas, mas frequentemente nos surpreende na forma como as cumpre. O menino que nasceu em Belém ia trazer a libertação, mas não só para o povo desse momento e lugar – ia ser o Salvador de todos os povos em todo o mundo e em toda a história.”

Segundo o Papa, “não era uma libertação política o que o trazia, alcançada através de meios militares: o contrário, Cristo destruiu a morte para sempre e restaurou a vida utilizando como meio sua vergonhosa morte na Cruz”.

“Por amor a nós, tomou sobre si nossa condição humana, nossa fragilidade, nossa vulnerabilidade, e nos abriu o caminho que conduz à plenitude da vida, a participar na própria vida de Deus”, disse o Papa.

Por isso, convidou os ouvintes a dar graças a Deus “por sua bondade conosco, e proclamemos alegremente aos que nos cercam a boa notícia de que Deus nos oferece libertar-nos de tudo que nos oprime; Ele nos dá a esperança, nos dá a vida”.

Fonte: Zenit.

Igreja em Portugal viveu ano histórico

O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), Dom Jorge Ortiga, considera que 2010 ficará marcado como um ano histórico para a Igreja em Portugal.

Em entrevista à Agência Ecclesia, o arcebispo destacou a visita que Bento XVI fez ao país em maio, evento que “serviu para que desaparecessem clichés” e “crescesse o amor ao Papa, determinante para acolher a sua mensagem”.

O arcebispo de Braga afirmou que o convite da CEP “coincidiu também com a vontade do Papa em ser peregrino de Fátima”.

Recordando as intervenções de Bento XVI durante sua passagem por Portugal, o arcebispo refere que “é necessária uma presença muito concreta nos variados âmbitos da sociedade: na cultura, na escola, na universidade e outros lugares”.

“Nós já soubemos estar, já soubemos ser fermento na sociedade e que talvez hoje tenhamos centralizado a acção da Igreja dentro dela própria”, afirma.

Para o presidente da CEP “há alguns leigos e padres que ‘clericalizam’ a pastoral, centralizando tudo na pessoa do padre ou do bispo”, em vez de “unir as diversidades de pessoas, de competência e de funções”.

Fonte: Zenit.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Natal: contemplar o mistério de Deus que vem

O arcebispo de São Paulo, cardeal Odilo Scherer, convida os católicos a vivenciarem o Natal como uma experiência interior e pessoal do amor de Deus e não apenas com uma preocupação racional.

“Quando a preocupação, diante do fato religioso, é unilateralmente racional, acaba-se caindo na aridez e na atrofia religiosa, na angústia pessimista e asfixiante, ou no moralismo, que reduz a resultados práticos e verificáveis a reação diante do Mistério insondável”, afirma o arcebispo, em artigo desta semana no jornal O São Paulo.

Ou então – prossegue Dom Odilo –, “vem a tentação da magia, a vontade de dominar e de se apossar do Mistério, para colocá-lo debaixo do nosso controle e manipular seu uso em função de nossas decisões ou desejos”.

“A magia, nas suas variadas expressões, é uma forma bastante primitiva de religiosidade que, no entanto, também está presente amplamente hoje, nas camadas intelectualizadas”, afirma.
O cardeal Scherer recorda que o Advento “nos coloca diante do Mistério do Deus que vem e manifesta, de maneira surpreendente, seu desígnio de amor e misericórdia para com a humanidade”.

“Quem poderia imaginar que Deus, em vez de enviar um anjo de fogo, para combater o mal e fulminar tudo o que se opõe a seus desígnios, enviaria ao mundo seu Filho, nascido pequena criança? Que o Filho de Deus quisesse experimentar em tudo a nossa frágil e precária condição humana?”

“Que o desejo de salvação tão presente no coração humano e manifestado em todas as religiões e culturas dos povos tivesse uma tal resposta de Deus?! Que os sinais da salvação anunciados pelos profetas e experimentados nas contradições da história do Povo de Deus, tivessem uma realização tão surpreendente?!”

“Maravilhas, sim! O Senhor fez conosco maravilhas, santo é seu nome!” “Como deveria estar cheia a vida de quem crê profundamente em Deus”, afirma Dom Odilo.

A fé cristã católica – prossegue o arcebispo –, além de se traduzir em doutrina e preceitos morais, é também “rito, mística, poesia; é música, arte, encantamento; é adoração, oração, louvor e busca de captar e traduzir o belo e amoroso daquilo que cremos e esperamos”.

“É dor e arrependimento, é conforto e esperança. É experiência pessoal do amor de Deus, é emoção e alegria. É cultura e rito social, que expandem essa experiência interior e pessoal para os modos de viver e conviver, em expressões simbólicas como as que são abundantes neste tempo de Advento e Natal.”

Na noite do Natal – afirma Dom Odilo –, “a Igreja reza, agradecida: ‘hoje o céu e a terra trocam seus dons’: a terra entrega ao céu o que tem de mais importante, nossa pobre humanidade, assumida pelo Filho de Deus; e o céu entrega à terra o que tem de mais precioso: o próprio Filho único do Pai eterno”.

Liturgia da Palavra: Natal do Senhor

Apresentamos o comentário à liturgia do Natal do Senhor – Leituras: Noite: Is 9,1-6; Tt 2,11-14; Lc 2,1-14; Aurora: Is 62, 11-12; Tt 3, 4-7; Lc 2, 15-20; Dia: Is 52, 7-10; Hb 1, 1-6; Jo 1, 1-18 – redigido por Dom Emanuele Bargellini, Prior do Mosteiro da Transfiguração (Mogi das Cruzes - São Paulo). Doutor em liturgia pelo Pontificio Ateneo Santo Anselmo (Roma), Dom Emanuele, monge beneditino camaldolense, assina os comentários à liturgia dominical, sempre às quintas-feiras, na edição em língua portuguesa da Agência ZENIT.



