"O aborto não é um serviço de consumo", disseram em um comunicado de imprensa os bispos da Inglaterra e Gales, devido à realização do primeiro anúncio de propaganda sobre aborto transmitido nestes países. Este anúncio é promovido pela organização feminista Marie Stopes International.
O comercial começou a ser transmitido na segunda-feira passada. Uma voz em off faz a pergunta: "Está atrasada?", recorrendo à demora do período menstrual.
A propaganda não menciona a palavra aborto. Não obstante, mostra uma adolescente em um ponto de ônibus, uma mãe com duas crianças caminhando e uma jovem em um café olhando para a rua.
"Se atrasar, você pode estar grávida. Se está grávida e não está segura do que fazer, Marie Stopes International pode ajudá-la", sugere o comercial.Para os bispos de Reino Unido, para este tipo de procedimentos "não deveria ser permitida a publicidade nos meios de comunicação.
Os prelados disseram que esta publicidade: "deterioram o respeito à vida" e os qualificaram como "enganosos e muito prejudiciais para as mulheres, que podem ser persuadidas a tomar uma decisão precipitada e que logo poderão se arrepender".
Uma publicidade para a qual, de acordo com os bispos, "não interessa a saúde ou o bem-estar psicológico da mulher".
Também aproveitaram os prelados para convidar as mulheres que estão em dificuldade para que procurem organizações que ofereçam informação confidencial e ajuda prática, e que encorajem e sustentem as mulheres de forma que optem de um modo informado, buscando sempre o seu bem-estar psíquico e físico".
Dentro dessas entidades, os bispos destacaram o trabalho da organização britânica pró-vida chamada Life, que busca oferecer apoio às mulheres grávidas, oferecer tratamentos de fertilidade que não comprometam a vida de outros embriões e cuidar de todos os custos da vida do nascituro.
Michaela Aston, porta-voz desta organização, manifestou em declarações à imprensa que este comercial "criará muita ofensa e angústia".
"Estamos muito preocupados porque o anúncio está dirigido especificamente a mulheres grávidas e, embora pareça inofensivo, acredito que muitas mulheres em gravidez de risco não darão conta de que, ao chamar esta linha esperando ajuda, falarão com elas de aborto", assinalou.
"Não posso acreditar que as autoridades permitam a transmissão deste comercial enquanto uma recente consulta revelou que o público em geral se opõe à propaganda de serviços de abortos", concluiu a porta-voz do grupo Life.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário