O secretário de Estado do Vaticano, cardeal Tarciso Bertone, afirmou hoje que há "sinais de esperança" para a Igreja Católica na China, e convidou os bispos e sacerdotes a aumentar seus esforços na formação, na organização e na evangelização. Em uma carta enviada aos sacerdotes chineses por ocasião do Ano Sacerdotal, Bertone ressalta esses sinais que "chegam de diferentes partes da China", apesar das "persistentes dificuldades" enfrentadas pelo catolicismo no país. O secretário de Estado da Santa Sé enfatizou também que "não chegou o momento de fazer balanços definitivos" dos trabalhos de evangelização na China, já que se passaram "apenas dois anos" da carta do papa Bento XVI aos católicos daquele país. No documento, o Pontífice desejava uma "reconciliação interna da comunidade católica e o diálogo com as autoridades civis, sem renunciar aos princípios da fé católica". Segundo Bertone, "ainda é tempo mais de semear do que de colher". O secretário de Estado também recomendou aos bispos que formem sacerdotes, sobretudo os mais jovens, mas também "todos os fiéis", que são chamados a dar uma contribuição concreta à evangelização no país. Para isso, Bertone sugeriu que os líderes católicos chineses façam visitas a famílias do país, mesmo àquelas que não professam a fé católica. Os sacerdotes da China precisam, segundo o secretário de Estado do Vaticano, interessar-se pelas necessidades das pessoas. Outra proposta do cardeal enviada na carta é organizar "reuniões especiais em que os católicos chineses possam convidar seus parentes e amigos não católicos". Além disso, ele pede para que os bispos estruturem as próprias dioceses, mesmo se não houver sacerdotes suficientes. (ANSA)
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