NATAL DO SENHOR

“Hoje nasceu para nós o Salvador, que é Cristo Senhor!”

Leituras: Noite: Is 9,1-6; Tt 2,11-14; Lc 2,1-14

Aurora: Is 62, 11-12; Tt 3, 4-7; Lc 2, 15-20

Dia: Is 52, 7-10; Hb 1, 1-6; Jo 1, 1-18

“A festa de hoje renova para nós os primeiros instantes da vida sagrada de Jesus, nascido da Virgem Maria. E enquanto adoramos o nascimento do nosso Salvador, celebramos também o nosso nascimento. Efetivamente, a geração de Cristo é a origem do povo cristão. O natal da cabeça é também o natal do corpo” (São Leão Magno, LH, dia 31 de Dez).

Será que nos surpreendem essas afirmações tão categóricas sobre a participação de todo o povo cristão e de cada fiel no mistério do nascimento de Cristo em força do batismo e do dom do Espírito Santo?

Talvez sim... E de certo modo, a responsabilidade é nossa...

Pois talvez estejamos de fato bem longe do horizonte de Deus por causa de uma visão redutiva das festas litúrgicas, consideradas como simples memória devota e emocional dos acontecimentos da vida de Jesus que elas celebram. Se reduzidas a esta limitada compreensão, as celebrações litúrgicas podem até ser capazes de suscitar nossa admiração, nossa devota compaixão em relação à solidariedade de Jesus para conosco, do pobre amparo de Belém até à generosa e cruel morte na cruz. Mas esses eventos estariam inevitavelmente relegados ao tempo passado. Seriam apenas fatos de ontem.

Pelo contrário as palavras do grande bispo e papa de Roma do século V, afirmam que o nascimento de Jesus é também o nosso nascimento para a vida nova em Deus. Que aquele evento é o nosso, hoje! Que nós estamos ainda nascendo com ele e ele em nós, pela potência do mesmo Espírito Santo que o gerou no seio da virgem Maria.

Papa Leão nos proporciona o centro da boa nova evangélica, da fé e da experiência cristã. Cabe destacar que quando ele propunha dessa forma os alicerces da nossa identidade cristã e da nossa esperança, não estava falando apenas para um grupo escolhido de estudantes de faculdade de teologia, mas partilhando sua fé e alegria de pastor com o povo simples de Roma, enquanto estava oferecendo sua homilia na solenidade do Natal!

Esta é a boa nova cantada pelos anjos na noite luminosa de Belém ao anunciar o nascimento de Jesus aos pobres pastores. Este é o âmago do Evangelho, anunciado pelo próprio Jesus, pregado pelos apóstolos e com tanto destaque evidenciado por Paulo nas suas cartas, proclamado e celebrado na liturgia deste santo tempo de Natal. Em Jesus, pelo dom do Espírito Santo derramado em nós pelo batismo, todos recebemos novamente a condição de filhos e filhas do Pai, e nos tornamos partícipes da sua mesma vida!

“Hoje Jesus Cristo nasceu, apareceu o Salvador!”.

Esta profissão de fé e este grito de alegria destacam a perene atualidade do evento da Encarnação do Verbo/Palavra de Deus, e atravessam como um refrão de fundo toda a liturgia eucarística e a liturgia das horas do tempo de Natal até a solenidade da Epifania.

“Toma consciência, ó cristão, da tua dignidade! - acrescenta o mesmo papa Leão - E já que participas da natureza divina, não voltes aos erros de antes por um comportamento indigno de tua condição. Lembra-te de que Cabeça e de que corpo és membro.... Pelo sacramento do batismo te tornaste templo do Espírito Santo. Não expulses com más ações tão grande hóspede” (São Leão Magno, LH, Natal do Senhor).

O Natal de Jesus é o início do processo do nosso nascimento. É como a gestação que vai formando o corpo inteiro de Cristo, que é a Igreja, Ele que é a cabeça e o coração da mesma, segundo a mística visão de Paulo. Este corpo está formando-se e crescendo em nós até alcançar sua maturidade no fim dos tempos. Até àquela misteriosa meta que somente o Pai conhece, continuaremos sofrendo as dores do parto, na espera do nascimento da nova criatura, e ao mesmo tempo, gozando da alegria do seu próximo aparecer na cena da história (cf. Rm 8, 22-25). Este processo que vai formando em nós a nova personalidade segundo o Espírito de Deus, acompanha a nossa progressiva conformação a Cristo, através da experiência transformadora da sua páscoa (cf. 2 Cor 5, 17).

Os textos litúrgicos do tempo natalino destacam a vinda do Senhor que “vem com potência”, e ao mesmo tempo com humildade e simplicidade. É o paradoxo do amor de Deus, que em extrema solidariedade para conosco, assume com o Verbo Encarnado toda nossa fraqueza, carregando sobre si nossos pecados, renovando até a raiz nossa inconsistência de criaturas pecadoras e nos doando sua própria vida.

Com grande estupor e alegria a Igreja canta esta extraordinária reviravolta da situação humana em Cristo: “Admirável intercâmbio! O criador da humanidade, assumindo corpo e alma, quis nascer de uma Virgem. Feito homem, nos doou sua própria divindade” (Oitava de Natal – Vésperas e Prefácio 3 de Natal).

A partir da contemplação deste centro do Mistério da Encarnação, a liturgia deste tempo faz emergir muitos aspectos da fé da Igreja, da sua esperança, do seu amor esponsal por Cristo, assim como de seu materno carinho e preocupação para com todas as pessoas humanas. Esses mesmos aspectos emergem e tornam a encontrar-se com ricas variações, como temas de fundo de uma grande sinfonia. As modalidades de expressar a fé (lex credendi) e as modalidades de celebrar o mistério de Cristo (lex orandi), se iluminam e se alimentam reciprocamente.

