Padre Peter Bombacha, com 74 anos recém-completados, foi assassinado na noite passada em Baboola, antiga cidade no noroeste da Índia, a cerca de um quilômetro da casa do bispo de Vasai.
As causas do crime permanecem desconhecidas. O bispo de Vasai, Dom Felix Machado, disse à agência AsiaNews que o sacerdote era um homem “pleno de fé, que servia à Igreja à população sem fazer distinção de casta ou credo; esquecia-se de si mesmo para servir aos mais pobres e abandonados”.
“Nós sacerdotes já oferecemos nossas vidas no dia da Ordenação”, disse o prelado à agência Fides. “Nossa vida não mais nos pertence, e sim a Deus. Padre Peter foi hoje acolhido por nosso Senhor e por Nossa Senhora dos Abandonados (“Our Lady of Forsaken”), da qual era tão devoto”.
“A comunidade está em choque”, acrescentou Dom Machado. Padre Peter atualmente era responsável por uma casa para recuperação de dependentes de álcool, por ele próprio criada. Contava com a colaboração de muitos leigos, e gozava de grande estima entre os fiéis.
O bispo disse não acreditar que os autores do assassinato sejam ligados a grupos fundamentalistas hindus: “primeiramente, porque não há tais grupos em nossa região; e em segundo, por que nossas relações com a comunidade hindu são ótimas”.
Grande número de fiéis saiu às ruas para manifestar sua solidariedade e indignação. Os funerais serão realizados na próxima quinta-feira, e espera-se a participação de cerca de 10 mil pessoas.
Fonte: Zenit.
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Congo: Papa pede esforços às autoridades para acabar com guerra
Bento XVI pediu às autoridades congolesas que dedicassem todos os seus esforços a acabar com a guerra que ainda continua atingindo algumas regiões do país.
Ele o fez em seu discurso ao novo embaixador da República Democrática do Congo, Jean-Pierre Hamuli Mupend, ao recebê-lo hoje no Vaticano por ocasião da apresentação das suas cartas credenciais.
"Convido as autoridades publicas a fazerem o possível para pôr termo à situação de guerra, que infelizmente ainda existe nalgumas províncias, e a dedicar-se à reconstrução humana e social da nação no respeito dos direitos humanos fundamentais", declarou.
Destacando a função dos cidadãos e da comunidade internacional neste sentido, afirmou: "A paz não é unicamente a ausência de conflitos; é também um dom e uma tarefa que obrigam os cidadãos do Estado".
E continuou: "A Igreja está convencida de que a paz não pode ser alcançada a não ser no respeito à ‘gramática' escrita no coração do homem pelo seu divino Criador".
"Convido a comunidade internacional envolvida de várias maneiras nos sucessivos conflitos que a vossa nação conheceu, a mobilizar-se para contribuir eficazmente para levar à Republica Democrática do Congo a paz e a legalidade."
"Depois de tantos anos de sofrimento, o vosso país precisa empreender com determinação o caminho da reconciliação nacional", indicou Bento XVI ao novo embaixador.
Apesar da importância do compromisso assumido em Goma em 2008 e a aplicação dos acordos internacionais, particularmente o pacto sobre a segurança, estabilidade e desenvolvimento da Região dos Grandes Lagos, "é mais urgente trabalhar nas condições prévias à sua aplicação".
Para a paz, educação
Para alcançar a paz, um dos melhores meios, segundo o Papa, é a promoção da educação das jovens gerações.
"É preciso investir na educação das novas gerações, permitir que elas possam estudar e ajudar suas famílias nas despesas da educação."
"E formação - acrescentou - quer dizer não só receber cultura, mas também sólidas bases morais e espirituais que ensinem os jovens a evitarem a tentação da violência e o ressentimento, para escolher aquilo que é justo e verdadeiro; uma tarefa para a qual os católicos dão e darão a sua contribuição."
Justiça
O Papa se referiu às "importantes riquezas naturais com as que Deus dotou sua terra e se converteram infelizmente em uma fonte de cobiça e de lucros desproporcionados para muitos no interior e no exterior do seu país".
E garantiu que estas riquezas, distribuídas com justiça, "permitem, graças a uma justa distribuição dos lucros, ajudar a população a sair da pobreza".
Bento XVI também assegurou que "este dever de justiça promovido pelo Estado consolidará a reconciliação e a paz nacional e permitirá à população desfrutar de uma vida serena, base necessária da prosperidade".
O Papa valorizou a presença do novo embaixador da República Democrática do Congo na Santa Sé, "depois de longos anos vacante", que, em sua opinião, "manifesta o desejo do chefe de Estado e do governo de fortalecer as relações com a Santa Sé e eu lhes agradeço por isso".
Fonte: Zenit.
Ele o fez em seu discurso ao novo embaixador da República Democrática do Congo, Jean-Pierre Hamuli Mupend, ao recebê-lo hoje no Vaticano por ocasião da apresentação das suas cartas credenciais.
"Convido as autoridades publicas a fazerem o possível para pôr termo à situação de guerra, que infelizmente ainda existe nalgumas províncias, e a dedicar-se à reconstrução humana e social da nação no respeito dos direitos humanos fundamentais", declarou.
Destacando a função dos cidadãos e da comunidade internacional neste sentido, afirmou: "A paz não é unicamente a ausência de conflitos; é também um dom e uma tarefa que obrigam os cidadãos do Estado".
E continuou: "A Igreja está convencida de que a paz não pode ser alcançada a não ser no respeito à ‘gramática' escrita no coração do homem pelo seu divino Criador".
"Convido a comunidade internacional envolvida de várias maneiras nos sucessivos conflitos que a vossa nação conheceu, a mobilizar-se para contribuir eficazmente para levar à Republica Democrática do Congo a paz e a legalidade."
"Depois de tantos anos de sofrimento, o vosso país precisa empreender com determinação o caminho da reconciliação nacional", indicou Bento XVI ao novo embaixador.
Apesar da importância do compromisso assumido em Goma em 2008 e a aplicação dos acordos internacionais, particularmente o pacto sobre a segurança, estabilidade e desenvolvimento da Região dos Grandes Lagos, "é mais urgente trabalhar nas condições prévias à sua aplicação".
Para a paz, educação
Para alcançar a paz, um dos melhores meios, segundo o Papa, é a promoção da educação das jovens gerações.
"É preciso investir na educação das novas gerações, permitir que elas possam estudar e ajudar suas famílias nas despesas da educação."
"E formação - acrescentou - quer dizer não só receber cultura, mas também sólidas bases morais e espirituais que ensinem os jovens a evitarem a tentação da violência e o ressentimento, para escolher aquilo que é justo e verdadeiro; uma tarefa para a qual os católicos dão e darão a sua contribuição."
Justiça
O Papa se referiu às "importantes riquezas naturais com as que Deus dotou sua terra e se converteram infelizmente em uma fonte de cobiça e de lucros desproporcionados para muitos no interior e no exterior do seu país".
E garantiu que estas riquezas, distribuídas com justiça, "permitem, graças a uma justa distribuição dos lucros, ajudar a população a sair da pobreza".
Bento XVI também assegurou que "este dever de justiça promovido pelo Estado consolidará a reconciliação e a paz nacional e permitirá à população desfrutar de uma vida serena, base necessária da prosperidade".
O Papa valorizou a presença do novo embaixador da República Democrática do Congo na Santa Sé, "depois de longos anos vacante", que, em sua opinião, "manifesta o desejo do chefe de Estado e do governo de fortalecer as relações com a Santa Sé e eu lhes agradeço por isso".
Fonte: Zenit.
Papa a bispos africanos: opor-se à “mentalidade antinatalista”
A defesa da família cristã e da vida, contra as tendências que pretendem impor-se na África, esteve no centro do discurso que Bento XVI dirigiu hoje aos bispos da Gâmbia, Libéria e Serra Leoa.
Os cinco prelados, que fazem parte de uma única conferência episcopal, encontram-se em Roma para a visita ad limina Apostolorum.
O Papa, reconhecendo o ambiente marcado pelo divórcio e pela poligamia, exortou a promover a "unidade e bem-estar da família cristã construída no sacramento no matrimônio".
Também pediu a defesa da dignidade da mulher e convidou: "Defendei vosso povo das tentativas de introduzir uma mentalidade antinatalista fantasiada como uma forma de progresso cultural".
Destacou, além disso, a importância da instituição familiar na luta contra a pobreza, recordando que se pode fazer "muito bem por meio de compromissos da comunidade em pequena escala e das iniciativas microeconômicas ao serviço das famílias".
Diálogo com o Islã
Para o Pontífice, a postura favorável à vida também pode supor um fator de entendimento como Islã, que é a religião majoritária nestes países.
"Trabalhar juntos na defesa da vida e na luta contra as doenças e a desnutrição gerará uma maior compreensão, respeito e aceitação", sublinhou.
Antes de tudo, é importante "manter as boas relações existentes e prevenir toda forma de intolerância, injustiça e opressão", já que o diálogo como Islã é fundamental para a paz, recordou Bento XVI.
Educação
A questão da educação foi destacada no discurso de Bento XVI, referindo-se tanto aos sacerdotes como aos leigos, especialmente aos jovens.
Para o Papa, a educação é um "fator decisivo" para o desenvolvimento. "Portanto, eu vos incentivo a que continueis com os programas escolares que preparam e motivam as novas gerações a converter-se em cidadãos responsáveis, ativos socialmente pelo bem da sua comunidade e do seu país".
A formação moral foi sublinhada como necessária para acabar com a corrupção e deve acontecer "através de cursos de especialização em doutrina social católica".
O Pontífice se mostrou especialmente preocupado pelo ensino doutrinal que deve ser oferecido pelos bispos aos seus fiéis, especialmente aos seus sacerdotes.
"Por meio do vosso ensinamento, o Senhor preserva vossos povos do mal, da ignorância e da superstição, e os transforma em filhos do seu Reino", explicou.
Com relação aos sacerdotes, os bispos devem conduzi-los, "com a palavra e o exemplo, a ser homens de oração, altos e claros em seu ensinamento, maduros e respeitosos em seu trato com os demais, fiéis aos seus compromissos espirituais e fortes na compaixão por todos os necessitados", concluiu o Papa.
Igreja em crescimento
Em sua saudação ao Papa, Dom Patrick Daniel Koroma, presidente da Conferência Episcopal Interterritorial Católica da Gâmbia e Serra Leoa, junto com os bispos da Libéria, afirmou que, graças às condições de segurança, estabilidade e relativa paz, "a obra de evangelização da Igreja prossegue com êxito notável".
"Temos um número considerável de convertidos ao cristianismo e de batismos de adultos - declarou o prelado. Nossas relações com os muçulmanos e outras denominações cristãs são cordiais."
Segundo dados de Ajuda à Igreja que Sofre, tanto na Gâmbia como em Serra Leoa, os católicos constituem uma minoria frente ao Islã, enquanto na Libéria isso ocorre com relação às religiões tradicionais.
Os cristãos, ainda que minoritários, são respeitados e muito ativos, especialmente "através das escolas, das obras sociais, do trabalho das Cáritas diocesanas e dos projetos de desenvolvimento", afirmou Dom George Biguzzi, bispo de Makeni (Serra Leoa), à Rádio Vaticano.
Fonte: Zenit.
Os cinco prelados, que fazem parte de uma única conferência episcopal, encontram-se em Roma para a visita ad limina Apostolorum.
O Papa, reconhecendo o ambiente marcado pelo divórcio e pela poligamia, exortou a promover a "unidade e bem-estar da família cristã construída no sacramento no matrimônio".
Também pediu a defesa da dignidade da mulher e convidou: "Defendei vosso povo das tentativas de introduzir uma mentalidade antinatalista fantasiada como uma forma de progresso cultural".
Destacou, além disso, a importância da instituição familiar na luta contra a pobreza, recordando que se pode fazer "muito bem por meio de compromissos da comunidade em pequena escala e das iniciativas microeconômicas ao serviço das famílias".
Diálogo com o Islã
Para o Pontífice, a postura favorável à vida também pode supor um fator de entendimento como Islã, que é a religião majoritária nestes países.
"Trabalhar juntos na defesa da vida e na luta contra as doenças e a desnutrição gerará uma maior compreensão, respeito e aceitação", sublinhou.
Antes de tudo, é importante "manter as boas relações existentes e prevenir toda forma de intolerância, injustiça e opressão", já que o diálogo como Islã é fundamental para a paz, recordou Bento XVI.
Educação
A questão da educação foi destacada no discurso de Bento XVI, referindo-se tanto aos sacerdotes como aos leigos, especialmente aos jovens.
Para o Papa, a educação é um "fator decisivo" para o desenvolvimento. "Portanto, eu vos incentivo a que continueis com os programas escolares que preparam e motivam as novas gerações a converter-se em cidadãos responsáveis, ativos socialmente pelo bem da sua comunidade e do seu país".
A formação moral foi sublinhada como necessária para acabar com a corrupção e deve acontecer "através de cursos de especialização em doutrina social católica".
O Pontífice se mostrou especialmente preocupado pelo ensino doutrinal que deve ser oferecido pelos bispos aos seus fiéis, especialmente aos seus sacerdotes.
"Por meio do vosso ensinamento, o Senhor preserva vossos povos do mal, da ignorância e da superstição, e os transforma em filhos do seu Reino", explicou.
Com relação aos sacerdotes, os bispos devem conduzi-los, "com a palavra e o exemplo, a ser homens de oração, altos e claros em seu ensinamento, maduros e respeitosos em seu trato com os demais, fiéis aos seus compromissos espirituais e fortes na compaixão por todos os necessitados", concluiu o Papa.
Igreja em crescimento
Em sua saudação ao Papa, Dom Patrick Daniel Koroma, presidente da Conferência Episcopal Interterritorial Católica da Gâmbia e Serra Leoa, junto com os bispos da Libéria, afirmou que, graças às condições de segurança, estabilidade e relativa paz, "a obra de evangelização da Igreja prossegue com êxito notável".
"Temos um número considerável de convertidos ao cristianismo e de batismos de adultos - declarou o prelado. Nossas relações com os muçulmanos e outras denominações cristãs são cordiais."
Segundo dados de Ajuda à Igreja que Sofre, tanto na Gâmbia como em Serra Leoa, os católicos constituem uma minoria frente ao Islã, enquanto na Libéria isso ocorre com relação às religiões tradicionais.
Os cristãos, ainda que minoritários, são respeitados e muito ativos, especialmente "através das escolas, das obras sociais, do trabalho das Cáritas diocesanas e dos projetos de desenvolvimento", afirmou Dom George Biguzzi, bispo de Makeni (Serra Leoa), à Rádio Vaticano.
Fonte: Zenit.
Sudão: bispo alerta para risco de genocídio após eleições
A tensão que se seguiu às eleições provocou uma onda de violência generalizada que pode se converter num “verdadeiro genocídio”, denunciou o bispo Eduardo Hiiboro Kussala, de Tombura-Yambio, ao sul do Sudão.
Falando à associação humanitária Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o prelado afirmou que as tensões se intensificaram após as denúncias de fraudes nas eleições recentemente realizadas – as primeiras pluripartidárias dos últimos 25 anos no país.
As eleições, realizadas entre 11 e 15 de abril, levaram a vitória do partido do presidente em exercício, Omar al Bashir, o National Congress Party, e do Sudan People's Liberation Movement (SPLM).
O processo eleitoral se deu em meio a denúncias de irregularidades, entre as quais se incluem a intimidação de eleitores e fraudes.
Segundo a AIS, um dos caminhões que transportava cédulas eleitorais foi incendiado. Para o prelado, “os resultados das eleições podem desencadear sérias violências”.
O bispo advertiu que “uma animosidade já radicada no coração de muita gente, de diversos grupos étnicos no sul do país, pode conduzir a nada menos que um genocídio”.
Uma série de “questões não resolvidas”, como a disputa por territórios nas fronteiras entre o norte e o sul do Sudão e a disputa pelo controle da região de Abyei, rica em petróleo, contribuem para acirrar os ânimos.
“A menos que a crise política não seja gerida de maneira construtiva, a possibilidade de que toda nação se precipite no abismo constitui um cenário verossímil”, confessou ele.
Dom Hiiboro destacou ainda que prosseguem as negociações sobre uma possível separação do Sul do Sudão – questão que será submetida a um referendo popular em janeiro de 2011, com as exigências referentes à partilha dos dividendos da exploração petrolífera, às relações comerciais com o Norte e aos direitos de cidadania.
Tais questões deveriam ter sido resolvidas com o acordo e paz de 2005, que conferiu relativa autonomia ao Sul do Sudão, após 20 anos de guerra civil entre o regime islâmico da capital Cartum e a guerrilha rebelde SPLM, com sede no Sul.
Acusando SPLM de ser o principal responsável pela ausência de progressos desde 2005, Dom Hiiboro declarou que “a única responsabilidade deste fracasso é dos próprios sudaneses do sul, seja dos que estão no governo, seja da oposição”.
“A morte em vão de cidadãos sudaneses será devida à incapacidade dos líderes políticos de criar um melhor processo para a resolução dos conflitos”.
“Promover as disparidades a ponto de levar a nação ao colapso e exasperar as diferenças tribais e religiosas apenas para chegar ao poder, mantendo-o a qualquer custo, não pode ser considerada uma política salutar”, denunciou.
“Nenhum povo ou nação merece tal tipo de política tóxica”.
As advertências do bispo Hiiboro destoam de outros relatos de relativa tranqüilidade referentes às eleições em outras regiões do Sudão. O bispo auxiliar de Cartum, Daniel Adwok Kur, reportou à AIS que o processo eleitoral havia se processado “pacificamente”, e que era improvável a ocorrência de qualquer surto de violência “porque as partes envolvidas teriam muito a perder para permitirem que o processo democrático fosse interrompido”.
Este otimismo parece não se aplicar à diocese do bispo Hiiboro, que sofre com as atrocidades cometidas pelos rebeldes do Exército de Resistência do Senhor (Lord's Resistance Army, LRA), guerrilha cristã com sede em Uganda ligada ao partido governista do sul do Sudão.
No final do verão passado, o LRA promoveu uma série de assassinatos com crucificações em Nzara; a Igreja de Nossa Senhora da Paz foi profanada e ao menos 17 pessoas, em sua maioria adolescentes, foram seqüestradas.
Fonte: Zenit.
Falando à associação humanitária Ajuda à Igreja que Sofre (AIS), o prelado afirmou que as tensões se intensificaram após as denúncias de fraudes nas eleições recentemente realizadas – as primeiras pluripartidárias dos últimos 25 anos no país.
As eleições, realizadas entre 11 e 15 de abril, levaram a vitória do partido do presidente em exercício, Omar al Bashir, o National Congress Party, e do Sudan People's Liberation Movement (SPLM).
O processo eleitoral se deu em meio a denúncias de irregularidades, entre as quais se incluem a intimidação de eleitores e fraudes.
Segundo a AIS, um dos caminhões que transportava cédulas eleitorais foi incendiado. Para o prelado, “os resultados das eleições podem desencadear sérias violências”.
O bispo advertiu que “uma animosidade já radicada no coração de muita gente, de diversos grupos étnicos no sul do país, pode conduzir a nada menos que um genocídio”.
Uma série de “questões não resolvidas”, como a disputa por territórios nas fronteiras entre o norte e o sul do Sudão e a disputa pelo controle da região de Abyei, rica em petróleo, contribuem para acirrar os ânimos.
“A menos que a crise política não seja gerida de maneira construtiva, a possibilidade de que toda nação se precipite no abismo constitui um cenário verossímil”, confessou ele.
Dom Hiiboro destacou ainda que prosseguem as negociações sobre uma possível separação do Sul do Sudão – questão que será submetida a um referendo popular em janeiro de 2011, com as exigências referentes à partilha dos dividendos da exploração petrolífera, às relações comerciais com o Norte e aos direitos de cidadania.
Tais questões deveriam ter sido resolvidas com o acordo e paz de 2005, que conferiu relativa autonomia ao Sul do Sudão, após 20 anos de guerra civil entre o regime islâmico da capital Cartum e a guerrilha rebelde SPLM, com sede no Sul.
Acusando SPLM de ser o principal responsável pela ausência de progressos desde 2005, Dom Hiiboro declarou que “a única responsabilidade deste fracasso é dos próprios sudaneses do sul, seja dos que estão no governo, seja da oposição”.
“A morte em vão de cidadãos sudaneses será devida à incapacidade dos líderes políticos de criar um melhor processo para a resolução dos conflitos”.
“Promover as disparidades a ponto de levar a nação ao colapso e exasperar as diferenças tribais e religiosas apenas para chegar ao poder, mantendo-o a qualquer custo, não pode ser considerada uma política salutar”, denunciou.
“Nenhum povo ou nação merece tal tipo de política tóxica”.
As advertências do bispo Hiiboro destoam de outros relatos de relativa tranqüilidade referentes às eleições em outras regiões do Sudão. O bispo auxiliar de Cartum, Daniel Adwok Kur, reportou à AIS que o processo eleitoral havia se processado “pacificamente”, e que era improvável a ocorrência de qualquer surto de violência “porque as partes envolvidas teriam muito a perder para permitirem que o processo democrático fosse interrompido”.
Este otimismo parece não se aplicar à diocese do bispo Hiiboro, que sofre com as atrocidades cometidas pelos rebeldes do Exército de Resistência do Senhor (Lord's Resistance Army, LRA), guerrilha cristã com sede em Uganda ligada ao partido governista do sul do Sudão.
No final do verão passado, o LRA promoveu uma série de assassinatos com crucificações em Nzara; a Igreja de Nossa Senhora da Paz foi profanada e ao menos 17 pessoas, em sua maioria adolescentes, foram seqüestradas.
Fonte: Zenit.
“Na escola católica, não soubemos apresentar uma alternativa”
O prefeito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, cardeal Antonio Cañizares, reconheceu que a escola católica não soube apresentar um alternativa, e sublinhou a necessidade de se promover uma nova visão do homem e da mulher. A declaração foi feita na conferência de abertura do III Congresso Internacional de Educação Católica para o século XXI, promovido pela Universidade Católica de Valência San Vicente Mártir.
“Devemos reconhecer que na escola católica não soubemos apresentar uma alternativa e é necessário faze-lo, pois a escola católica tem uma concepção nova de homem e mulher a oferecer, voltada para o futuro e para a esperança”, declarou.
A este propósito, o purpurado convidou a fazer “um exame de consciência” diante do fato de que 30% da sociedade espanhola foi educada na escola católica “e não se verifica sua incidência em tudo o que vem ocorrendo em nossa sociedade”.
Este percentual “deveria contribuir para que nossa cultura não fosse uma cultura de morte ou uma cultura relativista, mas sim uma cultura do amor e da verdade que nos torna livres”.
Em “tempos de indigência” e de “crise de sentido e de verdade”, a escola católica “não pode assumir um papel de neutralidade”, mas deve “remar contra a corrente”, observou.
Para o prefeito da Congregação vaticana, a escola católica deve ser “uma escola revolucionária e livre, porque o mundo necessita de uma mudança decisiva, sem a qual não haverá futuro”.
Segundo o cardeal Cañizares, o “pior dos males” em nossa sociedade atual é “não se saber mais o que é moralmente bom e moralmente válido”.
Dificuldades
Analisando o atual momento educacional, o cardeal sublinhou que dificuldade em se “educar em uma sociedade que admite o aborto”, com “leis contrárias à família” e “uma televisão como a que dispomos atualmente, pela qual se difunde uma visão de homem de todo contrária à dignidade da pessoa humana”.
O purpurado referiu-se ainda ao “injusto sistema social”, com “ricos sempre cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres”.
O sistemas educacionais atuais, acrescentou, falharam porque “não foram capazes de responder adequadamente à questão e às exigências da educação”.
No que diz respeito à Espanha, o cardeal Cañizares referiu-se à lei espanhola da educação “como uma das maiores falhas da sociedade espanhola, pelo predomínio da razão instrumental em detrimento do exercício da razão na busca pela verdade, que enterra as questões mais fundamentais a respeito do ser humano”.
Jesus Cristo no centro
A escola católica “deve contribuir para uma nova humanidade na síntese entre fé e razão”, prosseguiu, destacando que “ao centro da concepção cristã da escola católica está Jesus Cristo, e sua mensagem de salvação”.
Segundo o purpurado, nas escolas católicas não deve tão somente se processar “um ensinamento de valores”, mas também “da arte de viver, que está na base da evangelização”.
“Não há porque temer a liberdade, pois a escola católica tem a vocção de transformar a sociedade”, disse ainda.
Dirigindo-se as professores, o cardeal Cañizares enfatizou a importância da “coerência” no exercício de sua função.
“Não se trata apenas de ensinar, mas principalmente de testemunhar aquilo que ofertamos: a arte de viver, a humanidade nova”, indicou.
O congresso, realizado em Valência entre os dias 26 e 28 de abril, abordou a questão da infância com fase fundamental na constituição da personalidade da pessoa e portanto, foco prioritário de atuação no contexto da atual “emergência educacional”.
Fonte: Zenit.
“Devemos reconhecer que na escola católica não soubemos apresentar uma alternativa e é necessário faze-lo, pois a escola católica tem uma concepção nova de homem e mulher a oferecer, voltada para o futuro e para a esperança”, declarou.
A este propósito, o purpurado convidou a fazer “um exame de consciência” diante do fato de que 30% da sociedade espanhola foi educada na escola católica “e não se verifica sua incidência em tudo o que vem ocorrendo em nossa sociedade”.
Este percentual “deveria contribuir para que nossa cultura não fosse uma cultura de morte ou uma cultura relativista, mas sim uma cultura do amor e da verdade que nos torna livres”.
Em “tempos de indigência” e de “crise de sentido e de verdade”, a escola católica “não pode assumir um papel de neutralidade”, mas deve “remar contra a corrente”, observou.
Para o prefeito da Congregação vaticana, a escola católica deve ser “uma escola revolucionária e livre, porque o mundo necessita de uma mudança decisiva, sem a qual não haverá futuro”.
Segundo o cardeal Cañizares, o “pior dos males” em nossa sociedade atual é “não se saber mais o que é moralmente bom e moralmente válido”.
Dificuldades
Analisando o atual momento educacional, o cardeal sublinhou que dificuldade em se “educar em uma sociedade que admite o aborto”, com “leis contrárias à família” e “uma televisão como a que dispomos atualmente, pela qual se difunde uma visão de homem de todo contrária à dignidade da pessoa humana”.
O purpurado referiu-se ainda ao “injusto sistema social”, com “ricos sempre cada vez mais ricos e pobres cada vez mais pobres”.
O sistemas educacionais atuais, acrescentou, falharam porque “não foram capazes de responder adequadamente à questão e às exigências da educação”.
No que diz respeito à Espanha, o cardeal Cañizares referiu-se à lei espanhola da educação “como uma das maiores falhas da sociedade espanhola, pelo predomínio da razão instrumental em detrimento do exercício da razão na busca pela verdade, que enterra as questões mais fundamentais a respeito do ser humano”.
Jesus Cristo no centro
A escola católica “deve contribuir para uma nova humanidade na síntese entre fé e razão”, prosseguiu, destacando que “ao centro da concepção cristã da escola católica está Jesus Cristo, e sua mensagem de salvação”.
Segundo o purpurado, nas escolas católicas não deve tão somente se processar “um ensinamento de valores”, mas também “da arte de viver, que está na base da evangelização”.
“Não há porque temer a liberdade, pois a escola católica tem a vocção de transformar a sociedade”, disse ainda.
Dirigindo-se as professores, o cardeal Cañizares enfatizou a importância da “coerência” no exercício de sua função.
“Não se trata apenas de ensinar, mas principalmente de testemunhar aquilo que ofertamos: a arte de viver, a humanidade nova”, indicou.
O congresso, realizado em Valência entre os dias 26 e 28 de abril, abordou a questão da infância com fase fundamental na constituição da personalidade da pessoa e portanto, foco prioritário de atuação no contexto da atual “emergência educacional”.
Fonte: Zenit.
Milhares de crianças e jovens acompanharão Papa em Portugal
As crianças, adolescentes e jovens inscritos nas iniciativas que a Pastoral Juvenil de Lisboa organiza para acompanhar Bento XVI em Portugal já são mais de 10.500.
Segundo informa o portal oficial da visita, http://www.bentoxviportugal.pt/, até quarta-feira estavam registados no site «Eu Acredito» 3395 jovens, a que se juntam cerca 2200 outros inscritos através do Secretariado Diocesano de Ensino Religioso (SDER) do Patriarcado. As inscrições prosseguem até 2 de maio.
As inscrições de crianças das Catequeses e das Escolas Católicas ultrapassam as 5000, segundo a organização.
O programa de acompanhamento de crianças, jovens e adolescentes começa às 14h30 de 11 de Maio, com uma concentração ao fundo Parque Eduardo VII.
É nesse espaço que vai ser distribuída uma t-shirt aos participantes inscritos e onde serão dadas as indicações para a marcha até ao Terreiro do Paço (Praça do Comércio), que ocorre entre as 15h30 e as 16h30.
No fim na missa, que começa às 18h15, os jovens iniciam o trajeto até à Nunciatura Apostólica, de onde vão dar a “Boa Noite ao Papa” entre as 21h20 e as 22h15, na esperança de que Bento XVI dirija algumas palavras a partir da janela da embaixada do Vaticano.
No dia 12, às 7h00, os participantes partem de automóvel para Mira d’Aire, e a partir das 10h iniciam a peregrinação a pé para Fátima, em conjunto com jovens de outras dioceses do país.
O programa termina a 13 de Maio com a missa presidida por Bento XVI no Santuário, com o regresso a Lisboa marcado para as 14h.
O site “Eu Acredito” possibilita aos jovens de todo o país e do estrangeiro a inscrição em todas as atividades ou em parte delas.
Internet
O Twitter é a nova realidade que a preparação da visita do Papa Bento XVI a Portugal quis lançar. Basta carregar em http://twitter.com/bentoxvi_pt.
Nela se podem encontrar todas as notícias relacionadas com Bento XVI e as principais curiosidades sobre o seu pensamento.
Todos os dias será colocado um pensamento de Bento XVI sobre temas relacionados com a atualidade: a questão europeia, as questões fraturantes, quem é Deus, o que é o amor, o que pensa o Papa do Pecado, o que é a confissão.
Também foi lançada a página da visita do Papa no Facebook: http://www.facebook.com/home.php?#!/event.php?eid=111487195535141&ref=ts.
Fonte: Zenit.
Segundo informa o portal oficial da visita, http://www.bentoxviportugal.pt/, até quarta-feira estavam registados no site «Eu Acredito» 3395 jovens, a que se juntam cerca 2200 outros inscritos através do Secretariado Diocesano de Ensino Religioso (SDER) do Patriarcado. As inscrições prosseguem até 2 de maio.
As inscrições de crianças das Catequeses e das Escolas Católicas ultrapassam as 5000, segundo a organização.
O programa de acompanhamento de crianças, jovens e adolescentes começa às 14h30 de 11 de Maio, com uma concentração ao fundo Parque Eduardo VII.
É nesse espaço que vai ser distribuída uma t-shirt aos participantes inscritos e onde serão dadas as indicações para a marcha até ao Terreiro do Paço (Praça do Comércio), que ocorre entre as 15h30 e as 16h30.
No fim na missa, que começa às 18h15, os jovens iniciam o trajeto até à Nunciatura Apostólica, de onde vão dar a “Boa Noite ao Papa” entre as 21h20 e as 22h15, na esperança de que Bento XVI dirija algumas palavras a partir da janela da embaixada do Vaticano.
No dia 12, às 7h00, os participantes partem de automóvel para Mira d’Aire, e a partir das 10h iniciam a peregrinação a pé para Fátima, em conjunto com jovens de outras dioceses do país.
O programa termina a 13 de Maio com a missa presidida por Bento XVI no Santuário, com o regresso a Lisboa marcado para as 14h.
O site “Eu Acredito” possibilita aos jovens de todo o país e do estrangeiro a inscrição em todas as atividades ou em parte delas.
Internet
O Twitter é a nova realidade que a preparação da visita do Papa Bento XVI a Portugal quis lançar. Basta carregar em http://twitter.com/bentoxvi_pt.
Nela se podem encontrar todas as notícias relacionadas com Bento XVI e as principais curiosidades sobre o seu pensamento.
Todos os dias será colocado um pensamento de Bento XVI sobre temas relacionados com a atualidade: a questão europeia, as questões fraturantes, quem é Deus, o que é o amor, o que pensa o Papa do Pecado, o que é a confissão.
Também foi lançada a página da visita do Papa no Facebook: http://www.facebook.com/home.php?#!/event.php?eid=111487195535141&ref=ts.
Fonte: Zenit.
Papa convida a refletir sobre lugar do trabalho na vida familiar
Bento XVI evocou a festa de São José Operário, que se celebra a 1 de maio, convidando a refletir sobre o lugar que o trabalho ocupa na vida das famílias.
O Papa recordou nesta quarta-feira, depois da audiência geral no Vaticano, a festividade do próximo sábado, “memória de São José Operário, guardião da Sagrada Família e patrono das pessoas que alcançam através do trabalho seus recursos para viver”.
Perante o 1º de maio, o Papa desejou que “este dia seja oportunidade para aprofundar a reflexão sobre o sentido do trabalho e seu justo lugar na vida das famílias”.
E concluiu: “confio todos aqui presentes e todos os trabalhadores à proteção de São José”.
Fonte: Zenit.
O Papa recordou nesta quarta-feira, depois da audiência geral no Vaticano, a festividade do próximo sábado, “memória de São José Operário, guardião da Sagrada Família e patrono das pessoas que alcançam através do trabalho seus recursos para viver”.
Perante o 1º de maio, o Papa desejou que “este dia seja oportunidade para aprofundar a reflexão sobre o sentido do trabalho e seu justo lugar na vida das famílias”.
E concluiu: “confio todos aqui presentes e todos os trabalhadores à proteção de São José”.
Fonte: Zenit.
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Papa propõe 2 sacerdotes italianos como modelos de caridade
A "dois santos sacerdotes, exemplares em sua entrega a Deus e no testemunho da caridade", São Leonardo Murialdo e São José Benedito Cottolengo, Bento XVI dedicou a catequese de hoje, durante a audiência geral na Praça de São Pedro.
De Cottolengo, celebra-se neste ano o 2º centenário de ordenação sacerdotal, enquanto de Murialdo celebra-se o 110º aniversário de sua morte e o 40º aniversário de sua canonização por parte de Paulo VI.
Falando a quase 16 mil fiéis presentes, o Papa quis recordar o compromisso a favor dos pobres e a coerência do ministério sacerdotal destes dois santos italianos.
Da espiritualidade de Murialdo, que em 1873 fundou a Congregação de São José, dedicada à assistência da infância abandonada, o Pontífice destacou a "convicção do amor misericordioso de Deus: um Pai sempre bom, paciente e generoso, que revela a grandeza e imensidade da sua misericórdia com o perdão".
"São Leonardo recordava sempre, a si mesmo e aos irmãos, a responsabilidade de uma vida coerente com o sacramento recebido. Amor de Deus e amor a Deus: foi esta a força do seu caminho de santidade, a lei do seu sacerdócio, o significado mais profundo do seu apostolado entre os jovens pobres e a fonte da sua oração", acrescentou o Papa.
Por outro lado, José Benedito Cottolengo "esteve sempre disposto a seguir a Divina Providência, nunca a questioná-la".
Citando o próprio Cottolengo, o Papa comentou: "Eu não sou bom em nada e nem sequer sei o que estou fazendo. A Divina Providência, no entanto, sabe certamente o que quer. Cabe a mim apenas segui-la".
"Voluntários e voluntárias, homens e mulheres, religiosos e leigos, unidos para enfrentar e superar juntos as dificuldades que se apresentavam - explicou o Papa. Cada um, nessa Pequena Casa da Divina Providência, tinha uma tarefa específica: uns trabalhavam, outros rezavam, uns serviam, outros lecionavam, alguns administravam."
Estes dois santos sacerdotes, sublinhou o Papa, "viveram seu ministério em um dom total da vida aos mais pobres, aos mais necessitados, aos últimos, encontrando sempre a raiz profunda, a fonte inextinguível da sua ação na relação com Deus".
De fato, observou, "não é possível exercer a caridade sem viver em Cristo e na Igreja".
"Que sua intercessão e seu exemplo continuem iluminando o ministério de tantos sacerdotes que se consomem com generosidade por Deus e pelo rebanho a eles confiado, e que ajudem cada um a entregar-se com alegria e generosidade a Deus e ao próximo", concluiu.
Fonte: Zenit.
De Cottolengo, celebra-se neste ano o 2º centenário de ordenação sacerdotal, enquanto de Murialdo celebra-se o 110º aniversário de sua morte e o 40º aniversário de sua canonização por parte de Paulo VI.
Falando a quase 16 mil fiéis presentes, o Papa quis recordar o compromisso a favor dos pobres e a coerência do ministério sacerdotal destes dois santos italianos.
Da espiritualidade de Murialdo, que em 1873 fundou a Congregação de São José, dedicada à assistência da infância abandonada, o Pontífice destacou a "convicção do amor misericordioso de Deus: um Pai sempre bom, paciente e generoso, que revela a grandeza e imensidade da sua misericórdia com o perdão".
"São Leonardo recordava sempre, a si mesmo e aos irmãos, a responsabilidade de uma vida coerente com o sacramento recebido. Amor de Deus e amor a Deus: foi esta a força do seu caminho de santidade, a lei do seu sacerdócio, o significado mais profundo do seu apostolado entre os jovens pobres e a fonte da sua oração", acrescentou o Papa.
Por outro lado, José Benedito Cottolengo "esteve sempre disposto a seguir a Divina Providência, nunca a questioná-la".
Citando o próprio Cottolengo, o Papa comentou: "Eu não sou bom em nada e nem sequer sei o que estou fazendo. A Divina Providência, no entanto, sabe certamente o que quer. Cabe a mim apenas segui-la".
"Voluntários e voluntárias, homens e mulheres, religiosos e leigos, unidos para enfrentar e superar juntos as dificuldades que se apresentavam - explicou o Papa. Cada um, nessa Pequena Casa da Divina Providência, tinha uma tarefa específica: uns trabalhavam, outros rezavam, uns serviam, outros lecionavam, alguns administravam."
Estes dois santos sacerdotes, sublinhou o Papa, "viveram seu ministério em um dom total da vida aos mais pobres, aos mais necessitados, aos últimos, encontrando sempre a raiz profunda, a fonte inextinguível da sua ação na relação com Deus".
De fato, observou, "não é possível exercer a caridade sem viver em Cristo e na Igreja".
"Que sua intercessão e seu exemplo continuem iluminando o ministério de tantos sacerdotes que se consomem com generosidade por Deus e pelo rebanho a eles confiado, e que ajudem cada um a entregar-se com alegria e generosidade a Deus e ao próximo", concluiu.
Fonte: Zenit.
“Entre os 400 mil sacerdotes da Igreja, pouquíssimos falharam”
O bispo da diocese de Colima (México), Dom José Luis Amézcua Melgoza, pediu perdão a todos aqueles que se sentiram ofendidos pela conduta de alguns sacerdotes, mas deu graças a Deus pelo fato de que a maior parte dos presbíteros tem cumprido sua missão.
Em um comunicado publicado no site da diocese, o bispo afirmou que a Igreja deve estar comprometida com a verdade e aceitar que o pecado existe entre seus membros; mas, por outro lado, repudiou as "meias-verdades" que circulam sobre as acusações de abusos sexuais cometidos por sacerdotes.
Dom Amézcua Melgoza afirmou ser amplamente reconhecido que, dentre os mais de 400 mil sacerdotes da Igreja Católica, "é muito pequeno o número daqueles que falharam e que, por associação, muitos são rotulados como culpados".
"É imensamente maior o número de sacerdotes que permanece na fidelidade a Deus."
Na carta publicada no site, que foi lida pessoalmente pelo bispo no domingo passado, é mencionada a situação do Pe. Audón Serratos, hoje vigário da Igreja do Senhor da Misericórdia em Villa de Álvarez, que na semana passada foi acusado pela Rede de Sobreviventes de Abuso Sexual por Sacerdotes (SNAP, em inglês) de ter supostamente abusado de uma menina de menos de 15 anos.
Neste sentido, Amézcua Melgoza sustentou que o caso do Pe. Audón Serratos terminou em juízo absolutório na União Americana há sete anos, "e desde então ele continua seu ministério na luta pela fidelidade. Os muitos sacerdotes e fiéis leigos que dão testemunho fiel não são notícia nem fazem o capital crescer", disse o purpurado mexicano.
Acrescentou que, quando um membro da Igreja Católica comete um erro, este é sempre destacado e ampliado, e sustentou ser "evidente" que a tempestade de acusações contra a Igreja "denota uma campanha clara contra ela. Todos os dias, vemos os meios de comunicação apontarem para os erros de membros da Igreja. O crente, seguidor de Jesus Cristo, busca discernir a verdade objetiva, não aquela fabricada por outros".
Logo depois, em sua mensagem, o titular da diocese de Colima estabelece que o problema da pedofilia não afeta unicamente a Igreja, "mas sim acomete toda a sociedade e deve ser combatido com sinceridade e eficácia".
"Para isso, precisamos de coragem, perseverança e oração. Sabemos que é necessário agir com urgência, buscando medidas adequadas a respeito da formação dos candidatos ao sacerdócio, bem com junto às famílias e no trabalho; reconhecemos que se torna necessário responder diante de Deus e diante dos tribunais, quando necessário."
Dom Amézcua Melgoza argumentou ainda que o sacerdote ou religioso que não cumpre com seus votos "viola a santidade do sacramento da Ordem, pelo qual o próprio Cristo se faz presente entre nós".
Fonte: Zenit.
Em um comunicado publicado no site da diocese, o bispo afirmou que a Igreja deve estar comprometida com a verdade e aceitar que o pecado existe entre seus membros; mas, por outro lado, repudiou as "meias-verdades" que circulam sobre as acusações de abusos sexuais cometidos por sacerdotes.
Dom Amézcua Melgoza afirmou ser amplamente reconhecido que, dentre os mais de 400 mil sacerdotes da Igreja Católica, "é muito pequeno o número daqueles que falharam e que, por associação, muitos são rotulados como culpados".
"É imensamente maior o número de sacerdotes que permanece na fidelidade a Deus."
Na carta publicada no site, que foi lida pessoalmente pelo bispo no domingo passado, é mencionada a situação do Pe. Audón Serratos, hoje vigário da Igreja do Senhor da Misericórdia em Villa de Álvarez, que na semana passada foi acusado pela Rede de Sobreviventes de Abuso Sexual por Sacerdotes (SNAP, em inglês) de ter supostamente abusado de uma menina de menos de 15 anos.
Neste sentido, Amézcua Melgoza sustentou que o caso do Pe. Audón Serratos terminou em juízo absolutório na União Americana há sete anos, "e desde então ele continua seu ministério na luta pela fidelidade. Os muitos sacerdotes e fiéis leigos que dão testemunho fiel não são notícia nem fazem o capital crescer", disse o purpurado mexicano.
Acrescentou que, quando um membro da Igreja Católica comete um erro, este é sempre destacado e ampliado, e sustentou ser "evidente" que a tempestade de acusações contra a Igreja "denota uma campanha clara contra ela. Todos os dias, vemos os meios de comunicação apontarem para os erros de membros da Igreja. O crente, seguidor de Jesus Cristo, busca discernir a verdade objetiva, não aquela fabricada por outros".
Logo depois, em sua mensagem, o titular da diocese de Colima estabelece que o problema da pedofilia não afeta unicamente a Igreja, "mas sim acomete toda a sociedade e deve ser combatido com sinceridade e eficácia".
"Para isso, precisamos de coragem, perseverança e oração. Sabemos que é necessário agir com urgência, buscando medidas adequadas a respeito da formação dos candidatos ao sacerdócio, bem com junto às famílias e no trabalho; reconhecemos que se torna necessário responder diante de Deus e diante dos tribunais, quando necessário."
Dom Amézcua Melgoza argumentou ainda que o sacerdote ou religioso que não cumpre com seus votos "viola a santidade do sacramento da Ordem, pelo qual o próprio Cristo se faz presente entre nós".
Fonte: Zenit.
Riqueza natural da América Latina sofre exploração irracional
Por ocasião do Dia Mundial da Terra, comemorado na última quinta-feira, a Comissão Episcopal para a Ecologia e o Meio Ambiente da República Dominicana divulgou uma mensagem intitulada "O Bem Comum".
A mensagem lembra que Deus entregou ao homem "como patrimônio comum a Terra e tudo o que nela está contido". "Esta herança que recebemos deve ser administrada e distribuída com justiça e equidade, mas, principalmente, deve ser transferida aos que nos sucederão, sem que esteja deteriorada, e sim melhorada", sublinha a mensagem, enviada à Zenit por Jovanny Kranwinkel, secretária-executiva da comissão.
A mensagem - assinada pelo presidente da comissão, Dom Fabio A. Mamerto Rivas, SDB, e pela secretária-executiva - convida a ensinar os filhos a preservarem "sua casa", "nossa casa, a Terra".
Lembra que "todos somos colaboradores de Deus, metaforicamente ‘secretários de Estado do Criador', ministros de sua bondade e de seu poder, por termos sido dotados da capacidade de entender os problemas e implementar soluções".
Constata que "a riqueza natural da América Latina e do Caribe experimenta hoje uma exploração irracional que deixa por onde passa um rastro de destruição e até de morte, por toda a nossa região. Neste processo, o atual modelo econômico tem enorme responsabilidade, uma vez que privilegia uma ânsia desmedida por riqueza, em detrimento da vida das pessoas, dos povos e do respeito racional à natureza". O texto se indaga se os dominicanos estariam conscientes disso.
A mensagem destaca três fundamentos no cuidado com a terra, "que nos guiam ao avaliarmos se nossas ações colaboram para com uma correta administração do bem comum".
Em primeiro lugar está "o respeito à pessoa. Só pode haver bem comum quando há respeito aos demais; qualquer ação humana que atente contra o respeito aos integrantes da comunidade não colabora para um justo desenvolvimento nacional".
Em segundo lugar está o "bem-estar social e o desenvolvimento do grupo. O lucro gerado na exploração de recursos não-renováveis deve ser investido de tal maneira que também se converta em soluções permanentes para a pobreza extrema; e deve gerar riquezas também para as futuras gerações que não poderão explorar estes recursos".
Em terceiro lugar, "a paz, sinal de estabilidade; as pessoas desejam viver em tranquilidade. Para isso, contribui a segurança de se contar com uma ordem justa, homens e mulheres íntegros, que não se vendam por dinheiro, com a consciência limpa e que façam uso de seu conhecimento para promover uma verdadeira justiça amparada na Constituição, nas leis, nos acordos internacionais, na ética e na moral".
Destes princípios deriva uma série de critérios para a reflexão, de modo que convidam "os governantes, legisladores, acadêmicos, empresários, as organizações sociais, as comunidades cristãs e todo nosso povo" a elaborar conjuntamente uma "série de diretrizes de ação a serem implementadas".
Advertem sobre para alguns casos pontuais de exploração de recursos minerais que "preocupam e que afetam o bem comum".
Sobre estes, a Comissão Episcopal levanta uma série de questionamentos e afirma que "o processo (de regulamentação) deveria ser mais rigoroso".
Diante da proximidade das eleições, a comissão aconselha os eleitores a "escolherem bem os candidatos que estarão elegendo como seus representantes; e que tomem consciência das propostas apresentadas por eles".
Cita ainda o Papa Bento XVI, em sua encíclica Caritas in veritate: "A Igreja sente o seu peso de responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. Ao fazê-lo, não tem apenas de defender a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos, mas deve sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo" (n. 51).
"Há espaço para todos nesta nossa terra: aqui a família humana inteira deve encontrar os recursos necessários para viver decorosamente, com a ajuda da própria natureza, dom de Deus aos seus filhos, e com o empenho do seu próprio trabalho e inventiva (nº 50)."
Oferecem suas orações "para que nossa nação cresça em valores e atitudes que nos permitam deixar para nossos filhos um planeta Terra mais limpo e organizado".
E concluem lembrando: "Deus sempre perdoa, o homem às vezes perdoa, mas a natureza nunca perdoa".
Fonte: Zenit.
A mensagem lembra que Deus entregou ao homem "como patrimônio comum a Terra e tudo o que nela está contido". "Esta herança que recebemos deve ser administrada e distribuída com justiça e equidade, mas, principalmente, deve ser transferida aos que nos sucederão, sem que esteja deteriorada, e sim melhorada", sublinha a mensagem, enviada à Zenit por Jovanny Kranwinkel, secretária-executiva da comissão.
A mensagem - assinada pelo presidente da comissão, Dom Fabio A. Mamerto Rivas, SDB, e pela secretária-executiva - convida a ensinar os filhos a preservarem "sua casa", "nossa casa, a Terra".
Lembra que "todos somos colaboradores de Deus, metaforicamente ‘secretários de Estado do Criador', ministros de sua bondade e de seu poder, por termos sido dotados da capacidade de entender os problemas e implementar soluções".
Constata que "a riqueza natural da América Latina e do Caribe experimenta hoje uma exploração irracional que deixa por onde passa um rastro de destruição e até de morte, por toda a nossa região. Neste processo, o atual modelo econômico tem enorme responsabilidade, uma vez que privilegia uma ânsia desmedida por riqueza, em detrimento da vida das pessoas, dos povos e do respeito racional à natureza". O texto se indaga se os dominicanos estariam conscientes disso.
A mensagem destaca três fundamentos no cuidado com a terra, "que nos guiam ao avaliarmos se nossas ações colaboram para com uma correta administração do bem comum".
Em primeiro lugar está "o respeito à pessoa. Só pode haver bem comum quando há respeito aos demais; qualquer ação humana que atente contra o respeito aos integrantes da comunidade não colabora para um justo desenvolvimento nacional".
Em segundo lugar está o "bem-estar social e o desenvolvimento do grupo. O lucro gerado na exploração de recursos não-renováveis deve ser investido de tal maneira que também se converta em soluções permanentes para a pobreza extrema; e deve gerar riquezas também para as futuras gerações que não poderão explorar estes recursos".
Em terceiro lugar, "a paz, sinal de estabilidade; as pessoas desejam viver em tranquilidade. Para isso, contribui a segurança de se contar com uma ordem justa, homens e mulheres íntegros, que não se vendam por dinheiro, com a consciência limpa e que façam uso de seu conhecimento para promover uma verdadeira justiça amparada na Constituição, nas leis, nos acordos internacionais, na ética e na moral".
Destes princípios deriva uma série de critérios para a reflexão, de modo que convidam "os governantes, legisladores, acadêmicos, empresários, as organizações sociais, as comunidades cristãs e todo nosso povo" a elaborar conjuntamente uma "série de diretrizes de ação a serem implementadas".
Advertem sobre para alguns casos pontuais de exploração de recursos minerais que "preocupam e que afetam o bem comum".
Sobre estes, a Comissão Episcopal levanta uma série de questionamentos e afirma que "o processo (de regulamentação) deveria ser mais rigoroso".
Diante da proximidade das eleições, a comissão aconselha os eleitores a "escolherem bem os candidatos que estarão elegendo como seus representantes; e que tomem consciência das propostas apresentadas por eles".
Cita ainda o Papa Bento XVI, em sua encíclica Caritas in veritate: "A Igreja sente o seu peso de responsabilidade pela criação e deve fazer valer esta responsabilidade também em público. Ao fazê-lo, não tem apenas de defender a terra, a água e o ar como dons da criação que pertencem a todos, mas deve sobretudo proteger o homem da destruição de si mesmo" (n. 51).
"Há espaço para todos nesta nossa terra: aqui a família humana inteira deve encontrar os recursos necessários para viver decorosamente, com a ajuda da própria natureza, dom de Deus aos seus filhos, e com o empenho do seu próprio trabalho e inventiva (nº 50)."
Oferecem suas orações "para que nossa nação cresça em valores e atitudes que nos permitam deixar para nossos filhos um planeta Terra mais limpo e organizado".
E concluem lembrando: "Deus sempre perdoa, o homem às vezes perdoa, mas a natureza nunca perdoa".
Fonte: Zenit.
Papa satisfeito com nova versão inglesa do Missal Romano
O Papa Bento XVI agradeceu hoje os especialistas do comitê Vox Clara, com os quais almoçou no Vaticano, que contribuíram para a nova tradução inglesa do Missal Romano, que será publicada em breve.
Esse comitê foi encarregado de assessorar, durante oito anos, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos nesse trabalho.
O Papa manifestou sua satisfação pelo trabalho realizado, destacando que foi feito de uma forma "verdadeiramente colegiada".
"Não só estão representados os cinco continentes na composição da Comissão, como também assiduamente colocaram em comum as contribuições das conferências episcopais dos territórios em que se fala a língua inglesa no mundo inteiro", afirmou.
Ainda que a tarefa do Vox Clara esteja concluída, disse o Papa, é necessária uma outra, e a de ajudar a fazer uso dessa nova versão sem traumas nem ressentimentos, aproveitando a oportunidade para levar adiante toda uma catequese litúrgica.
"Muitos terão dificuldades para se adaptar aos textos não familiares depois de quase quarenta anos de uso contínuo de uma tradução anterior. A mudança será introduzida com a devida sensibilidade", explicou.
Nesse sentido, o Papa mostrou sua esperança em que, "se evite qualquer risco de confusão ou desorientação e que, ao contrário, a mudança sirva como um trampolim para uma renovação e um aprofundamento da devoção eucarística nos países em que se fala a língua inglesa".
Fonte: Zenit.
Esse comitê foi encarregado de assessorar, durante oito anos, a Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos nesse trabalho.
O Papa manifestou sua satisfação pelo trabalho realizado, destacando que foi feito de uma forma "verdadeiramente colegiada".
"Não só estão representados os cinco continentes na composição da Comissão, como também assiduamente colocaram em comum as contribuições das conferências episcopais dos territórios em que se fala a língua inglesa no mundo inteiro", afirmou.
Ainda que a tarefa do Vox Clara esteja concluída, disse o Papa, é necessária uma outra, e a de ajudar a fazer uso dessa nova versão sem traumas nem ressentimentos, aproveitando a oportunidade para levar adiante toda uma catequese litúrgica.
"Muitos terão dificuldades para se adaptar aos textos não familiares depois de quase quarenta anos de uso contínuo de uma tradução anterior. A mudança será introduzida com a devida sensibilidade", explicou.
Nesse sentido, o Papa mostrou sua esperança em que, "se evite qualquer risco de confusão ou desorientação e que, ao contrário, a mudança sirva como um trampolim para uma renovação e um aprofundamento da devoção eucarística nos países em que se fala a língua inglesa".
Fonte: Zenit.
Pastoral dos migrantes: Papa pede iniciativas coordenadas
Bento XVI exortou os que atuam na atenção pastoral às pessoas que deixaram seu país de origem que busquem coordenar os diversos programas e iniciativas neste âmbito.
O pedido foi feito em uma mensagem enviada por meio do seu secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, ao presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, por ocasião do VIII Congresso Europeu sobre as Migrações, que se realiza em Málaga entre 27 de abril e 1º de maio.
"Sua Santidade Bento XVI saúda cordialmente os organizadores e participantes do Congresso Europeu sobre as Migrações, que se realiza em Málaga e tem como tema ‘Superar os medos. Traçar perspectivas'", indica a carta.
"E os encoraja a prosseguirem em seus esforços para assegurar um cuidado pastoral adequado a todos aqueles que sofrem com as consequências de ter deixado sua pátria ou de se sentirem sem uma terra de referência", prossegue o texto.
"Além disso, exorta a coordenar as iniciativas e programas para que possa chegar a todos a luz do Evangelho e, com ela, uma firme esperança de ver reconhecidos seus direitos e favorecidas suas possibilidades de uma vida digna em todos os aspectos", acrescenta.
O congresso, que se realiza na cidade espanhola, é promovido pelo Conselho de Conferências Episcopais da Europa.
Uma centena de delegados das conferências episcopais de toda a Europa, representantes de bispos, diretores nacionais das pastorais dos imigrantes, agentes pastorais, além de representantes da sociedade civil e da esfera política, estão participando do encontro.
O congresso tem como objetivo analisar as múltiplas causas e consequências, para o trabalho da Igreja, dos fluxos migratórios na Europa.
Os participantes estão analisando os desafios que o fenômeno migratório impõe à família, às paróquias e à sociedade em geral, informou a agência de informação da Conferência Episcopal Espanhola.
Também analisam as ações tomadas pela Igreja e pelos Estados diante da imigração, identificando os temores a serem superados e as perspectivas que direcionarão o trabalho de evangelização no continente.
O Papa invocou "a proteção maternal da Santíssima Virgem Maria sobre todos os participantes do congresso" e, através de sua mensagem, conferiu-lhes a "bênção apostólica".
Fonte: Zenit.
O pedido foi feito em uma mensagem enviada por meio do seu secretário de Estado, cardeal Tarcisio Bertone, ao presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, por ocasião do VIII Congresso Europeu sobre as Migrações, que se realiza em Málaga entre 27 de abril e 1º de maio.
"Sua Santidade Bento XVI saúda cordialmente os organizadores e participantes do Congresso Europeu sobre as Migrações, que se realiza em Málaga e tem como tema ‘Superar os medos. Traçar perspectivas'", indica a carta.
"E os encoraja a prosseguirem em seus esforços para assegurar um cuidado pastoral adequado a todos aqueles que sofrem com as consequências de ter deixado sua pátria ou de se sentirem sem uma terra de referência", prossegue o texto.
"Além disso, exorta a coordenar as iniciativas e programas para que possa chegar a todos a luz do Evangelho e, com ela, uma firme esperança de ver reconhecidos seus direitos e favorecidas suas possibilidades de uma vida digna em todos os aspectos", acrescenta.
O congresso, que se realiza na cidade espanhola, é promovido pelo Conselho de Conferências Episcopais da Europa.
Uma centena de delegados das conferências episcopais de toda a Europa, representantes de bispos, diretores nacionais das pastorais dos imigrantes, agentes pastorais, além de representantes da sociedade civil e da esfera política, estão participando do encontro.
O congresso tem como objetivo analisar as múltiplas causas e consequências, para o trabalho da Igreja, dos fluxos migratórios na Europa.
Os participantes estão analisando os desafios que o fenômeno migratório impõe à família, às paróquias e à sociedade em geral, informou a agência de informação da Conferência Episcopal Espanhola.
Também analisam as ações tomadas pela Igreja e pelos Estados diante da imigração, identificando os temores a serem superados e as perspectivas que direcionarão o trabalho de evangelização no continente.
O Papa invocou "a proteção maternal da Santíssima Virgem Maria sobre todos os participantes do congresso" e, através de sua mensagem, conferiu-lhes a "bênção apostólica".
Fonte: Zenit.
Dom Vegliò: não excluir migrantes nem absorver sua identidade
O presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò, destacou a importância de não excluir os migrantes da sociedade, nem tampouco "absorver sua identidade".
O prelado discursou nesta quarta-feira no VIII Congresso sobre as migrações, organizado pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que se realiza em Málaga, na Espanha, de 27 de abril a 1º de maio.
"São dois os extremos a evitar: a absorção, a completa assimilação na sociedade dominante, com prejuízo à identidade do migrante, e a exclusão, que encerra o perigo da marginalização", declarou.
Dom Vegliò constatou que as migrações "assumiram hoje dimensões consideráveis e que, até por esta razão, já não podem ser ignoradas".
Ao mesmo tempo, denunciou que "é cada vez mais evidente o rosto ferido dos migrantes".
O representante do Papa para a assistência aos migrantes explicou que, nos 27 países da União Europeia, calcula-se haver hoje cerca de 24 milhões de imigrantes, em sua maioria provenientes da própria Europa.
O prelado destacou ainda a dificuldade em se ter acesso a números confiáveis sobre os imigrantes ilegais, que, segundo estimativas recentes, "seriam entre 4,5 e 8 milhões, com um aumento estimado em 350 a 500 mil ao ano".
Defensiva
Na Europa, observou, os fluxos da mobilidade humana são "percebidos de maneira negativa pela população local", que assume "uma postura defensiva" em relação ao fenômeno.
"Difunde-se uma postura política de rejeição aos imigrantes, enquanto as economias continuam pedindo sua aceitação".
O prelado também denunciou "a tendência de muitos países de fechar-se e se isolarem, assegurando os níveis de bem-estar para dentro de seus muros, sem prestar suficiente atenção às necessidades que se encontram do lado de fora, com grave omissão do princípio da solidariedade".
"Nos últimos tempos, observa-se uma consolidação das comunidades ditas ‘blindadas' e talvez estejamos testemunhando o nascimento de ‘continentes blindados', com a Europa e a América do Norte à frente."
"Provavelmente, veremos se constituírem em breve novas cortinas de ferro, com rígidos patrulhamentos nas fronteiras e novas medidas de defesa costeiras."
Erros de análise
Dom Vegliò criticou depois "a trilogia inaceitável ‘imigração - criminalidade - terrorismo'", mencionando outros fatores com causas reais de insegurança, entre eles a "globalização econômica sem regras".
"Portanto, atribuir as causas da instabilidade aos imigrantes, ao invés de enfrentar de modo realista estes problemas, serve apenas para criar junto à opinião pública a imagem de um Estado vigilante e preocupado com a segurança de seus cidadãos, alimentando o medo do outro e dos imigrantes em particular."
Como alternativa a essa visão, o bispo sublinha que "conceber a diversidade como um valor implica em desenvolver uma visão pluralística da realidade, para a qual é possível e desejável o reconhecimento, o respeito e a promoção da diversidade".
"A presença dos imigrantes entre nós nos lembra que, do ponto de vista bíblico, bem-estar e liberdade são dons e, como tais, podem ser mantidos apenas quando compartilhados."
Cultura do acolhimento
Dom Vegliò finalmente destacou a importância do diálogo entre as culturas e as religiões - "uma prioridade para a Europa", segundo Bento XVI.
Da mesma forma, pediu a "elaboração de uma cultura e uma ética do acolhimento" nas condições de vida atuais.
Neste sentido, citou o cardeal Renato Raffaele Martino, que em 2008 afirmara que "o acolhimento do estrangeiro está no coração da identidade europeia".
"A Igreja quer afirmar a cultura do respeito, da igualdade e da valorização da diversidade, capaz de ver os imigrantes como portadores de valores e riquezas", disse Dom Vegliò.
"Por essas razões, convida a rever as políticas e normas que comprometem a tutela dos direitos fundamentais", concluiu.
Fonte: Zenit.
O prelado discursou nesta quarta-feira no VIII Congresso sobre as migrações, organizado pelo Conselho das Conferências Episcopais da Europa (CCEE), que se realiza em Málaga, na Espanha, de 27 de abril a 1º de maio.
"São dois os extremos a evitar: a absorção, a completa assimilação na sociedade dominante, com prejuízo à identidade do migrante, e a exclusão, que encerra o perigo da marginalização", declarou.
Dom Vegliò constatou que as migrações "assumiram hoje dimensões consideráveis e que, até por esta razão, já não podem ser ignoradas".
Ao mesmo tempo, denunciou que "é cada vez mais evidente o rosto ferido dos migrantes".
O representante do Papa para a assistência aos migrantes explicou que, nos 27 países da União Europeia, calcula-se haver hoje cerca de 24 milhões de imigrantes, em sua maioria provenientes da própria Europa.
O prelado destacou ainda a dificuldade em se ter acesso a números confiáveis sobre os imigrantes ilegais, que, segundo estimativas recentes, "seriam entre 4,5 e 8 milhões, com um aumento estimado em 350 a 500 mil ao ano".
Defensiva
Na Europa, observou, os fluxos da mobilidade humana são "percebidos de maneira negativa pela população local", que assume "uma postura defensiva" em relação ao fenômeno.
"Difunde-se uma postura política de rejeição aos imigrantes, enquanto as economias continuam pedindo sua aceitação".
O prelado também denunciou "a tendência de muitos países de fechar-se e se isolarem, assegurando os níveis de bem-estar para dentro de seus muros, sem prestar suficiente atenção às necessidades que se encontram do lado de fora, com grave omissão do princípio da solidariedade".
"Nos últimos tempos, observa-se uma consolidação das comunidades ditas ‘blindadas' e talvez estejamos testemunhando o nascimento de ‘continentes blindados', com a Europa e a América do Norte à frente."
"Provavelmente, veremos se constituírem em breve novas cortinas de ferro, com rígidos patrulhamentos nas fronteiras e novas medidas de defesa costeiras."
Erros de análise
Dom Vegliò criticou depois "a trilogia inaceitável ‘imigração - criminalidade - terrorismo'", mencionando outros fatores com causas reais de insegurança, entre eles a "globalização econômica sem regras".
"Portanto, atribuir as causas da instabilidade aos imigrantes, ao invés de enfrentar de modo realista estes problemas, serve apenas para criar junto à opinião pública a imagem de um Estado vigilante e preocupado com a segurança de seus cidadãos, alimentando o medo do outro e dos imigrantes em particular."
Como alternativa a essa visão, o bispo sublinha que "conceber a diversidade como um valor implica em desenvolver uma visão pluralística da realidade, para a qual é possível e desejável o reconhecimento, o respeito e a promoção da diversidade".
"A presença dos imigrantes entre nós nos lembra que, do ponto de vista bíblico, bem-estar e liberdade são dons e, como tais, podem ser mantidos apenas quando compartilhados."
Cultura do acolhimento
Dom Vegliò finalmente destacou a importância do diálogo entre as culturas e as religiões - "uma prioridade para a Europa", segundo Bento XVI.
Da mesma forma, pediu a "elaboração de uma cultura e uma ética do acolhimento" nas condições de vida atuais.
Neste sentido, citou o cardeal Renato Raffaele Martino, que em 2008 afirmara que "o acolhimento do estrangeiro está no coração da identidade europeia".
"A Igreja quer afirmar a cultura do respeito, da igualdade e da valorização da diversidade, capaz de ver os imigrantes como portadores de valores e riquezas", disse Dom Vegliò.
"Por essas razões, convida a rever as políticas e normas que comprometem a tutela dos direitos fundamentais", concluiu.
Fonte: Zenit.
Gâmbia, Libéria e Serra Leoa: Papa com 5 prelados em visita “ad limina”
Bento XVI recebeu nesta segunda-feira um bispo da Gâmbia, um administrador apostólico da Libéria e três bispos de Serra Leoa em visita ad limina: três países da África Ocidental onde os pastores estão unidos numa conferência episcopal.
Trata-se de Dom Robert Patrick Ellison, CSSp, bispo de Banjul (Gâmbia); Pe. Chris Brennan, SMA., administrador apostólico de Gbanga (Libéria); Dom Edward Tamba Charles, arcebispo de Freetown (Serra Leoa); Dom Patrick Daniel Koroma, bispo de Kenema (Serra Leoa); e Dom George Biguzzi, SX, bispo de Makeni (Serra Leoa).
Na Gâmbia, segundo a organização caritativa Ajuda à Igreja que Sofre, a maioria da população (um milhão e meio de habitantes) é muçulmana (86,9%).
Os adeptos de religiões africanas tradicionais representam 7,8% e os cristãos, 3,9%, dos quais aproximadamente dois terços são católicos.
Na Libéria, os adeptos de religiões africanas tradicionais representam 42,9%; os cristãos 39,3% (um quinto são católicos); e os muçulmanos, 16%. O restante dos crentes supõe cerca de 1,8% de uma população de mais de 3,2 milhões de habitantes.
Em Serra Leoa, a maioria da população (5,5 milhões de habitantes) é muçulmana (45,9%), mas a população inclui também adeptos de religiões africanas tradicionais (40,4%), cristãos (11,5%, dos quais menos da metade é composta por católicos batizados) e cerca de 2,2% de outros crentes.
Nesse país, os cristãos, realmente minoritários, são, contudo, muito ativos, recordou o bispo italiano Dom George Biguzzi diante dos microfones da Rádio Vaticano.
"A Igreja está presente em todo território nacional, tanto na Gâmbia como em Serra Leoa, graças às escolas, obras sociais, trabalho da Cáritas e projetos de desenvolvimento", explicou.
"É uma presença respeitada, significativa e que vai além do número de cristãos", acrescentou.
Serra Leoa e Gâmbia registram também um aumento de vocações ao sacerdócio e as comunidades se caracterizam pelo compromisso dos leigos nas atividades a favor dos pobres.
Também em Serra Leoa, a Igreja está comprometida para reinserir na sociedade os ex-combatentes, incluindo as crianças-soldado envolvidas na guerra civil.
Fonte: Zenit.
Trata-se de Dom Robert Patrick Ellison, CSSp, bispo de Banjul (Gâmbia); Pe. Chris Brennan, SMA., administrador apostólico de Gbanga (Libéria); Dom Edward Tamba Charles, arcebispo de Freetown (Serra Leoa); Dom Patrick Daniel Koroma, bispo de Kenema (Serra Leoa); e Dom George Biguzzi, SX, bispo de Makeni (Serra Leoa).
Na Gâmbia, segundo a organização caritativa Ajuda à Igreja que Sofre, a maioria da população (um milhão e meio de habitantes) é muçulmana (86,9%).
Os adeptos de religiões africanas tradicionais representam 7,8% e os cristãos, 3,9%, dos quais aproximadamente dois terços são católicos.
Na Libéria, os adeptos de religiões africanas tradicionais representam 42,9%; os cristãos 39,3% (um quinto são católicos); e os muçulmanos, 16%. O restante dos crentes supõe cerca de 1,8% de uma população de mais de 3,2 milhões de habitantes.
Em Serra Leoa, a maioria da população (5,5 milhões de habitantes) é muçulmana (45,9%), mas a população inclui também adeptos de religiões africanas tradicionais (40,4%), cristãos (11,5%, dos quais menos da metade é composta por católicos batizados) e cerca de 2,2% de outros crentes.
Nesse país, os cristãos, realmente minoritários, são, contudo, muito ativos, recordou o bispo italiano Dom George Biguzzi diante dos microfones da Rádio Vaticano.
"A Igreja está presente em todo território nacional, tanto na Gâmbia como em Serra Leoa, graças às escolas, obras sociais, trabalho da Cáritas e projetos de desenvolvimento", explicou.
"É uma presença respeitada, significativa e que vai além do número de cristãos", acrescentou.
Serra Leoa e Gâmbia registram também um aumento de vocações ao sacerdócio e as comunidades se caracterizam pelo compromisso dos leigos nas atividades a favor dos pobres.
Também em Serra Leoa, a Igreja está comprometida para reinserir na sociedade os ex-combatentes, incluindo as crianças-soldado envolvidas na guerra civil.
Fonte: Zenit.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
Crise financeira reflete falência do Homo oeconomicus
Na base da atual crise econômica global está uma crise ética e cultural, mas também uma falência de uma antropologia que, para ser superada, exige um investimento na pessoa, no seu caráter relacional e no empenho educacional.
Estas são algumas propostas apresentadas durante o 60º Congresso da Federação Universitária Católica Italiana (FUCI), realizado em Piacenza, e que teve como tema “Uma economia para o homem. Quais são os desafios para o futuro?”. O evento foi concluído no domingo, 25 de abril, com uma celebração Eucarística presidida pelo bispo de Piacenza-Bobbio, Dom Gianni Ambrosio.
Durante os quatro dias de encontros, que contou com a participação de mais 200 estudantes de toda a Itália, tomaram a palavra diversas personalidades de renome, entre elas o ministro da economia da Itália, Tommaso Padoa Schioppa, e o presidente do IOR, Ettore Gotti Tedeschi.
Após a sessão de abertura, na qual foram abordadas as causas e as perspectivas da atual crise econômica, a realização das reuniões dos grupos de trabalho para o aprofundamento sobre o tema “estilos de vida” e da mesa-redonda, a assembleia federal aprovou o texto final de sua declaração conjunta.
No documento, afirma-se que atrás da bolha financeira “se desenvolveu crescimento excessivamente lastreado em débitos”, desvinculado da economia real e de qualquer forma de controle ético.
“A responsabilidade dos atores econômicos” – continua a declaração – “deixou espaço para a especulação e o enriquecimento fraudulento, com frequência mascarados por uma eficiência de mercado”.
“Por trás da crise econômica, portanto, pode ser identificados sinais de uma crise ética e cultural, que diz respeito às dinâmicas mais profundas de nossa sociedade”.
“Aquilo que deveria ser um instrumento – a propriedade, a riqueza, as finanças – tornou-se princípio e fim de todos os esforços, medida única de todas as ações”, continua o documento.
“Eis o Homo oeconomicus, que tem fome apenas de dinheiro e visa tão somente à maximização do próprio ganho pessoal”.
“Mas, por trás de tal ânsia de acumular e possuir não estaria talvez um vazio de relações humanas autênticas, a ausência de uma partilha alegre, o medo de um futuro incerto”, perguntam-se os jovens da FUCI.
“Faz-se necessário, portanto, repensar a economia, sua regras, seu limites, seus instrumentos. Recomeçar partindo da pessoa deve ser a palavra de ordem”, afirmam.
“Mas a pessoa é, primeiramente, relacional: recomeçar a partir disso significa, portanto, superar o isolamento individualista e abrir a possibilidade de um encontro autêntico com os demais, com a criação e com a Transcendência”.
As empresas, assim, devem ser estimuladas “a ampliar sua visão e a passar de uma ‘responsabilidade limitada’ a uma ‘responsabilidade social’, em cujo centro estejam também os interesses e necessidades dos trabalhadores”.
“Uma economia de mercado imbuída dos conceitos de dom e de gratuidade pode se transformar em realidade no momento certo”, observa o documento. “Uma economia de mercado pluralística e regulada, a serviço do homem e de sua dignidade, é portanto indispensável para que a crise atual possa ser superada”.
Além disso, deve ainda “ser superada a dicotomia entre indivíduo e Estado: é preciso apontar para os organismos mediadores da sociedade civil, para tudo aquilo que se encontra entre o isolamento individualista e o conformismo de massa, e que possa agregar as pessoas em vista do bem comum”.
“As finanças éticas, o consumo crítico, as energias de baixo impacto ambiental, o software livre representam alguns dos cenários de um possível empenho pessoal e comunitário”, sugerem.
Para tal, é necessário “dar novo impulso à missão educacional, uma vez que a formação de uma consciência crítica o pressuposto fundamental de qualquer opção ética”.
Mas, principalmente, “é preciso que a dimensão ética de cada cidadão e a justiça das instituições sejam complementares”, pelo que os jovens pedem “às instituições políticas em todos os níveis – local, nacional e supra-nacional – que crie os espaços necessários para que estas escolhas possam ser feitas efetivamente”.
“Se cada homem está pronto para rever suas próprias escolhas à luz da fraternidade e do bem comum, poderemos construir um futuro mais humano”, concluem.
Estas são algumas propostas apresentadas durante o 60º Congresso da Federação Universitária Católica Italiana (FUCI), realizado em Piacenza, e que teve como tema “Uma economia para o homem. Quais são os desafios para o futuro?”. O evento foi concluído no domingo, 25 de abril, com uma celebração Eucarística presidida pelo bispo de Piacenza-Bobbio, Dom Gianni Ambrosio.
Durante os quatro dias de encontros, que contou com a participação de mais 200 estudantes de toda a Itália, tomaram a palavra diversas personalidades de renome, entre elas o ministro da economia da Itália, Tommaso Padoa Schioppa, e o presidente do IOR, Ettore Gotti Tedeschi.
Após a sessão de abertura, na qual foram abordadas as causas e as perspectivas da atual crise econômica, a realização das reuniões dos grupos de trabalho para o aprofundamento sobre o tema “estilos de vida” e da mesa-redonda, a assembleia federal aprovou o texto final de sua declaração conjunta.
No documento, afirma-se que atrás da bolha financeira “se desenvolveu crescimento excessivamente lastreado em débitos”, desvinculado da economia real e de qualquer forma de controle ético.
“A responsabilidade dos atores econômicos” – continua a declaração – “deixou espaço para a especulação e o enriquecimento fraudulento, com frequência mascarados por uma eficiência de mercado”.
“Por trás da crise econômica, portanto, pode ser identificados sinais de uma crise ética e cultural, que diz respeito às dinâmicas mais profundas de nossa sociedade”.
“Aquilo que deveria ser um instrumento – a propriedade, a riqueza, as finanças – tornou-se princípio e fim de todos os esforços, medida única de todas as ações”, continua o documento.
“Eis o Homo oeconomicus, que tem fome apenas de dinheiro e visa tão somente à maximização do próprio ganho pessoal”.
“Mas, por trás de tal ânsia de acumular e possuir não estaria talvez um vazio de relações humanas autênticas, a ausência de uma partilha alegre, o medo de um futuro incerto”, perguntam-se os jovens da FUCI.
“Faz-se necessário, portanto, repensar a economia, sua regras, seu limites, seus instrumentos. Recomeçar partindo da pessoa deve ser a palavra de ordem”, afirmam.
“Mas a pessoa é, primeiramente, relacional: recomeçar a partir disso significa, portanto, superar o isolamento individualista e abrir a possibilidade de um encontro autêntico com os demais, com a criação e com a Transcendência”.
As empresas, assim, devem ser estimuladas “a ampliar sua visão e a passar de uma ‘responsabilidade limitada’ a uma ‘responsabilidade social’, em cujo centro estejam também os interesses e necessidades dos trabalhadores”.
“Uma economia de mercado imbuída dos conceitos de dom e de gratuidade pode se transformar em realidade no momento certo”, observa o documento. “Uma economia de mercado pluralística e regulada, a serviço do homem e de sua dignidade, é portanto indispensável para que a crise atual possa ser superada”.
Além disso, deve ainda “ser superada a dicotomia entre indivíduo e Estado: é preciso apontar para os organismos mediadores da sociedade civil, para tudo aquilo que se encontra entre o isolamento individualista e o conformismo de massa, e que possa agregar as pessoas em vista do bem comum”.
“As finanças éticas, o consumo crítico, as energias de baixo impacto ambiental, o software livre representam alguns dos cenários de um possível empenho pessoal e comunitário”, sugerem.
Para tal, é necessário “dar novo impulso à missão educacional, uma vez que a formação de uma consciência crítica o pressuposto fundamental de qualquer opção ética”.
Mas, principalmente, “é preciso que a dimensão ética de cada cidadão e a justiça das instituições sejam complementares”, pelo que os jovens pedem “às instituições políticas em todos os níveis – local, nacional e supra-nacional – que crie os espaços necessários para que estas escolhas possam ser feitas efetivamente”.
“Se cada homem está pronto para rever suas próprias escolhas à luz da fraternidade e do bem comum, poderemos construir um futuro mais humano”, concluem.
Fonte: Zenit.
Os mandamentos do meio ambiente
Nos cinco anos desde que foi eleito Papa, Bento XVI tem falado repetidas vezes sobre temas relacionados com a ecologia. Como consequência, alguns começaram a chamá-lo de “Papa Verde”, mas esse rótulo não faz justiça às suas declarações.
Um guia útil para o que o atual pontífice disse sobre a criação e nossa responsabilidade para com ela é recolhido em um livro publicado no ano passado pelo jornalista Woodeene Koenig-Bricker. Em Ten Commandments for the Environment: Pope Benedict XVI Speaks Out for Creation and Justice (Dez Mandamentos para o Meio Ambiente: O Papa Bento XVI fala sobre a Criação e Justiça) (Ave Maria Press), recolhe os comentários do Papa intercalados com suas opiniões pessoais sobre o meio ambiente.
A frase “Dez Mandamentos para o Meio Ambiente” não é de Bento XVI, mas foi o nome de um discurso proferido em 2005 por Dom Giampaolo Crepaldi, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz (atualmente Dom Giampolo Crepaldi é bispo de Triesta, Itália).
A mensagem principal desses mandamentos é que devemos ser administradores responsáveis da criação de Deus, e isso corresponde com o que o pontífice afirmou posteriormente, comentava Koenig-Bricker.
“Hoje todos vemos que o homem poderia destruir o fundamento de sua existência, sua terra”, dizia o Papa em 24 de julho, respondendo às perguntas dos sacerdotes das dioceses italianas de Belluno-Feltre e Treviso.
Esse cuidado com a criação baseia-se em uma convicção que vai muito além de uma simples preocupação pela ecologia. Bento XVI desejava isso claramente ao responder uma pergunta durante suas férias de verão do ano seguinte. Em seu encontro com o clero da diocese de Bolzano-Bressanone, no dia 6 de agosto de 2008, indicava que há um “vínculo inseparável” entre criação e redenção.
Subjugar a terra
"O Redentor é o Criador, e se nós não anunciamos Deus em toda sua grandeza, como Criador e Redentor, tiramos também o valor da Redenção”, afirmava o Santo Padre após mencionar que, infelizmente, nas últimas décadas a doutrina de criação quase desapareceu da teologia.
Bento XVI observava que acusaram os cristãos de ser responsáveis da destruição da criação pelas palavras do Gênesis, “subjugar a terra”.
Essa acusação é falsa, afirmava, posto que vemos a terra como criação de Deus: “a terefa de ‘subjugá-la’ nunca foi entendida como uma ordem de fazê-la escrava, mas sim como a terefa de custódia da criação e de desenvolver seus dons, de colaborarmos ativamente na obra de Deus, na evolução que ele pôs no mundo, de forma que os dons da criação sejam valorizados e não pisoteados e destruídos”.
A esse contexto entre o natural e o sobrenatural, entre fé em Deus e respeito pela criação, foi algo sobre o que Bento XVI se voltou na entrevista concedida aos jornalistas na viagem de avião para Sydney, Austrália, em 12 de julho de 2008.
“Necessitamos do dom da Terra, da água; necessitamos do Criador. O Criador se faz presente em sua criação. Dessa forma compreendemos que não podemos ser realmente felizes, não podemos promover a verdadeira justiça em todo mundo sem um critério em nossas ideias, sem um Deus que seja justo e nos dê a luz da vida”, dizia.
O Papa mencionava o papel do Redentor em sua homilia da Missa do Galo de 2007. Cristo, afirmava, “veio para devolver à criação, ao cosmos, sua beleza e sua dignidade: é isto que tem início no Natal e faz os anjos saltarem de alegria”.
O Natal é a festa de criação restaurada, a Terra se renova e celebra que céu e terra, homem e Deus se unem, comentava.
Dom de Deus
Pouco depois da publicação do livro Koenig-Bricker, veio a encíclica do Papa “Caridade na Verdade”. Na encíclica foram dedicados ao meio ambiente alguns parágrafos. Entre outros pontos, o pontífice advertia contra uma visão de uma natureza puramente materialista. A salvação humana não pode vir da natureza por si só, afirmou.
Temos uma legítima administração sobre a natureza, afirmava Bento XVI, que implica o dever de entregar às futuras gerações uma terra em boas condições.
Isso não é só uma questão de ciência ou economia, explica, mas sim uma questão que precisa integrar uma ecologia humana que inclui tudo o que forma nossa existência.
“O livro da natureza é uno e indivisível, tanto no que diz respeito à vida, sexualidade, matrimônio, família, relações sociais, em suma, o desenvolvimento humano integral”, disse o Papa.
Há uma antinomia fundamental em nossa mentalidade se, por um lado, insistimos no respeito pelo meio ambiente natural enquanto, por outro lado, não respeitamos o direito à vida e à morte natural, insistia Bento XVI.
A relação entre o respeito pelo meio ambiente e o respeito pela vida foi um tema recorrente nas declarações do Papa sobre ecologia.
“Os grandes temas morais, vitais, da paz, a não-violência, a justiça e o respeito da criação não conferem por si só a dignidade ao homem”, dizia ao novo embaixador da Irlanda junto à Santa Sé em 15 de setembro de 2007.
A vida humana tem uma dignidade natural, explicava. “É preocupante o fato de que frequentemente os mesmos grupos sociais e políticos que, admiravelmente, estão mais em harmonia com a maravilha da criação de Deus dão pouca atenção para a maravilha da vida no útero”, comentava o Papa.
Ecologia e Paz
No início desse ano, em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, Bento XVI também uniu o respeito pela ecologia e paz.
“Assim, pois, além da ecologia e natureza há uma ecologia que podemos chamar ‘humana’, e que por sua vez requer uma ‘ecologia’ social’”, observava. A experiência demonstra que toda atitude irresponsável com o meio ambiente resulta em danos da convivência humana, e vice-versa”, acrescenta.
“Cada vez mais é possível ver claramente um nexo inseparável entre paz com a criação e a paz entre os homens. Ambas pressupõem a paz com Deus”, concluía o Papa.
Essa relação entre ecologia e paz voltou como tema central da Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2010.
O meio ambiente é um dom de Deus a todos os povos, dizia. Nem a natureza e nem os seres humanos podem ser vistos como meros produtos, afirmava o pontífice. Ele encorajava a uma maior solidariedade entre as nações ao tratar os problemas ecológicos e examinar nosso estilo de vida, modelos de consumo e produção.
Mais uma vez ele advertiu contra o panteísmo ou o paganismo em que se considera que nossa salvação só pode ser alcançada no mundo natural. Bento XVI estabelecia que a Igreja tem fortes reservas sobre uma visão ecocêntrica ou biocêntrica do meio ambiente.
O perigo dessas posturas é que não veem diferença alguma entre a pessoa humana e as demais criaturas vivas.
“Dessa forma, é anulada na prática a identidade e o papel superior do homem, favorecendo uma visão igualitária da dignidade de todos os seres vivos”, advertia.
Ao concluir a mensagem, Bento XVI observou que os cristãos contemplam o cosmos e as maravilhas da obra criadora do Pai e da obra redentora de Cristo. O cuidado do meio ambiente, o respeito pelos valores humanos e a vida, a solidariedade entre todos estão assim ligados à nossa fé em Deus, criador e redentor. Uma visão complexa do natural e do sobrenatural que vai além da ideia de ser simplesmente verde.
Fonte: Zenit.
Um guia útil para o que o atual pontífice disse sobre a criação e nossa responsabilidade para com ela é recolhido em um livro publicado no ano passado pelo jornalista Woodeene Koenig-Bricker. Em Ten Commandments for the Environment: Pope Benedict XVI Speaks Out for Creation and Justice (Dez Mandamentos para o Meio Ambiente: O Papa Bento XVI fala sobre a Criação e Justiça) (Ave Maria Press), recolhe os comentários do Papa intercalados com suas opiniões pessoais sobre o meio ambiente.
A frase “Dez Mandamentos para o Meio Ambiente” não é de Bento XVI, mas foi o nome de um discurso proferido em 2005 por Dom Giampaolo Crepaldi, secretário do Conselho Pontifício Justiça e Paz (atualmente Dom Giampolo Crepaldi é bispo de Triesta, Itália).
A mensagem principal desses mandamentos é que devemos ser administradores responsáveis da criação de Deus, e isso corresponde com o que o pontífice afirmou posteriormente, comentava Koenig-Bricker.
“Hoje todos vemos que o homem poderia destruir o fundamento de sua existência, sua terra”, dizia o Papa em 24 de julho, respondendo às perguntas dos sacerdotes das dioceses italianas de Belluno-Feltre e Treviso.
Esse cuidado com a criação baseia-se em uma convicção que vai muito além de uma simples preocupação pela ecologia. Bento XVI desejava isso claramente ao responder uma pergunta durante suas férias de verão do ano seguinte. Em seu encontro com o clero da diocese de Bolzano-Bressanone, no dia 6 de agosto de 2008, indicava que há um “vínculo inseparável” entre criação e redenção.
Subjugar a terra
"O Redentor é o Criador, e se nós não anunciamos Deus em toda sua grandeza, como Criador e Redentor, tiramos também o valor da Redenção”, afirmava o Santo Padre após mencionar que, infelizmente, nas últimas décadas a doutrina de criação quase desapareceu da teologia.
Bento XVI observava que acusaram os cristãos de ser responsáveis da destruição da criação pelas palavras do Gênesis, “subjugar a terra”.
Essa acusação é falsa, afirmava, posto que vemos a terra como criação de Deus: “a terefa de ‘subjugá-la’ nunca foi entendida como uma ordem de fazê-la escrava, mas sim como a terefa de custódia da criação e de desenvolver seus dons, de colaborarmos ativamente na obra de Deus, na evolução que ele pôs no mundo, de forma que os dons da criação sejam valorizados e não pisoteados e destruídos”.
A esse contexto entre o natural e o sobrenatural, entre fé em Deus e respeito pela criação, foi algo sobre o que Bento XVI se voltou na entrevista concedida aos jornalistas na viagem de avião para Sydney, Austrália, em 12 de julho de 2008.
“Necessitamos do dom da Terra, da água; necessitamos do Criador. O Criador se faz presente em sua criação. Dessa forma compreendemos que não podemos ser realmente felizes, não podemos promover a verdadeira justiça em todo mundo sem um critério em nossas ideias, sem um Deus que seja justo e nos dê a luz da vida”, dizia.
O Papa mencionava o papel do Redentor em sua homilia da Missa do Galo de 2007. Cristo, afirmava, “veio para devolver à criação, ao cosmos, sua beleza e sua dignidade: é isto que tem início no Natal e faz os anjos saltarem de alegria”.
O Natal é a festa de criação restaurada, a Terra se renova e celebra que céu e terra, homem e Deus se unem, comentava.
Dom de Deus
Pouco depois da publicação do livro Koenig-Bricker, veio a encíclica do Papa “Caridade na Verdade”. Na encíclica foram dedicados ao meio ambiente alguns parágrafos. Entre outros pontos, o pontífice advertia contra uma visão de uma natureza puramente materialista. A salvação humana não pode vir da natureza por si só, afirmou.
Temos uma legítima administração sobre a natureza, afirmava Bento XVI, que implica o dever de entregar às futuras gerações uma terra em boas condições.
Isso não é só uma questão de ciência ou economia, explica, mas sim uma questão que precisa integrar uma ecologia humana que inclui tudo o que forma nossa existência.
“O livro da natureza é uno e indivisível, tanto no que diz respeito à vida, sexualidade, matrimônio, família, relações sociais, em suma, o desenvolvimento humano integral”, disse o Papa.
Há uma antinomia fundamental em nossa mentalidade se, por um lado, insistimos no respeito pelo meio ambiente natural enquanto, por outro lado, não respeitamos o direito à vida e à morte natural, insistia Bento XVI.
A relação entre o respeito pelo meio ambiente e o respeito pela vida foi um tema recorrente nas declarações do Papa sobre ecologia.
“Os grandes temas morais, vitais, da paz, a não-violência, a justiça e o respeito da criação não conferem por si só a dignidade ao homem”, dizia ao novo embaixador da Irlanda junto à Santa Sé em 15 de setembro de 2007.
A vida humana tem uma dignidade natural, explicava. “É preocupante o fato de que frequentemente os mesmos grupos sociais e políticos que, admiravelmente, estão mais em harmonia com a maravilha da criação de Deus dão pouca atenção para a maravilha da vida no útero”, comentava o Papa.
Ecologia e Paz
No início desse ano, em sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2007, Bento XVI também uniu o respeito pela ecologia e paz.
“Assim, pois, além da ecologia e natureza há uma ecologia que podemos chamar ‘humana’, e que por sua vez requer uma ‘ecologia’ social’”, observava. A experiência demonstra que toda atitude irresponsável com o meio ambiente resulta em danos da convivência humana, e vice-versa”, acrescenta.
“Cada vez mais é possível ver claramente um nexo inseparável entre paz com a criação e a paz entre os homens. Ambas pressupõem a paz com Deus”, concluía o Papa.
Essa relação entre ecologia e paz voltou como tema central da Mensagem para o Dia Mundial da Paz de 2010.
O meio ambiente é um dom de Deus a todos os povos, dizia. Nem a natureza e nem os seres humanos podem ser vistos como meros produtos, afirmava o pontífice. Ele encorajava a uma maior solidariedade entre as nações ao tratar os problemas ecológicos e examinar nosso estilo de vida, modelos de consumo e produção.
Mais uma vez ele advertiu contra o panteísmo ou o paganismo em que se considera que nossa salvação só pode ser alcançada no mundo natural. Bento XVI estabelecia que a Igreja tem fortes reservas sobre uma visão ecocêntrica ou biocêntrica do meio ambiente.
O perigo dessas posturas é que não veem diferença alguma entre a pessoa humana e as demais criaturas vivas.
“Dessa forma, é anulada na prática a identidade e o papel superior do homem, favorecendo uma visão igualitária da dignidade de todos os seres vivos”, advertia.
Ao concluir a mensagem, Bento XVI observou que os cristãos contemplam o cosmos e as maravilhas da obra criadora do Pai e da obra redentora de Cristo. O cuidado do meio ambiente, o respeito pelos valores humanos e a vida, a solidariedade entre todos estão assim ligados à nossa fé em Deus, criador e redentor. Uma visão complexa do natural e do sobrenatural que vai além da ideia de ser simplesmente verde.
Fonte: Zenit.
Irmão Alois entrega Bíblia em chinês a Bento XVI
O prior da Comunidade de Taizé, Irmão Alois, foi recebido por Bento XVI no Vaticano, no dia 22 de abril, e entregou ao Papa uma Bíblia com chinês: como esta, Taizé distribuiu 1 milhão na China, em sua viagem de 3 semanas ao país.
Em sua Carta da China, o Irmão Alois explica: "Como sinal de amizade e de gratidão para com os cristãos da China, através da Operação Esperança, a nossa Comunidade de Taizé mandou imprimir em 2009 um milhão de Bíblias, que foram distribuídas em todas as regiões do país".
A impressão foi realizada em Nanjing e, de lá, os livros foram enviados por etapas a todo o país, ao longo de 2009.
No ano passado, a Comunidade de Taizé apoiou também o trabalho bíblico da Igreja Protestante na China. Este apoio continuará durante este ano e em 2011.
Na 25ª Jornada Mundial da Juventude, realizada em Roma no último Domingo de Ramos, o Irmão Alois evocou também o ministério de Taizé com os jovens e destacou o carisma da oração.
"Fazemos todo o possível para que os jovens descubram uma relação pessoal com Deus", disse então.
Também destacou a importância de suscitar a "corresponsabilidade" dos jovens na "comunhão" da Igreja.
A oração, segundo o prior de Taizé, também tem uma dimensão ecumênica, para dar aos jovens cristãos oportunidades de rezarem juntos.
Por meio de audiências como esta no Vaticano, o Irmão Alois segue os passos do fundador de Taizé, Irmão Roger, que também se encontrava anualmente com João XXIII, Paulo VI e João Paulo II.
Desde os primeiros meses do seu novo ministério, acompanhado por outros irmãos, o Irmão Alois também visitou outros responsáveis cristãos: o patriarca ecumênico Bartolomeu de Constantinopla, os membros do Conselho Ecumênico das Igrejas, reunidos em Porto Alegre, o defunto patriarca ortodoxo russo Aléxis II e o arcebispo da Cantuária, Rowan Williams.
"Com estas visitas, eu quis mostrar que, com meus irmãos, buscamos apaixonadamente a comunhão entre os cristãos", explicou o prior.
E acrescentou: "Em Taizé, gostaríamos de contribuir para dar uma visibilidade maior à comunhão que, em Cristo, já existe entre todos os batizados".
Fonte: Zenit.
Em sua Carta da China, o Irmão Alois explica: "Como sinal de amizade e de gratidão para com os cristãos da China, através da Operação Esperança, a nossa Comunidade de Taizé mandou imprimir em 2009 um milhão de Bíblias, que foram distribuídas em todas as regiões do país".
A impressão foi realizada em Nanjing e, de lá, os livros foram enviados por etapas a todo o país, ao longo de 2009.
No ano passado, a Comunidade de Taizé apoiou também o trabalho bíblico da Igreja Protestante na China. Este apoio continuará durante este ano e em 2011.
Na 25ª Jornada Mundial da Juventude, realizada em Roma no último Domingo de Ramos, o Irmão Alois evocou também o ministério de Taizé com os jovens e destacou o carisma da oração.
"Fazemos todo o possível para que os jovens descubram uma relação pessoal com Deus", disse então.
Também destacou a importância de suscitar a "corresponsabilidade" dos jovens na "comunhão" da Igreja.
A oração, segundo o prior de Taizé, também tem uma dimensão ecumênica, para dar aos jovens cristãos oportunidades de rezarem juntos.
Por meio de audiências como esta no Vaticano, o Irmão Alois segue os passos do fundador de Taizé, Irmão Roger, que também se encontrava anualmente com João XXIII, Paulo VI e João Paulo II.
Desde os primeiros meses do seu novo ministério, acompanhado por outros irmãos, o Irmão Alois também visitou outros responsáveis cristãos: o patriarca ecumênico Bartolomeu de Constantinopla, os membros do Conselho Ecumênico das Igrejas, reunidos em Porto Alegre, o defunto patriarca ortodoxo russo Aléxis II e o arcebispo da Cantuária, Rowan Williams.
"Com estas visitas, eu quis mostrar que, com meus irmãos, buscamos apaixonadamente a comunhão entre os cristãos", explicou o prior.
E acrescentou: "Em Taizé, gostaríamos de contribuir para dar uma visibilidade maior à comunhão que, em Cristo, já existe entre todos os batizados".
Fonte: Zenit.
Quando o Concílio salvou o primado de Pedro
“Paulo VI pôs-se a ler a carta mais uma vez, lágrimas de dor e desconcerto lhe rolavam pelo rosto: ‘Me traíram! Me traíram! Oh, meu Deus, ajudai-me! A fumaça de Satanás infiltrou-se em Vossa Igreja!”.
Com as palavras daquela noite que entraria para a história como “a noite obscura de Paulo VI”, nasce e se desenvolve o último romance de Rosa Alberoni, “Intrigo al Concilio Vaticano II” (“Intriga no Concílio Vaticano II”, editora Fede & Cultura, http://fedecultura.com/IntrigoalConcilioVaticanoII.aspx), um thriller ambientado no interior dos muros vaticanos, em meio ao Concílio Vaticano II.
Entre heresias dissimuladas, encontros secretos, projetos ameaçadores, sofismas e trapaças, Rosa Alberoni reconta num estilo admirável o complô de uma minoria organizada que tinha como objetivo comprometer o primado de Pedro, rejeitar a Virgem Maria como Mãe de Cristo, negar a existência dos Santos e, ainda pior, a existência do diabo, conduzindo assim a Igreja Católica a posições protestantes.
Mas justo quando a batalha parecia estar perdida, de algum modo misterioso e providencial o conluio foi descoberto, e o Pontífice, apoiado por seus colaboradores mais próximos e fiéis, pôde evitar o enfraquecimento do primado de Pedro.
Rosa Alberoni vive em Milão. É escritora, professora universitária de Sociologia Geral e jornalista. Colaborou com diversos jornais, o último dos quais foi o “Corriere della Sera”, e tem escrito para o “Sette” e o “Corriere Magazine”. É também autora de numerosos ensaios e romances – seu romance mais recente é “La prigioniera dell’Abbazia”, e seus últimos ensaios foram “La cacciata di Cristo” e “Il Dio di Michelangelo e la barba di Darwin”.
Para saber mais sobre seu último livro, ZENIT entrevistou Rosa Alberoni.
- O que a levou a escrever um romance sobre o Concílio Vaticano II?
- Rosa Alberoni: Foi um evento inesperado: vim a saber da ocorrência de um complô contra o Papa durante o Concílio Vaticano II. Fiquei chocada e desconcertada com tal revelação. Com isso, minha mente pôs-se a trabalhar. Levantei vários questionamentos, busquei documentos e fontes várias na tentativa de compreender o que realmente teria ocorrido e encontrar respostas às tantas perguntas, que, na medida em que me informava, eram cada vez mais numerosas.
Foi então que decidi transportar uma personagem, a investigadora Rachele de meu último livro “La prigioniera dell’Abbazia”, para o contexto do Concílio. E Rachele, enquanto investiga as intrigas do Concílio, acaba também por vasculhar suas próprias memórias, e se dá conta de ter tido alguns maus mestres, semeadores de dúvidas, os incitadores da destruição sutil mas sistemática dos valores fundamentais da civilização cristã, e portanto não apenas da religião católica. Para ajudar Rachele surge outro personagem, o padre Robert, que se tornou eremita justamente por ter participado ativamente do Concílio, tendo vivido todos os episódios e testemunhado as táticas adotadas pelos conspiradores.
- Certo, o Concílio não teve o desfecho que se esperava, mas poucos imaginavam que pudesse ter havido uma conspiração. O que é contado no romance?
- Rosa Alberoni: Que não teve o desfecho esperado por João XXIII e por Paulo VI viemos a saber apenas recentemente. Isto é, depois, sempre depois, que os danos se tornam evidentes, nos ensina a história. Todavia, é importante compreender os erros cometidos, e remediá-los. Para recuperar, para recompor valores destruídos, estou convencida de que será necessário um trauma.
Isto por que tanto os seres humanos como os povos são capazes de mudar apenas por meio de experiências traumáticas - ou por meio da intervenção da Divina Providência. Se houvesse um renascimento, um despertar, seria saudável não apenas para os crentes, mas também para os ateus ou aqueles em dúvida. Os ateus, ao contrário, estão hoje convencidos de que é chegado o momento de desferir o golpe de misericórdia contra nossa civilização; os que estão em dúvida estão desorientados, não sabem como se posicionar e aguardam que outros ajam.
O que conto no romance deixo para os leitores descobrirem – é um thriller, e seria um crime revelar qualquer detalhe.
- Estudou a fundo a história do Concílio Vaticano II?
- Rosa Alberoni: Estudei apenas o necessário para dar asas à minha imaginação. Não sou uma especialista no assunto, uma vaticanista, nem pretendo me tornar uma. Sou apenas uma contadora de histórias. Os nomes são fantásticos porque um romance é sempre filho da fantasia, e os eventos narrados são fictícios, ainda que não muito distantes da realidade. Meu romance tenta captar a atmosfera de conspiração e de revolta contra o Papa daquele tempo.
- Qual é a ideia central?
- Rosa Alberoni: A de que os homens são frágeis e falíveis. E que a sede de poder pode invadir também os prelados. Isto pode a princípio nos desconcertar; mas sabemos que também eles fazem parte da família humana, não são semi-deuses. O importante é que os Papas que se sucedem no trono sejam capazes de suportar a fadiga física e o calvário psicológico que lhes é imposto. Os crentes devem apoiar o Papa; e, por vezes, pode ser necessário que se transformem em verdadeiros soldados adaptados às circunstâncias, sem medo, porque a guiar-lhes e dar-lhes força está Cristo. Em vista do ataque moderno contra a Igreja Católica, também os ateus sábios e com visão de futuro devem unir-se a eles, para o bem de todos. Não podem haver meros espectadores, seria uma grave miopia.
- A protagonista do romance exprime diversas reflexões sobre a crise de uma geração, aquela cresceu durante os anos 60. Qual é a mensagem que o romance pretende difundir a esse respeito?
- Rosa Alberoni: Uma mensagem de esperança e otimismo, baseada na razão. Se cada um de nós refletir e compreender que não é necessário aceitar tacitamente as mensagens dos destruidores, mas que é sempre possível recorrer ao bom senso de nossos avós, desperta-se. E ao despertar, percebe-se que aquilo que parecia óbvio e libertador é, ao contrário, um erro, uma ilusão que nos induz a realizar e tolerar ações desastrosas para todos. Algumas pessoas da geração dos 60 logo tomaram consciência do erro e do veneno infiltrado na ideologia dos filhos das flores e tentaram denunciá-lo, mas isso não lhes foi permitido.
A mídia tem sido ocupada de maneira científica pelos destruidores de valores. Aqueles que puderam se libertar da lavagem cerebral ideológica, que se desintoxicaram da manipulação maciça, querem alertar a geração atual desta constante manipulação a que estão submetidos.
- Alguns analistas sustentam que os ataques ao Pontífice e os problemas de pedofilia foram gerados no âmbito dessa ideologia dos anos 60, que, de acordo com seu romance, estava presente na mentalidade dos conspiradores do Concílio. Como vê as recentes críticas a Bento XVI?
- Rosa Alberoni: Estes analistas têm razão. E a oportunidade dada à militância ateísta de hoje para atacá-lo foi construída com esmero. Destruir o trono de Pedro é uma ideia que nasceu com Lutero, retomada mais tarde pelos jacobinos, depois pelos comunistas, pelos nazistas e, hoje, pelo movimento cientificista-ecológico-animalista – isto é, pelos promotores do ateísmo.
Descobri que alguns prelados se permitiram, algumas vezes, seduzir pela ideologia dominante, com a convicção de que uma vez libertos da influência do Papa, poderiam rapidamente se adaptar às circunstâncias partilhar do poder de seus líderes. O Papa, que por sua vez se mantém fiel à sua tarefa de seguir os Textos Sacros, passa a ser um obstáculo para os planos destes. Assim, os prelados progressistas, em especial aqueles ligados à a teologia da libertação, com frequência se irritam quando o vigário de Cristo adverte para que não sejam violados os valores fundamentais da civilização cristã.
O sucessor de Pedro, na verdade, apenas cumpre sua tarefa quando lembra que tais valores não são negociáveis e repreende aqueles que os pisoteiam. Se um Papa, como está fazendo Bento XVI, inicia uma limpeza entre o clero rebelde, não é surpresa que estes reajam com virulência. Assim, os ataques perpetrados contra Bento XVI não constituem surpresa para mim. Minha preocupação é informar as pessoas.
Fonte: Zenit.
Com as palavras daquela noite que entraria para a história como “a noite obscura de Paulo VI”, nasce e se desenvolve o último romance de Rosa Alberoni, “Intrigo al Concilio Vaticano II” (“Intriga no Concílio Vaticano II”, editora Fede & Cultura, http://fedecultura.com/IntrigoalConcilioVaticanoII.aspx), um thriller ambientado no interior dos muros vaticanos, em meio ao Concílio Vaticano II.
Entre heresias dissimuladas, encontros secretos, projetos ameaçadores, sofismas e trapaças, Rosa Alberoni reconta num estilo admirável o complô de uma minoria organizada que tinha como objetivo comprometer o primado de Pedro, rejeitar a Virgem Maria como Mãe de Cristo, negar a existência dos Santos e, ainda pior, a existência do diabo, conduzindo assim a Igreja Católica a posições protestantes.
Mas justo quando a batalha parecia estar perdida, de algum modo misterioso e providencial o conluio foi descoberto, e o Pontífice, apoiado por seus colaboradores mais próximos e fiéis, pôde evitar o enfraquecimento do primado de Pedro.
Rosa Alberoni vive em Milão. É escritora, professora universitária de Sociologia Geral e jornalista. Colaborou com diversos jornais, o último dos quais foi o “Corriere della Sera”, e tem escrito para o “Sette” e o “Corriere Magazine”. É também autora de numerosos ensaios e romances – seu romance mais recente é “La prigioniera dell’Abbazia”, e seus últimos ensaios foram “La cacciata di Cristo” e “Il Dio di Michelangelo e la barba di Darwin”.
Para saber mais sobre seu último livro, ZENIT entrevistou Rosa Alberoni.
- O que a levou a escrever um romance sobre o Concílio Vaticano II?
- Rosa Alberoni: Foi um evento inesperado: vim a saber da ocorrência de um complô contra o Papa durante o Concílio Vaticano II. Fiquei chocada e desconcertada com tal revelação. Com isso, minha mente pôs-se a trabalhar. Levantei vários questionamentos, busquei documentos e fontes várias na tentativa de compreender o que realmente teria ocorrido e encontrar respostas às tantas perguntas, que, na medida em que me informava, eram cada vez mais numerosas.
Foi então que decidi transportar uma personagem, a investigadora Rachele de meu último livro “La prigioniera dell’Abbazia”, para o contexto do Concílio. E Rachele, enquanto investiga as intrigas do Concílio, acaba também por vasculhar suas próprias memórias, e se dá conta de ter tido alguns maus mestres, semeadores de dúvidas, os incitadores da destruição sutil mas sistemática dos valores fundamentais da civilização cristã, e portanto não apenas da religião católica. Para ajudar Rachele surge outro personagem, o padre Robert, que se tornou eremita justamente por ter participado ativamente do Concílio, tendo vivido todos os episódios e testemunhado as táticas adotadas pelos conspiradores.
- Certo, o Concílio não teve o desfecho que se esperava, mas poucos imaginavam que pudesse ter havido uma conspiração. O que é contado no romance?
- Rosa Alberoni: Que não teve o desfecho esperado por João XXIII e por Paulo VI viemos a saber apenas recentemente. Isto é, depois, sempre depois, que os danos se tornam evidentes, nos ensina a história. Todavia, é importante compreender os erros cometidos, e remediá-los. Para recuperar, para recompor valores destruídos, estou convencida de que será necessário um trauma.
Isto por que tanto os seres humanos como os povos são capazes de mudar apenas por meio de experiências traumáticas - ou por meio da intervenção da Divina Providência. Se houvesse um renascimento, um despertar, seria saudável não apenas para os crentes, mas também para os ateus ou aqueles em dúvida. Os ateus, ao contrário, estão hoje convencidos de que é chegado o momento de desferir o golpe de misericórdia contra nossa civilização; os que estão em dúvida estão desorientados, não sabem como se posicionar e aguardam que outros ajam.
O que conto no romance deixo para os leitores descobrirem – é um thriller, e seria um crime revelar qualquer detalhe.
- Estudou a fundo a história do Concílio Vaticano II?
- Rosa Alberoni: Estudei apenas o necessário para dar asas à minha imaginação. Não sou uma especialista no assunto, uma vaticanista, nem pretendo me tornar uma. Sou apenas uma contadora de histórias. Os nomes são fantásticos porque um romance é sempre filho da fantasia, e os eventos narrados são fictícios, ainda que não muito distantes da realidade. Meu romance tenta captar a atmosfera de conspiração e de revolta contra o Papa daquele tempo.
- Qual é a ideia central?
- Rosa Alberoni: A de que os homens são frágeis e falíveis. E que a sede de poder pode invadir também os prelados. Isto pode a princípio nos desconcertar; mas sabemos que também eles fazem parte da família humana, não são semi-deuses. O importante é que os Papas que se sucedem no trono sejam capazes de suportar a fadiga física e o calvário psicológico que lhes é imposto. Os crentes devem apoiar o Papa; e, por vezes, pode ser necessário que se transformem em verdadeiros soldados adaptados às circunstâncias, sem medo, porque a guiar-lhes e dar-lhes força está Cristo. Em vista do ataque moderno contra a Igreja Católica, também os ateus sábios e com visão de futuro devem unir-se a eles, para o bem de todos. Não podem haver meros espectadores, seria uma grave miopia.
- A protagonista do romance exprime diversas reflexões sobre a crise de uma geração, aquela cresceu durante os anos 60. Qual é a mensagem que o romance pretende difundir a esse respeito?
- Rosa Alberoni: Uma mensagem de esperança e otimismo, baseada na razão. Se cada um de nós refletir e compreender que não é necessário aceitar tacitamente as mensagens dos destruidores, mas que é sempre possível recorrer ao bom senso de nossos avós, desperta-se. E ao despertar, percebe-se que aquilo que parecia óbvio e libertador é, ao contrário, um erro, uma ilusão que nos induz a realizar e tolerar ações desastrosas para todos. Algumas pessoas da geração dos 60 logo tomaram consciência do erro e do veneno infiltrado na ideologia dos filhos das flores e tentaram denunciá-lo, mas isso não lhes foi permitido.
A mídia tem sido ocupada de maneira científica pelos destruidores de valores. Aqueles que puderam se libertar da lavagem cerebral ideológica, que se desintoxicaram da manipulação maciça, querem alertar a geração atual desta constante manipulação a que estão submetidos.
- Alguns analistas sustentam que os ataques ao Pontífice e os problemas de pedofilia foram gerados no âmbito dessa ideologia dos anos 60, que, de acordo com seu romance, estava presente na mentalidade dos conspiradores do Concílio. Como vê as recentes críticas a Bento XVI?
- Rosa Alberoni: Estes analistas têm razão. E a oportunidade dada à militância ateísta de hoje para atacá-lo foi construída com esmero. Destruir o trono de Pedro é uma ideia que nasceu com Lutero, retomada mais tarde pelos jacobinos, depois pelos comunistas, pelos nazistas e, hoje, pelo movimento cientificista-ecológico-animalista – isto é, pelos promotores do ateísmo.
Descobri que alguns prelados se permitiram, algumas vezes, seduzir pela ideologia dominante, com a convicção de que uma vez libertos da influência do Papa, poderiam rapidamente se adaptar às circunstâncias partilhar do poder de seus líderes. O Papa, que por sua vez se mantém fiel à sua tarefa de seguir os Textos Sacros, passa a ser um obstáculo para os planos destes. Assim, os prelados progressistas, em especial aqueles ligados à a teologia da libertação, com frequência se irritam quando o vigário de Cristo adverte para que não sejam violados os valores fundamentais da civilização cristã.
O sucessor de Pedro, na verdade, apenas cumpre sua tarefa quando lembra que tais valores não são negociáveis e repreende aqueles que os pisoteiam. Se um Papa, como está fazendo Bento XVI, inicia uma limpeza entre o clero rebelde, não é surpresa que estes reajam com virulência. Assim, os ataques perpetrados contra Bento XVI não constituem surpresa para mim. Minha preocupação é informar as pessoas.
Fonte: Zenit.
Bento XVI: recuperar rosto da pessoa na internet
"Eu vos exorto a percorrer, incentivados pelo valor do Espírito Santo, os caminhos do continente digital": estas foram as palavras do Papa Bento XVI no último sábado, aos participantes do Congresso Nacional "Testemunhas digitais. Rostos e linguagens na era da crossmedia", promovido pela Conferência Episcopal Italiana.
"Nossa confiança não está acriticamente depositada em instrumento algum da tecnologia - afirmou o Pontífice. Nossa força está em ser Igreja, comunidade crente, capaz de testemunhar a todos a perene novidade do Ressuscitado, com uma vida que floresce em plenitude na medida em que se abre, entra em relação, doa-se com gratuidade."
Reconhecendo como as fronteiras da comunicação se ampliaram, o Papa afirma que a rede manifesta "uma vocação aberta, tendencialmente igualitária e pluralista", mas ao mesmo tempo "abre uma nova brecha" que hoje se chama "brecha digital".
Isso aumenta também "os perigos da homologação e de controle, de relativismo intelectual e moral, já bem identificáveis na flexão do espírito crítico, na verdade reduzida ao jogo das opiniões, nas múltiplas formas de degrado e de humilhação íntima da pessoa", uma autêntica "contaminação do espírito".
Diante disso, os cristãos devem "reconhecer os rostos, superar aquelas dinâmicas coletivas que levam a perder a percepção da profundidade das pessoas, ficando na mera superfície", e que transformam as pessoas em "corpos sem alma, objetos de troca e de consumo".
É necessário voltar a contemplar o rosto de cada pessoa, explicou o Papa.
"Os meios de comunicação podem tornar-se fatores de humanização, não só quando, graças ao desenvolvimento tecnológico, oferecem maiores possibilidades de comunicação e informação, mas sobretudo quando estão organizados e orientados à luz de uma imagem da pessoa e do bem comum que respeitam as suas valências universais", afirmou.
Somente nessas condições "a mudança de época que estamos atravessando pode se mostrar rica e fecunda em novas oportunidades".
Missão digital
Neste sentido, o Papa sublinhou que a Igreja tem uma importante missão neste campo e que deve adentrar-se "no mar digital, enfrentando a navegação que se abre com a mesma paixão que há dois mil governa a barca da Igreja".
"Mais do que pelos recursos técnicos - aliás, necessários -, queremos distinguir-nos habitando este universo com um coração crente, que contribua para dar uma alma ao ininterrupto fluxo comunicativo da rede."
Cada cristão que trabalha nos meios de comunicação, explicou, tem a missão de "abrir o caminho a novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contato humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais".
É preciso "oferecer aos homens que vivem este tempo digital os sinais necessários para reconhecer o Senhor", acrescentou o Papa.
Para concluir, incentivou os profissionais da comunicação a cultivar a "paixão pelo ser humano", para a qual pode colaborar "uma sólida preparação teológica e sobretudo uma profunda e alegre ‘paixão por Deus', alimentada no contínuo diálogo com o Senhor".
Fonte: Zenit.
"Nossa confiança não está acriticamente depositada em instrumento algum da tecnologia - afirmou o Pontífice. Nossa força está em ser Igreja, comunidade crente, capaz de testemunhar a todos a perene novidade do Ressuscitado, com uma vida que floresce em plenitude na medida em que se abre, entra em relação, doa-se com gratuidade."
Reconhecendo como as fronteiras da comunicação se ampliaram, o Papa afirma que a rede manifesta "uma vocação aberta, tendencialmente igualitária e pluralista", mas ao mesmo tempo "abre uma nova brecha" que hoje se chama "brecha digital".
Isso aumenta também "os perigos da homologação e de controle, de relativismo intelectual e moral, já bem identificáveis na flexão do espírito crítico, na verdade reduzida ao jogo das opiniões, nas múltiplas formas de degrado e de humilhação íntima da pessoa", uma autêntica "contaminação do espírito".
Diante disso, os cristãos devem "reconhecer os rostos, superar aquelas dinâmicas coletivas que levam a perder a percepção da profundidade das pessoas, ficando na mera superfície", e que transformam as pessoas em "corpos sem alma, objetos de troca e de consumo".
É necessário voltar a contemplar o rosto de cada pessoa, explicou o Papa.
"Os meios de comunicação podem tornar-se fatores de humanização, não só quando, graças ao desenvolvimento tecnológico, oferecem maiores possibilidades de comunicação e informação, mas sobretudo quando estão organizados e orientados à luz de uma imagem da pessoa e do bem comum que respeitam as suas valências universais", afirmou.
Somente nessas condições "a mudança de época que estamos atravessando pode se mostrar rica e fecunda em novas oportunidades".
Missão digital
Neste sentido, o Papa sublinhou que a Igreja tem uma importante missão neste campo e que deve adentrar-se "no mar digital, enfrentando a navegação que se abre com a mesma paixão que há dois mil governa a barca da Igreja".
"Mais do que pelos recursos técnicos - aliás, necessários -, queremos distinguir-nos habitando este universo com um coração crente, que contribua para dar uma alma ao ininterrupto fluxo comunicativo da rede."
Cada cristão que trabalha nos meios de comunicação, explicou, tem a missão de "abrir o caminho a novos encontros, assegurando sempre a qualidade do contato humano e a atenção às pessoas e às suas verdadeiras necessidades espirituais".
É preciso "oferecer aos homens que vivem este tempo digital os sinais necessários para reconhecer o Senhor", acrescentou o Papa.
Para concluir, incentivou os profissionais da comunicação a cultivar a "paixão pelo ser humano", para a qual pode colaborar "uma sólida preparação teológica e sobretudo uma profunda e alegre ‘paixão por Deus', alimentada no contínuo diálogo com o Senhor".
Fonte: Zenit.
A experiência de ser nomeado bispo no Ano Sacerdotal
No extremo sul da América do Sul localiza-se a diocese de Alto Valle del Río Negro, com sede na cidade General Roca, onde está localizada a catedral da Virgem del Carmen. Essa diocese, que cobre a área da Patagônia argentina, conta com um novo bispo: Dom Marcelo Cuenca, de 55 anos, que assumiu a diocese dia 11 de abril, quando a Igreja celebrava o dia da Divina Misericórdia.
O Papa Bento XVI o nomeou bispo no dia 10 de fevereiro. Na solenidade da Anunciação, Dom Cuenca recebeu a ordenação episcopal.
O novo bispo, nascido na cidade de Córdoba, Argentina, é engenheiro civil pela Universidade Nacional de sua cidade natal.
Em 1977 entrou no Seminário Maior de Córdoba. Foi ordenado sacerdote dia 8 de dezembro de 1983. Em Córdoba trabalhou em diferentes paróquias, assim como no Seminário Maior.
ZENIT o entrevistou para falar de sua nova missão episcopal, assim como de sua experiência nesses 27 anos de sacerdócio.–O que significa para o senhor ter sido nomeado bispo no ano sacerdotal?
–Dom Marcelo Cuenca: Ser nomeado pelo Santo Padre na Igreja é uma graça, que consuma a vocação sacerdotal entregue: “Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre, eu te consagrei ...” (Jeremias 1, 5). Que no Ano Sacerdotal me seja dada a plenitude do sacerdócio constitui um presente particular que faz do exemplo do Cura de Ars, e associado a ele o do Cura Brochero, em nossa Pátria, seja um modo de responder ao dom superabundante a mim dado.–O senhor pode nos contar brevemente como descobriu sua vocação?
–Dom Marcelo Cuenca: Eu vivi em uma família cristã, de firmes convicções e práticas habituais de fé. Participei quando criança e adolescente de grupos paroquiais da Ação Católica.
Como jovem universitário vivia um importante compromisso e formação na fé e especificamente profissional. Assim, amadurecendo a presença e resposta da vida cristã, se me apresentou a possibilidade de viver mais exclusivamente para o Senhor. Guiado na Direção Espiritual, terminei a carreira universitária e ingressei no Seminário Maior.–O senhor é engenheiro civil. Teve algo que relacionou sua carreira com o discernimento de sua vocação ao sacerdócio?
–Dom Marcelo Cuenca: Quando segui minha vocação não teve nada a ver com a engenharia, mas nos caminhos de Deus, certamente isso ocupou um lugar. Por isso é que o modo de pensar, os princípios do raciocínio, a necessidade do essencial, como trabalhar, orientar e guiar a vida e formação de uma comunidade, teve muito a ver com o profissional e esta formação físico-matemática na prática. Outro motivo pelo qual agradeço a Deus e me obriga a estar mais dependente de sua Vontade.–Quais características tem a diocese de Alto Valle del Río Negro?
