Desde 1990, pelo menos 17.597 pessoas faleceram viajando em direção às fronteiras da Europa, denuncia a agência vaticana Fides. Em sua memória, o Conselho Pontifício para os Migrantes e Itinerantes e a Comunidade de Sant'Egidio organizaram uma vigília de oração hoje, em Roma.
A mudança do cenário geopolítico que afeta os países da África do Norte, concretamente o conflito na Líbia, levaram muitas pessoas a empreenderem uma perigosa travessia em direção à Europa.
Neste contexto, durante os cinco primeiros meses de 2011, foram registradas mais de 1.800 mortes em toda a bacia mediterrânea, dentre as quais 1.633 pessoas viajavam rumo à Itália.
O balanço é provavelmente mais trágico quando se pensa nas pessoas que se encontravam a bordo de embarcações das quais nunca mais se teve notícias e que nunca conseguiram chegar às costas de algum país europeu.
As principais rotas seguidas pelos imigrantes por via marítima desde o começo de 2011 são duas: uma que procede da Tunísia e outra da Líbia.
As pessoas que procedem da Líbia encontram-se em condições de vulnerabilidade extrema: ameaçadas por partes em conflito, se veem obrigadas a empreender a travessia amontoadas em embarcações em mal estado para encontrar refúgio na Europa.
Por ocasião do Dia Mundial do Refugiado 2011, que se comemora em 20 de junho, a Comunidade de Sant'Egidio, a Associação Centre Astalli, a Federação de Igrejas Evangélicas na Itália, a Fundação Migrantes da Conferência Episcopal Italiana, a Cáritas Itália e as ACLI organizam em Roma, neste ano, uma vigília de oração em memória das vítimas das viagens em direção à Europa.
Participarão do evento comunidades e associações de imigrantes, refugiados e organizações de voluntários, representantes ecumênicos e familiares de vítimas.
A vigília tem como título “Morrer de esperança” e será dirigida pelo presidente do Conselho Pontifício para a Pastoral dos Migrantes e Itinerantes, Dom Antonio Maria Vegliò.
A Comunidade de Sant'Egidio organiza vigílias similares também em outras cidades europeias.
Fonte: Zenit.
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