O Papa destacou, na quinta-feira passada, o potencial da religião e da cultura para motivar o diálogo e a cooperação entre os povos.
Ele o fez em seu discurso para o novo embaixador da Mongólia perante a Santa Sé, Luvsantersen Orgil, ao recebê-lo no Vaticano por ocasião da apresentação de suas cartas credenciais.
"A religião e a cultura como expressões inter-relacionadas das aspirações mais profundas de nossa humanidade comum, naturalmente servem como incentivos para o diálogo e a cooperação entre populações no serviço à paz e ao desenvolvimento genuíno", declarou.
Para Bento XVI, "o autêntico desenvolvimento humano, com efeito, deve levar em conta toda a dimensão da pessoa e, assim, aspirar a esses bens mais altos que respeitam a natureza espiritual do homem e seu destino último".
Neste sentido, o Papa expressou ao representante da Mongólia seu apreço pelo apoio constante do governo para garantir a liberdade religiosa.
"O estabelecimento de uma comissão encarregada da aplicação justa da lei, da proteção dos direitos de consciência e do livre exercício da religião se ergue como um reconhecimento da importância dos grupos religiosos na estrutura social e do potencial para promover um futuro de harmonia e prosperidade", afirmou.
Também realçou "o desejo dos cidadãos católicos da Mongólia para contribuir para o bem comum participando plenamente na vida da nação".
E acrescentou que a Igreja, "em fidelidade à mensagem libertadora do Evangelho, busca também contribuir para o progresso de toda a comunidade".
O Papa sublinhou os esforços dos católicos para cooperar na superação dos problemas sociais e mostrar sua preocupação caridosa pelos necessitados.
Também apontou o interesse da Igreja em "desempenhar sua função no trabalho de formação intelectual e humana, sobretudo educando os jovens nos valores do respeito, solidariedade e preocupação pelos menos favorecidos".
A Mongólia está celebrando o 20º aniversário de seu passo à democracia e, neste sentido, o Papa expressou sua confiança "em que os grandes progressos realizados nestes anos continuem dando frutos na consolidação de uma ordem social que promova o bem comum de seus cidadãos, ao tempo em que promove suas legítimas aspirações com relação ao futuro".
Bento XVI expressou sua solidariedade aos afetados pelo duro inverno e pelas chuvas torrenciais e inundações do ano passado.
Coincidiu com o embaixador mostrando que "as questões ambientais, particularmente as relacionadas à mudança climática, são questões globais e precisam ser abordadas no âmbito global".
Também realçou que "o estabelecimento de relações diplomáticas entre a Mongólia e a Santa Sé, que ocorreram após as grandes mudanças sociais e políticas há quase duas décadas, são um sinal do compromisso de sua nação com um enriquecedor intercâmbio na mais ampla comunidade internacional".
Fonte: Zenit.
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