Tóquio - Os missionários e as missionárias em exercício, nas comunidades e grupos de imigrantes brasileiros no Japão, como ocorrem todos os anos, reuniram-se em assembleia, na sede da Conferência dos Bispos deste país, de 13 a 15 de setembro. Num primeiro momento, partilharam as alegrias e dificuldades da caminhada nos últimos doze meses. Os efeitos da crise econômica mundial, agravados pelos desastres naturais dos terremotos, tsunami e o temor pela possibilidade da emissão de fortes radiações nucleares causaram preocupação em todo o país.
Esses acontecimentos mereceram atenção especial por determinarem o retorno ao Brasil, de muitos colaboradores nas comunidades e o deslocamento interno de outros à procura de lugares mais seguros. Em vista disso, evidencia-se a urgência de empreender a formação de novos agentes de pastoral, equipes de catequistas e evangelizadores.
Fez-se memória das conclusões da assembleia anterior. A determinação de executar as prioridades estabelecidas sofreu percalços com o advento dos desastres. Por outro lado foi positiva a atitude de solidariedade dos estrangeiros que, em geral, são a classe pobre do Japão, de ajudar as vítimas do tsunami.
Depois de mais de vinte anos do início da vinda de trabalhadores brasileiros ao Japão, o grupo percebeu a necessidade de despertar e formar lideranças integradoras com as comunidades tradicionais católicas do país. Por isso os missionários dedicaram bastante tempo para traçar o perfil dessas lideranças com a intenção de visualizá-las, dentro dos parâmetros dos princípios cristãos de serviço.
Com a presença do presidente da Pastoral dos Migrantes, Refugiados e Pessoas em Movimento da Conferência dos Bispos, o bispo auxiliar de Osaka, decidiu-se criar programas de formação de lideranças integradoras, em nível nacional, diocesano e paroquial para ajudar no processo de integração.
Missionário Olmes Milani CS
Fonte: Rádio Vaticano
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