Natal é o tempo de nos aproximar-nos e ficarmos contemplando em silêncio o amor do Pai revelado no menino de Belém. Nele vislumbramos a antecipação profética de Jesus, cheio de compaixão pelos pobres e pecadores, e de Jesus que na cruz, com a última gota do seu sangue, derrama o Espírito renovador do universo.

A Páscoa com seu drama de amor sacrificado, de despojamento de toda glória divina até a descida nas profundezas da morte, e de vida nova pelo poder do Espírito, atua e revela plenamente o mistério do Natal.

A Igreja, como sábia mãe e mestra de vida, nos convida a mergulharmos neste mistério central da história da salvação. Em maneira excepcional nos proporciona a oportunidade de celebrar três vezes a eucaristia na noite-dia de Natal e de ficar contemplando o mistério do nascimento de Jesus por oito dias, quase como para saborear aos poucos o dom de Deus, gota à gota. O número oito, no simbolismo bíblico e litúrgico, diz plenitude. O dom de Deus em Cristo é total e inesgotável, porém nossa experiência dele é sempre parcial e incipiente. Os dias “normais” que seguem à festa guardam em si mesmos o dinamismo da plenitude, e transmitem à vida cristã de cada dia o sabor da festa autêntica, na espera da definitiva.

Para alimentar em profundidade o caminho espiritual pessoal e dar consistência e eficácia espiritual ao ministério pastoral, seria importante cultivar uma meditação atenta, de conjunto da liturgia eucarística - assim como da liturgia das horas - do inteiro ciclo da manifestação do Senhor, de Natal até a Epifania. O olhar da Igreja é essencialmente contemplativo, enquanto mira a transformação interior da pessoa e do mundo através da ação, do testemunho e do desenvolvimento da missão, que caracterizam toda verdadeira experiência da fé.

Redescobrir, através do mistério do Natal, a centralidade da Palavra de Deus na vida da Igreja e na própria vida pessoal significa também redescobrir o sentido do recolhimento e da tranquilidade interior, do silêncio que guarda o mistério de Deus, como Maria que “guardava esses fatos e meditava sobre eles em seu coração” (Lc 2,16; missa da aurora).

O clima de festa destes dias nas assembleias litúrgicas e nas famílias poderá ser autêntico se porventura faltar a doce companhia do silêncio interior que o torne fecundo?

O Advento destacou a aliança de Deus com Israel, acompanhada pelas promessas e a espera do Messias. Igualmente destacou o caminho na história do novo povo de Deus que é a Igreja de Cristo, a qual vive em comunhão com ele, enquanto espera sua vinda definitiva.

O Natal celebra o cumprimento das promessas de Deus e a participação de todas as criaturas humanas em Cristo à vida divina, como filhos e filhas.

A Epifania, com a narração simbólica da visita e da adoração dos reis magos vindos do oriente, destaca que o dom de Deus em Cristo é estendido a todos os povos, culturas e pessoas.

As três etapas deste tempo litúrgico constituem um verdadeiro caminho espiritual, pessoal e comunitário, e destacam as atitudes espirituais que é preciso cultivar ao longo da vida.

Percorrendo este caminho com a Igreja e contemplando no presépio o menino Jesus, descobriremos, à luz da Palavra de Deus e da fé, que a manjedoura é algo mais significativo do que uma comovente reconstrução cênica do nascimento de Jesus na pobreza. É o lugar da presença permanente de Deus no meio de nós, e o lugar do nosso nascimento para a vida e para o estilo de Deus, como indivíduos e como comunidade: vida de amor e estilo de humildade, de nudez e de paz.

Os textos evangélicos de Lucas (missas da noite e da aurora), as leituras do profeta Isaías (missas da noite, da aurora e do dia), e as cartas de Paulo (missas da noite, da aurora e do dia), compõem na maior parte a Liturgia da Palavra das missas do Natal. Nos introduzem na contemplação, com um movimento progressivo, à presença cuidadosa e fiel de Deus na história para seus filhos e filhas. Mostram como ele realiza seu desígnio de amor até o cumprimento pleno em Cristo de maneira unitária, progressiva, e sempre surpreendente, além das expectativas dos homens e das mulheres.

“O Novo Testamento, afirmava Santo Agostinho, está escondido no Antigo, e o Antigo se torna claro plenamente no Novo”. Este é o critério hermenêutico, iluminado pela fé, segundo o qual os textos dos profetas acompanham, com maravilhosa sintonia, as leituras dos Evangelhos e as cartas do apóstolo na liturgia do Natal. Em nós “acontece” ainda esta palavra de vida e encontra seu cumprimento. Pois, afirma São Gregório Magno, “A Palavra de Deus cresce com quem a lê”.

O Evangelho de João, proclamado na missa do dia, nos faz subir até o mistério da comunhão íntima do Verbo divino com o Pai, e nos faz vislumbrar quanto próximo a nós se tornou o mesmo Verbo de Deus, ao assumir nossa condição humana e nos doar sua própria vida divina. “A Palavra se fez carne e habitou entre nós” (Jo 1,14).

Esta mesma Palavra, que é o próprio Jesus, Verbo de Deus encarnado, nos revela o coração do Pai e nos introduz na vida dele pelo dom do seu Espírito. “A todos que a receberam, deu-lhes capacidade de se tornarem filhos de Deus ... E nós contemplamos a sua glória, glória que recebe do Pai como Filho unigénito, cheio de graça e de verdade... Da sua plenitude todos nós recebemos graça por graça” (Jo, 1, 12; 14; 16).

Natal, tempo da manifestação do Senhor na fraqueza humana, tempo de contemplação e de estupor frente a este mistério de amor, tempo de louvor e agradecimento, tempo de empenho, de testemunho e de serviço no estilo potente e humilde de Deus.

“Ó Deus, que admiravelmente criastes o ser humano e mais admiravelmente restabelecestes a sua dignidade, dai-nos participar da divindade do vosso filho, que se dignou assumir a nossa humanidade” (Oração da missa do dia)

Fonte: Zenit.

Praça de São Pedro inaugura presépio amanhã

Amanhã, 24 de dezembro, às 17h (horário de Roma), será inaugurado o presépio monumental da Praça de São Pedro, seguindo uma tradição que remonta a 1982, quando João Paulo II quis colocar uma Sagrada Representação na frente da Basílica Vaticana.

A inauguração do presépio será seguida, às 18h, por outro ato significativo: o Papa Bento XVI acenderá a "Luz da Paz" colocada no peitoril da janela de seu escritório particular.

O Santo Padre visitará o presépio da Praça de São Pedro na tarde de 31 de dezembro, após a celebração das Vésperas na Basílica Vaticana.

Colocado sobre uma superfície de 300 m2, com uma fachada de quase 25 metros, o presépio é inspirado, como sempre, nas narrativas do Evangelho e inclui cenas da vida da Palestina daquela época e de outras realidades geográficas.

No centro está o ambiente humilde do nascimento divino, uma cabana escondida em uma gruta natural que alberga o Menino, Maria e José, acompanhados pela presença silenciosa do boi e do burro.

À esquerda do espectador, uma construção coberta com uma cúpula de madeira acolhe nove personagens - homens, mulheres e crianças - que tocam instrumentos típicos de corda, sopro e percussão, diante de uma rede cheia de peixes; a barca e os cestos de frutas que enfeitam o cenário indicam a principal atividade da pequena comunidade: a pesca e o cultivo da terra.

As estátuas de madeira foram doadas ao Papa pelas Filipinas, através da sua embaixada junto à Santa Sé, por ocasião da celebração 60º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre ambos os Estados.

Na extremidade oposta do presépio, à direita, uma gruta com teto de madeira oferece abrigo para testemunhas em primeira mão do Natal: os pastores e os Reis Magos, no ato de adoração ao Deus Menino.

As estátuas mais antigas, expostas anualmente no presépio da Praça de São Pedro são 9 e procedem da composição preparada em 1842 por São Vicenzo Pallotti, na igreja romana de Sant'Andrea della Valle; são guardadas pela comunidade vaticana das Irmãs Franciscanas Missionárias de Maria, que a cada ano se encarregam de preparar os figurinos para cada personagem.

Conhecidas como "Irmãs da tapeçaria", pois são responsáveis, desde 1926, pelo laboratório de restauração de tapeçarias, as religiosas vestem as estátuas entre 22 e 24 de dezembro e voltam a prestar este serviço na noite de 5 a 6 de janeiro, trocando as vestimentas dos pastores e transformando-os em Reis Magos.

Fonte: Zenit.

Iraque: não haverá Missa do Galo

Depois do atentado da catedral de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro e do contínuo assassinato de cristãos, não haverá Missa do Galo em Bagdá, Mossul e Kirkuk.

O anúncio foi feito pelo arcebispo dos caldeus de Kirkuk, Dom Louis Sako, num testemunho publicado dia 20 de dezembro pela agência Asianews.

“Por razões de segurança – explicou – as igrejas não terão decoração e as missas serão celebradas somente de dia”.

O arcebispo iraquiano destacou que “um estado de tristeza e de luto” reina entre os cristãos.

“Há uma grande preocupação com o futuro dos jovens, que há dois meses não podem ir à universidade – continuou –. O mesmo estado de ânimo afeta as numerosas famílias refugiadas no norte, obrigadas a pensar no futuro sem basear-se em nada concreto”.

“Do governo não se espera nada tranquilizador com relação à defesa dos cristãos: os líderes estão muito ocupados na formação de um novo governo”, lamentou.

Em seu testemunho, Dom Sako se referiu à vida em Kirkuk, onde a “segurança é um pouco melhor que na capital”, apesar de que continuam os sequestros e as ameaças.

“Por isso decidimos, pela primeira vez desde o início da guerra, há sete anos, não celebrar a missa durante a noite”, explicou.

“Não haverá festa: não haverá Papai Noel para as crianças, não haverá cerimônia de felicitação oficial com as autoridades”.

“Há seis semanas que não celebramos a missa por falta de segurança”.

“De momento, suspendemos também a catequese. Não temos direito de colocar a vida das pessoas em risco”.

“Os cristãos são um objetivo fácil. Mas, apesar de tudo, para este natal, rezaremos pela paz. Ajudaremos as famílias pobres de Kirkuk e de Soulaymania: até agora chegaram 106 famílias de Bagdá e Mossul”, explicou.

Em referência à homilia que pronunciará no dia de Natal, o bispo iraquiano afirmou: “insistirei nos problemas, nos enfrentamentos e medos dos homens na terra, onde, apesar de tudo, o Natal traz uma mensagem de esperança”.

“Para nós, iraquianos, a esperança e a alegria do Natal estão relacionadas com a dor e o martírio”, disse.

Fonte: Zenit.

Causa de canonização de cardeal jornalista passa a Roma

O bispo Vicente Jiménez, de Santander (Espanha), presidiu na terça-feira, na igreja de Santa Lúcia, a Missa de encerramento do processo diocesano de canonização do cardeal Ángel Herrera Oria (1886-1968).

O ato público celebrou-se na Sala Magna da Universidade CEU – São Paulo, de Madri, presidido pelo cardeal arcebispo de Madri, Antonio María Rouco Varela, presidente da Conferência Episcopal. A Associação Católica de Propagandistas (ACdP) organizou tanto este ato como o da Missa de Santander.

O processo diocesano de canonização de Dom Ángel Oria teve início em 1996.

Dom Oria nasceu em 19 de dezembro de 1886 em Santander. Foi foi jornalista, jurista, político e sacerdote.

