A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) publicou nesta segunda-feira, 10, no plenário da sua 48ª AG, que acontece na Confederação Nacional dos Trabalhadores do Comércio (CNTC), em Brasília, o Manual de Procedimentos Administrativos. O livro tem por objetivo disponibilizar às dioceses do Brasil um instrumento de trabalho facilitador no complexo processo da administração dos bens e serviços da Igreja nas comunidades. O Manual é direcionado, principalmente, às mitras diocesanas, suas paróquias, comunidades e outras instituições.
De acordo com o integrante do grupo que escreveu a obra e responsável pelo início dos trabalhos, padre Aleixo W. Souza, o material é uma proposta da Conferência para atender os gestores da Igreja no Brasil nas mais diversas situações eclesiais.
"A proposta é que todas as paróquias do Brasil contem com esse Manual. Não existe pretensão de impor, criar diretrizes, mas sim o interesse de disponibilizar um instrumento de trabalho. É uma proposta da CNBB para responder a tantas perguntas concretas do mundo da gestão eclesial", explicou o sacerdote.
Padre Aleixo argumenta ainda que o material é de suma importância para a Igreja hoje. Ele disse que a necessidade de um subsídio para a gestão vai diminuir algumas falhas que são cometidas nas dioceses, paróquias e comunidades. "Bispos, padres, gestores de comunidades, e outros, trazem questões, perguntas e muitas dificuldades. Às vezes pela falta de conhecimento ou pela precipitação de algum administrador que não conhece bem a legislação de cada área da gestão, acaba-se cometendo imprudências danosas, desastrosas e irrecuperáveis. E o Manual vem para sacar essas dificuldades".
Da mesma forma, o ecônomo da CNBB, Francisco Julho, defende o Manual como um importante projeto de controle para os procedimentos administrativos da Igreja no Brasil. "O objetivo é ajudar as instituições católicas a organizarem sua contabilidade, a área de recursos humanos, o patrimônio, para terem um controle mais preciso de tudo. Queremos com o livro facilitar os trabalhos nessa área para que a Igreja tenha unidade nos procedimentos administrativos".
Ainda de acordo com Francisco Julho, a Comissão de Gestão Eclesial, está à disposição da Igreja no Brasil para orientações e seminários sobre o conteúdo do Manual. O ecônomo da CNBB lembra também que a equipe está aberta para sugestões e críticas sobre o Manual recém publicado.Ideia e conteúdo
O Manual foi usado primeiramente na década de 1990, na arquidiocese de Curitiba (PR), quando padre Aleixo era o responsável pelo setor econômico daquela Igreja particular. Nos anos de 2002 e 2003, o trabalho acabou sendo discutido numa reunião promovida pelos gestores da CNBB, de modo especial, pelo ecônomo Francisco Julho.
O Manual tem 328 páginas. O livro é uma edição da CNBB, e consta de planilhas oficiais da área contábil e área tributária. O trabalho tem seis grandes capítulos e uma introdução geral que versa sobre a natureza da instituição. Os capítulos discorrem sobre as áreas contábil, jurídica, patrimonial, de recursos humanos, e serviços em geral, incluindo a informática.
(Com CNBB)
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