Cáritas Internacional lançou uma campanha para chamar empregadores e governos a que protejam da exploração os imigrantes trabalhadores domésticos.
Esses trabalhadores são frequentemente mulheres. Segundo Cáritas, correm o risco de ser submetidos a “longas horas de trabalho, sem proteção de segurança social, recebem salários escassos e violência”. A entidade assinala que “os abusos são difíceis de detectar, dado que acontecem dentro das casas”.
O emprego em lares privados alcança cerca de um terço de todo o emprego feminino na Ásia, segundo a rede internacional Trabalhadores Domésticos (IDWN).
A campanha se lançou com vistas à conferência anual da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que ocorrerá em julho, onde se examinará o rascunho de uma convenção para proteger os trabalhadores domésticos.
“Uma convenção internacional deveria sublinhar que o trabalho doméstico é trabalho, portanto, os que o realizam têm direitos como qualquer outro trabalhador – disse Martina Liebsch, diretora de Política na Cáritas Internacional.
As empregadas domésticas, babás e cuidadoras nos ajudam a educar nossos filhos, cuidar dos anciãos e nos permitem ir ao trabalho. Necessitam de nosso respeito e reconhecimento”.
A OIT é o organismo das Nações Unidas responsável pelas normas internacionais do trabalho.
A entidade considerará um rascunho de convenção para proteger os direitos dos empregados domésticos em junho de 2010.
Cáritas Internacional expressou que gostaria de ver os empregadores tratarem seus empregos domésticos com respeito, que as permissões de residência não estejam sujeitas a um empregador, que sejam reconhecidas as agências de emprego que regulam o trabalho doméstico e que seja realidade uma convenção internacional de proteção dos trabalhadores domésticos.
(Nieves San Martín)
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