Fundou junto com o sacerdote Angel Ayala a Associação Católica Nacional de Propagandistas (ACNP) em 1910. Em 1911, funda a Editorial Católica, editora do diário O Debate, à frente de cuja direção se manteria durante 22 anos, e de outros jornais regionais.

Durante os anos 20 do século XX, desenvolve um incansável trabalho de evangelização e organização das juventudes católicas, criando diversas organizações juvenis e estudantis. Em 1926 cria a Escola de Jornalismo de O Debate, uma de suas obras mais famosas.

Em 1933 abandona a direção de O Debate e é nomeado presidente da Junta Central de Ação Católica, fundando também o Centro de Estudos Universitários (CEU) e o Instituto Social Operário. Em 1935, se demite da presidência da Associação de Propagandistas e da direção da Escola de Jornalismo de O Debate e, em 1936, antes do começo da Guerra Civil, viajou a Friburgo (Suíça), onde começou a carreira eclesiástica no seminário de São Carlos, sendo ordenado sacerdote o 28 de julho de 1940.

Não volta à Espanha até o ano de 1943, em que é designado coadjutor da paróquia de Santa Luzia em Santander. Nesta cidade cria um centro de estudo para sacerdotes jovens, do qual sairiam vários futuros bispos.

Em 1947, é nomeado bispo de Málaga. Nesta diocese, através de suas homilias dominicais, ficou refletido seu pensamento social, muito influído pela doutrina de Leão XIII. Nesta província, criou mais de duzentas escolas-capela rurais para a formação de jovens analfabetos.

Em 1958 recebe o título de Jornalista de Honra, concedido pela Escola de Jornalismo da Igreja.

Participou do Concilio Vaticano II e, ao cumprir os setenta e cinco anos, renuncia à sede de Málaga. A pedido de Paulo VI, em 1965 é elevado ao cardinalato. Morreu em 28 de julho de 1968, sendo enterrado na catedral de Málaga.

Fonte: Zenit - (Nieves San Martín)

Vaticano aprova comunidade “Novos Horizontes”

O Conselho Pontifício para os Leigos assinou o decreto de aprovação do estatuto da comunidade Novos Horizontes (Nuovi Orizzonti), dia 8 de dezembro.

Numa carta, a fundadora da comunidade, Chiara Amirante, relembra “com o coração cheio de alegria” que o dicastério vaticano “deliberou poder proceder ao reconhecimento da Novos Horizontes como associação internacional de fiéis, aprovando o Estatuto por um período ad experimentum de cinco anos”.

A data do decreto de reconhecimento e de aprovação do estatuto, o dia da festa da Imaculada, faz que se trate de um “grande presente de nossa dulcíssima Mãezinha do Céu e da Santa Mãe Igreja”, afirma.

Com o decreto, explica Almirante, “a Sede Apostólica certifica a autenticidade eclesial de uma agregação de fiéis que tem como objetivo a santificação de seus membros e a edificação da Igreja”.

A notícia foi acolhida pela comunidade “com grande comoção porque é um importante novo ‘selo’ da Igreja que nos assegura que este carisma é um grande dom do Espírito Santo, um caminho maravilhoso que o Senhor traçou para que possamos nos empenhar na Santa Viagem, com fervor sempre crescente, para fazer de cada instante de nossa vida uma graça de amor a Seu infinito Amor”.

“Intensifiquemos então nosso compromisso para levar o Amor a quem não conheceu o amor, a luz a quem se sente envolvido pelas trevas; demos testemunho sempre e de todos modos, com nossa vida, da plenitude da Alegria de Cristo Ressuscitado precisamente a quem se sinta aprisionado nos infernos do desespero e da morte da alma!”, exorta.

A entrega do decreto terá lugar dia 4 de fevereiro de 2011. No domingo, 6 de fevereiro, se celebrará uma festa com toda a comunidade, no Teatro Orione de Roma, com a participação dos cantores Andrea Bocelli e Nek.

Na internet: http://www.nuoviorizzonti.org

Fonte: Zenit.

Bento XVI guiará “pensamento do dia” da BBC em 24 de dezembro

As palavras de Bento XVI serão as protagonistas do programa Thought for the day ("Pensamento do Dia"), que será emitido em 24 de dezembro, às 7h45 (horário de Londres), por ocasião do Natal, através das ondas da Radio 4 da emissora pública britânica BBC.

O Papa, segundo informou o diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, Pe. Federico Lombardi SJ, gravou uma breve reflexão no dia 22 de dezembro, pela manhã, na presença de alguns representantes da BBC.

"Este é um programa muito ouvido, de três minutos, que é emitido a cada manhã e confiado a personalidades e líderes espirituais que expressam uma reflexão rede caráter religioso", disse o porta-voz vaticano.

Esta é a primeira vez que Bento XVI participa de um espaço deste tipo, destinado a um público de rádio. O "Pensamento do Dia" é transmitido pela BBC desde 1970.

O Pe. Lombardi revelou que, após a histórica visita de Bento XVI à Escócia e Inglaterra, realizada de 16 a 19 setembro de 2010, "tínhamos acordado com a BBC sobre a ideia de continuar o bom relacionamento do Pontífice com o Reino Unido".

Gwyneth Williams, a nova diretora do canal Radio 4 da BBC, admitiu que está "emocionada pelo fato de o Papa Bento compartilhar sua mensagem de Natal com o nosso público".

"É significativo que o Papa tenha escolhido o ‘Pensamento do dia' para oferecer sua primeira mensagem radiofônica escrita pessoalmente por ele", declarou.

Entre os personagens que dirigiram sua mensagem no programa, destacam-se: o arcebispo da Cantuária e primaz da Comunhão Anglicana, Rowan Williams; o rabino-chefe das Congregações Judaicas da Commonwealth, Jonathan Sacks; e Dom Vincent Nichols, arcebispo católico de Westminster.

