Desaparece um dos impulsores da implementação dos estudos de Jornalismo na Europa. O professor Alfonso Nieto, morreu no dia 2 de fevereiro na Clínica da Universidade de Navarra, com a idade de 79 anos. Também foi o promotor da primeira e, por enquanto única, Faculdade de comunicação institucional da Igreja Católica.
A notícia foi divulgada pelo Gabinete de Comunicação da Universidade da Santa Cruz, em Roma.
Nascido nas Astúrias, Espanha, em 1932, foi catedrático de Empresa informativa na Universidade Complutense de Madri. Diretor do Instituto de Jornalismo e da posterior Faculdade de Comunicação da Universidade de Navarra (1969-1974), centro do qual também foi reitor durante treze anos (1979-1991). Seus estudos sobre a economia da comunicação têm-lhe merecido o reconhecimento da comunidade acadêmica internacional. Foi prêmio de honra do Journal of Media Economics.
Inspirado por uma antiga aspiração de São Josemaría Escrivá - a formação universitária dos profissionais da informação - contribuiu decisivamente para que isso se tornasse realidade no panorama acadêmico espanhol. Trinta anos depois, intuiu, estando novamente à frente do seu tempo, que os profissionais que cuidam das tarefas de comunicação em instituições da Igreja necessitam de uma adequada preparação universitária.
Para Joaquin Navarro-Valls, que foi porta-voz de João Paulo II e de Bento XVI no seu primeiro ano de pontificado, "o professor Nieto foi um dos defensores mais eficazes da acreditação acadêmica do jornalismo profissional. Nos anos 60, sua intuição o levou a ser pioneiro na promoção das Faculdades de Jornalismo na Europa. Anos mais tarde, bem à frente do seu tempo, promoveu a profissionalização, também na universidade, de quem aceita e realiza responsabilidades comunicadoras em instituições e estruturas da Igreja. É claro que suas idéias não foram só teorias estimáveis, mas nas duas dimensões mencionadas, aprendeu a converter suas intuições em realizações concretas, e de algumas dessas sou testemunho admirado e agradecido”.
O professor Nieto levou adiante concretamente o projeto da Faculdade de comunicação institucional da Universidade da Santa Cruz, que prepara diretores de comunicação das dioceses e de outras instituições eclesiásticas. Como lembrou um dos seus companheiros de claustro, o professor João Manuel Mora, “Alfonso tinha inteligência criativa, paixão pela comunicação e amor pela Igreja. Desse conjunto nasceu a Faculdade”.
No dia 09 de abril de 2008, junto com o cardeal Camillo Ruini, foi reconhecido com o doutorado honoris causa na Comunicação institucional pela Universidade da Santa Cruz, onde foi professor ativo até poucos meses antes do seu falecimento.
O professor Luis Romera, reitor da Santa Cruz, lembrou o seu exemplo de paixão universitária, delicadeza, amplitude de horizonte e bom humor, junto com um “testemunho de vida cristã autêntica."
Fonte: Zenit.
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