–Dom Marcelo Cuenca: Como as igrejas particulares da Patagônia, tem grandes extensões, sem muitos habitantes. Tem uma grande história, mas uma recente evangelização. Em particular o Alto Valle, com dois departamentos da Província de Río Negro, totalmente distintos, em um está mais da metade dos residentes da Província, e no outro pouco mais de quatro mil pessoas em quase 25 mil quilômetros quadrados. Faz poucos dias que assumi a Diocese. Espero conhecer muito mais.–Como foi sua experiência na diocese de Córdoba? Quais as contribuições recebidas a partir dessa experiência que agora pode ajudar no seu trabalho episcopal?
–Dom Marcelo Cuenca: Não é somente experiência mas sim uma vida presenteada e desenvolvida na primeira Igreja particular do território argentino. Não vou deixar de agradecer como sempre, o que aprendi, o que Deus e as pessoas me permitiram viver, ser e fazer.
Particularmente agradeço ao cardeal Primatesta, que me ordenou sacerdote, e me modelou em experiências de muita necessidade, com nas tarefas diocesanas de grande responsabilidade, em serviços de resposta urgente e em processos pacientes de acompanhamento de pessoas.
Por isso em um amplo aspecto de trabalhos realizados hoje, posso dizer que o Senhor foi me formando para viver hoje esse novo ofício, ser sucessor dos Apóstolos para esta porção do Povo de Deus em comunhão com o Santo Padre, sabendo que horas difíceis nos ensinam a confiar mais absolutamente em quem nos salva.–Quais são os principais desafios pastorais da diocese de Alto Valle del Río Negro?
–Dom Marcelo Cuenca: Como tenho em meu escudo episcopal, acredito que o grande desafio que o Senhor nos propõe é conduzir, guiar e acompanhar as pessoas ao encontro e à entrega ao Senhor Jesus, alcançando com a luz do Espírito Santo a vida junto ao Pai. Assim se dignifica a pessoa e a convivência de pessoas em um país rico mas necessitado de conversão. Nesse caminho, com a luz do Senhor, deve-se conhecer e guiar todos à santidade.
Fonte: Zenit.
O Papa Bento XVI o nomeou bispo no dia 10 de fevereiro. Na solenidade da Anunciação, Dom Cuenca recebeu a ordenação episcopal.
O novo bispo, nascido na cidade de Córdoba, Argentina, é engenheiro civil pela Universidade Nacional de sua cidade natal.
Em 1977 entrou no Seminário Maior de Córdoba. Foi ordenado sacerdote dia 8 de dezembro de 1983. Em Córdoba trabalhou em diferentes paróquias, assim como no Seminário Maior.
ZENIT o entrevistou para falar de sua nova missão episcopal, assim como de sua experiência nesses 27 anos de sacerdócio.–O que significa para o senhor ter sido nomeado bispo no ano sacerdotal?
–Dom Marcelo Cuenca: Ser nomeado pelo Santo Padre na Igreja é uma graça, que consuma a vocação sacerdotal entregue: “Antes de formar-te no seio de tua mãe, eu já te conhecia, antes de saíres do ventre, eu te consagrei ...” (Jeremias 1, 5). Que no Ano Sacerdotal me seja dada a plenitude do sacerdócio constitui um presente particular que faz do exemplo do Cura de Ars, e associado a ele o do Cura Brochero, em nossa Pátria, seja um modo de responder ao dom superabundante a mim dado.–O senhor pode nos contar brevemente como descobriu sua vocação?
–Dom Marcelo Cuenca: Eu vivi em uma família cristã, de firmes convicções e práticas habituais de fé. Participei quando criança e adolescente de grupos paroquiais da Ação Católica.
Como jovem universitário vivia um importante compromisso e formação na fé e especificamente profissional. Assim, amadurecendo a presença e resposta da vida cristã, se me apresentou a possibilidade de viver mais exclusivamente para o Senhor. Guiado na Direção Espiritual, terminei a carreira universitária e ingressei no Seminário Maior.–O senhor é engenheiro civil. Teve algo que relacionou sua carreira com o discernimento de sua vocação ao sacerdócio?
–Dom Marcelo Cuenca: Quando segui minha vocação não teve nada a ver com a engenharia, mas nos caminhos de Deus, certamente isso ocupou um lugar. Por isso é que o modo de pensar, os princípios do raciocínio, a necessidade do essencial, como trabalhar, orientar e guiar a vida e formação de uma comunidade, teve muito a ver com o profissional e esta formação físico-matemática na prática. Outro motivo pelo qual agradeço a Deus e me obriga a estar mais dependente de sua Vontade.–Quais características tem a diocese de Alto Valle del Río Negro?
–Dom Marcelo Cuenca: Como as igrejas particulares da Patagônia, tem grandes extensões, sem muitos habitantes. Tem uma grande história, mas uma recente evangelização. Em particular o Alto Valle, com dois departamentos da Província de Río Negro, totalmente distintos, em um está mais da metade dos residentes da Província, e no outro pouco mais de quatro mil pessoas em quase 25 mil quilômetros quadrados. Faz poucos dias que assumi a Diocese. Espero conhecer muito mais.–Como foi sua experiência na diocese de Córdoba? Quais as contribuições recebidas a partir dessa experiência que agora pode ajudar no seu trabalho episcopal?
–Dom Marcelo Cuenca: Não é somente experiência mas sim uma vida presenteada e desenvolvida na primeira Igreja particular do território argentino. Não vou deixar de agradecer como sempre, o que aprendi, o que Deus e as pessoas me permitiram viver, ser e fazer.
Particularmente agradeço ao cardeal Primatesta, que me ordenou sacerdote, e me modelou em experiências de muita necessidade, com nas tarefas diocesanas de grande responsabilidade, em serviços de resposta urgente e em processos pacientes de acompanhamento de pessoas.
Por isso em um amplo aspecto de trabalhos realizados hoje, posso dizer que o Senhor foi me formando para viver hoje esse novo ofício, ser sucessor dos Apóstolos para esta porção do Povo de Deus em comunhão com o Santo Padre, sabendo que horas difíceis nos ensinam a confiar mais absolutamente em quem nos salva.–Quais são os principais desafios pastorais da diocese de Alto Valle del Río Negro?
–Dom Marcelo Cuenca: Como tenho em meu escudo episcopal, acredito que o grande desafio que o Senhor nos propõe é conduzir, guiar e acompanhar as pessoas ao encontro e à entrega ao Senhor Jesus, alcançando com a luz do Espírito Santo a vida junto ao Pai. Assim se dignifica a pessoa e a convivência de pessoas em um país rico mas necessitado de conversão. Nesse caminho, com a luz do Senhor, deve-se conhecer e guiar todos à santidade.
Fonte: Zenit.
Sacerdotes: testemunho e arte no Vaticano, em junho
Os sacerdotes dos movimentos do Focolares e Schöenstatt, em colaboração com a Renovação Carismática Católica Internacional e outras associações eclesiais, organizaram um evento com testemunhos e contribuições artísticas sobre o sacerdócio na atualidade, dentro das celebrações conclusivas do Ano Sacerdotal.
O encontro Sacerdotes hoje reunirá, no próximo dia 9 de junho à tarde, na Sala Paulo VI, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos procedentes de mais de 70 nacionalidades, dos 5 continentes.
O prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes, presidirá as Vésperas nesse dia.
O cardeal Francisco Javier Errázuriz, arcebispo de Santiago do Chile e ex-presidente do CELAM, oferecerá um testemunho teológico.
Também haverá outros testemunhos, sobre a fidelidade à vocação, superação ou enfrentamento de doenças, vida afetiva, celibato e fraternidade, pastoral evangelizadora, entre outros.
A parte artística estará a cargo do International Multiartistic Performing Group Gen Verde, junto com sacerdotes de diversas partes do mundo, segundo informou a Zenit a agência dos Focolares.
O programa está dividido em 3 momentos, que abordam 3 aspectos diferentes da identidade dos sacerdotes hoje: "Homens de Deus", "Irmãos entre os irmãos" e "Profetas de um mundo novo".
Cada uma destas partes será introduzida por um pensamento de Bento XVI (em vídeo). Na parte conclusiva, serão propostos alguns pensamentos de Chiara Lubich, fundadora dos Focolares, e do Pe. José Kentenich, fundador de Schöenstatt.
O evento "pretende dar uma resposta, usando sobretudo a linguagem do testemunho e da arte, aos grandes desafios que a Igreja e a sociedade apresentam ao sacerdote hoje", segundo os organizadores.
A atividade poderá ser acompanhada ao vivo através dos satélites do Centro Televisivo Vaticano, em Telepace e outras emissoras, além da internet.
Os sacerdotes dos Focolares e de Schöenstatt também prepararam outras iniciativas, entre elas uma representação teatral dedicada ao Cura de Ars, na Sala Magna da Universidade Pontifícia Lateranense de Roma, no dia 6 de maio.
A Renovação Carismática Católica propõe aos sacerdotes um dia de retiro na Basílica Lateranense, no dia 8 de junho.
A cidade internacional dos Focolares em Loppiano oferece aos presbíteros um programa especial nos dias anteriores e posteriores aos atos conclusivos do Ano Sacerdotal.
E Schöenstatt convida os sacerdotes a um momento de festa no dia 11 de junho à tarde, após a Missa de encerramento do Ano Sacerdotal presidida pelo Papa, no Santuário de Belmonte (Roma-Casalotti).
Programa oficial
As celebrações conclusivas do Ano Sacerdotal acontecerão de 9 a 11 de junho, em Roma. O programa oficial conduzirá os sacerdotes à Basílica de São Paulo Fora dos Muros no dia 9, que tem como tema "Conversão e Missão".
No dia seguinte, os presbíteros se concentrarão na Basílica de Santa Maria a Maior, com o tema "Cenáculo: invocação ao Espírito Santo com Maria, em comunhão fraterna".
Ao anoitecer, os sacerdotes terão um encontro na Praça de São Pedro, com uma vigília repleta de testemunhos e momentos de música, um diálogo com Bento XVI, adoração e bênção eucarística.
Finalmente, no dia 11, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o tema será "Com Pedro, em comunhão eclesial".
A Basílica de São Pedro acolherá o encerramento oficial do Ano Sacerdotal, com uma Missa presidida pelo Papa.
Fonte: Zenit.
O encontro Sacerdotes hoje reunirá, no próximo dia 9 de junho à tarde, na Sala Paulo VI, sacerdotes, religiosos, religiosas e leigos procedentes de mais de 70 nacionalidades, dos 5 continentes.
O prefeito da Congregação para o Clero, cardeal Cláudio Hummes, presidirá as Vésperas nesse dia.
O cardeal Francisco Javier Errázuriz, arcebispo de Santiago do Chile e ex-presidente do CELAM, oferecerá um testemunho teológico.
Também haverá outros testemunhos, sobre a fidelidade à vocação, superação ou enfrentamento de doenças, vida afetiva, celibato e fraternidade, pastoral evangelizadora, entre outros.
A parte artística estará a cargo do International Multiartistic Performing Group Gen Verde, junto com sacerdotes de diversas partes do mundo, segundo informou a Zenit a agência dos Focolares.
O programa está dividido em 3 momentos, que abordam 3 aspectos diferentes da identidade dos sacerdotes hoje: "Homens de Deus", "Irmãos entre os irmãos" e "Profetas de um mundo novo".
Cada uma destas partes será introduzida por um pensamento de Bento XVI (em vídeo). Na parte conclusiva, serão propostos alguns pensamentos de Chiara Lubich, fundadora dos Focolares, e do Pe. José Kentenich, fundador de Schöenstatt.
O evento "pretende dar uma resposta, usando sobretudo a linguagem do testemunho e da arte, aos grandes desafios que a Igreja e a sociedade apresentam ao sacerdote hoje", segundo os organizadores.
A atividade poderá ser acompanhada ao vivo através dos satélites do Centro Televisivo Vaticano, em Telepace e outras emissoras, além da internet.
Os sacerdotes dos Focolares e de Schöenstatt também prepararam outras iniciativas, entre elas uma representação teatral dedicada ao Cura de Ars, na Sala Magna da Universidade Pontifícia Lateranense de Roma, no dia 6 de maio.
A Renovação Carismática Católica propõe aos sacerdotes um dia de retiro na Basílica Lateranense, no dia 8 de junho.
A cidade internacional dos Focolares em Loppiano oferece aos presbíteros um programa especial nos dias anteriores e posteriores aos atos conclusivos do Ano Sacerdotal.
E Schöenstatt convida os sacerdotes a um momento de festa no dia 11 de junho à tarde, após a Missa de encerramento do Ano Sacerdotal presidida pelo Papa, no Santuário de Belmonte (Roma-Casalotti).
Programa oficial
As celebrações conclusivas do Ano Sacerdotal acontecerão de 9 a 11 de junho, em Roma. O programa oficial conduzirá os sacerdotes à Basílica de São Paulo Fora dos Muros no dia 9, que tem como tema "Conversão e Missão".
No dia seguinte, os presbíteros se concentrarão na Basílica de Santa Maria a Maior, com o tema "Cenáculo: invocação ao Espírito Santo com Maria, em comunhão fraterna".
Ao anoitecer, os sacerdotes terão um encontro na Praça de São Pedro, com uma vigília repleta de testemunhos e momentos de música, um diálogo com Bento XVI, adoração e bênção eucarística.
Finalmente, no dia 11, solenidade do Sagrado Coração de Jesus, o tema será "Com Pedro, em comunhão eclesial".
A Basílica de São Pedro acolherá o encerramento oficial do Ano Sacerdotal, com uma Missa presidida pelo Papa.
Fonte: Zenit.
terça-feira, 27 de abril de 2010
Cardeal Rivera denuncia “linchamento midiático” do Papa
O Conselho dos Analistas Católicos do México divulgou nesta segunda-feira um comunicado no qual denuncia uma campanha de “descrédito midiático do Papa Bento XVI e do cardeal Norberto Ribera Carrera pelos casos de pedofilia”, definida como um “linchamento midiático”.
Os leigos que compõem o Conselho dos Analistas Católicos sustentam em sua declaração – enviada à ZENIT por Carlos Montiel, presidente do conselho – que a “intenção dos vários meios de comunicação ao informarem sobre a pedofilia no seio da Igreja não é outra senão a de levar a cabo uma campanha de linchamento midiático contra o Papa e o arcebispo primaz do México, dedicando-se a explorar o escândalo”.
“A ineficiência de alguns destes veículos os levou a assumirem a postura de juízes, abandonando seu trabalho de informar para dedicarem-se a punir”. “Estamos diante de um momento em que faltam informações sérias”, em que “a divulgação da informação se reduz à promoção da calúnia”, sublinham.
Do mesmo modo, consideram “inaceitável que a campanha de descrédito do pontificado do Santo Padre Bento XVI provenha de lobbyies políticos, de grupos midiáticos e de organizações privadas que atuam na defesa de interesses próprios, como consequência da campanha pró-vida e pró-família promovida pela Igreja”.
Segundo os analistas católicos, “pretende-se expulsar a Igreja católica do espaço público, ou pelo menos manchar sua imagem pública”.
Analisando a situação atual, acrescentam, constata-se que “aqueles que buscam diluir a liderança da Igreja enquanto formadora de sociedades e famílias, são aqueles que lutam por uma falsa, pérfida e eufemística democracia, a fim de submetê-la aos interesses e caprichos do Estado ou de alguns poucos grupos políticos”.
Os analistas católicos expressam sua “plena adesão ao Santo Padre Bento XVI, que afrontou, de modo decisivo, os depreciáveis casos de pedofilia”, e pedem aos “informadores e meios de comunicação hostis à Igreja, que apresentem as provas que fundamentam seus artigos e suas opiniões”.
Da mesma forma, manifestam “apoio ao arcebispo primaz do México, cardeal Norberto Rivera Carrera, que anunciou ‘tolerância zero’ contra pedófilos que possam eventualmente agir na arquidiocese”.
Neste sentido, rejeitam a campanha de reabertura do processo judicial movido contra o cardeal, segundo eles “uma distração”, “uma fabricação oportunista da mídia, que busca lucrar com a reabertura de processos já analisados pelas autoridades competentes, que inocentaram o cardeal”.
Por isso, pedem o fim das investidas contra Bento XVI e os prelados, afirmando que “certamente o Santo Padre é um líder necessário para a promoção e a melhoria das relações sociais, políticas e culturais no mundo”.
Anunciam também que “a Igreja católica não perdeu sua credibilidade com os escândalos cometidos por sacerdotes”. Ao contrário, lembram os tantos “católicos que, de maneira heróica, mantiveram íntegra sua própria fé: bispos, sacerdotes, religiosos, líderes e fiéis leigos”, e pedem “aos responsáveis pelos veículos de comunicação e às autoridades às quais compete zelar pela liberdade religiosa, que se deixe de influenciar a opinião pública acrer que na Igreja se age com uma moral ambígua”.
Aos deputados e senadores que compõem o Congresso, pedem “que seus projetos de lei estejam de acordo com o princípio do Estado laico e da liberdade religiosa”, e aos juízes “que sejam imparciais ao aplicarem a justiça”.
“O problema da pedofilia” – afirmam – “é sem dúvida inaceitável, como o é também o aborto. Se o primeiro desfigura o futuro de uma pessoa, o segundo despedaça, destrói e elimina todo o futuro de uma vida”. Lamentam assim “a dor daqueles que sofreram abusos por parte de alguns pastores e ex-sacerdotes da Igreja”.
O Conselho dos Analistas Católicos do México “expressa sua solidariedade para com todas as vítimas, pedindo a Deus que alivie esta situação abominável, e que conceda sua graça aos homens e mulheres que denunciaram estes crimes, e que seu corajoso testemunho sirva para melhorar toda a sociedade”.
Concluem declarando sua “confiança na Misericórdia divina para todos aqueles acometidos pelo desejo de destruir o próximo”, para que possam “ser iluminados e converterem-se, integrando-se à Igreja de Cristo, ferida por estes pecados”.
Fonte: Zenit.
Os leigos que compõem o Conselho dos Analistas Católicos sustentam em sua declaração – enviada à ZENIT por Carlos Montiel, presidente do conselho – que a “intenção dos vários meios de comunicação ao informarem sobre a pedofilia no seio da Igreja não é outra senão a de levar a cabo uma campanha de linchamento midiático contra o Papa e o arcebispo primaz do México, dedicando-se a explorar o escândalo”.
“A ineficiência de alguns destes veículos os levou a assumirem a postura de juízes, abandonando seu trabalho de informar para dedicarem-se a punir”. “Estamos diante de um momento em que faltam informações sérias”, em que “a divulgação da informação se reduz à promoção da calúnia”, sublinham.
Do mesmo modo, consideram “inaceitável que a campanha de descrédito do pontificado do Santo Padre Bento XVI provenha de lobbyies políticos, de grupos midiáticos e de organizações privadas que atuam na defesa de interesses próprios, como consequência da campanha pró-vida e pró-família promovida pela Igreja”.
Segundo os analistas católicos, “pretende-se expulsar a Igreja católica do espaço público, ou pelo menos manchar sua imagem pública”.
Analisando a situação atual, acrescentam, constata-se que “aqueles que buscam diluir a liderança da Igreja enquanto formadora de sociedades e famílias, são aqueles que lutam por uma falsa, pérfida e eufemística democracia, a fim de submetê-la aos interesses e caprichos do Estado ou de alguns poucos grupos políticos”.
Os analistas católicos expressam sua “plena adesão ao Santo Padre Bento XVI, que afrontou, de modo decisivo, os depreciáveis casos de pedofilia”, e pedem aos “informadores e meios de comunicação hostis à Igreja, que apresentem as provas que fundamentam seus artigos e suas opiniões”.
Da mesma forma, manifestam “apoio ao arcebispo primaz do México, cardeal Norberto Rivera Carrera, que anunciou ‘tolerância zero’ contra pedófilos que possam eventualmente agir na arquidiocese”.
Neste sentido, rejeitam a campanha de reabertura do processo judicial movido contra o cardeal, segundo eles “uma distração”, “uma fabricação oportunista da mídia, que busca lucrar com a reabertura de processos já analisados pelas autoridades competentes, que inocentaram o cardeal”.
Por isso, pedem o fim das investidas contra Bento XVI e os prelados, afirmando que “certamente o Santo Padre é um líder necessário para a promoção e a melhoria das relações sociais, políticas e culturais no mundo”.
Anunciam também que “a Igreja católica não perdeu sua credibilidade com os escândalos cometidos por sacerdotes”. Ao contrário, lembram os tantos “católicos que, de maneira heróica, mantiveram íntegra sua própria fé: bispos, sacerdotes, religiosos, líderes e fiéis leigos”, e pedem “aos responsáveis pelos veículos de comunicação e às autoridades às quais compete zelar pela liberdade religiosa, que se deixe de influenciar a opinião pública acrer que na Igreja se age com uma moral ambígua”.
Aos deputados e senadores que compõem o Congresso, pedem “que seus projetos de lei estejam de acordo com o princípio do Estado laico e da liberdade religiosa”, e aos juízes “que sejam imparciais ao aplicarem a justiça”.
“O problema da pedofilia” – afirmam – “é sem dúvida inaceitável, como o é também o aborto. Se o primeiro desfigura o futuro de uma pessoa, o segundo despedaça, destrói e elimina todo o futuro de uma vida”. Lamentam assim “a dor daqueles que sofreram abusos por parte de alguns pastores e ex-sacerdotes da Igreja”.
O Conselho dos Analistas Católicos do México “expressa sua solidariedade para com todas as vítimas, pedindo a Deus que alivie esta situação abominável, e que conceda sua graça aos homens e mulheres que denunciaram estes crimes, e que seu corajoso testemunho sirva para melhorar toda a sociedade”.
Concluem declarando sua “confiança na Misericórdia divina para todos aqueles acometidos pelo desejo de destruir o próximo”, para que possam “ser iluminados e converterem-se, integrando-se à Igreja de Cristo, ferida por estes pecados”.
Fonte: Zenit.
Jornal do Vaticano critica “super-bomba” de Obama
O jornal da Santa Sé criticou o anúncio feito pelos EUA de que desenvolverá uma nova bomba, definida como “potentíssima”, capaz de atingir em uma hora qualquer alvo sobre a superfície do planeta.
“L'Osservatore Romano” observa que o novo clima de cooperação internacional que vem estreitando os laços entre EUA e a Federação Russa, e a crise econômica global, deveriam servir de oportunidade para que superpotência destinasse mais recursos ao desenvolvimento, e não na expansão de seu arsenal.
No artigo de título “A nova super-bomba norte-americana”, assinado por Giuseppe Fiorentino, destaca-se que o anúncio se deu poucos dias após a celebração, em Praga, da assinatura do novo tratado entre os EUA e a Federação Russa.
O jornal destaca a contradição da decisão tomada pelo presidente Barack Obama, prêmio Nobel da paz de 2009 e que disse “sonhar com um mundo livre da ameaça atômica”.
O artefato, dotado de uma ogiva convencional de grande poder de destruição, isto é, não nuclear, e cujo programa de desenvolvimento foi denominado Conventional Prompt Global Strike (CPGS), será propelido por mísseis Minuteman, capazes de voar a mais de 115 quilômetros de altitude, e será dotado do mais sofisticado sistema de navegação por satélite, que o permitirá atingir qualquer alvo na superfície terrestre com altíssima precisão.
O projeto foi inicialmente proposto no governo Bush, mas foi suspenso devido a protestos de Moscou.
O jornal destaca as preocupações expressas pelo Kremlin: “Se os Minuteman usados como vetor são capazes também de transportar ogivas nucleares, como é possível estabelecer se o lançamento de um míssil CPGS não constitui na verdade um ataque nuclear?”.
“Mas, provavelmente, a administração Obama considera hoje poder dar à Rússia – e talvez também à China – as garantias necessárias para evitar qualquer mal-entendido: os silos dos CPGS estariam localizados em áreas diferentes daqueles que contém mísseis nucleares, e poderiam ser inspecionados periodicamente”.
“Uma abertura devida à atmosfera de confiança que hoje se verifica nas relações entre Washington e Moscou, e também à aproximação que a crise econômica global impôs entre os EUA e a China”, acrescenta o “L'Osservatore Romano”.
“Mas talvez este clima inédito de cooperação entre as potências pudesse ser aproveitado de maneira diversa”, por exemplo “no favorecimento das políticas de desenvolvimento que, de acordo com os especialistas, seriam realmente capazes de livrar o mundo da recessão”, sustenta Giuseppe Fiorentino.
Os testes com o novo armamento norte-americano devem ser iniciados em 2014. Por volta de 2017, já deve estar operacional.
“Até lá, Obama já terá deixado a Casa Branca. Mas a super-bomba poderá se transformar numa herança discutível de sua causa contra a proliferação nuclear”, conclui o artigo.