Mais informações em http://www.bbc.co.uk/religion/programmes/thought/.

Fonte: Zenit.

Falece arcebispo que salvou 10 mil judeus

Em 20 de dezembro, faleceu, aos 98 anos de idade, o arcebispo Giovanni Ferrofino, núncio apostólico emérito no Equador e no Haiti, que salvou cerca de 10 mil judeus durante a 2ª Guerra Mundial, como colaborador do Papa Pio XII.

Gary Krupp, judeu, fundador da Pave the Way Foundation (PTWF), surgida em Nova York, explicou a ZENIT que Dom Ferrofino "talvez tenha sido a maior testemunha, em vida, dos esforços de Pio XII para salvar a vida dos judeus que a nossa Fundação entrevistou".

"Pio XII o enviou como emissário ao presidente de Portugal, solicitando vistos para que os judeus pudessem entrar no país", revela.

Depois, Dom Ferrofino continuou o trabalho de assistência quando foi enviado como secretário da nunciatura da República Dominicana.

Em uma entrevista que Ferrofino gravou para a PTWF, o prelado revelou a frustração que Pio XII manifestou, batendo a mão sobre a mesa, ao ver que os americanos não haviam ajudado a "salvar esta vibrante comunidade" - em referência aos judeus.

O então Pe. Ferrofino recebeu regularmente, na República Dominicana, telegramas codificados de Pio XII, entre 1939 e 1945. Pessoalmente, decodificou essas mensagens e, com o núncio apostólico, Dom Maurílio Silvani, apresentou diversas petições ao general Rafael Trujillo, presidente da República Dominicana, "em nome do Papa Pio XII".

"O Vaticano tinha conseguido voos transatlânticos da Europa - explica Krupp. E isso aconteceu pelo menos duas vezes por ano, somando um total de 1.600 vistos por ano para os judeus que escapavam através de Portugal e da Espanha. Dom Ferrofino também ajudou esses refugiados a emigrar para Cuba, México, Estados Unidos e Canadá. Salvou, sob instruções diretas de Pio XII, mais de 10 mil judeus."

Krupp disse que, em janeiro de 2008, na França, com o diretor da Fundação no país, Costantino Fiore, ele pôde gravar uma ampla entrevista com Dom Ferrofino, na qual aparecem evidências e detalhes desta ação.

Em 2010, após o retorno de Dom Ferrofino à Itália, o presidente e CEO da PTWF no país, o advogado Daniele Costi, e o comandante Rolando Clementoni, recolheram seu testemunho por escrito, verificado por um notário; o documento agora está em poder da Yad Vashem, a autoridade israelense de recordação dos mártires e heróis do Holocausto.

O testemunho em vídeo de Dom Ferrofino pode ser visto no site www.ptwf.org.

Fonte: Zenit - (Jesús Colina)

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Cardeais destinam mais de 150 mil euros a Haiti e Iraque

O Pe. Federico Lombardi, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, anunciou que o Colégio Cardinalício recolheu entre seus membros a 151.875 euros, que serão destinados aos mais necessitados no Haiti e no Iraque.

Os cardeais fizeram uma coleta beneficente na assembleia extraordinária do Consistório, convocada pelo Papa Bento XVI em 19 de novembro, e decidiram enviar 75.946 dólares para o Haiti e a mesma quantidade para o Iraque.

O Pe. Lombardi afirmou que o cardeal Tarcisio Bertone, secretário de Estado do Papa, enviará os fundos para aos núncios apostólicos de ambos os territórios. A distribuição do dinheiro dependerá dos núncios e dos bispos das respectivas dioceses e se destinará exclusivamente às pessoas afetadas pela pobreza e aos doentes de ambos os territórios.

O Haiti sofre, neste momento, uma epidemia de cólera, após o terremoto que devastou quase todo o país em janeiro passado. No Iraque, o conflito está afetando particularmente a minoria cristã, que tem sofrido atentados dramáticos nos últimos meses.

Fonte: Zenit.

Padre sofre ataque violento na Índia

Um sacerdote católico foi espancado por um grupo de pessoas não identificadas na sexta-feira passada, no distrito de Jabalpur. O padre conseguiu escapar e salvar sua vida, segundo informa UCANews.

Esse novo ataque levou os bispos das dioceses do Estado indiano de Madhyra Pradesh a pedir proteção nas festas de Natal. Também em Orissa, cenário das perseguições violentas contra os cristãos em 2008, estes foram ameaçados por hinduístas radicais neste Natal.

O sacerdote espancado foi o padre Thomas Chirattavayalil, atacado por um grupo de 12 desconhecidos que invadiram sua casa de madrugada, em uma missão na diocese de Satna. O sacerdote precisou levar pontos na cabeça e ficou com hematomas em todo corpo.

No hospital, o padre assegurou que desconhecia os motivos do ataque, pois não tinha inimigos. Ele recebe agora proteção policial. Dom Mathew Vaniakizhakkekl, bispo de Satna, pediu também proteção para as igrejas durante as festas de Natal.

No Estado de Orissa, especialmente no distrito de Kandhamal, os cristãos estão assustados após o anúncio de ataques de grupos radicais hindus.

O motivo dos ataques no Natal, segundo afirmou o líder do partido radical Kandhamal Kui Samaj, seria “celebrar” o suposto assassinato de um hindu, Khageswar Mallick, por cristãos, em 2007.

Mallick morreu enquanto participava da demolição de uma igreja cristã. Na onda de violência anti-cristã em Orissa, naquela época, os radicais hindus incendiaram 750 casas e 115 igrejas e conventos. Entre o Natal de 2007 e o sangrento verão local de 2008, morreram 500 cristãos.

Fonte: Zenit.

Patriarca de Jerusalém convida israelenses e palestinos à paz

O Sínodo, o aumento de peregrinos na Terra Santa e a retomada das negociações entre a Santa Sé e a OLP são alguns dos sinais positivos que o patriarca de Jerusalém dos Latinos, Dom Fouad Twal, ressalta em sua mensagem de Natal deste ano.

Essa mensagem também contém um apelo para que palestinos e israelenses continuem as negociações, apesar do fracasso da última vez.

Pela segunda vez consecutiva, o patriarca quis fazer um balanço dos acontecimentos do ano e, neste caso, em primeiro lugar destacou a importância do Sínodo dos Bispos sobre o Oriente Médio, de outubro passado.

Nessa ocasião, "pudemos colocar o dedo em nossas feridas e medos, mas ao mesmo tempo, também expressar as nossas expectativas e esperanças", disse ele.

Por outro lado, expressou sua esperança de que o diálogo ecumênico e inter-religioso "possa progredir, não apenas nos meios intelectuais, entre especialistas e teólogos, mas em todas as classes da sociedade, tornando-se cada vez mais um diálogo de vida".

Como um segundo aspecto positivo, o prelado se referiu ao aumento significativo de peregrinos na Terra Santa, que "está tendo números recorde".

Um terceiro sinal de esperança é a maior facilidade na obtenção de vistos para religiosos, seminaristas e voluntários, uma questão que até agora era um assunto polêmico com as autoridades israelenses.

Caminho para a paz

O prelado também se referiu às últimas novidades sobre a relação com os israelenses e palestinos, assim como aos fracassos e motivos de preocupação neste campo.

Em primeiro lugar, recordou a recente retomada, em 7 de dezembro, das negociações entre a Santa Sé e a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), para o reconhecimento jurídico da Igreja no território palestino.

Por outro lado, o prelado disse que os cristãos sofrem com o fracasso das negociações de paz de setembro passado.

"Este fracasso não pode nos deixar sem esperança - disse o patriarca de Jerusalém. Nós ainda acreditamos que, em ambas as partes em conflito, bem como na comunidade internacional, há pessoas de boa vontade que se dedicarão a unir suas forças e seu compromisso pela paz."

O prelado, por outro lado, pediu mais envolvimento da Europa nas negociações entre palestinos e israelenses.

Nesse sentido, fez votos por uma reconciliação rápida entre os dois povos. "Chegou a hora de comprometer-nos juntos por uma paz sincera, justa e definitiva", afirmou.

Diáspora

Finalmente, o prelado, que viajou pelo Chile, Argentina, Honduras e Colômbia, quis lembrar seu encontro com essas colônias palestinas: "São principalmente migrantes entre 1900 e 1950, devido à pobreza e às condições de insegurança da época."

"Hoje, eles estão bem integrados, muitos deles manifestaram sua vontade de sustentar nossos projetos e fazer uma peregrinação à Terra Santa", comentou com alegria Dom Twal.

Entre esses grandes projetos, citou o novo hospital psiquiátrico de Belém, que receberá o nome de Bento XVI, a Universidade de Madaba, que começará a funcionar em outubro próximo, e o novo lugar para peregrinos na Jordânia, no lugar do Batismo de Cristo.

Fonte: Zenit.

Natal de solidariedade com cristãos da Terra Santa

Este Natal é uma oportunidade para manifestar a solidariedade com os sucessores dos pastores de Belém, os cristãos da Terra Santa, afirma o cardeal John P. Foley, grão mestre da Ordem do Santo Sepulcro de Jerusalém.

"Nestes dias, antes do Natal, é fácil lembrar-se da Terra Santa. Nossos pensamentos se dirigem, espontaneamente a Belém e a Maria e José”, reconhece o purpurado americano.

"Escutamos tantas vezes nas Escrituras neste período que quase conseguimos ver o estábulo onde nasceu Jesus; escutar o canto dos anjos e ver os pastores de joelhos diante do Menino Jesus”, afirma Dom Foley. A Ordem do Santo Sepulcro, entre outros fins, ajuda os cristãos dos santos lugares, onde financia 45 escolas com 19 mil jovens de diferentes religiões.

"Mas quando pensarem nos pastores de Belém, pensem que as pessoas que ajudamos na Terra Santa são precisamente descendentes daqueles pastores do nascimento de Jesus. Nós ajudamos os descendentes dos primeiros seguidores de Cristo e, alguns deles são, certamente, descendentes dos pastores que adoraram o Menino Jesus”, acrescenta.

Por este motivo, o cardeal faz esta proposta para o Natal: “espiritualmente”, “podem visitar aquele lugar sagrado, o estábulo de Belém e, junto aos pastores, adorar o Menino Jesus”.

"Podem pedir paz para sua Terra Santa; a paz e o progresso na santidade para suas vidas, podem prometer ajudar os primos de Jesus, que vivem atualmente em Belém e em toda a Terra Santa e que são descendentes dos primeiros seguidores de Jesus, os descendentes dos primeiros cristãos que viram em Cristo o Emanuel, Deus-conosco”.

Estes foram os conselhos que o cardeal Foley deixou na missa de investidura aos novos membros da Ordem do Santo Sepulcro, na basílica de São João de Latrão, de Roma, no último 18 de dezembro.

Fonte: Zenit.

Papa afirma que o homem tem de se “acostumar” com Deus

Bento XVI, durante a audiência geral realizada hoje na Sala Paulo VI, com milhares de peregrinos de todo o mundo, quis convidar os cristãos a maravilhar-se diante do Menino Jesus, como a maneira mais adequada de viver o Natal.

O Papa quis dedicar sua última catequese antes das festas natalinas a refletir sobre elas, citando alguns escritos do Padre da Igreja Santo Irineu, em seu livro "Contra as Heresias".

