O Papa desejou hoje ao novo embaixador da ex-república iugoslava da Macedônia, Gioko Gjorgjevski, que seu país, que se encontra neste momento em processo de incorporação à União Europeia, possa dar este passo sem esquecer seu "passado religioso e cultural".
Destacou que, no povo macedônio, são bem visíveis os sinais dos valores humanos e cristãos, encarnados na vida das pessoas, que constituem o apreciado patrimônio espiritual e cultural da nação.
"Recorrendo a tal patrimônio, os cidadãos de seu país continuarão construindo também no futuro a própria história e, fortalecidos por sua identidade espiritual, poderão levar ao consórcio dos povos europeus a contribuição de sua experiência", afirmou o Papa.
Desejou que, "em um contexto global de relativismo moral e de escasso interesse pela experiência religiosa, no qual se move frequentemente uma parte da sociedade europeia", os macedônios "saibam fazer um sábio discernimento, ao abrir-se aos novos horizontes de autêntica civilização e de verdadeiro humanismo".
Para isso, sublinhou Bento XVI, é necessário "manter firmes e fortes, em nível pessoal e comunitário, aqueles princípios que estão na base também da civilização desse povo: o apego à família, a defesa da vida humana, a promoção das exigências religiosas, especialmente dos jovens".
Da mesma forma, após destacar as boas relações desse país balcânico com a Santa Sé, o Papa elogiou o esforço pela convivência entre etnias e religiões diferentes dentro da mesma nação.
A Macedônia, independente desde 1991, conta com 2 milhões de habitantes, dos quais 64% são ortodoxos e 33%, muçulmanos. No país, convivem as etnias macedônia, albanesa, turca, romena e sérvia.
Neste sentido, Bento XVI destacou que este compromisso do povo macedônio por favorecer o diálogo e a convivência "pode se converter em um exemplo para outras regiões dos Bálcãs".
Os crentes "sabem que o diálogo e paz não podem depender somente de estratégias políticas ou de planificações humanas, porque a paz é dom de Deus aos homens de boa vontade", uma paz baseada na justiça e no perdão.
"A justiça assegura um pleno respeito pelos direitos e deveres, e o perdão cura e reconstrói a partir das bases as relações entre as pessoas, que ainda sentem as consequências dos confrontos entre as ideologias do passado recente", afirmou o Papa.
Assim, sublinhou que, após a etapa comunista, "triste experiência de um totalitarismo negador dos direitos fundamentais da pessoa humana", o povo macedônio "se encaminhou rumo a um progresso harmônico, dando provas de paciência, disponibilidade para o sacrifício e otimismo perseverante, tenazmente dirigido à criação de um porvir melhor para todos os seus habitantes".
Fonte: Zenit.
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