A terceira viagem pastoral e primeira oficial de Bento XVI à Alemanha, de 22 a 25 de setembro, foi detalhada pelo porta-voz do Vaticano, Pe. Federico Lombardi SJ, aos jornalistas presentes hoje na Sala de Imprensa da Santa Sé.
Como ponto principal de uma viagem tão repleta de acontecimentos, o porta-voz sugeriu aos presentes que entendessem primeiramente o lema da visita papal – “Onde há Deus, há futuro” –, para não se perder nos detalhes, como o logotipo, que sugere pessoas que caminham em direção à cruz.
Além do programa explicado detalhadamente, o Pe. Lombardi destacou o fato de que o Papa foi convidado pelo presidente do Parlamento Federal Alemão, o Bundestag, e, portanto, será a primeira vez que Bento XVI falará diante de um parlamento. Sobre as queixas e as ausências que envolverão dezenas de pessoas, disse que é “um problema interno da política e do Parlamento Alemão, já que o Papa fará um discurso a todos os presentes”.
No centro das perguntas dos jornalistas, estava o memorando sobre as reformas, apresentado no outono passado por 256 teólogos alemães, austríacos e suíços, que pedia a abolição do celibato dos sacerdotes e a admissão das mulheres ao sacerdócio. Contra o memorando se expressou a Conferência Episcopal Alemã, confirmando, ao mesmo tempo, a disponibilidade ao diálogo sobre a vida e as estruturas da Igreja.
O Pe. Lombardi recordou que, sobre isso, “existe um momento de diálogo, reflexão e debate dentro da Igreja da Alemanha e, portanto, não se pode esperar que o Papa entre em detalhes”; além disso, convidou a levar a sério a petição de Bento XVI para esta viagem, isto é, “voltar ao fundamental. Porque a Igreja depende de se se crerá em Deus e Jesus Cristo morto e ressuscitado, e não do celibato, e sobre onde está Deus em relação à sociedade, em um nível substancial e profundo”.
A Missa, em alemão, será celebrada no domingo, dia 25, enquanto nos demais dias será com o cânon latino, como em todas as Missas das viagens papais.
O porta-voz pediu que não se surpreendessem se o discurso com os seminaristas não chegar impresso, pois será pronunciado de memória; e sugeriu pedir aos colegas de língua alemã os possíveis acréscimos que o Papa fizer aos seus discursos.
Sobre a longitude e riqueza da viagem, que será um grande esforço para uma pessoa de 84 anos, Lombardi considerou que a quantidade de compromissos, como os 17 discursos, além de 20 encontros, se deve também a que Bento XVI estará em casa, ou seja, “em sua língua e sem necessidade de traduções; portanto, sem o esforço de precisar avaliar as palavras de outro idioma”, além de ser “um clima de estima e apreço, com encontros cordiais e um contexto mais familiar”.
A viagem de quatro dias tem três etapas centrais: “Berlim, uma cidade muito secularizada; Erfurt, uma cidade da Alemanha do Leste; e Friburgo, onde existe uma população mais católica”.
Fonte: Zenit.
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