O ex-prefeito judeu de Nova York afirma que os “ataques contínuos” dos meios de comunicação à Igreja e a Bento XVI converteram-se em “manifestações de anticatolicismo”.
Edward “Ed” Koch, que também foi congressista de 1969 a 1977, afirmou isso na quinta-feira, em blog do jornal The Jerusalem Post.
“A sucessão de artigos sobre os mesmos eventos, em minha opinião, não tem já a intenção de informar, mas simplesmente de castigar”, afirma Koch.
Ele reconhece que o abuso sexual a crianças é “horrendo”, assinalando que este é um ponto de acordo entre os católicos, a própria Igreja, assim como os não católicos e os meios de comunicação”.
Sobre este ponto, o político e comentarista político afirma que o Papa proclamou abertamente sua execração do delito e compaixão pelas vítimas.
Koch assinala que “muitos dos que nos meios de comunicação estão se lançando contra a Igreja e o Papa hoje, claramente o fazem com deleite, e alguns com malícia”.
E acrescenta: “a razão, creio, das constantes arremetidas é que há muitos nos media, e alguns católicos também, como muitos do público, que se opõem e estão encolerizados com a postura que a Igreja mantém, incluindo a oposição a todos os abortos, a oposição aos casamentos do mesmo sexo, o manter a norma do celibato para os sacerdotes, a exclusão das mulheres do clero, a oposição às medidas de controle de natalidade, incluindo os preservativos e a prescrição de drogas, e a oposição ao divórcio civil”.
“Meu bom amigo, o cardeal John O'Connor, disse uma vez: “a Igreja não é um buffet livre, em que se pode pegar e escolher aquilo que se gosta”.
“A Igreja tem o direito de pedir o cumprimento de todas suas obrigações religiosas por parte de seus fieis, e obviamente o direito de defender suas crenças em geral”.
O político judeu esclarece que pessoalmente não está de acordo com a postura católica nestes temas, mas acrescenta que a Igreja “tem o direito de manter estes pontos de vista de acordo com suas crenças religiosas”.
Ele afirma: “os judeus ortodoxos, igualmente à Igreja Católica, podem exigir absoluta obediência às normas religiosas. Quem rejeita aderir a elas é livre para ir embora”.
Koch expressa sua convicção de que a Igreja Católica é uma força positiva no mundo, não um mal”. Afirma que “a existência de 1,1 bilhão de católicos no mundo é importante para a paz e a prosperidade do planeta”.
“Obviamente, os meios de comunicação deveriam informar ao público sobre os novos fatos ligados ao abuso infantil – afirma Koch –, mas sua objetividade e credibilidade sofrem quando o New York Times rejeita publicar um artigo de resposta do arcebispo de Nova York, Timothy Dolan, sobre o tema do anticatolicismo, e oferece em contrapartida publicar uma carta ao editor, que é muito mais breve e menos destaca”.
Ele assegurou ainda: “estou alarmado porque, segundo o Times de 6 de abril, ‘na semana passada o jornal de centro esquerda La Repubblica escreveu sem atribuição que certos círculos católicos creem que as críticas à Igreja procedem de um lobby judeu de Nova York”.
Koch esclarece que se estes “certos círculos católicos estavam-se referindo ao Times, dever-se-ia declarar que o editor, Arthur Sulzberger, Jr., não é judeu, mas episcopaliano, e seu diretor executivo, Bill Keller, é também cristão”.
Fonte: Zenit.
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