O porta-voz vaticano comenta os resultados de um congresso
O congresso que acaba de ser realizado no Vaticano, com a participação de pessoas com surdez, serviu para que a Igreja descubra ou redescubra a profundidade da linguagem de sinais que estas pessoas utilizam, reconhece o porta-voz vaticano.
O Pe. Federico Lombardi, SJ, diretor da Sala de Imprensa da Santa Sé, comentou no último número de Octava Dies, semanário do Centro Televisivo Vaticano, o congresso internacional “Effetà: a pessoa surda na vida da Igreja”, promovido pelo Conselho Pontifício para a Pastoral dos Agentes Sanitários, que Bento XVI encerrou no dia 20 de novembro.
“Vi um casal jovem de esposos: falavam entre eles continuamente com a linguagem de sinais? Ele é surdo e ela é sua voz para a comunicação com os demais. É preciso tempo e paciência para comunicar, mas certamente não se trata de uma comunicação tão apressada e superficial como a comunicação à qual estamos acostumados”, revela o Pe. Lombardi.
“É uma comunicação que procede do profundo e passa através de um extraordinário compromisso de amor”, explica, ao recordar o ambiente desta conferência realizada no Vaticano com a participação de sacerdotes comprometidos “para que os sinais sacramentais superem o muro de silêncio que aprisiona a pessoa que não pode ouvir”, além de cerca de 90 surdos.
O encarregado da comunicação vaticana reconhece que talvez se fale pouco deste encontro. “Há outros problemas na vida da Igreja que mobilizarão a curiosidade da mídia. Mas nós pensamos que isso é importante”, assegura.
“Não esqueceremos as orações e os cantos expressados com o movimento das mãos, o discurso do Papa traduzido com a linguagem de sinais. Os crentes sabem que, no juízo final, o Senhor, que na terra abriu os ouvidos dos surdos e desatou a língua dos mudos, lhes perguntará: ‘Não ouvia; e me permitistes escutar? Era mudo; e me ajudastes da falar?’. São as perguntas sobre as que vale a pena refletir”, conclui o porta-voz.
Fonte: Zenit.
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