Quem pensa que a missão profética de Fátima se concluiu, estaria enganado, afirmou hoje o Papa, durante a homilia da Missa Solene celebrada na esplanada do Santuário de Fátima, junto com mais de meio milhão de peregrinos, de Portugal e de outras nações europeias.
A missão da Igreja hoje, disse o Papa, é "mostrar o amor de Deus" a uma humanidade "disposta a sacrificar seus vínculos mais santos no altar de estreitos egoísmos da nação, etnia, ideologia, grupo, indivíduo".
"O homem pode desencadear um ciclo de morte e de terror, mas não consegue interrompê-lo... Na Sagrada Escritura aparece com frequência que Deus está em busca de justos para salvar a cidade dos homens, e o mesmo acontece aqui, em Fátima", acrescentou.
A solene Eucaristia de hoje, com sol radiante, foi celebrada na esplanada do Santuário, presidida pelo Papa e concelebrada por 4 cardeais, 77 bispos e 1442 sacerdotes. A cerimônia começou com a procissão da imagem de Nossa Senhora de Fátima.
"Eu também vim como peregrino a Fátima, a esta ‘casa' que Maria escolheu para nos falar nos tempos modernos. Vim a Fátima para rejubilar com a presença de Maria e sua materna proteção. Vim a Fátima, porque hoje converge para aqui a Igreja peregrina, querida pelo seu Filho como instrumento de evangelização e sacramento de salvação."
O Papa insistiu em seu pedido pela "humanidade afligida por misérias e sofrimentos": "Estreito ao coração todos os seus filhos e filhas, especialmente quantos vivem atribulados ou abandonados, no desejo de comunicar-lhes aquela esperança grande que arde no meu coração e que, em Fátima, se faz encontrar mais sensivelmente."
"Sim! O Senhor, a nossa grande esperança, está conosco; no seu amor misericordioso, oferece um futuro ao seu povo: um futuro de comunhão consigo", exclamou Bento XVI.
O Pontífice quis antecipar a próxima celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora aos Pastorinhos, prevendo que os sete anos que faltam para essa comemoração "possam acelerar o pré-anunciado triunfo do Coração Imaculado de Maria a glória da Santíssima Trindade".
"Mais sete anos e voltareis aqui para celebrar o centenário da primeira visita feita pela Senhora ‘vinda do Céu', como Mestra que introduz os pequenos videntes no conhecimento íntimo do Amor Trinitário e os leva a saborear o próprio Deus como o mais belo da existência humana".
"Deus pode nos alcançar, oferecendo-se à nossa visão interior", pois Cristo tem "o poder de preencher os corações mais frios e tristes", já que "a fé em Deus abre ao homem o horizonte de uma esperança certa que não desilude; indica um sólido fundamento sobre o qual apoiar, sem medo, a própria vida; pede o abandono, cheio de confiança, nas mãos do Amor que sustenta o mundo".
Neste sentido, propôs como exemplo os Pastorinhos, "que fizeram de sua vida uma oferenda a Deus e uma partilha com os demais, por amor a Deus".
"Nossa Senhora ajudou-os a abrir o coração à universalidade do amor - acrescentou. Só com este amor de fraternidade e partilha construiremos a civilização do Amor e da Paz."
Fonte: Zenit.
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