O governo do Panamá propôs manter a mediação do Presidente da Conferência Episcopal, o agostiniano recoleto José Luis Lacunza, no conflito com os índios pela defesa das suas terras ancestrais.
Conforme relatado pela Ordem Agostiniana Recoleta, uma pessoa morreu e outras 46 ficaram feridas nos confrontos do dia 5 de fevereiro entre a polícia e indígenas, muito próximo à missão agostiniana recoleta de Bocas del Toro.
O conflito em curso entre o governo e a etnia Ngäbe Buglé, surgiu porque estes últimos exigem garantias legais para proibir nas suas terras ancestrais, além da mineração, a exploração dos recursos hídricos.
O chanceler panamenho Roberto Henríquez assegurava, aos meios de comunicação, que o Executivo esteja aberto a um diálogo com os indígenas – liderados pela cacica Silvia Carrera e o líder Rogelio Montezuma – e que propõe que se mantenha a mediação do Presidente da Conferência Episcopal do Panamá, o agostiniano recoleto José Luis Lacunza.
Porém, esclareceu que não pôde comunicar-se com o bispo porque ele permanece na área do conflito, cerca de 400 Km a oeste da capital panamenha, onde, por razões de “"segurança de Estado", as comunicações móveis foram suspensas por vários dias por ordem do governo.
O presidente da Coordenação pela Defesa dos Recursos Naturais e Direitos do Povo Ngäbe Buglé, Rogelio Montezuma, pediu o fim da "repressão e da perseguição" à qual, segundo ele, as autoridades submetem os membros da Coordenação, e também a libertação "imediata" de todos os detidos durante os confrontos entre índios e a polícia.
Embora os protestos tenham sido fragmentados por diferentes partes do país, o chanceler Henríquez disse que o governo "de nenhuma maneira" vai tolerar o bloqueio das vias de comunicação, como aconteceu durante seis dias entre San Félix, na província de Chiriqui, e Viguí, na província de Veraguas.
Fonte: Zenit.
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