Bento XVI deixou esta manhã Castel Gandolfo, onde se encontra para alguns dias de repouso depois da Páscoa, para se encontrar com fiéis e peregrinos na Praça S. Pedro, no Vaticano.
Em sua catequese, o Papa recordou que a Igreja celebra o mistério da Ressurreição e sente a alegria do triunfo de Cristo sobre o mal e a morte, que inunda não somente a Oitava de Páscoa, mas se prolonga até o Domingo de Pentecostes.
Depois do pranto da Sexta-feira Santa, do silêncio do Sábado Santo, vem um anúncio esplêndido: Cristo Ressuscitou. "Esta é a melhor notícia de toda a História" – disse o pontífice. Com efeito, a Páscoa de Cristo é um fato absolutamente extraordinário, o fruto mais belo e maduro do mistério de Deus. É o acontecimento fundamental da nossa fé, seu conteúdo central e o motivo principal pelo qual cremos.
O Novo Testamento, explicou Bento XVI, não descreve concretamente a Ressurreição de Jesus. Narra somente os testemunhos daqueles que o encontraram pessoalmente uma vez ressuscitado. Os anjos deram esta notícia, convidando as mulheres a transmitirem-na aos discípulos. Este anúncio passou de uns a outros com fidelidade e valentia, chegando assim até nós. "Hoje também se necessitam de testemunhas de Cristo ressuscitado e somente o seremos se tivermos um encontro pessoal com Ele" – recordou.
Mas para um resumo de sua catequese, ouça o próprio pontífice, em português: "Queridos irmãos e irmãs. 'Verdadeiramente o Senhor ressuscitou e apareceu a Simão.' Com estas palavras, a Igreja expressa a grande alegria que a inunda pelo triunfo de Cristo sobre a morte, celebrado durante os cinqüenta dias do tempo pascal. A ressurreição de Cristo é um evento tão extraordinário que muitas das suas dimensões escapam à nossa capacidade humana, mas ao mesmo tempo é um fato histórico, real, testemunhado, documentado. É a “boa nova” que a Igreja transmite desde o seu início e da qual cada um de nós é chamado a ser testemunha entusiasta e corajosa. De fato, a notícia da vida nova em Cristo deve resplandecer na vida do cristão, com o auxílio do Senhor ressuscitado que o acompanha. Seremos verdadeiras testemunhas de Cristo quando deixarmos transparecer em nós o prodígio do seu amor; quando, nas nossas palavras e gestos em plena conformidade com o Evangelho, for possível reconhecer a presença do próprio Jesus. Queridos peregrinos vindos de Lisboa e demais localidades de língua portuguesa, a minha saudação amiga para todos vós, com votos duma boa continuação de santa Páscoa! Que o Ressuscitado seja sempre o centro da vossa fé, a fonte da vossa esperança e o dinamismo ardente da vossa caridade. Sobre vós e vossas famílias, desça a minha Bênção Apostólica". Ao saudar em várias línguas, Bento XVI falou também em russo, enviando, através da Agência ITAR-TASS, uma saudação a todos os russos que vivem dentro ou fora do país: "Que a Solenidade da Santa Páscoa, que este ano tivemos a alegria de celebrar juntos entre católicos e ortodoxos, seja ocasião para uma renovada fraternidade e de uma sempre mais intensa colaboração na verdade e na caridade".
Fonte: Rádio Vaticano
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