Dentro da agenda de celebrações do Dia Mundial do Refugiado deste ano na Espanha, está o 10º Prêmio da Fundação pela Justiça e da Fundação Bancaja, recebido no último dia 15 pelo Serviço Jesuíta aos Refugiados (JRS) e que será entregue em uma cerimônia em 6 de julho, na capela da Beneficência de Valência.
O prêmio reconhece a trajetória e dedicação constante daquelas pessoas ou organizações que se destacam pela sua contribuição para a promoção e defesa dos direitos humanos.
Dotado com 18 mil euros, receberam-no entidades como a Associação de Vítimas do Terrorismo, a Associação Pró-Busca de Crianças Desaparecidas de El Salvador, as Irmãs da Caridade e Muhammad Yunus. Nesta edição, o JRS foi eleito entre 15 candidatos.
O então padre geral da Companhia de Jesus, Pedro Arrupe, impressionado e comovido pelo clamor de milhares de boat people vietnamitas, fundou o Serviço Jesuíta aos refugiados (www.jrs.net), em 14 de novembro de 1980.
“O clamor dos 43 milhões de refugiados ou deslocados é mais atual que nunca”, afirma a Companhia de Jesus, em uma nota.
Ainda que o JRS continue seu trabalho nos remotos acampamentos de refugiados, a tendência dos refugiados a buscar asilo em áreas urbanas levou a instituição a trabalhar mais intensamente nas cidades, nos últimos anos.
Como explica seu diretor, o jesuíta Peter Balleis: “Durante estes 30 anos, o JRS não se guiou pela restritiva definição legal de refugiado, mas, de acordo com o ensinamento social católico, por uma noção mais generosa do termo, que abarca todos os deslocados à força”.
Assim, o serviço está disposto a responder em acampamentos, a deslocados, a solicitantes de asilo e a pessoas ilegais, aos imigrantes vulneráveis nos centros de detenção e agora também nas cidades.
O início geográfico do JRS foi Ásia-Pacífico. Nos anos 90, com a crise na região dos Grandes Lagos, voltou-se também para a África. Mais recentemente começou a trabalhar no Oriente Médio e no Afeganistão.
Até agora, a educação tem sido o forte dos serviços do JRS. Prepara-se um projeto de educação superior em colaboração com universidades jesuítas.
O JRS é uma organização não-governamental católica, cuja missão é servir, acompanhar e defender os direitos dos refugiados e de outras pessoas deslocadas à força.
Atua em 57 países. Emprega mais de 1.400 pessoas, entre leigos, jesuítas e outros religiosos, para responder, entre outras, às necessidade educativas, de saúde e sociais de mais de 500.000 refugiados. Seus serviços são oferecidos independentemente da origem étnica ou confissão religiosa.
Fonte: Zenit.
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