sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Não esquecer que o imigrante é uma pessoa, pede Santa Sé

Dom Marchetto intervém no III Fórum “Migrações e Desenvolvimento”

A Santa Sé —no III Fórum Mundial “Migrações e Desenvolvimento”, que se celebra estes dias em Atenas (Grécia)— destacou a necessidade de recordar que o imigrante é uma pessoa.
O secretário do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Agostino Marchetto, interveio nessa quarta-feira no encontro, em que se reflete sobre o modo de integrar as políticas de migração nas estratégias de desenvolvimento.
Dom Marchetto afirmou que uma correta aproximação à gestão da migração “deveria considerar sobretudo que o migrante é uma pessoa humana e, enquanto tal, possui direitos inalienáveis, que devem ser respeitados por todos e em qualquer situação”.
“Isso comporta numerosas consequências e exige medidas específicas, tais como a necessidade de proteger a dignidade dos imigrantes, e de políticas que enfrentem as causas da migração, para que ninguém se veja obrigado a abandonar seu próprio país”, indicou.
“Ademais, acrescentou, a quantos deles que oferecem uma contribuição válida e regular a nossa sociedade, é necessário fazê-los encontrar um contexto capaz de lutar contra as atitudes de discriminação, de intolerância e de xenofobia, que inclusive chegam a tomar como pretexto o fundo religioso ou étnico”.
Dom Marchetto destacou que o Papa, em sua última encíclica, “faz um constante chamado à solidariedade”, e acrescentou que “esta é particularmente urgente no âmbito da mobilidade laboral”.
“A degradação humana e social influi não apenas de forma grave na vida dos trabalhadores, mas também em suas relações familiares, no grupo social que os acolhe e do qual provêm, e no crescimento econômico de ambos, já que os custos humanos repercutem também nos econômicos”, explicou.
Por outro lado, quis destacar também que “uma nova aproximação a estes problemas pode ser oferecida pelo princípio da subsidiariedade”.
Isso, no âmbito das migrações, “exige implicar na gestão das migrações todos os atores implicados, reconhecendo, onde seja possível, a justa autonomia dos âmbitos intermediários (comunidades em diáspora, associações de migrantes, famílias, etc.)”.
Em seu discurso, o prelado indicou também que “a integração se realiza plenamente ali onde, entre os imigrantes e a população local, não se limita apenas ao âmbito econômico-social, mas inclui, na recíproca

Fonte: Zenit.

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