Por meio do sinal da cruz, lembramos a Trindade divina que "passa a habitar em nós" a partir do dia do Batismo. Foi o que disse Bento XVI neste domingo, antes da oração do Ângelus, recitada na presença de cerca de 50 mil fiéis reunidos na Praça São Pedro, no Vaticano.
Refletindo sobre o mistério da Trindade, celebrado na liturgia de hoje, o Papa evidenciou a importância do sinal da cruz, que, "em certo sentido, recapitula a revelação de Deus advinda dos mistérios pascais: morte e ressurreição de Cristo, sua ascensão à direita do Pai e a efusão do Espírito Santo."
"Nós o fazemos antes da oração - disse, citando o teólogo Romano Guardini - para que permaneça em nós aquilo que nos foi doado por Deus... Este abraça todo o ser, corpo e alma... e tudo se torna consagrado em nome do Deus uno e trino."
No sinal da cruz, acrescentou o Pontífice, "está contido, portanto, o anúncio que gera a fé e inspira a oração", sublinhando a importância central do sacerdócio na difusão das verdades de fé que decorrem da Trindade.
"Também Santo Cura d' Ars lembrava aos seus fiéis: ‘Quem acolheu a vossa alma no primeiro momento do ingresso na vida? O sacerdote. Quem a alimenta para lhe dar a força de realizar a sua peregrinação? O sacerdote. Quem a há de preparar para comparecer diante de Deus, lavando-a pela última vez no sangue de Jesus Cristo? O sacerdote, sempre o sacerdote'."
E, citando uma oração de Santo Hilário de Poitiers, concluiu: "Conservai imaculada esta fé reta que habita em mim e, até meu último suspiro, dai-me igualmente esta voz em minha consciência, para que assim permaneça sempre fiel àquilo que professei em minha regeneração, quando fui batizado no Pai, no Filho e no Espírito Santo".
Em seguida, ao saudar os peregrinos de língua polonesa, Bento XVI dedicou um pensamento especial às vítimas das enchentes no Polônia, que nas últimas duas semanas deixaram ao menos 20 mortos.
"Confiemos hoje à Santíssima Trindade nossas dificuldades. Que Maria, que intercede por nós, nos ajude a ler os desígnios da Providência de Deus - disse. Se de Deus aceitamos o bem, por que não deveríamos aceitar o mal? (cf. Jó 2,10). Tudo está contido no plano divino de salvação", concluiu.
Fonte: Zenit.
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