Um país martirizado do qual destacamos quatro cenários diferentes, todos muito dolorosos. É a reflexão de Gregorios Yohanna Ibrahim, metropolita da Diocese de Aleppo, cujas declarações dadas ao Zenit quebram o sigilo mantido até agora pelas igrejas da síria, desde o início da repressão.
De acordo com Bispo, o primeiro cenário, "muito perigoso", é determinado pela incapacidade de "imaginar o que pode acontecer no país nos próximos dias ou semanas."
A segunda hipótese é a de uma "intervenção estrangeira", com o "controle indireto" da Síria por forças ocidentais diplomáticas ou militares.
O terceiro cenário hipotizado pelo bispo ortodoxo é o de uma "guerra civil", cuja duração preocupa seriamente todas as partes envolvidas, e com a séria incognita com relação à entrada de armas no país. "Nós nos perguntamos - acrescenta Ibrahim - se a Síria não está arriscando seguir o caminho do Líbano depois de 1975."
O quarto cenário é o pior de todos: dado que, observa o bispo sírio, a "primavera árabe não trouxe a democracia ao nosso país", mudanças vão necessariamente ocorrer.
A incognita é sobre o "quando" e o "como". "Os modelos da Líbia, Egito e Yêmen, não alcançaram a felicidade de ninguém no mundo árabe", acrescentou Ibrahim.
Dirigindo-se aos cristãos do Ocidente e de todo o mundo, o Metropolita de Aleppo, disse: "O que nós realmente precisamos é do vosso apoio moral e das vossas orações pela estabilidade e pela paz na Síria."
"Um resultado positivo - prosseguiu o prelado - é que até agora não houve um êxodo em massa. O nosso Arcebispo de Homs na noite de sexta-feira disse que metade das famílias cristãs têm deixado a cidade, mas em outras aldeias e vilas ainda estão todos no lugar. "
Ibrahim afirmou ainda que as embaixadas dos países árabes e europeus e dos EUA estão todas fechadas, por isso os sírios estão impossibilitados para obter o visto e expatriar. "Este é um bom sinal e pode parar a emigração antes do início", disse o bispo.
Fonte: Zenit.
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