Na segunda-feira passada, o cardeal Bagnasco, arcebispo de Gênova e presidente da Conferência Episcopal Italiana, inaugurou no Vaticano uma mostra fotográfica dedicada à representação do sacerdote no cinema e como sua imagem mudou com o passar do tempo.
A exposição, chamada "Sacerdotes no cinema. Os sacerdotes e o imaginário cinematográfico", pode ser vista a partir de 3 de junho na Universidade Pontifícia Lateranense, antes de iniciar uma grande viagem que percorrerá toda a Itália.
A mostra, pensada por ocasião do Ano Sacerdotal, foi realizada pela Fundação Entidade do Espetáculo, em colaboração com o Escritório Nacional para Comunicação Social e Cinemateca do Centro Experimental de Cinematografia.
Em seu discurso, o cardeal Bagnasco recordou que o cinema sempre ofereceu uma multiplicidade de representações do ministério sacerdotal, narrando frequentemente "seu sacrifício e seu testemunho junto ‘aos últimos' da sociedade, tanto em tempos de paz como durante os difíceis anos da guerra".
"Como não recordar por exemplo - destaca -, o célebre personagem de Dom Pietro Pellegrini, interpretado por Aldo Fabrizi, valente sacerdote de Roma na escura época nazista, no filme-manifesto do neo-realismo italiano, Roma città aperta (1945) de Roberto Rossellini?"
"Entre as várias reflexões propostas pela sétima arte e seus autores sobre o mistério sacerdotal - afirmou -, aquela a qual me sinto mais ligado e que mais traz à mente a vida e testemunho do Santo Cura de Ars é certamente a figura do sacerdote do Journal d'un curé de campagne (1951), de Robert Bresson, extraído da novela homônima de Georges Bernanos."
"A sensibilidade e poética da obra de Bresson são certamente comuns também para outros autores, e outros filmes, que vemos hoje aqui bem representadas nesta mostra fotográfica dedicada aos sacerdotes no cinema", acrescentou.
O cardeal Bagnasco recordou do último filme de Verdone, chamado Io, loro e Lara, a figura do padre Claro, "uma interessante e inédita figura do missionário que passa paixão por seu mistério apesar das complexas e difíceis situações nas quais vive".
Fonte: Zenit.
Robert Bresson e Maurice Pialat foram alguns dos cineastas que adaptaram obras de Georges Bernanos ao cinema. O que poucos sabem é que o escritor francês esteve, entre os anos 1938 e 1945, nas cidades de Juiz de Fora (MG), Pirapora (MG), Itaipava (RJ), Vassouras (RJ), Petrópolis (RJ) e Barbacena (MG). A É Realizações Editora, que tem publicado traduções das obras de Bernanos, acaba de lançar “Sob o Sol do Exílio: Georges Bernanos no Brasil (1938-1945)”. Nesse estudo, Sébastien Lapaque conta detalhes da passagem do escritor pelo país, sua revolta contra a mediocridade dos intelectuais e a ascensão do totalitarismo, sua amizade com pensadores brasileiros e a visita que Stefan Zweig lhe fez à véspera de se suicidar.
ResponderExcluirMatérias na Folha de S. Paulo a propósito do lançamento do livro: http://goo.gl/O8iFve e http://goo.gl/ymS4lL
Para ler algumas páginas de “Sob o Sol do Exílio”: http://goo.gl/6hAEOM
Confira também:
Diálogos das Carmelitas: http://goo.gl/Yy3ir3
Joana, Relapsa e Santa: http://goo.gl/CAzTTk
Um Sonho Ruim: http://goo.gl/Kd091z
Diário de um Pároco de Aldeia: http://goo.gl/ISErLc
Sob o Sol de Satã: http://goo.gl/qo18Uu
Nova História de Mouchette: http://goo.gl/BjXsgm
ANDRÉ GOMES QUIRINO
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