O cardeal Walter Kasper recebeu o Premio Isaías inter-religioso do Comitê Judaico Americano (AJC, American Jewish Committee, Isaiah Interreligious Award), no último dia 29 de abril, em Washington.
O presidente da comissão pontifícia para as relações religiosas com o judaísmo foi premiado com essa distinção na celebração anual do AJC, celebrada na quinta-feira à noite no Hotel Grand Hyatt, após a reunião anual do comitê, que reuniu líderes de todo o mundo.
O prêmio foi concedido por "seu prolongado compromisso no diálogo entre judeus e católicos" e sua "liderança" no "progresso do entendimento entre estas duas religiões".
"Estou profundamente emocionado - declarou o cardeal Kasper - por essa alta distinção e não posso fazer mais que expressar minha profunda gratidão a AJC pela honra que me foi concedida, como alemão, como teólogo católico e como presidente da comissão pontifícia para as relações religiosas com os judeus."
E acrescentou: "Estou profundamente agradecido por poder contribuir com o movimento das relações entre nossas duas comunidades e ao processo de cura das profundas feridas do passado".
O cardeal Kasper, de 77 anos (nasceu em março de 1933), presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cristãos, foi uma pessoa chave nas relações do Vaticano com os judeus nas últimas décadas, explica a AJC.
Contudo, para o cardeal, não foi tanto um "dever", e sim um "cargo que envolve um compromisso pessoal gratificante".
Ele teve uma "função central" no estabelecimento das relações bilaterais - iniciadas por João Paulo II - entre o grande rabinato de Jerusalém e a Santa Sé, afirma o AJC.
Para o rabino David Rosen, diretor da AJC para os assuntos inter-religiosos, "o cardeal Kasper fez declarações extremamente importantes sobre a Igreja Católica e o judaísmo, é fortemente contrário a qualquer tipo de proselitismo com os judeus e foi um campeão na luta contra o antissemitismo e o antijudaísmo".
O cardeal Kasper declarou que católicos e judeus estão "embarcados, tanto uns como outros, em uma visão do mundo sem antissemilitismo e sem anticatolicismo".
"Nós nos esforçamos - acrescentou - por fazer que o mundo se mova, trabalhando pelo bem de nossos filhos e filhos de nossos filhos, para que atrocidades como o Holocausto não aconteçam nunca mais."
Esse ano, a AJC também outorgou o Prêmio Jan karski ao ministro espanhol Miguel Ángel Moratinos, por sua valentia moral na luta contra o antissemilitismo, e o Prêmio à Liderança ao senador americano Robert Menéndez, por seu trabalho em defesa de Israel.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário