A Associação Paulinas Onlus busca promover a cultura inspirada nos princípios do Evangelho, partindo de uma ótica cristã do mundo, entendida como um serviço ao desenvolvimento e ao crescimento integral da pessoas.
O prêmio pretende destacar aqueles que atuam junto aos meios de comunicação, pautados nos valores manifestados na mensagem para o Dia Mundial das Comunicações deste ano.
Neste ano, o Papa dedicou a mensagem ao tema "O sacerdote e a pastoral no mundo digital. Os novos meios a serviço da Palavra". O texto foi publicado em 23 de janeiro passado, às vésperas da festa de São Francisco de Sales, padroeiro dos jornalistas.
O Pe. Cantalamessa é franciscano capuchinho, tendo sido ordenado sacerdote em 1958. Doutor em teologia e em literatura, foi professor de história das origens cristãs na Universidade Católica de Milão e diretor do Instituto de Ciências Religiosas. Foi também membro da Comissão Teológica Internacional de 1975 até 1981. Em 1977, deixou o ensino acadêmico para dedicar-se inteiramente ao serviço da Palavra de Deus. Em 1980, foi nomeado pregador da Casa Pontifícia. Como tal, todas as sextas-feiras do Advento e da Quaresma, propõe uma meditação na presença do Papa, dos cardeais, bispos, prelados e superiores gerais de ordens religiosas.
Ao receber o prêmio, o sacerdote dirigiu de maneira espontânea algumas palavras ao público, lembrando um dos momentos mais importantes de sua vida, ocorrido em 1980: "Enquanto estava em um retiro, meu superior geral me chamou e disse: ‘O Papa João Paulo II o nomeou pregador da Casa Pontifícia'".
"Transcorridos 30 anos, os papas ainda me suportam", disse brincando. Referindo-se à sua participação na televisão, disse: "Não sei se é um dom natural ou concedido pelo Senhor, mas o fato é que, quando se acendiam as luzes das câmeras, eu não as via. Via apenas o público, o sorriso das pessoas. As pessoas percebiam que seu estava com elas".
Disse ainda que o sacerdote deve ter "uma grande fé no Senhor e no poder da Palavra do Senhor".
"Creio que dá muita fé ao sacerdote saber que é portador de uma notícia que merece ser ouvida até o fim do mundo", acrescentou o Pe. Cantalamessa.
"Não há verdade tão profunda que não possa ser levada, com uma linguagem adaptada, a qualquer pessoa normal. É necessário renunciar à linguagem difícil e abstrata", recomendou.
O Pe. Cantalamessa concluiu advertindo contra os perigos para o sacerdote de ser pregador nos meios de comunicação: "Pode favorecer a vaidade"; e acrescentou que, para evitá-la, é preciso ter sempre em mente que "nós não pregamos em nosso nome, mas em nome de Cristo Jesus, o Senhor".
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário