O porta-voz vaticano analisa o papel de João Paulo II, 20 anos depois
Vinte anos depois da queda do Muro de Berlim, o porta-voz da Santa Sé constata que muitos ainda não entenderam a lição daquele acontecimento histórico: a fé não pode ser reduzida à esfera privada.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, no editorial do último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, analisou o papel desempenhado por João Paulo II naquele acontecimento que transformou a história da humanidade no dia 9 de novembro de 1989.
“Que grande festa para o povo em Berlim! – reconhece o porta-voz, ao recordar a queda do símbolo da Guerra Fria. Quando estupor e quanta alegria em toda a Europa e no mundo, vendo e revendo aquelas imagens incríveis!”
“Durante quase 30 anos, quem tentava superá-lo fugindo rumo à liberdade, arriscava a vida; dezenas e dezenas de pessoas haviam morrido diante dos olhos horrorizados das testemunhas que passavam. Acreditavam que a grande prisão protegida pelo muro – e com maior amplitude pela cortina de ferro – ia resistir ainda por muitos anos.”
“No entanto, as aspirações de liberdade e as fraquezas intrínsecas nos regimes fundamentados em uma ideologia inimiga de Deus e da pessoa humana haviam trabalhado em profundidade nos povos do Leste, preparando uma queda histórica, sem estar acompanhada – acontecimento afortunado e raro – por grandes derramamentos de sangue.”
“Sem querer simplificar um processo histórico extremamente complexo”, o Pe. Lombardi recorda que “o papel da eleição e a pessoa de João Paulo II, de suas viagens a uma Polônia, que em grande parte permaneceu fielmente católica, e de suas consequências sobre as aspirações e o desejo de liberdade do seu povo e dos povos vizinhos”.
Quando, depois, o pontífice, já idoso, atravessou a porta de Brandenburgo, em Berlim, reconhece o Pe. Lombardi, “não somente a Alemanha estava unificada, mas a Europa respirava com seus dois pulmões, o do Oeste e o do Leste, e a fé cristã havia demonstrado que, mais uma vez, havia contribuído para a união e a civilização do continente, superando a prova cruel do ateísmo do Estado”.
“É bom recordar isso, quando se insiste em reduzir a fé ao âmbito estritamente privado”, afirma o Pe. Lombardi, poucos dias depois da sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que proíbe os crucifixos nas escolas.
“Pois bem – conclui –, no mundo, infelizmente, foram levantados e ainda são levantados muitos muros. Continuaremos comprometidos, esperando festejar, no final, também sua inutilidade e sua queda”.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, no editorial do último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, analisou o papel desempenhado por João Paulo II naquele acontecimento que transformou a história da humanidade no dia 9 de novembro de 1989.
“Que grande festa para o povo em Berlim! – reconhece o porta-voz, ao recordar a queda do símbolo da Guerra Fria. Quando estupor e quanta alegria em toda a Europa e no mundo, vendo e revendo aquelas imagens incríveis!”
“Durante quase 30 anos, quem tentava superá-lo fugindo rumo à liberdade, arriscava a vida; dezenas e dezenas de pessoas haviam morrido diante dos olhos horrorizados das testemunhas que passavam. Acreditavam que a grande prisão protegida pelo muro – e com maior amplitude pela cortina de ferro – ia resistir ainda por muitos anos.”
“No entanto, as aspirações de liberdade e as fraquezas intrínsecas nos regimes fundamentados em uma ideologia inimiga de Deus e da pessoa humana haviam trabalhado em profundidade nos povos do Leste, preparando uma queda histórica, sem estar acompanhada – acontecimento afortunado e raro – por grandes derramamentos de sangue.”
“Sem querer simplificar um processo histórico extremamente complexo”, o Pe. Lombardi recorda que “o papel da eleição e a pessoa de João Paulo II, de suas viagens a uma Polônia, que em grande parte permaneceu fielmente católica, e de suas consequências sobre as aspirações e o desejo de liberdade do seu povo e dos povos vizinhos”.
Quando, depois, o pontífice, já idoso, atravessou a porta de Brandenburgo, em Berlim, reconhece o Pe. Lombardi, “não somente a Alemanha estava unificada, mas a Europa respirava com seus dois pulmões, o do Oeste e o do Leste, e a fé cristã havia demonstrado que, mais uma vez, havia contribuído para a união e a civilização do continente, superando a prova cruel do ateísmo do Estado”.
“É bom recordar isso, quando se insiste em reduzir a fé ao âmbito estritamente privado”, afirma o Pe. Lombardi, poucos dias depois da sentença do Tribunal Europeu de Direitos Humanos, que proíbe os crucifixos nas escolas.
“Pois bem – conclui –, no mundo, infelizmente, foram levantados e ainda são levantados muitos muros. Continuaremos comprometidos, esperando festejar, no final, também sua inutilidade e sua queda”.
Fonte: Zenit.
Nenhum comentário:
Postar um comentário