Uma “boa notícia”: com estas palavras, a Santa Sé acolheu a assinatura do Tratado de Redução de Armamentos Nucleares Estratégicos (START-2), entre os presidentes dos Estados Unidos e da Rússia.
A assinatura do tratado aconteceu no dia 8 de abril, na sala espanhola do Castelo presidencial de Praga, onde o Papa se dirigiu ao Corpo Diplomático, no dia 26 de setembro de 2009, para exigir “novos modelos na vida pública e de solidariedade entre as nações e povos”, sem os quais o futuro da justiça, paz e prosperidade ficará sem resposta.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, no editorial do último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, considera que, do ponto de vista exposto pelo Papa, o tratado START-2 “é uma boa notícia”.
De fato, constata, “supera-se uma situação de impasse e se retoma o caminho rumo à redução e, esperamos, à eliminação dos arsenais bélicos”.
O tratado limita o número de ogivas a 1.550 e os foguetes, a 800. Supõe uma diminuição de 30% com relação ao Dsnp e de 74% com relação ao START-1.
As armas nucleares permitidas pelo tratado “são sempre suficientes para destruir o nosso planeta, mas são mais reduzidas em relação ao período de acúmulo sem limites, inútil e ilógico”.
“Falar justamente de paz, de confiança e de solidariedade quando ainda existem milhares de ogivas nucleares potentíssimas, é provavelmente muito otimista, mas se trata do caminho justo, e é urgente prosseguir nele”, reconhece o Pe. Lombardi.
Para o porta-voz, com este acordo “se torna mais crível falar de não-proliferação nuclear aos Estados com esse tipo de ambição, e será possível destinar recursos econômicos, científicos e humanos às necessidades mais urgentes da humanidade e do seu desenvolvimento”.
“Todo esforço nesta direção deve ser encorajado e a Igreja sempre apoiará os agentes de paz”, conclui.
Fonte: Zenit.
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