Fonte: Zenit.
“L'Osservatore Romano” observa que o novo clima de cooperação internacional que vem estreitando os laços entre EUA e a Federação Russa, e a crise econômica global, deveriam servir de oportunidade para que superpotência destinasse mais recursos ao desenvolvimento, e não na expansão de seu arsenal.
No artigo de título “A nova super-bomba norte-americana”, assinado por Giuseppe Fiorentino, destaca-se que o anúncio se deu poucos dias após a celebração, em Praga, da assinatura do novo tratado entre os EUA e a Federação Russa.
O jornal destaca a contradição da decisão tomada pelo presidente Barack Obama, prêmio Nobel da paz de 2009 e que disse “sonhar com um mundo livre da ameaça atômica”.
O artefato, dotado de uma ogiva convencional de grande poder de destruição, isto é, não nuclear, e cujo programa de desenvolvimento foi denominado Conventional Prompt Global Strike (CPGS), será propelido por mísseis Minuteman, capazes de voar a mais de 115 quilômetros de altitude, e será dotado do mais sofisticado sistema de navegação por satélite, que o permitirá atingir qualquer alvo na superfície terrestre com altíssima precisão.
O projeto foi inicialmente proposto no governo Bush, mas foi suspenso devido a protestos de Moscou.
O jornal destaca as preocupações expressas pelo Kremlin: “Se os Minuteman usados como vetor são capazes também de transportar ogivas nucleares, como é possível estabelecer se o lançamento de um míssil CPGS não constitui na verdade um ataque nuclear?”.
“Mas, provavelmente, a administração Obama considera hoje poder dar à Rússia – e talvez também à China – as garantias necessárias para evitar qualquer mal-entendido: os silos dos CPGS estariam localizados em áreas diferentes daqueles que contém mísseis nucleares, e poderiam ser inspecionados periodicamente”.
“Uma abertura devida à atmosfera de confiança que hoje se verifica nas relações entre Washington e Moscou, e também à aproximação que a crise econômica global impôs entre os EUA e a China”, acrescenta o “L'Osservatore Romano”.
“Mas talvez este clima inédito de cooperação entre as potências pudesse ser aproveitado de maneira diversa”, por exemplo “no favorecimento das políticas de desenvolvimento que, de acordo com os especialistas, seriam realmente capazes de livrar o mundo da recessão”, sustenta Giuseppe Fiorentino.
Os testes com o novo armamento norte-americano devem ser iniciados em 2014. Por volta de 2017, já deve estar operacional.
“Até lá, Obama já terá deixado a Casa Branca. Mas a super-bomba poderá se transformar numa herança discutível de sua causa contra a proliferação nuclear”, conclui o artigo.
Fonte: Zenit.
Em Lisboa, Papa deve usar veste litúrgica feita em Portugal
O Papa Bento XVI poderá usar um paramento feito especialmente para a celebração eucarística que ele vai presidir no Terreiro do Paço, em Lisboa, no dia 11 de Maio.
É o que indica o coordenador geral da Comissão da organização da visita do Papa a Portugal, segundo informa Agência Ecclesia.
Do Vaticano vão chegar a Portugal as vestes litúrgicas que Bento XVI deve usar durante as cerimônias. A organização em Lisboa, contudo, decidiu mandar fazer um paramento especial “feito à medida e ao gosto do próprio Papa”.
O responsável pelas cerimônias pontifícias, Mons. Guido Marini, “viu e aprovou o paramento”, assinala D. Carlos Azevedo. A sua utilização está apenas dependente do “estado do tempo” devido ao “peso do paramento”.
Os paramentos e as mitras que os bispos vão usar são novos e feitos em Portugal. No Porto foram ainda feitas estolas para todos os sacerdotes. “Queremos um «ar de festa»”, explica D. Carlos Azevedo.
Alegria
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, saudou a vinda de Bento XVI a Portugal, sublinhando que ela vai ser para a Igreja Católica portuguesa «uma grande ajuda espiritual e ao mesmo tempo eclesial».
Em vídeo que se pode ver no portal oficial da visita de Bento XVI, http://www.bentoxviportugal.pt/, o arcebispo de Braga afirma que a Igreja Católica em Portugal «vive este momento com grande alegria» e pede aos portugueses que recebam o Papa «em festa», mas também que se preparem para acolher a mensagem que ele vai trazer.
«Queremos caminhar com ele, no sentimento interno, na oração e na abertura a tudo quanto nos comunicará, particularmente nos momentos mais significativos da sua visita», referiu D. Jorge Ortiga.
«Que hoje saibamos merecer esta visita do Santo Padre, prestando-lhe o carinho e dedicação e particularmente acolhimento de uma mensagem que nos vai dirigir», disse.
Fonte: Zenit.
É o que indica o coordenador geral da Comissão da organização da visita do Papa a Portugal, segundo informa Agência Ecclesia.
Do Vaticano vão chegar a Portugal as vestes litúrgicas que Bento XVI deve usar durante as cerimônias. A organização em Lisboa, contudo, decidiu mandar fazer um paramento especial “feito à medida e ao gosto do próprio Papa”.
O responsável pelas cerimônias pontifícias, Mons. Guido Marini, “viu e aprovou o paramento”, assinala D. Carlos Azevedo. A sua utilização está apenas dependente do “estado do tempo” devido ao “peso do paramento”.
Os paramentos e as mitras que os bispos vão usar são novos e feitos em Portugal. No Porto foram ainda feitas estolas para todos os sacerdotes. “Queremos um «ar de festa»”, explica D. Carlos Azevedo.
Alegria
O presidente da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), D. Jorge Ortiga, saudou a vinda de Bento XVI a Portugal, sublinhando que ela vai ser para a Igreja Católica portuguesa «uma grande ajuda espiritual e ao mesmo tempo eclesial».
Em vídeo que se pode ver no portal oficial da visita de Bento XVI, http://www.bentoxviportugal.pt/, o arcebispo de Braga afirma que a Igreja Católica em Portugal «vive este momento com grande alegria» e pede aos portugueses que recebam o Papa «em festa», mas também que se preparem para acolher a mensagem que ele vai trazer.
«Queremos caminhar com ele, no sentimento interno, na oração e na abertura a tudo quanto nos comunicará, particularmente nos momentos mais significativos da sua visita», referiu D. Jorge Ortiga.
«Que hoje saibamos merecer esta visita do Santo Padre, prestando-lhe o carinho e dedicação e particularmente acolhimento de uma mensagem que nos vai dirigir», disse.
Fonte: Zenit.
Polônia: Bento XVI saúda “Marcha da Vida” de Szczecin
Bento XVI saudou os organizadores e participantes da "Marcha da Vida" de Szczecin, na Polônia, após a oração do Regina Caeli de ontem, na Praça de São Pedro.
O Papa cumprimentou os poloneses em sua língua e declarou que se une "espiritualmente a esta iniciativa".
O Pontífice deseja que esta suscite nos poloneses não somente sua "solicitude pela vida nascente", mas também seu "apoio às famílias que esperam filhos".
Depois, Bento XVI lhes pediu que rezassem pelos "que são chamados ao sacerdócio e à vida consagrada".
Fonte: Zenit.
O Papa cumprimentou os poloneses em sua língua e declarou que se une "espiritualmente a esta iniciativa".
O Pontífice deseja que esta suscite nos poloneses não somente sua "solicitude pela vida nascente", mas também seu "apoio às famílias que esperam filhos".
Depois, Bento XVI lhes pediu que rezassem pelos "que são chamados ao sacerdócio e à vida consagrada".
Fonte: Zenit.
Arcebispo de San Salvador repudia nova lei do Arizona contra imigrantes ilegais
O arcebispo de San Salvador, José Luis Escobar Alas, lamentou no último domingo a aprovação de uma lei que converte em crime a imigração ilegal no Arizona, EUA, e pediu que sejam respeitados os direitos fundamentais dos imigrantes flagrados sem documentos.
A lei SB1070, que criminaliza a imigração ilegal, foi promulgada nessa sexta-feira pela governadora do Estado, Jan Brewer. Converte em delito a presença ilegal no Estado e confere à polícia a autoridade de questionar a condição de uma pessoa sempre que existir “suspeita razoável” de que seja um imigrante ilegal.
“Expressamos nosso total desacordo com relação à lei recentemente aprovada no Estado do Arizona, EUA, por ser gravemente injusta, uma vez que incrimina nossos irmãos sem documentos, imigrantes, como se fossem delinquentes", declarou Dom José Luis Escobar Alas em uma coletiva de imprensa.
Na visão do arcebispo, e entrada em vigor da nova lei representará uma violação dos direitos fundamentais dos imigrantes, e por isso “é repudiável em todos os sentidos”.
O prelado expressou a esperança de que seja aprovada nos EUA “uma reforma migratória integral” que permita revogar tais leis arbitrárias, e destacou que os imigrantes são “pessoas honestas, trabalhadoras e de grande dignidade”.
A aprovação da lei provocou a reação de diversos governos de países latino-americanos e várias manifestações pelas ruas. Grupos de defesa dos direitos humanos e representantes dos latinos planejam um boicote ao Estado do Arizona em resposta à aprovação da lei. Como parte do boicote, caminhoneiros deixarão de transportar produtos pelo território do Arizona.
México, Guatemala, Honduras e El Salvador reagiram em uníssono – são os países de origem da maior parte dos imigrantes dos EUA.
O México alertou que a nova legislação “representa um obstáculo para a solução dos problemas comuns na região fronteiriça com os EUA”, e que pode comprometer a relação com o Arizona.
O chanceler hondurenho, Mario Canahuati, disse que a lei “pisoteia” os direitos dos imigrantes; o governo guatemalteco assinalou que “ameaça as noções básicas de justiça”, enquanto o chanceler salavadorenho, Hugo Martínez, disse temer que lei deflagre uma “perseguição contra pessoas que trabalham, contribuem para a economia e pagam seus impostos nos EUA”.
O Arizona é um dos principais pontos de entrada para os imigrantes ilegais nos EUA, e ali vivem mais de 1,8 milhão de latinos – cerca de 29% da população total – dos quais, estima-se, 420 mil não tenham documentação.
O Fundo Mexicano-Americano de Defesa Legal e Educação anunciou que entrará na justiça contra a nova legislação migratória, enquanto a Coligação Nacional do Clero Latino e o Fundo de Dirigentes Cristãos para a Defesa Legal, que reúne igrejas evangélicas em todo os EUA, assinalaram que recorrerão à justiça federal para impedir que a lei seja aplicada no Arizona.
Fonte: Zenit.
A lei SB1070, que criminaliza a imigração ilegal, foi promulgada nessa sexta-feira pela governadora do Estado, Jan Brewer. Converte em delito a presença ilegal no Estado e confere à polícia a autoridade de questionar a condição de uma pessoa sempre que existir “suspeita razoável” de que seja um imigrante ilegal.
“Expressamos nosso total desacordo com relação à lei recentemente aprovada no Estado do Arizona, EUA, por ser gravemente injusta, uma vez que incrimina nossos irmãos sem documentos, imigrantes, como se fossem delinquentes", declarou Dom José Luis Escobar Alas em uma coletiva de imprensa.
Na visão do arcebispo, e entrada em vigor da nova lei representará uma violação dos direitos fundamentais dos imigrantes, e por isso “é repudiável em todos os sentidos”.
O prelado expressou a esperança de que seja aprovada nos EUA “uma reforma migratória integral” que permita revogar tais leis arbitrárias, e destacou que os imigrantes são “pessoas honestas, trabalhadoras e de grande dignidade”.
A aprovação da lei provocou a reação de diversos governos de países latino-americanos e várias manifestações pelas ruas. Grupos de defesa dos direitos humanos e representantes dos latinos planejam um boicote ao Estado do Arizona em resposta à aprovação da lei. Como parte do boicote, caminhoneiros deixarão de transportar produtos pelo território do Arizona.
México, Guatemala, Honduras e El Salvador reagiram em uníssono – são os países de origem da maior parte dos imigrantes dos EUA.
O México alertou que a nova legislação “representa um obstáculo para a solução dos problemas comuns na região fronteiriça com os EUA”, e que pode comprometer a relação com o Arizona.
O chanceler hondurenho, Mario Canahuati, disse que a lei “pisoteia” os direitos dos imigrantes; o governo guatemalteco assinalou que “ameaça as noções básicas de justiça”, enquanto o chanceler salavadorenho, Hugo Martínez, disse temer que lei deflagre uma “perseguição contra pessoas que trabalham, contribuem para a economia e pagam seus impostos nos EUA”.
O Arizona é um dos principais pontos de entrada para os imigrantes ilegais nos EUA, e ali vivem mais de 1,8 milhão de latinos – cerca de 29% da população total – dos quais, estima-se, 420 mil não tenham documentação.
O Fundo Mexicano-Americano de Defesa Legal e Educação anunciou que entrará na justiça contra a nova legislação migratória, enquanto a Coligação Nacional do Clero Latino e o Fundo de Dirigentes Cristãos para a Defesa Legal, que reúne igrejas evangélicas em todo os EUA, assinalaram que recorrerão à justiça federal para impedir que a lei seja aplicada no Arizona.
Fonte: Zenit.
Religiosos carmelitas e diocese de Roma celebram o novo beato
Para o cardeal Agostino Vallini, vigário-geral da diocese de Roma, “ser pastor significa estar próximo de seu rebanho, dedicar-se incansavelmente, doar-se com solicitude”, uma missão que padre Angelo Paoli cumpriu plenamente, “inflamado pela fé e iluminado pela luz do Espírito Santo”.
O purpurado presidiu a missa de beatificação do sacerdote carmelita, realizada no último domingo na Basílica de São João de Latrão.
O templo estava lotado, com milhares de fiéis provenientes de várias paróquias de Roma, e por centenas de sacerdotes, religiosos e religiosas carmelitas.
No início da cerimônia, o postulador da causa de beatificação, padre Giovanni Grosso O. carm., leu a biografia do beato. Dom Angelo Amato pronunciou em seguida, representando o Papa Bento XVI, a fórmula pela qual padre Paoli recebeu o título de beato.
Sua imagem foi então descoberta, na qual se contempla o sacerdote ancião que socorre os mais pobres, e os fiéis aplaudiram com grande entusiasmo.
Uma fama de santidade confirmada
Angelo Paoli nasceu em 1642 e ingressou ao seminário aos 18 anos. Em 1661 proferiu os votos solenes na ordem carmelita, e seis anos depois, foi ordenado sacerdote. Descobriu com o tempo seu chamado pessoal para dedicar-se aos mais pobres e doentes.
Em sua homilia, o cardeal Vallini destacou seu “ideal altíssimo de caridade pastoral”, que o levou a descobrir que “o Senhor o chamava a viver uma vocação especial: a de ser servo dos pobres na vocação sacerdotal e religiosa”.
Por ordem de seus superiores, padre Paoli foi enviado a várias cidades italianas para desempenhar diversas atividades: esteve em Florença, Corniola, Siena, Montecatini e Fivizzano. Seu último destino foi a cidade de Roma, onde atuou como professor dos noviços do convento de São Martinho nos Montes.
Desenvolveu um trabalho intenso de auxílio aos pobres, detentos e doentes, em especial com os pacientes do Hospital São João. Morreu em 1720, em Roma.
“Sua fama de santidade se espalhou por toda a cidade, de modo que presbíteros, religiosos, leigos e também nobres o seguiam, ele que estava sempre disposto a envolver a todos naquela que poderíamos chamar de ‘sinfonia do amor’”, disse o purpurado. Uma fama confirmada nesse domingo com sua elevação aos altares.
Socorro material e espiritual
O cardeal Vallini afirmou que padre Paoli se dedicou a várias tarefas: “o cuidado com o bem concreto das pessoas, o socorro a seus sofrimentos materiais e espirituais”, “amar, oferecer o abraço misericordioso de Deus”.
O purpurado disse ainda que a virtude da caridade, que “foi para nosso beato o empenho a ânsia de sua vida”, “pela qual transmitia o amor de Deus e aproximava de Deus”.
“Jamais se esqueceu do amor e do cuidado pelos pobres”.
“Como ocorre sempre com as coisas de Deus”, continuou, “não faltaram incompreensões e maus juízos mesmo por parte dos seus, mas ele os respondia sempre com humildade”.
O vigário-geral de Roma lembrou então “a atitude de confiança inabalável em Deus e de benevolência para com todos”.
“Que sua luz possa encorajar a viver com zelo segundo o Evangelho e a testemunhar com alegria e coragem a caridade de Cristo para com todos os homens, especialmente os mais pobres, concluiu o cardeal.
Fonte: Zenit.
O purpurado presidiu a missa de beatificação do sacerdote carmelita, realizada no último domingo na Basílica de São João de Latrão.
O templo estava lotado, com milhares de fiéis provenientes de várias paróquias de Roma, e por centenas de sacerdotes, religiosos e religiosas carmelitas.
No início da cerimônia, o postulador da causa de beatificação, padre Giovanni Grosso O. carm., leu a biografia do beato. Dom Angelo Amato pronunciou em seguida, representando o Papa Bento XVI, a fórmula pela qual padre Paoli recebeu o título de beato.
Sua imagem foi então descoberta, na qual se contempla o sacerdote ancião que socorre os mais pobres, e os fiéis aplaudiram com grande entusiasmo.
Uma fama de santidade confirmada
Angelo Paoli nasceu em 1642 e ingressou ao seminário aos 18 anos. Em 1661 proferiu os votos solenes na ordem carmelita, e seis anos depois, foi ordenado sacerdote. Descobriu com o tempo seu chamado pessoal para dedicar-se aos mais pobres e doentes.
Em sua homilia, o cardeal Vallini destacou seu “ideal altíssimo de caridade pastoral”, que o levou a descobrir que “o Senhor o chamava a viver uma vocação especial: a de ser servo dos pobres na vocação sacerdotal e religiosa”.
Por ordem de seus superiores, padre Paoli foi enviado a várias cidades italianas para desempenhar diversas atividades: esteve em Florença, Corniola, Siena, Montecatini e Fivizzano. Seu último destino foi a cidade de Roma, onde atuou como professor dos noviços do convento de São Martinho nos Montes.
Desenvolveu um trabalho intenso de auxílio aos pobres, detentos e doentes, em especial com os pacientes do Hospital São João. Morreu em 1720, em Roma.
“Sua fama de santidade se espalhou por toda a cidade, de modo que presbíteros, religiosos, leigos e também nobres o seguiam, ele que estava sempre disposto a envolver a todos naquela que poderíamos chamar de ‘sinfonia do amor’”, disse o purpurado. Uma fama confirmada nesse domingo com sua elevação aos altares.
Socorro material e espiritual
O cardeal Vallini afirmou que padre Paoli se dedicou a várias tarefas: “o cuidado com o bem concreto das pessoas, o socorro a seus sofrimentos materiais e espirituais”, “amar, oferecer o abraço misericordioso de Deus”.
O purpurado disse ainda que a virtude da caridade, que “foi para nosso beato o empenho a ânsia de sua vida”, “pela qual transmitia o amor de Deus e aproximava de Deus”.
“Jamais se esqueceu do amor e do cuidado pelos pobres”.
“Como ocorre sempre com as coisas de Deus”, continuou, “não faltaram incompreensões e maus juízos mesmo por parte dos seus, mas ele os respondia sempre com humildade”.
O vigário-geral de Roma lembrou então “a atitude de confiança inabalável em Deus e de benevolência para com todos”.
“Que sua luz possa encorajar a viver com zelo segundo o Evangelho e a testemunhar com alegria e coragem a caridade de Cristo para com todos os homens, especialmente os mais pobres, concluiu o cardeal.
Fonte: Zenit.
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Santa Sé pede no ECOSOC um desenvolvimento integral
O observador permanente da Santa Sé na ONU assinalou a necessidade de uma visão integral do desenvolvimento, especialmente no que se refere às populações indígenas.
O arcebispo Celestino Migliore fez seu comentário na terça-feira, na nona sessão do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
O debate centrou-se no tema do desenvolvimento das populações indígenas com cultura e identidade.
“A Santa Sé considera fundamental ter uma visão integral do desenvolvimento que implica no bem-estar da pessoa em seu conjunto e de toda a comunidade, e destaca em particular a dimensão da identidade cultural”, declarou o delegado.
“A visão indígena tradicional de desenvolvimento concentra-se no desenvolvimento humano em sua totalidade e entende que a terra e os arredores são sagrados e bons para nosso uso; não se deveria abusar desses dons, necessários para a existência humana” continuou.
“Deve-se promover uma aproximação ao desenvolvimento baseado nos direitos humanos que levem em conta os direitos coletivos e o espírito de compartilhar benefícios que afirma sua conexão vital com suas terras e territórios”, afirmou.
“Além da dimensão econômica, o desenvolvimento deve incluir também os elementos sociais, culturais e espirituais”, esclarece.
“Devem respeitar seu profundo sentido da consciência religiosa, a família, coesão da comunidade e o desejo de viver em uma forte simbiose com a natureza”, acrescentou.
O arcebispo esclareceu que “fomentar a cultura indígena nem sempre significa voltar ao passado”, porém “implica em ir adiante mantendo os valores e princípios transmitidos tradicionalmente”.
Valores tradicionais
“A cultura indígena é baseada em valores consagrados por meio do tempo, e coletivos”, disse o arcebispo, “enriquecidos por meio da promoção de maneiras tradicionais de aprender e transferir conhecimento”.
“O respeito à vida e à dignidade humana, os processos de tomar decisões representativas, a prática de mecanismo da justiça e as cerimonias são importantes”, continuou.
“Diante a modernização, industrialização e a urbanização, esses valores não devem ser esquecidos - disse. Isso necessita que seja promovida a compreensão e o respeito à cultura indígena”.
“As populações indígenas devem poder eleger seu idioma, praticar sua religião e participar ativamente na conformação de sua cultura”, indicou o prelado.
Também destacou a importância de garantir “a liberdade cultural como um direito humano das populações indígenas e o respeito a sua etnia, religião e língua”.
“É fundamental preservar sua herança cultural, promover as línguas indígenas e a educação inter-cultural”, afirmou o arcebispo.
“Nesse espírito, a Santa Sé promove centros de línguas indígenas, supervisiona a compilação de livros de gramática e se encarrega de centenas de traduções a essas línguas, frequentemente ameaçadas pela extinção natural".
A delegação da Santa Sé destacou seu compromisso com “a promoção do desenvolvimento cultural, orientando o enriquecimento humano e espiritual das populações”.
Fonte: Zenit.
O arcebispo Celestino Migliore fez seu comentário na terça-feira, na nona sessão do Fórum Permanente sobre Questões Indígenas do Conselho Econômico e Social das Nações Unidas.
O debate centrou-se no tema do desenvolvimento das populações indígenas com cultura e identidade.
“A Santa Sé considera fundamental ter uma visão integral do desenvolvimento que implica no bem-estar da pessoa em seu conjunto e de toda a comunidade, e destaca em particular a dimensão da identidade cultural”, declarou o delegado.
“A visão indígena tradicional de desenvolvimento concentra-se no desenvolvimento humano em sua totalidade e entende que a terra e os arredores são sagrados e bons para nosso uso; não se deveria abusar desses dons, necessários para a existência humana” continuou.
“Deve-se promover uma aproximação ao desenvolvimento baseado nos direitos humanos que levem em conta os direitos coletivos e o espírito de compartilhar benefícios que afirma sua conexão vital com suas terras e territórios”, afirmou.
“Além da dimensão econômica, o desenvolvimento deve incluir também os elementos sociais, culturais e espirituais”, esclarece.
“Devem respeitar seu profundo sentido da consciência religiosa, a família, coesão da comunidade e o desejo de viver em uma forte simbiose com a natureza”, acrescentou.
O arcebispo esclareceu que “fomentar a cultura indígena nem sempre significa voltar ao passado”, porém “implica em ir adiante mantendo os valores e princípios transmitidos tradicionalmente”.
Valores tradicionais
“A cultura indígena é baseada em valores consagrados por meio do tempo, e coletivos”, disse o arcebispo, “enriquecidos por meio da promoção de maneiras tradicionais de aprender e transferir conhecimento”.
“O respeito à vida e à dignidade humana, os processos de tomar decisões representativas, a prática de mecanismo da justiça e as cerimonias são importantes”, continuou.
“Diante a modernização, industrialização e a urbanização, esses valores não devem ser esquecidos - disse. Isso necessita que seja promovida a compreensão e o respeito à cultura indígena”.
“As populações indígenas devem poder eleger seu idioma, praticar sua religião e participar ativamente na conformação de sua cultura”, indicou o prelado.
