O arcebispo de Pamplona-Tudela, Dom Francisco Pérez, convidou a condenar a "infracultura da morte", frente à abertura do primeiro centro de abortos em Navarra, prevista para depois deste verão boreal na localidade de Ansoáin.
Questionado sobre a atuação adequada dos cristãos diante da primeira solicitude de abertura de uma clínica privada de abortos na comunidade, o prelado apelou a "conscientizar as pessoas de que o aborto procurado é, em sua própria natureza, um crime" e de que aqueles que o realizam e colaboram com ele "nunca terão paz".
Também convidou, em declarações à agência SIC, a pedir "ao Senhor da Vida que fortaleça as mulheres que tenham intenção de abortar e não cometam o terrível crime do aborto", assim como apoiar a cultura da vida.
Abaixo-assinado
Segundo o pequeno grupo juvenil "Alerta Navarra", que, no prazo de um mês, recolheu 7.845 assinaturas contra a abertura deste centro, o Departamento de Saúde do governo de Navarra concedeu a autorização administrativa ao ginecologista José Miguel Gurrea Bilbao para instalar a clínica em sua empresa, Cannaregio, S. L.
Agora só falta a autorização da prefeitura de Ansoáin; em 24 de junho termina o prazo para apresentar alegações e "Alerta Navarra" continua coletando assinaturas em seu blog, http://alertanavarra.wordpress.com, tentando impedir o que considera um "gigantesco latrocínio".
Até agora, o governo de Navarra subvenciona os abortos das mulheres dessa comunidade autônoma transferindo-as a outras províncias.
Desvio intelectual
O arcebispo Pérez afirmou que "nunca e por nenhum conceito ou motivo se pode admitir o aborto voluntário".
Destacou que "as leis que vão contra a vida são inumanas" e que "ninguém tem direito de cometer um crime e menos ainda o aborto, que consiste em matar uma pessoa indefesa".
Reconheceu que a estendida ideia de que "para ser progressista é preciso ser abortista" mostra que "já não existe somente a corrupção moral, com as leis que vão contra a cultura da vida, mas também malversação intelectual".
Referiu-se ao Magistério da Igreja sobre esta questão, recordando que, tanto o Concílio Vaticano II como o Catecismo da Igreja Católica afirmam que a vida humana deve ser respeitada e protegida de maneira absoluta desde o momento da concepção.
E acrescentou que "o Catecismo nos recorda que a cooperação formal (de todos os que colaboram) em um aborto constitui uma falta grave".
"A Igreja sanciona com pena canônica de excomunhão este delito contra a vida humana", recordou.
E destacou que, com isso, a Igreja manifesta "a gravidade do crime cometido, o dano irreparável causado ao inocente a quem se dá morte, aos seus pais e a toda a sociedade".
Finalmente, indicou que a Igreja oferece apoio e companhia de profissionais que podem ajudar as gestantes em situação de risco a seguir adiante com sua gravidez e apoiá-las em tudo aquilo de que precisam.
Em concreto, recordou que em Pamplona existe o centro COSPLAN e concluiu que o ser humano é "mero administrador" da vida, "mas não possuidor dela".
Fonte: Zenit.
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