De todos os pensamentos deste santo sobre o Natal, o Pontífice quis destacar um em especial: que o homem "tem de se acostumar a perceber Deus".

"Deus está normalmente afastado das nossas vidas, das nossas ideias, do nosso agir. Ele veio a nós e temos de nos acostumar a estar com Deus", indicou.

Inclusive afirmou que Irineu, audazmente, "se atreve a dizer que Deus também tem de se acostumar a estar conosco e em nós. E que Deus talvez devesse nos acompanhar no Natal, acostumar-nos com Ele, assim como Deus tem de se acostumar conosco, com nossa pobreza e fragilidade".

Assim, "a vinda do Senhor, portanto, não pode ter outro propósito além de ensinar-nos a ver e a amar os acontecimentos, o mundo e tudo que nos rodeia, com o mesmo olhar de Deus".

"O Verbo que se fez Menino nos ajuda a compreender como Deus age, para que sejamos capazes de deixar-nos transformar cada vez mais pela sua bondade e pela sua infinita misericórdia", acrescentou.

Outra das ideias centrais de Santo Irineu sobre o Natal é que Deus, "com o Menino Jesus, nos chama à sua semelhança. Vemos como Deus é. E, assim, recorda que devemos ser semelhantes a Deus".

"O homem não vê Deus, não pode vê-lo, e assim está na escuridão sobre a verdade, sobre si mesmo. Mas o homem, que não pode ver Deus, pode ver Jesus. E, assim, vê Deus, assim começa a ver a verdade, assim começa a viver", citou o Papa.

Com o seu nascimento, Jesus "nos indica e atribui também uma tarefa: precisamente a de ser semelhantes a Ele e tender à verdadeira vida, de chegar à visão de Deus no rosto de Cristo".

Diante dessa obra divina, o Papa convidou os fiéis a "maravilhar-se", a aproximar-se do lugar "onde se encontraram e se cruzaram as esperanças do mundo e do coração humano com a presença de Deus".

"Toda a existência humana, de fato, é incentivada por este profundo sentimento, pelo desejo de que o mais verdadeiro, o mais belo e a maior realidade que entrevimos e intuímos com a mente e com o coração, possa vir ao nosso encontro e tornar-se concreto diante dos nossos olhos, voltando a levantar-nos", afirmou o Pontífice.

Por isso, prosseguiu, "na noite do mundo, deixemo-nos ainda surpreender e iluminar por este ato de Deus, que é totalmente inesperado: Deus se faz Menino. Deixemo-nos surpreender, iluminar pela Estrela que inundou o universo de alegria".

O Papa também quis destacar a importância do presépio, "símbolo característico da época do Natal".

O presépio, afirmou, "é uma expressão da nossa espera de que Deus se aproxime de nós, de que Jesus de aproxime de nós, mas também da ação de graças Àquele que decidiu partilhar nossa condição humana, na pobreza e na simplicidade".

"Fico feliz porque permanece viva, e até está sendo redescoberta, a tradição de preparar o presépio nas casas, locais de trabalho, lugares de encontro", confessou.

Bento XVI concluiu desejando que o gesto de preparar o presépio "possa oferecer ainda hoje, para todos os homens de boa vontade, um ícone evocativo do amor infinito do Pai por todos nós".

"Que os corações das crianças e dos adultos ainda possam ser surpreendidos diante dele", acrescentou.

Fonte: Zenit.

Famosos convidam a presentear jovens com a JMJ

O técnico da seleção espanhola, Vicente del Bosque, a diretora Inma Shara e o escritor Leopoldo Abadía protagonizam a campanha de Natal da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que será no verão de 2011. Além da campanha, os organizadores preparam um ciclo de cinema religioso com filmes de grande impacto.

A campanha de Natal da JMJ começou no último dia 14 de dezembro na Espanha. A ideia é que pais e avós presenteiem a seus filhos e netos inscrições para a JMJ, que se celebrará em Madri, em agosto de 2011.

A ação, que tem especial presença nas redes sociais da internet, imprensa, rádio e tv, conta com os testemunhos de personalidades.

Vicente del Bosque salienta o exemplo que os jogadores da seleção espanhola deram aos jovens, depois da conquista da Copa do Mundo e afirma que “no esporte, como em tudo na vida, é preciso ter valores sólidos e ser consequentes”.

Inma Shara lembra uma viagem solidária que fez a Zâmbia: “pude escutar os acordes mais dolorosos do ser humano”, diz e anima “os jovens a recuperar os valores que viu naquelas pessoas”.

Leopoldo Abadía reconhece que, cada Natal, tem verdadeiros problemas para escolher os presentes de seus 12 filhos e 40 netos e surpreendê-los, mas “este ano tenho tudo resolvido: sei que o melhor investimento é presentear inscrições à JMJ”, afirma.

Gabriel González-Andrío, diretor de marketing da JMJ, explica: “A mensagem desta campanha enfatiza que se trata de um duplo presente, já que as pessoas que se inscrevam podem colaborar com um Fundo de Solidariedade que permite que jovens sem recursos, de países mais pobres, que estão em guerra ou que sofreram com catástrofes naturais possam participar”.

Por ser uma campanha sem fins lucrativos, sua difusão é totalmente gratuita, graças à colaboração de vários grupos de comunicação, dentro e fora da Espanha.

Todos aqueles que queiram inscrever-se para a JMJ podem fazê-lo na web oficial www.madrid11.com.

Nos meses prévios à Jornada, se celebrará em Madri um ciclo de cinema que ajudará na preparação a este evento global.

Teresa Ekobo, responsável pela área de cinema da JMJ, destaca que o ciclo servirá para “preparar juntos as jornadas, aprofundar em seu tema através de filmes e de encontros com os profissionais que os realizaram”.
Para ver a campanha: http://www.madrid11.com/es/oficina-de-prensa/descargas.

Fonte: Zenit.