Afirma o cardeal Odilo Scherer, em conferência em Roma
O espaço urbano converte-se cada vez mais na “nova fronteira para o diálogo entre culturas e a fé que os imigrantes trazem consigo”, afirmou o cardeal Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, durante uma mesa-redonda denominada “uma resposta pastoral ao fenômeno da urbanização das migrações internas”.
O purpurado interveio durante um congresso que se realiza em Roma, organizado pelo Pontifício Conselho para os Migrantes e Itinerantes, após os cinco anos de publicação da constituição Erga migrantes caritas Christi, com o tema “Uma resposta pastoral para o fenômeno migratório na era da globalização”. O evento acadêmico conta com cerca de 300 participantes dos cinco continentes e encerra esta quinta-feira.
O cardeal Scherer apresentou um breve panorama sobre a realidade da migração do campo para as grandes urbes de seu continente.
Assegurou que estas migrações devem ser vistas como uma oportunidade “para a busca de novas modalidades de fazer pastoral”.
80% da população brasileira vive na cidade devido ao fato de que nos últimos 50 anos o fenômeno migratório se intensificou. Isso levou a que 10% dos habitantes das cidades no Brasil estejam formados por imigrantes recentes.
O arcebispo de São Paulo referiu-se a um projeto realizado junto à prefeitura, chamado “Meu bairro, minha cidade”, que estuda os grupos e as personalidades que ajudaram a construir o espaço de convivência dos diferentes setores que têm uma forte influência das migrações.
E sublinhou como muitos destes grupos foram criados por iniciativas das comunidades eclesiásticas de base: “confirmando como a presença e a marca da Igreja no espaço urbano é ainda um fato importante”.
Igreja "móvel"
O arcebispo de São Paulo recordou que desde 1970 a arquidiocese dessa cidade realiza um projeto chamado “Operação periferia”, que consiste em buscar terrenos para construir novas paróquias e para instalar novas comunidades religiosas nos setores para os quais a cidade cresce, especialmente quando seu crescimento se dá de maneira irregular.
Também assinalou como as colônias provenientes de outros países (China, Japão, Coreia, Ucrânia, Lituânia, Itália, França e países hispano-americanos) construíram paróquias nas quais participam os membros de tais colônias.
Assegurou que nestes espaços os imigrantes encontram uma nova forma de pertença: “enquanto desenvolvem com zelo suas tarefas pastorais, o âmbito destes grupos converte-se para eles também em um importante ponto de referência sócio-cultural”.
Explicou em uma delas a celebração da missa se faz em rito maronita e em outra se realiza em rito greco-melquita.
O cardeal sublinhou assim algumas lições da operação periferia: “a importância para a Igreja de mobilizar-se através de paróquias, centros comunitários, sedes de instituições, para caracterizar o espaço urbano com uma presença mais móvel”.
Ele assinalou que alguns dos bispos de seus lugares de origem vão visitar estas comunidades e ressaltou a colaboração entre as dioceses de origem e de destino.
Também destacou como os grupos realizam celebrações durante as festas religiosas e nacionais típicas de seu país.
O cardeal Scherer indicou que existem também em São Paulo casas de acolhida para os imigrantes, as quais pretendem dar-lhes um espaço de convivência digna. Há ainda um serviço de pastoral para os hipano-americanos, com o objetivo de inseri-los nas comunidades católicas já existentes.
O purpurado concluiu sua fala destacando a grande variedade de grupos pastorais e comunidades eclesiais ativas graças aos imigrantes com uma presença significativa: “no curso da história recente da arquidiocese de São Paulo, ajudaram a formar o rosto de uma Igreja viva e em movimento”.
O purpurado interveio durante um congresso que se realiza em Roma, organizado pelo Pontifício Conselho para os Migrantes e Itinerantes, após os cinco anos de publicação da constituição Erga migrantes caritas Christi, com o tema “Uma resposta pastoral para o fenômeno migratório na era da globalização”. O evento acadêmico conta com cerca de 300 participantes dos cinco continentes e encerra esta quinta-feira.
O cardeal Scherer apresentou um breve panorama sobre a realidade da migração do campo para as grandes urbes de seu continente.
Assegurou que estas migrações devem ser vistas como uma oportunidade “para a busca de novas modalidades de fazer pastoral”.
80% da população brasileira vive na cidade devido ao fato de que nos últimos 50 anos o fenômeno migratório se intensificou. Isso levou a que 10% dos habitantes das cidades no Brasil estejam formados por imigrantes recentes.
O arcebispo de São Paulo referiu-se a um projeto realizado junto à prefeitura, chamado “Meu bairro, minha cidade”, que estuda os grupos e as personalidades que ajudaram a construir o espaço de convivência dos diferentes setores que têm uma forte influência das migrações.
E sublinhou como muitos destes grupos foram criados por iniciativas das comunidades eclesiásticas de base: “confirmando como a presença e a marca da Igreja no espaço urbano é ainda um fato importante”.
Igreja "móvel"
O arcebispo de São Paulo recordou que desde 1970 a arquidiocese dessa cidade realiza um projeto chamado “Operação periferia”, que consiste em buscar terrenos para construir novas paróquias e para instalar novas comunidades religiosas nos setores para os quais a cidade cresce, especialmente quando seu crescimento se dá de maneira irregular.
Também assinalou como as colônias provenientes de outros países (China, Japão, Coreia, Ucrânia, Lituânia, Itália, França e países hispano-americanos) construíram paróquias nas quais participam os membros de tais colônias.
Assegurou que nestes espaços os imigrantes encontram uma nova forma de pertença: “enquanto desenvolvem com zelo suas tarefas pastorais, o âmbito destes grupos converte-se para eles também em um importante ponto de referência sócio-cultural”.
Explicou em uma delas a celebração da missa se faz em rito maronita e em outra se realiza em rito greco-melquita.
O cardeal sublinhou assim algumas lições da operação periferia: “a importância para a Igreja de mobilizar-se através de paróquias, centros comunitários, sedes de instituições, para caracterizar o espaço urbano com uma presença mais móvel”.
Ele assinalou que alguns dos bispos de seus lugares de origem vão visitar estas comunidades e ressaltou a colaboração entre as dioceses de origem e de destino.
Também destacou como os grupos realizam celebrações durante as festas religiosas e nacionais típicas de seu país.
O cardeal Scherer indicou que existem também em São Paulo casas de acolhida para os imigrantes, as quais pretendem dar-lhes um espaço de convivência digna. Há ainda um serviço de pastoral para os hipano-americanos, com o objetivo de inseri-los nas comunidades católicas já existentes.
O purpurado concluiu sua fala destacando a grande variedade de grupos pastorais e comunidades eclesiais ativas graças aos imigrantes com uma presença significativa: “no curso da história recente da arquidiocese de São Paulo, ajudaram a formar o rosto de uma Igreja viva e em movimento”.
(Carmen Elena Villa)
Fonte: Zenit.
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