Começou a contagem regressiva para o evento que transformará Milão na capital mundial da família entre 29 de maio e 3 de junho de 2012.
Ali acontecerá o Encontro Mundial das Famílias, um acontecimento desejado por João Paulo II em 1994, e que nesta edição tem como tema: “A família: o trabalho e a festa”.
A um ano do acontecimento, a Sala de Imprensa vaticana acolheu nessa terça-feira uma conferência de apresentação do documento publicado pela Libreria Editrice Vaticana que recolhe o tema do encontro e oferece as trilhas de reflexão para sua preparação.
O documento foi publicado em italiano, inglês, espanhol, francês, alemão, português e polonês. Reúne dez catequeses bíblicas, modeladas sobre a forma da lectio divina, acompanhadas por textos do magistério. O material encerra com perguntas para os casais e para os grupos familiares e as comunidades.
Tudo isso junto a obras artísticas que ilustram os principais conteúdos: da Sagrada Família de Rembrandt ao Grupo Familiar de Henry Moore, ou as Bodas de Caná de Paolo Veronese.
Os textos das catequeses, realizados pela diocese de Milão e pelo Conselho Pontifício para a Família, articulam-se em três grupos: família, trabalho e festa.
Durante a coletiva de imprensa, o cardeal Dionigi Tettamanzi, arcebispo de Milão, afirmou que este subsídio articula “o caminho de tantas dioceses no mundo e quer ser um instrumento útil não só para as iniciativas da pastoral familiar e do trabalho”.
“A questão – explicou é que o trabalho e a festa são dimensões antropológicas de todo lugar e de todo tempo e incidem sobretudo na estruturação da família. Nosso ser católicos converte-se assim em um modo singular e original – segundo a verdade do Espírito do Senhor Jesus – de viver desafios que são extamente os de cada família”.
Dom Franco Giulio Brambilla, bispo auxiliar de Milão e coordenador do grupo para a redação das catequeses preparatórias, explicou que as palavras “família, trabalho e festa formam um trinômio que parte da família para abri-la ao mundo: o trabalho e a festa são formas como a família vive o ‘espaço’ social e o ‘tempo’ humano”.
“As catequeses – explicou o bispo – tentam desfazer o nó do tema da tensão entre família e sociedade. A família tende a viver seu próprio mundo na esfera privada e a sociedade pensa-se e projeta-se como um conjunto de indivíduos”.
“À vida civil – destacou – custa levar em conta os vínculos sociais que a precedem, e empurra a família para seu regime de segregação, enquanto que a experiência familiar vive a fragilidade e é particularmente vulnerável aos processos sociais, em particular os que incidem na vida cotidiana, como o trabalho e o tempo livre. Portanto, as catequeses partem da vida cotidiana para abri-la ao mundo”.
“Assim – prosseguiu o bispo auxiliar de Milão – as atuais relações familiares, por um lado, devem-se colocar de forma realista nas formas atuais com as que o trabalho e o tempo livre influenciam na vida de casal e a educação dos filhos.”
“Por outro lado, poderão se converter em ocasião para transformar o mundo mediante o trabalho e para humanizar o tempo mediante o sentido cristão da festa, em particular do domingo.”
Por sua parte, o cardeal Ennio Antonelli, presidente do Conselho Pontifício para a Família, destacou que no Encontro Mundial se dará um espaço especial para as crianças, de modo que passa acontecer “quase um congresso paralelo para elas”.
Ele disse que os dois últimos dias do evento contarão com a presença de Bento XVI, que presidirá às celebrações culminantes.
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Na internet: www.family2012.com
Fonte: Zenit.
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