Papa se une à dor da Igreja Ortodoxa Sérvia

Funeral do patriarca Pavle, falecido aos 95 anos

Bento XVI se uniu à dor da Igreja Ortodoxa Sérvia, que hoje celebrou em Belgrado o funeral do seu patriarca, sua beatitude Pavle, falecido no domingo passado, aos 95 anos.
Mais de 200 fiéis participaram da cerimônia, lotando as ruas da capital. No rito, estiveram presentes o patriarca ecumênico de Constantinopla, Bartolomeu I, e, em representação do Papa, o cardeal Angelo Sodano, decano do colégio cardinalício.
O purpurado levou uma mensagem de pêsames de Bento XVI, dirigida ao arcebispo Amfilohije, metropolita de Montenegro e Locum, quem mantém o trono da Igreja Ortodoxa Sérvia durante esta sede vacante.
Na mensagem, o Papa assegura sua “união na oração àqueles que sofrem pelo seu pai e pastor”.
Recorda que, “em uma longa vida ao serviço do Evangelho, o falecido patriarca deu testemunho de fé e de fortaleza, inclusive em momentos particularmente difíceis, caracterizados por conflitos e guerras”.
O pontífice pede ao Senhor que “seu exemplo possa ser de consolo para os corações dos seus fiéis e para tantas outras pessoas de boa vontade, que, alentadas pela sua perseverança, se comprometerão a viver plenamente a fé cristã e a servir com zelo a grande causa da reconciliação e da paz”.
O Papa recorda “com gratidão a generosa e cálida acolhida” que o patriarca Pavle ofereceu aos membros da Comissão Mista Internacional para o diálogo entre a Igreja Católica e a Igreja Ortodoxa em seu conjunto durante a assembleia plenária de setembro de 2006, celebrada em Belgrado.
“Que sua lembrança seja também um convite a todos para continuarem pelo caminho do diálogo e da busca da comunhão plena entre todos os discípulos de Cristo”, conclui.
O patriarca, cujo nome era Gojko Stojčević, nasceu no dia 11 de setembro de 1914, no povoado de Kućanci, perto de Donji Miholjac, na atual Croácia. Tomou o nome de Pavle (Paulo) ao entrar no mosteiro após a 2ª Guerra Mundial.
Foi eleito bispo de Ras e Prizren (inclui todo o Kosovo) em 1957, missão que desempenhou durante 33 anos, até ser eleito patriarca (1990).

Fonte: Zenit.