domingo, 19 de junho de 2011

Oito milhões de pessoas passam fome

Roma – A seca na região do Chifre da África está piorando a crise alimentar para as populações locais e agravando a situação de fome para milhares de pessoas. A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, FAO, calcula que oito milhões de pessoas estejam precisando de imediata ajuda humanitária na Etiópia, Gibuti, Kenya e Somália.



Por duas estações consecutivas, a chuva está escassa na zona e abaixo da média anual. Essa situação provocou sérias perdas na colheita, esgotamento das pastagens e a morte de animais.



O coordenador da FAO para emergências na África oriental, Rod Charters, explicou que essa é uma característica crônica da região, não é um fenômeno natural repentino. “O desafio é colocar os pequenos agricultores e os pastores em condições de lidar com essas características climáticas”, principalmente nos momentos extremos.



Na Somália, as taxas de desnutrição estão entre as mais altas do mundo. No sul do país, estima-se que uma a cada quatro crianças sofra de desnutrição grave. Um terço do país – dois milhões e meio de pessoas – precisam de ajuda humanitária imediata, número que tende a aumentar, principalmente com o aumento dos conflitos internos.



Não há perspectiva de melhora para a região, pelo menos até outubro, quando deveria iniciar a estação das chuvas. A FAO sublinha a necessidade de intervenção urgente no Chifre da África para diminuir o impacto da seca e proteger a população, porque pessoas estão morrendo em confrontos pelos poucos pastos e criação de animais que restaram.



Fonte: Rádio Vaticano

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