Dois ícones que tinham sido ocultados pelos bolcheviques adornam duas torres da muralha do Kremlin de Moscou, informou o Serviço Ortodoxo de Imprensa e Europaica (n°. 180, de 18 de maio de 2010).
Os meios de comunicação russos anunciaram a notícia no último dia 12 de maio, citando os serviços da administração presidencial e museus que administram o lugar histórico de Kremlin, antiga residência dos czares e dos patriarcas da Rússia.
Os responsáveis pela administração do Kremlin decidiram restaurar e devolver aos cidadãos dois ícones de uma antiguidade de seis séculos que foram descobertos no final de abril em duas torres da fortaleza debaixo de uma camada de gesso aplicada pelos bolcheviques.
"Os trabalhos começaram com a eliminação da camada grossa de gesso que cobriu os ícones no ano de 1937", declarou aos jornalistas a porta-voz do Departamento de Museus do Kremlin, Jeanne Bélochapkine.
"Parece que os dois ícones foram pintados a óleo sobre afrescos, e os trabalhos de restauração estão dedicados a verificar esta hipótese", declarou o diretor geral adjunto dos Museus do Kremlin, André Batalov.
O primeiro ícone representa Cristo Salvador em um fundo dourado, com dois santos monges russos aos seus pés: São Sérgio de Rádonezh e São Barlaam de Katyn (Novgorod).
Ergue-se sobre a entrada da porta Spasskaïa (do Salvador), a porta de entrada solene debaixo da torre principal do Kremlin, bem na frente da igreja de São Basílio, o Bem-Aventurado, na Praça Vermelha.
O segundo ícone que adorna a torre Nikolskaïa (de Nicolau), mais para o norte e também na Praça Vermelha, representa a São Nicolau de Mira (século IV), especialmente venerado pelos crentes ortodoxos russos.
De acordo com o testemunho dos historiadores, os ícones eram ainda visíveis nos primeiros meses do ano de 1918.
Então eles foram escondidos debaixo de uma malha grossa metálica e, em 1937, no apogeu de uma onda nova de campanhas de antirreligiosas, foram completamente cobertos com gesso. Ao término do mês passado de abril, voltaram novamente à luz.
As primeiras análises permitem aos especialistas afirmar que o ícone de São Nicolau remonta por volta do século de XV ou início do século XVI, o que confirmam as declarações dos restauradores que nele trabalharam.
O ícone de São Nicolau estava gravemente danificado pelas explosões de tiros de armas no assalto dos bolcheviques ao Kremlin, em novembro de 1917.
Fonte: Zenit.
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