Ao receber em audiência, nesta quinta-feira, Stefan Gorda, novo embaixador da Moldávia na Santa Sé, o Papa Bento XVI expressou sua satisfação pessoal pelos progressos que a Igreja está realizando neste país da Europa Oriental.
O Pontífice se dirigiu a Gorda por ocasião da apresentação das cartas credenciais do diplomata, agradecendo o país que ele representa “pelo reconhecimento jurídico de que a Igreja Católica goza na Moldávia, por sua progressiva organização e pela construção de novas igrejas, como a catedral”, fatos que “demonstram a excelência do diálogo e da colaboração entre as instituições civis e a Igreja Católica”.
Todavia, há “certos problemas herdados de um passado recente”, que esperam uma solução, indicou, sublinhando que “tentar curar as feridas é outra forma de contribuir positivamente para a unidade do país e seu desenvolvimento”.
“Faço votos de que as autoridades civis tenham a coragem de encontrar soluções satisfatórias, justas e equitativas para o patrimônio eclesiástico confiscado, para permitir que a Igreja Católica disponha dos meios para realizar sua missão, não somente no âmbito religioso, mas também no educativo, sanitário e caritativo”, desejou.
A Igreja, indicou o Papa, “não pede a concessão de privilégios particulares”, mas apenas “deseja ser fiel à sua própria finalidade e servir cada pessoa sem distinção, segundo a missão confiada por Cristo”.
Em particular, o Papa dirigiu um pensamento aos jovens da Moldávia. “Rezo por eles e desejo incentivá-los”, afirmou, confessando sua alegria pelo fato de que cerca de 100 deles poderão participar pela primeira vez da Jornada Mundial da Juventude, no próximo mês de agosto, em Madri (Espanha).
Os fiéis católicos na Moldávia representam uma exígua minoria, em uma população de 4,3 milhões de habitantes, 98% deles ortodoxos.
Bento XVI lembrou também que neste ano se comemora o 20º aniversário da independência da Moldávia.
Recordando a “intensa esperança que prevalece entre a população na hora de resolver os problemas econômicos e os da unidade nacional”, sublinhou que “a unidade na paz e na serenidade é um fator que favorece o desenvolvimento econômico e social, e que este desenvolvimento tem também um efeito positivo para a realização da unidade”.
Para o Pontífice, “é bom que a Moldávia tenha o desejo de voltar à casa comum europeia, mas esta busca legítima não pode ser feita fora do respeito pelos valores positivos do seu país” e “não deve ser determinada unicamente pela economia e o bem-estar material”.
Neste contexto, recordou que a Igreja Ortodoxa “compartilhou sempre com a Igreja Católica a necessidade de defender os valores religiosos e culturais contra o materialismo e o relativismo, que põem em discussão a contribuição cristã para a vida e a sociedade”.
“Devido à sua tradição e à sua fé cristã, a Moldávia pode ajudar valentemente a União Europeia a redescobrir o que ela já não quer ver e inclusive nega”, concluiu.
Fonte: Zenit.
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