Também destacou a importância de garantir “a liberdade cultural como um direito humano das populações indígenas e o respeito a sua etnia, religião e língua”.
“É fundamental preservar sua herança cultural, promover as línguas indígenas e a educação inter-cultural”, afirmou o arcebispo.
“Nesse espírito, a Santa Sé promove centros de línguas indígenas, supervisiona a compilação de livros de gramática e se encarrega de centenas de traduções a essas línguas, frequentemente ameaçadas pela extinção natural".
A delegação da Santa Sé destacou seu compromisso com “a promoção do desenvolvimento cultural, orientando o enriquecimento humano e espiritual das populações”.
Fonte: Zenit.
Vocações: por que não eu?
A Igreja Católica na França está realizando, entre 20 de abril e 5 de maio, uma campanha nacional de comunicação sobre as vocações.
É a primeira campanha deste tipo em um país onde o sacerdócio não chega a uma centena de jovens ao ano, anunciou na quinta-feira a Conferência Episcopal da França.
A pergunta "que é um sacerdote?" encontra-se no centro desta campanha de comunicação, elaborada com uma agência de comunicação - Bayard Service - para o dia de oração pelas vocações, a 25 de abril.
O objetivo da campanha, segundo um comunicado, é "chamar a atuar juntos pela vocação dos futuros sacerdotes e a formação dos seminaristas das dioceses da França".
Busca que se "valorize o ministério do sacerdote, seja qual for o compromisso pessoal dos jovens", assim como "a função e a formação dos futuros sacerdotes" e "a situação dos sacerdotes na sociedade".
Apoiada pela Conferência Episcopal da França, a campanha vai dar a conhecer três eixos, cada um dos quais corresponde a um público particular.
Em primeiro lugar, ao dirigir-se aos jovens dentre 16 e 22 anos, responde a perguntas que costumam surgir nessa idade "sobre seu futuro e, por que não, sobre uma possível vocação", indica o Serviço Nacional de Vocações.
Depois, para os jovens dentre 22 e 30 anos, responde-se a perguntas mais precisas como "qual é a missão do sacerdote?", "em que consiste sua formação?", "quais são seus compromissos?".
Finalmente, dirige-se também aos maiores de 30 anos para "promover o ministério sacerdotal e pedir donativos para financiar os seminários".
Segundo o Serviço Nacional de Vocações, em 2008 havia na França 15.440 sacerdotes diocesanos (trabalhando nas paróquias) e 5.083 sacerdotes religiosos.
Esse número viu uma queda constante. Ao contrário, o número de diáconos (leigos que oferecem um serviço especial à vida da Igreja) está em aumento constante: em 1970 havia 11, em 2004, 1.984 e em 2007, 2.061.
Na internet: http://www.etpourquoipasmoi.org/
É a primeira campanha deste tipo em um país onde o sacerdócio não chega a uma centena de jovens ao ano, anunciou na quinta-feira a Conferência Episcopal da França.
A pergunta "que é um sacerdote?" encontra-se no centro desta campanha de comunicação, elaborada com uma agência de comunicação - Bayard Service - para o dia de oração pelas vocações, a 25 de abril.
O objetivo da campanha, segundo um comunicado, é "chamar a atuar juntos pela vocação dos futuros sacerdotes e a formação dos seminaristas das dioceses da França".
Busca que se "valorize o ministério do sacerdote, seja qual for o compromisso pessoal dos jovens", assim como "a função e a formação dos futuros sacerdotes" e "a situação dos sacerdotes na sociedade".
Apoiada pela Conferência Episcopal da França, a campanha vai dar a conhecer três eixos, cada um dos quais corresponde a um público particular.
Em primeiro lugar, ao dirigir-se aos jovens dentre 16 e 22 anos, responde a perguntas que costumam surgir nessa idade "sobre seu futuro e, por que não, sobre uma possível vocação", indica o Serviço Nacional de Vocações.
Depois, para os jovens dentre 22 e 30 anos, responde-se a perguntas mais precisas como "qual é a missão do sacerdote?", "em que consiste sua formação?", "quais são seus compromissos?".
Finalmente, dirige-se também aos maiores de 30 anos para "promover o ministério sacerdotal e pedir donativos para financiar os seminários".
Segundo o Serviço Nacional de Vocações, em 2008 havia na França 15.440 sacerdotes diocesanos (trabalhando nas paróquias) e 5.083 sacerdotes religiosos.
Esse número viu uma queda constante. Ao contrário, o número de diáconos (leigos que oferecem um serviço especial à vida da Igreja) está em aumento constante: em 1970 havia 11, em 2004, 1.984 e em 2007, 2.061.
Na internet: http://www.etpourquoipasmoi.org/
Um rosto africano para a Igreja em Gana
A Igreja Católica em Gana tem pouco mais de 125 anos e está fazendo a transição para ser uma Igreja missionária verdadeiramente ligada ao país, utilizando os idiomas locais para a Bíblia e o culto.
Embora esse processo esteja em andamento, ainda existem muitos desafios para superar.
Nesta entrevista concedida ao programa de televisão "Deus chora na Terra", deCatholic Radio and Television Network (CRTN) em colaboração com Ajuda à Igreja que Sofre, Dom Gabriel Palmer-Bucke, arcebispo de Acra (Gana), analisa os progressos e o trabalho a se realizar.
-O lema dos missionários era: "a África deve ser evangelizada pelos africanos". Até que ponto isso está na atual realidade em Gana?
-Dom Palmer-Buckle: De fato, foi o Papa Paulo VI que em uma ocasião em 1969, na fundação do que chamamos de Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar, disse: "Devem ter um cristianismo africano".
-E isso tem ocorrido em Gana?
-Dom Palmer-Buckle: Em grande parte sim. Agora temos 19 dioceses em Grana, e todos os bispos são locais. De fato, há dioceses que já vão para a quarta geração de bispos de Gana. O último bispo estrangeiro creio que deixou Gana no início dos anos 70.
-Qual foi a importância desses primeiros missionários para a Igreja em Gana?
-Dom Palmer-Bucke: Devemos dar graças a Deus por eles. Começaram em 1880, os padres SMA - Sociedade dos Missionários da África - foram os primeiros a vir para o sul, a Elmina, próximo de Cape Coast, na costa, e começaram a evangelização de forma gradual ao longo da costa até o norte.
-Com grandes sofrimentos físicos... para esses europeus que vieram a Gana, não?
-Dom Palmer-Buckle: Sim. Gana naquele tempo era chamada de cemitério do homem branco, porque muitos morriam de malária em seis ou oito semanas após sua chegada. Mas devemos agradecer a Deus por sua persistência, sua perseverança... Os missionários continuam vindo. Vieram homens e mulheres. Nossa Senhora dos Apóstolos, que é a congregação feminina dos SMA, também veio em 1882, para evangelizar gradualmente o sul. No norte havia os SMA, que baixavam naquela época de Uagadugu, em Alto Volta, agora Burkina Faso, e se estabeleceram em 1906 em Nayrongo. Eles começaram a evangelização da zona norte também de forma gradual, descendo e alcançando a zona central do país. Hoje, segundo as estatísticas de Gana, deve ter cerca de 1.400 sacerdotes e entre eles cerca de 1.000 são ganeses e indígenas.
-Portanto há um bom fundamento?
-Dom Palmer-Buckle: Muito bom. Temos cerca de 800 irmãs religiosas, das quais quase metade ou mais são indígenas, são ganesas. Temos cerca de 600 religiosos e mais da metade também é de Gana.
-Há muitas esperanças para a Igreja local?
-Dom Palmer-Buckle: Muitas, muitas esperanças. De fato, muito mais desafios devido às pessoas. O país tem uma população de cerca de 22 milhões. A população católica é ligeiramente inferior a 20% da população total. Os protestantes - anglicanos, metodistas, presbiterianos, batistas entre outros - somam cerca de 18% também, um pouco menos que os católicos. Os muçulmanos são cerca de 16%. Os petencostais são ainda mais agora. Eles entraram em algum momento de 1929.
-Mas estão crescendo com rapidez?
-Dom Palmer-Buckle: Muito rápido. São cerca de 24% da população. Assim, Gana pode se vangloriar de que 68% da população é cristã.
-As pessoas de Gana têm um profundo amor pela Palavra de Deus. De fato, diz-se que se alguém vai ao mercado e começa a pregar, os que estão no mercado param e escutam porque é a Palavra de Deus. De onde vem esse amor pela Palavra?
-Dom Palmer-Buckle: Não só pregam a Palavra de Deus. As pessoas conhecem as Escrituras muito bem. Temos de dizer que devemos agradecer as Igrejas protestantes e, em especial os petencostais, por terem feito crescer o amor pela Palavra de Deus, as Escrituras, a Bíblia. Mas também temos de dizer que trabalhamos juntos de modo ecumênico. Por exemplo: no ano passado, Gana celebrou seu 50° aniversário como país independente, e um dos projetos do Conselho Cristão e da Conferência Episcopal Ganesa distribuiu um milhão de Bíblias aos jovens nas escolas secundárias. Já distribuímos 250.000 - não só na Igreja Católica, mas em toda família cristã. Estamos distribuindo ainda mais porque novo povo gosta de ler as Escrituras.
-Gana não é apenas cristã, ainda existem muitas religiões tradicionais. Quais são as diversas formas de religiões tradicionais que ainda existem em Gana?
-Dom Palmer-Buckle: Em nosso último censo que ocorreu no ano 2000, apenas 8% da população ainda se mantém na religião tradicional.
-Seriam animistas, essas religiões das quais falamos?
-Dom Palmer-Buckle: A palavra "animismo" já não é muito usada devido a que o animismo significa crer em espíritos. Acreditamos no Espírito Santo, mas nós somos animistas? A diferença é que eles acreditam que a floresta tem espíritos, que as águas têm espíritos, as rochas têm espíritos, toda a criação possui espíritos e eles continuam vivendo com essas coisas e o que admiramos disso é seu respeito pela criação, seu respeito pela ecologia. Esta é uma das coisas que nós estamos lidando: a proteção da criação, a conservação do meio ambiente. Estamos focando nisso e parece que há uma boa ressonância.
Outra coisa deles que temos de avaliar é que eles mantiveram nossa forma de governo tradicional: muitos de nossos chefes celebram ritos, que se encaixam em sua cultura religiosa e eles conservaram. Também mantiveram unida a família, o respeito entre pai, mãe e filhos; mantiveram esses aspectos e estão começando a ver que o cristianismo, em um determinado momento, acentuou mais a salvação dos indivíduos contra a perspectiva comunitária e social da comunidade, na história da salvação. Estamos dando continuidade e focando nisso.
-Fazer-se cristão significa muitas vezes abandonar alguns aspectos tradicionais. Onde e como estão tentando encontrar na Igreja um equilíbrio nesse aspecto?
Monsenhor Palmer-Buckle: Devemos admitir que, desde mais ou menos 1880 até o Vaticano II, a mentalidade foi que todos os tradicionais eram pagãos, era demoníaco, e não era bom. Graças ao Vaticano II, a Igreja nos permitiu apreciar os valores de nossa cultura. Estamos começando a nos dar conta de que há muito em comum, por exemplo, nos ritos de nosso povo. Eu venho de Acra; lá existem ritos de tirar, de expor a criança quando nasce.
-Que é isso?
-Dom Palmer-Buckle: Isso significa que recebe um nome. Exibem a criança diante do público. Dão-lhe um nome, que normalmente é um nome de um ancestral que viveu uma boa vida, porque acreditam que o ancestral escolhido protegerá a criança. A criança não se torna propriedade de seus pais, mas de todo o clã, e o clã assume sua responsabilidade para com a criança. Esse é um belo rito. Fiz minha tese de doutorado sobre isso, para mostrar sua semelhança com o batismo, com o qual uma pessoa renasce na família de Deus e é dado um nome a ela.
-Será que integram o batismo nesse ritual tradicional?
-Dom Palmer-Buckle: Em muitos lugares sim, eles têm um ritual tradicional pela manhã, muito cedo, pois deve ocorrer antes do nascer do sol e, logo, acontece o batismo na tarde de sábado.
-Há elementos da religião tradicional que a Igreja tem de rejeitar como a poligamia e temas similares. Como a Igreja trabalha com as culturas locais e tradicionais para tentar lidar com esse tipo de problema?
-Dom Palmer-Buckle: Não só a poligamia, temos também ritos muito violentos relacionados com a viuvez e outros ritos que tentamos lidar...
-Poderia nos dar alguns exemplos?
-Dom Palmer-Buckle: Quando morre o marido de uma mulher, ela é maltratada e, em algumas ocasiões, submetida a várias formas de crueldade, que podem culminar até na expulsão de casa.
-Por que pensam que de alguma forma ela seria responsável pela morte de seu marido?
-Dom Palmer-Buckle: Em alguns casos, de maneira ignorante, pensa-se assim. Em outros casos, é uma espécie de terapia de choque para que ela consiga superar o fato de ter perdido seu marido. Assim há aspectos positivos e aspectos negativos - devido à maldade humana algumas vezes os negativos ocultam os positivos.
Agora a poligamia por exemplo. Um homem é casado com duas ou três mulheres, tem filhos, todos trabalham com ele em uma fazenda, adquiriram juntos a propriedade, os filhos são mão de obra para a fazenda. Agora, a dificuldade do cristianismo foi chegar e dizer ao homem: deixe duas de suas três esposas e mande seus filhos para longe...-Na prática, um homem vem ao senhor e diz: quero ser cristão, quero me batizar, vivo em uma relação de poligamia, tenho quatro esposas. Como a Igreja responde numa situação dessas?-Dom Palmer-Buckle: Oficialmente lhe dizemos o que diz a Igreja: um homem, uma mulher. Normalmente, aconselhamos que o homem deve eleger a mulher mais antiga dos relacionamentos, mas também tentamos ajudá-lo a cuidar de seus filhos e das mulheres sem fazer uso dos direitos conjugais que ofendem a moralidade cristã, o adultério. E não é fácil. Houve casos em que os descendentes dessas mulheres, junto com o homem, culparam a Igreja de arruinar seu sistema familiar porque em muitos lugares vivem em paz uns com os outros. Os meninos se identificavam com as três mulheres como suas mães e, quando falta o pai, as mulheres cuidam de todos os filhos. Mas há outras situações, com muita rivalidade entre as mulheres e entre seus filhos, o que cria muita dor.
Então, o que tentamos fazer é acompanhá-los enquanto crescem. Uma vez que aceitam Cristo, devemos acompanhá-los no crescimento de sua fé, enquanto crescem no conhecimento. Pela graça de Deus, os que foram batizados, eliminam o que chamamos de restos pecaminosos de coisas como a poligamia, ritos da viuvez e outros ritos que não estão em acordo com a fé cristã.
Fonte: Zenit.
Embora esse processo esteja em andamento, ainda existem muitos desafios para superar.
Nesta entrevista concedida ao programa de televisão "Deus chora na Terra", deCatholic Radio and Television Network (CRTN) em colaboração com Ajuda à Igreja que Sofre, Dom Gabriel Palmer-Bucke, arcebispo de Acra (Gana), analisa os progressos e o trabalho a se realizar.
-O lema dos missionários era: "a África deve ser evangelizada pelos africanos". Até que ponto isso está na atual realidade em Gana?
-Dom Palmer-Buckle: De fato, foi o Papa Paulo VI que em uma ocasião em 1969, na fundação do que chamamos de Simpósio das Conferências Episcopais da África e Madagascar, disse: "Devem ter um cristianismo africano".
-E isso tem ocorrido em Gana?
-Dom Palmer-Buckle: Em grande parte sim. Agora temos 19 dioceses em Grana, e todos os bispos são locais. De fato, há dioceses que já vão para a quarta geração de bispos de Gana. O último bispo estrangeiro creio que deixou Gana no início dos anos 70.
-Qual foi a importância desses primeiros missionários para a Igreja em Gana?
-Dom Palmer-Bucke: Devemos dar graças a Deus por eles. Começaram em 1880, os padres SMA - Sociedade dos Missionários da África - foram os primeiros a vir para o sul, a Elmina, próximo de Cape Coast, na costa, e começaram a evangelização de forma gradual ao longo da costa até o norte.
-Com grandes sofrimentos físicos... para esses europeus que vieram a Gana, não?
-Dom Palmer-Buckle: Sim. Gana naquele tempo era chamada de cemitério do homem branco, porque muitos morriam de malária em seis ou oito semanas após sua chegada. Mas devemos agradecer a Deus por sua persistência, sua perseverança... Os missionários continuam vindo. Vieram homens e mulheres. Nossa Senhora dos Apóstolos, que é a congregação feminina dos SMA, também veio em 1882, para evangelizar gradualmente o sul. No norte havia os SMA, que baixavam naquela época de Uagadugu, em Alto Volta, agora Burkina Faso, e se estabeleceram em 1906 em Nayrongo. Eles começaram a evangelização da zona norte também de forma gradual, descendo e alcançando a zona central do país. Hoje, segundo as estatísticas de Gana, deve ter cerca de 1.400 sacerdotes e entre eles cerca de 1.000 são ganeses e indígenas.
-Portanto há um bom fundamento?
-Dom Palmer-Buckle: Muito bom. Temos cerca de 800 irmãs religiosas, das quais quase metade ou mais são indígenas, são ganesas. Temos cerca de 600 religiosos e mais da metade também é de Gana.
-Há muitas esperanças para a Igreja local?
-Dom Palmer-Buckle: Muitas, muitas esperanças. De fato, muito mais desafios devido às pessoas. O país tem uma população de cerca de 22 milhões. A população católica é ligeiramente inferior a 20% da população total. Os protestantes - anglicanos, metodistas, presbiterianos, batistas entre outros - somam cerca de 18% também, um pouco menos que os católicos. Os muçulmanos são cerca de 16%. Os petencostais são ainda mais agora. Eles entraram em algum momento de 1929.
-Mas estão crescendo com rapidez?
-Dom Palmer-Buckle: Muito rápido. São cerca de 24% da população. Assim, Gana pode se vangloriar de que 68% da população é cristã.
-As pessoas de Gana têm um profundo amor pela Palavra de Deus. De fato, diz-se que se alguém vai ao mercado e começa a pregar, os que estão no mercado param e escutam porque é a Palavra de Deus. De onde vem esse amor pela Palavra?
-Dom Palmer-Buckle: Não só pregam a Palavra de Deus. As pessoas conhecem as Escrituras muito bem. Temos de dizer que devemos agradecer as Igrejas protestantes e, em especial os petencostais, por terem feito crescer o amor pela Palavra de Deus, as Escrituras, a Bíblia. Mas também temos de dizer que trabalhamos juntos de modo ecumênico. Por exemplo: no ano passado, Gana celebrou seu 50° aniversário como país independente, e um dos projetos do Conselho Cristão e da Conferência Episcopal Ganesa distribuiu um milhão de Bíblias aos jovens nas escolas secundárias. Já distribuímos 250.000 - não só na Igreja Católica, mas em toda família cristã. Estamos distribuindo ainda mais porque novo povo gosta de ler as Escrituras.
-Gana não é apenas cristã, ainda existem muitas religiões tradicionais. Quais são as diversas formas de religiões tradicionais que ainda existem em Gana?
-Dom Palmer-Buckle: Em nosso último censo que ocorreu no ano 2000, apenas 8% da população ainda se mantém na religião tradicional.
-Seriam animistas, essas religiões das quais falamos?
-Dom Palmer-Buckle: A palavra "animismo" já não é muito usada devido a que o animismo significa crer em espíritos. Acreditamos no Espírito Santo, mas nós somos animistas? A diferença é que eles acreditam que a floresta tem espíritos, que as águas têm espíritos, as rochas têm espíritos, toda a criação possui espíritos e eles continuam vivendo com essas coisas e o que admiramos disso é seu respeito pela criação, seu respeito pela ecologia. Esta é uma das coisas que nós estamos lidando: a proteção da criação, a conservação do meio ambiente. Estamos focando nisso e parece que há uma boa ressonância.
Outra coisa deles que temos de avaliar é que eles mantiveram nossa forma de governo tradicional: muitos de nossos chefes celebram ritos, que se encaixam em sua cultura religiosa e eles conservaram. Também mantiveram unida a família, o respeito entre pai, mãe e filhos; mantiveram esses aspectos e estão começando a ver que o cristianismo, em um determinado momento, acentuou mais a salvação dos indivíduos contra a perspectiva comunitária e social da comunidade, na história da salvação. Estamos dando continuidade e focando nisso.
-Fazer-se cristão significa muitas vezes abandonar alguns aspectos tradicionais. Onde e como estão tentando encontrar na Igreja um equilíbrio nesse aspecto?
Monsenhor Palmer-Buckle: Devemos admitir que, desde mais ou menos 1880 até o Vaticano II, a mentalidade foi que todos os tradicionais eram pagãos, era demoníaco, e não era bom. Graças ao Vaticano II, a Igreja nos permitiu apreciar os valores de nossa cultura. Estamos começando a nos dar conta de que há muito em comum, por exemplo, nos ritos de nosso povo. Eu venho de Acra; lá existem ritos de tirar, de expor a criança quando nasce.
-Que é isso?
-Dom Palmer-Buckle: Isso significa que recebe um nome. Exibem a criança diante do público. Dão-lhe um nome, que normalmente é um nome de um ancestral que viveu uma boa vida, porque acreditam que o ancestral escolhido protegerá a criança. A criança não se torna propriedade de seus pais, mas de todo o clã, e o clã assume sua responsabilidade para com a criança. Esse é um belo rito. Fiz minha tese de doutorado sobre isso, para mostrar sua semelhança com o batismo, com o qual uma pessoa renasce na família de Deus e é dado um nome a ela.
-Será que integram o batismo nesse ritual tradicional?
-Dom Palmer-Buckle: Em muitos lugares sim, eles têm um ritual tradicional pela manhã, muito cedo, pois deve ocorrer antes do nascer do sol e, logo, acontece o batismo na tarde de sábado.
-Há elementos da religião tradicional que a Igreja tem de rejeitar como a poligamia e temas similares. Como a Igreja trabalha com as culturas locais e tradicionais para tentar lidar com esse tipo de problema?
-Dom Palmer-Buckle: Não só a poligamia, temos também ritos muito violentos relacionados com a viuvez e outros ritos que tentamos lidar...
-Poderia nos dar alguns exemplos?
-Dom Palmer-Buckle: Quando morre o marido de uma mulher, ela é maltratada e, em algumas ocasiões, submetida a várias formas de crueldade, que podem culminar até na expulsão de casa.
-Por que pensam que de alguma forma ela seria responsável pela morte de seu marido?
-Dom Palmer-Buckle: Em alguns casos, de maneira ignorante, pensa-se assim. Em outros casos, é uma espécie de terapia de choque para que ela consiga superar o fato de ter perdido seu marido. Assim há aspectos positivos e aspectos negativos - devido à maldade humana algumas vezes os negativos ocultam os positivos.
Agora a poligamia por exemplo. Um homem é casado com duas ou três mulheres, tem filhos, todos trabalham com ele em uma fazenda, adquiriram juntos a propriedade, os filhos são mão de obra para a fazenda. Agora, a dificuldade do cristianismo foi chegar e dizer ao homem: deixe duas de suas três esposas e mande seus filhos para longe...-Na prática, um homem vem ao senhor e diz: quero ser cristão, quero me batizar, vivo em uma relação de poligamia, tenho quatro esposas. Como a Igreja responde numa situação dessas?-Dom Palmer-Buckle: Oficialmente lhe dizemos o que diz a Igreja: um homem, uma mulher. Normalmente, aconselhamos que o homem deve eleger a mulher mais antiga dos relacionamentos, mas também tentamos ajudá-lo a cuidar de seus filhos e das mulheres sem fazer uso dos direitos conjugais que ofendem a moralidade cristã, o adultério. E não é fácil. Houve casos em que os descendentes dessas mulheres, junto com o homem, culparam a Igreja de arruinar seu sistema familiar porque em muitos lugares vivem em paz uns com os outros. Os meninos se identificavam com as três mulheres como suas mães e, quando falta o pai, as mulheres cuidam de todos os filhos. Mas há outras situações, com muita rivalidade entre as mulheres e entre seus filhos, o que cria muita dor.
Então, o que tentamos fazer é acompanhá-los enquanto crescem. Uma vez que aceitam Cristo, devemos acompanhá-los no crescimento de sua fé, enquanto crescem no conhecimento. Pela graça de Deus, os que foram batizados, eliminam o que chamamos de restos pecaminosos de coisas como a poligamia, ritos da viuvez e outros ritos que não estão em acordo com a fé cristã.
Fonte: Zenit.
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