Representante no Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas diz que os casos são semelhantes aos das outras religiões
A Santa Sé lamentou a colagem do clero católico à pedofilia, assinalando que os casos registados da Igreja Católica são, essencialmente, os mesmos que podem ocorrer em outras organizações religiosas.
Num comunicado divulgado após a reunião do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, em Genebra, D. Silvano Tomasi, observador permanente da Santa Sé, observou que "dentro do clero católico, apenas 1,5%-5% dos religiosos cometeram actos deste tipo".
D. Tomasi acrescentou que a proporção é muito maior entre "os familiares, cuidadores, amigos e parentes das vítimas”.
Citado pelo jornal “The Guardian”, do Reino Unido, o representante da Santa Sé acrescentou que “não deveríamos falar de pedofilia, mas de homossexuais atraídos por adolescentes”.
“De todos os padres envolvidos em tais casos, entre 80% e 90% pertencem a minorias sexuais que praticam efebofilia”, explicou.
O comunicado foi uma resposta às críticas feitas por um membro União Internacional Humanista e Ética, Keith Porteous Wood, que acusou a Igreja de encobrir abusos sexuais contra menores e violar vários artigos da Convenção sobre os Direitos da Criança.
O Arcebispo italiano negou que esta situação seja um exclusivo dos católicos, citando estatísticas do Christian Science Monitor, segundo o qual as igrejas dos EUA mais atingidas por casos de abusos sexuais são as protestantes.
"Como a Igreja Católica se tem ocupado com a limpeza da sua própria casa, seria bom que outras instituições e autoridades, onde ocorrem a maior parte dos abusos relatados, façam o mesmo e informem a esse respeito”, conclui o comunicado.
Agência Ecclesia.
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