O catequista perfeito não existe. Como todo cristão, precisa de formação permanente. O perfil de catequista é moldado na formação e na prática que vai adquirindo na caminhada, assumindo a vocação do batismo de anunciar o Reino de Deus, lembrando que, antes de evangelizar, deve se deixar evangelizar.
O catequista deve ser consciente da missão e, ao assumir a catequese na comunidade, sentir-se pessoa integrada na comunidade, caminhar com ela, estar sensível aos seus problemas, desenvolvendo a consciência crítica diante de fatos e acontecimentos, que levem a comunidade à reflexão sobre a sua realidade, a partir de uma espiritualidade profunda de adesão a Jesus Cristo e à Igreja.
Deve ser uma pessoa de oração e alimentar sua vida com a Palavra de Deus e com a Eucaristia para ajudar a si mesmo e à comunidade a libertar-se do egoísmo, do pecado, e levá-la à celebração da vida na Liturgia.
O catequista precisa ser uma pessoa psicologicamente equilibrada, que sabe trabalhar em equipe, seja criativo, responsável, pontual, perseverante e tenha uma certa liderança.
Deve ter amor aos catequizandos e ter algumas noções de psicologia, didática, metodologia e técnica de grupo, e sentir dentro de si o ardor da vocação. Sem essa vocação, logo desanimará diante das exigências da ação catequética.
Nunca pode dizer que está pronto para sua tarefa, planejando e programando com o grupo de catequistas; participar de encontros na própria comunidade, paróquia ou fora; atualizar-se sempre, estudando os documentos orientativos da Igreja sobre catequese e outros assuntos atuais.
São desafios para a catequese não infantilizar a evangelização, reconhecer a experiência rica e diversificada da caminhada do Povo de Deus, reconhecer o catequizando como interlocutor e propor uma catequese vivencial, personalizada, que busca respostas de fé.
No dia 30 de agosto celebramos o Dia do Catequista, oportunidade das nossas comunidades refletirem e celebrarem a vocação e missão do catequista, de modo especial, no Ano Catequético. Inspirados pela experiência de Emaús, queremos aprofundar a vocação do discípulo missionário que encontra o Ressuscitado no caminho, na palavra e na Eucaristia.
Fonte: Manuel Freixo dos Santos
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